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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE

Faculdade da Área da Saúde


Medicina Veterinária

Arthur Pimentel Reis


Emilly Covre Nascimento
Gabrielli Gonçalves da Paixão
Gustavo Fernandes Reis
Richard Meireles de Oliveira
Sharon Karoline Rodrigues Arêdes Cruz

FLUXOGRAMA DE PROCESSAMENTO, CARACTERÍSTICAS E


MÉTODO DE CONSERVAÇÃO DOS QUEIJOS PARMESÃO, PRATO,
MUÇARELA E REQUEIJÃO DE CORTE.

Tecnologia e Inspeção de Leite e Derivados


4º Período
Profª Ana Clara de Alvarenga Moraes

Governador Valadares, 04 de abril de 2021


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Arthur Pimentel Reis


Emilly Covre Nascimento
Gabrielli Gonçalves da Paixão
Gustavo Fernandes Reis
Richard Meireles de Oliveira
Sharon Karoline Rodrigues Arêdes Cruz

FLUXOGRAMA DE PROCESSAMENTO, CARACTERÍSTICAS E


MÉTODO DE CONSERVAÇÃO DOS QUEIJOS PARMESÃO, PRATO,
MUÇARELA E REQUEIJÃO DE CORTE.

Governador Valadares, 16 de março de 2021


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................................5
2.1. RECEPÇÃO DO LEITE..............................................................................................5
2.2. ANÁLISE DO LEITE...................................................................................................5
2.3. PADRONIZAÇÃO DO LEITE.....................................................................................5
2.4. TRATAMENTO TÉRMICO DO LEITE........................................................................6
2.4.1. PASTEURIZAÇÃO..................................................................................................6
2.5. FLUXOGRAMA: PROCESSAMENTO DE QUEIJOS APÓS RECEPÇÃO,
ANÁLISES E PADRONIZAÇÃO........................................................................................6
2.5.1. QUEIJO PARMESÃO..............................................................................................7
2.5.1.1. Características Queijo Parmesão.........................................................................9
2.5.2. QUEIJO PRATO....................................................................................................10
2.5.2.1. Características Queijo Prato..............................................................................12
2.5.3. QUEIJO MUÇARELA............................................................................................12
2.5.3.1 Características da muçarela................................................................................14
2.5.4. REQUEIJÃO DE CORTE......................................................................................14
2.5.4.1. Características do Requeijão de Corte..............................................................16
3. CONCLUSÃO..............................................................................................................17
4. REFERÊNCIAS...........................................................................................................18
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1. INTRODUÇÃO

O leite após ter passado pela obtenção higiênica (ordenha), ter sido coletado na
fazenda e transportado, enfim chega ao laticínio. Logo ao ser recebido na plataforma
de recepção, é submetido a algumas análises preliminares antes de ser liberado para
seguir no fluxo da linha de produção dentro do laticínio. Esses caminhos a serem
percorridos pelo leite vão depender da estrutura da indústria e de quais setores de
processamento essa matéria-prima será destinada.
A seguir, descrevemos, de forma geral, o leite, desde sua obtenção, passando
pelo setor de análises e padronização da matéria prima. E de forma pormenorizada foi
descrito o fluxograma do processo de elaboração dos derivados tais como: Queijo
Parmesão, Queijo Prato, Queijo Muçarela e Requeijão de Corte, até sua expedição.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. RECEPÇÃO DO LEITE

O leite é transportado das propriedades leiteiras para o laticínio em caminhões


dotados de paredes isotérmicas.
Ao chegar à plataforma de recepção do laticínio, amostras de leite são coletadas
diretamente no caminhão e são realizadas algumas análises através de testes rápidos
para determinação de acidez e densidade. São observados também outros aspectos
relacionados às características de cor, odor e textura. Outro fator muito importante
relacionado ao leite diz respeito à temperatura na qual ele deverá estar ao chegar à
fábrica. Essa temperatura deve compreender um intervalo de 7°C a 10°C, no máximo.
Em seguida, o leite é transferido para o tanque de expansão, também chamado
de tanque de resfriamento, onde é submetido a uma primeira filtração através de
peneiras para remoção das sujidades de partículas maiores. O resfriamento a que o
leite precisa ser mantido deve corresponder a uma temperatura média de 4º C a 5º C.

2.2. ANÁLISE DO LEITE

Além das análises de acidez e densidade realizadas nas amostras do leite


coletadas do caminhão, novas provas dessa matéria-prima também são recolhidas
agora no tanque de expansão. Essas amostras são encaminhadas para o laboratório
instalado na área de recepção dos laticínios, onde são realizadas análises
complementares, dentre elas podemos citar: teor de gordura, índice crioscópico,
Extrato Seco Total (EST), Extrato Seco Desengordurado (ESD), acidez Dornic e
proteína.

2.3. PADRONIZAÇÃO DO LEITE

O leite deve chegar ao laticínio com sua composição química íntegra, ou seja,
sem sofrer qualquer tipo de alteração através de adição ou retirada de componentes.
Pela IN 51, o percentual mínimo de gordura que o leite precisa apresentar para ser
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comercializado deve ser em torno de 3%. Por existir diferentes produtos com teores de
gordura variados, torna-se necessário que se realize a padronização do leite,
principalmente quanto ao teor de gordura, se o objetivo do laticínio não for utilizar
apenas o leite pasteurizado integral.

2.4. TRATAMENTO TÉRMICO DO LEITE

O leite, do momento em que foi coletado através da ordenha até antes de ser
pasteurizado, deve ser mantido sob resfriamento médio de 4°C a 5º C em tanques de
refrigeração/expansão, com o objetivo de criar um meio desfavorável a sua
deterioração. Não só a multiplicação dos microrganismos indesejáveis diminui
significativamente quando o leite está sob condições de baixas temperaturas, como
também, propicia uma expressiva redução na atividade enzimática desse leite. Com
isso, consegue-se preservar a qualidade do mesmo por mais tempo.

2.4.1. PASTEURIZAÇÃO

 Métodos de Pasteurização:

a) Pasteurização lenta → LTH (low temperature holding) ou baixa pasteurização.


Consiste no aquecimento do leite à temperatura de 62ºC a 65ºC por 30 minutos.
b) Pasteurização de curta duração (rápida) → HTST (high temperature short
time). Consiste no aquecimento do leite em fluxo contínuo com trocadores de
calor entre 72ºC a 75ºC durante 15 a 20 segundos. O mais utilizado na indústria
é o pasteurizador de placas.

2.5. FLUXOGRAMA: PROCESSAMENTO DE QUEIJOS APÓS RECEPÇÃO,


ANÁLISES E PADRONIZAÇÃO.

2.5.1. QUEIJO PARMESÃO

a) Padronização: Gordura entre 2,9 a 3,0 %.


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b) Pasteurização: Por ser um queijo duro, sua pasteurização normalmente


acontece de forma rápida. É feita uma pasteurização de placas, onde o leite deve
ser aquecido a temperatura de 72ºC a 75ºC, durante 15 a 20 segundos, sendo
imediatamente resfriado a 34ºC.
c) Preparo do leite para coagulação: Para a fabricação de queijo parmesão, é
utilizado fermento composto pelas bactérias (microrganismos) Lactobacillus
helveticus ou Streptococcus thermophilus e L. bulgaricus. Esses microrganismos
são classificados como termófilos, cuja temperatura ótima de crescimento deve
estar em torno de 45ºC. É adicionado então o fermento lático termofílico a base de
L. helveticus ou de S.Thermophillus e L. Bulgaricus, Ricaferm TL4. Depois disso,
ele é deixado ativando por no mínimo 30 minutos. Passados os 30 minutos, é
adicionado o cloreto de cálcio. A adição de lipase, de cabrito ou ovelha, é
recomendável quando se deseja uma formação mais rápida a intensa do gosto
picante no Parmesão. 
d) Coagulação: Por último, é adicionado coagulante. Coagulando o leite de 32 a
35°C e mantendo em descanso por 20 a 30 minutos, até a qualhada em tanque
inoxidável.
e) Tratamento da massa: Após a coagulação, é cortado a massa lentamente até a
obtenção de grãos de cerca de 0,3 cm de aresta. A acidez do soro deve ser de
cerca 2/3 da acidez do leite no momento da coagulação
f) Agitação e colhimento da massa: É agitado lentamente por cerca de 10
minutos. Depois, é iniciado o aquecimento indireto (com vapor na camisa do
tanque) até a temperatura final de 50 a 53°C. O aquecimento deve ser realizado
em duas etapas: uma primeira mais lenta (1°C a cada 2 min.) até a temperatura de
43 a 44°C, e uma segunda mais rápida (1°C por minuto) até a temperatura final.
g) Mexedura: A mexedura é continua até a obtenção do ponto, que varia de 60 a
70 minutos após o corte. O tempo total de mexedura pode variar bastante, em
função da evolução da acidez, da temperatura final escolhida a do teor de umidade
desejado no produto acabado.
h) Enformagem e pré-prensagem: Quando se dá o ponto da massa, que é
verificado apertando a massa, é juntado toda a massa no tanque e feito a pré-
prensagem. Com isso, é eliminado o soro para pré-prensar a massa por cerca de
20 minutos com 20 - 30 lbs/pol² ou com peso equivalente ao dobro do peso de
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massa obtida. Após a pré-prensagem, é feito o procedimento da enformagem em


formas com dessoradores ou pano.
i) Prensagem: Os queijos serão prensados por cerca de 3 horas de acordo com o
seguinte esquema: 60 minutos com 15 a 20 Ibs/pol²ou 5 - 8 vezes o peso do queijo.
j) Primeira viragem: 60 minutos com 25 a 30 lbs/pol² ou 10 - 12 vezes o peso do
queijo.
k) Segunda viragem: Agora a prensagem é feita 60 minutos com 35 - 40 lbs/pol²
ou 15 - 18 vezes o peso do queijo.
l) Terceira viragem: Última viragem do queijo na forma. Desta é retirado o
dessorador e o queijo é levado para o levado para câmara fria na temperatura de 3
a 5ºC. Os queijos podem ficar nas formas até o dia seguinte ou serem conduzidos
à salmoura tão logo atinjam um pH por volta de 5,5 - 5,7. Caso fiquem nas formas
(sem prensagem) deve-se tirar os panos para formar uma casca lisa a bem
acabada.
l) Salga: O tempo de salga na salmoura (20% e a 10 a 12°C) variará em função do
peso do queijo. De um modo geral, uma forma de 5g permanecerá na salmoura por
cerca de 5 a 7 dias, e uma forma de 7 a 8 kg por até 10 dias.
m) Cura: Após a salga, os queijos são levados parar serem secados por 2 a 5 dias
em câmara fria, sendo em seguida levados à câmara de maturação de 3 a 15°C,
com umidade relativa do ar em torno de 75%, onde deverão ser maturados por no
mínimo 6 meses, para o desenvolvimento de suas características ideais, devendo
ser tratados.
n) Tratamento durante cura:
 1. Viragem durante todo o período de maturação: a cada 3 dias nas primeiras
semanas e a cada 7 dias durante o resto da cura;
2- Álcool + Sorbato: durante os primeiros 60 dias a cada 10 dias (prevenção de
mofos). 1 litro de álcool + 10 gramas de sorbato. Passar na casca do queijo;
3- Óleo de dendê ou linhaça: durante o restante do período de maturação a
cada dois meses (formação da casca).
 Estes tratamentos podem ser substituídos desde o início da maturação, com
aplicação de resina plástica logo após a salga.
o) Embalagem: Após a maturação os queijos podem ser vendidos inteiros, fatiados
ou ralados. O queijo parmesão, por ter uma casca muito dura, dispensa o uso de
embalagem, quando comercializada a peça inteira. Se for fatiado ou mesmo ralado,
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faz-se necessário o uso de vácuo em películas de plástico, para evitar que a


gordura exposta oxide, deixando o queijo com gosto de ranço. Para o queijo ralado,
utilizar embalagens de poliéster e polietileno.
p) Armazenamento: Queijos duros e maturados, como o parmesão, precisam ser
mantidos em local fresco e arejado durante o prazo de validade. Se o ambiente for
muito quente ou se você quiser uma conservação mais longa, mantenha-os na
geladeira. Após consumir, envolva em papel filme.
q) Expedição: Feita após liberação do controle de qualidade.
r) Transporte: Feita em caminhões com baú isotérmico e ou dotados de unidade
automática de frio.

2.5.1.1. Características Queijo Parmesão

O parmesão é um dos tipos de queijo mais consumidos, principalmente na forma


de queijo ralado. É um queijo de massa cozida, sem olhadura, de textura dura, sabor
forte, baixo teor de umidade e textura granular resultante da grande retirada do soro.
Apresenta crosta espessa e normalmente é vendido na forma cilíndrica, variando seu
peso entre 5 e 8 kg. O queijo acabado apresenta, em média, a seguinte composição:
32% a 37% de umidade; 22% a 24% de gordura; teor de sal variando entre 2,0% e
3,5%; pH entre 5,3 e 5,5.
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2.5.2. QUEIJO PRATO

a) Padronização: Padronização de gordura entre 2,9 a 3,0 %.


b) Pasteurização: O leite após o processo de análise e análise, sofre tratamento
térmico por pasteurização lenta aquecendo-se o leite até 65ºC, mantendo-o
nessa temperatura por 30 minutos
c) Resfriamento: O leite então é resfriado a 34ºC, temperatura necessária para
fabricação do queijo.
d) Coagulação: A coagulação é realizada através de coalho líquido e fermento,
além dos coagulantes, é adicionado cloreto de cálcio para aumentar o teor de
cálcio solúvel no leite, em tanque inoxidável.
e) Tratamento da massa: Após a coagulação realizada por cerca de 45 minutos,
inicia-se o tratamento da massa, descansando por 40 minutos até atingir o
ponto de corte.
f) Corte da massa: Quando a massa estiver no ponto de corte, a massa sofrerá
fragmentação, com o objetivo de promover a retirada do soro. Efetua-se o corte
da massa usando principalmente o cortador em lira vertical e depois o horizontal
de modo a obter o grão de 0,5cm³, momento no qual, será fixada a umidade
dependendo do tamanho do grão.
g) Dessoragem: Terminando o corte, procede-se a dessoragem com mexedoras e
cozimento.
h) Mexedura: Feita com pás de aço inoxidável até o grão adquirir uma boa
consistência, feito isso, cessa a mexedura e aguarda 5 minutos para retirada de
30/35% de soro.
i) Cozimento: No cozimento, aumenta a temperatura em 1ºC a cada 2 minutos,
até atingir a temperatura de 42ºC.
j) Enformagem: Para esse procedimento, as formas de plástico são ideais, por
permitirem fácil manuseio e limpeza. Um retirador de soro deve ser colocado na
forma, para evitar que a massa do queijo venha a se prender na parede e,
também, para facilitar a saída do soro durante a prensagem. A retirada da
massa do tanque em que foi feita a coagulação deve ser rápida para a massa
não esfriar. Caso contrário, ficará difícil formar um bloco na prensagem.
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k) Prensagem: Iniciar com peso de aproximadamente dez vezes o peso do queijo.


l) Primeira Viragem: Ocorrer 30 minutos após a prensagem.
m) Segunda e Terceira Viragem: Aumentar o peso em 20 vezes o peso do queijo.
n) Salga: Em seguida, os queijos são transferidos para a câmara de salga(8-
12ºC), onde são imersos em salmoura a 18% baumé (Be) de sal por um período
de 12 horas. Com auxílio de caixas plásticas de cor branca e feito o translado
do setor até a câmara de secagem.
o) Secagem: Câmara de secagem por 18 horas temp. 05 a 08 ºC. Com auxílio de
caixas plásticas de cor branca é feito o translado do setor embalagem.
p) Embalagem: Os queijos são embalados em ausência de ar (à vácuo) - barrie-
bag.
q) Maturação: São transferidos para a câmara de maturação por 25 dias, com a
temperatura entre 10ºC-12ºC.
r) Acondicionamento/Estocagem: Acondicionados em embalagem secundária
de papelão ondulado e estocados na câmara fria em temperatura de 3 a 5ºC.
s) Expedição: Feita após liberação do controle de qualidade.
t) Transporte: Em caminhões com baú isotérmico e ou dotados de unidade
automática de frio para manter a temperatura entre 3/5°C.
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2.5.2.1. Características Queijo Prato

O queijo prato encontra-se entre os queijos mais consumidos no Brasil,


principalmente para o preparo de sanduíches . Apresenta massa semicozida e lavada, o
que explica sua consistência macia e sabor suave. Normalmente é um queijo fechado,
podendo, entretanto, apresentar olhaduras. Geralmente, é vendido no formato
retangular. Apresenta, em média, a seguinte composição: 42% a 44% de umidade;
26% a 29% de gordura; teor de sal variando entre 1,6% e 1,9%; pH entre 5,2 e 5,4.

2.5.3. QUEIJO MUÇARELA

a) Padronização: Padronização de gordura entre 2,9 a 3,0 %.


b) Pasteurização: O leite é pasteurizado em um pasteurizador a placas 72°/15
segundos.
c) Resfriamento: Em seguida resfriado na cascata para 33/34°C. Chega aos
tanques de produção por tubulações de aço inoxidável para adição dos
ingredientes para coagulação.
d) Coagulação: Utilização de coalho líquido, fermento lático e cloreto de cálcio em
tanque inoxidável.
e) Tratamento da massa: Após a coagulação realizada por cerca de 45 minutos,
inicia-se o tratamento da massa, descansando por 40/45 minutos até atingir o
ponto de corte da coalhada.
f) Corte da massa: Feito com lira vertical e horizontal de modo a não bater um
grão de 1,0 cm de diâmetro.
g) Dessoragem: Terminando o corte, procede-se a dessoragem com mexedoras e
cozimento.
h) Primeira Mexedura: Feita com pás de aço inoxidável até o grão adquirir uma
boa consistência, feito isso, cessa a mexedura e aguarda 5 minutos para
retirada de 30/35% de soro.
i) Mexedura/cozimento: Com agitação constante da massa, adicionando-se água
quente (80°C) lentamente, até a massa adquirir a temperatura de 43/45°C,
continuando a mexedura até o ponto desejado.
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j) Acidificação da massa: Após a retirada de todo o soro comprime-se a massa


com seu próprio peso dentro do tanque, onde ficará até atingir o pH ideal de
filagem (faixa 5.2 a 5.35) que é verificado na prática, colocando um pedaço de
massa em água quente e verificando a elasticidade da mesma e também
através da acidez do soro (45/47°C). A massa demora normalmente, de 12/16
horas para acidificação completa.
k) Filagem da massa: Verificado o ponto de filagem, a massa é picada e
conduzida para o tacho, adicionando água quente 80°C (água da filagem há
80°C e proveniente de um reservatório de aço inoxidável de capacidade de 500L
onde sua água é aquecida através do vapor direto sendo essa retirada do
tanque por bomba centrífuga de tubulação inox para o tacho de filagem).
l) Moldagem da massa: Fim da filagem a massa é moldada em máquina própria e
enformadas em formas plásticas.
m) Pré-Resfriamento: As formas são imersas em água gelada e as muçarelas
desenformadas e levadas para a câmara de salga.
n) Salmoura: câmara fria de 05 a 10ºC de salga por período 12 horas,
concentração do sal 18 a 24ºBe.
o) Secagem: Câmara de secagem por 12 horas em temperatura de 05 a 10 ºC.
p) Embalagem: Terminada a secagem a muçarela é embalada em sacolas
plásticas (resina plástica de polietileno de baixa densidade) e seladas à vácuo.
Após a embalagem as peças são colocadas em caixas plásticas, levadas para
câmara fria (4/5°C) onde permanecem até a expedição.
q) Estabilização: Câmara fria por 24 horas, temperatura de 05 a 08 ºC.
r) Acondicionamento/Estocagem: Acondicionados em embalagem secundária
de papelão ondulado e estocados na câmara fria em temperatura de 3 a 5ºC.
s) Expedição: Feita pelo controle de qualidade.
t) Transporte: Carro/Caminhonetes com carroceria isotérmica, provida de sistema
gerador de frio, para manter a temperatura entre 3/5°C.
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2.5.3.1 Características da muçarela

É um dos queijos mais consumidos e apreciados no Brasil por conta do grande


consumo de pizza. O formato tradicional desse queijo é o paralelepípedo, entretanto,
outras formas também podem ser encontradas, como bolinha, palito e nozinho,
utilizados no consumo de mesa. É um queijo de massa filada, macio e relativamente
úmido. O queijo acabado apresenta, em média, a seguinte composição: 43% a 46% de
umidade; 22% a 24% de gordura; teor de sal variando entre 1,6% a 1,8%; e pH entre
5,1 e 5,3.

2.5.4. REQUEIJÃO DE CORTE

a) Padronização: Padronização de gordura entre 2,9 a 3,0 %.


b) Pasteurização: O leite é pasteurizado em um pasteurizador a placas 75°/15
segundos.
c) Resfriamento: Em seguida resfriado na cascata para 35°C. Chega aos tanques
de produção por tubulações de aço inoxidável para adição dos ingredientes para
coagulação.
d) Coagulação: É conseguida através de adição de ácido láctico.
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e) Dessoragem: Aquecimento a 45ºC para melhorar dessoragem após obtida a


massa e retirada do soro.
f) Tratamento da Massa: Lavagem da massa com água tratada para redução da
acidez da massa.
g) Máquina de fusão de Massa: Para se manter o padrão final do produto, a
massa e encaminhada para tacho de fabricação.
h) Adição dos Ingredientes: Inicialmente adição do creme de leite.
i) Mexedura: Mexedura em conjunto com aquecimento a 54ºC e adição de Sais
fundentes e sal (cloreto de sódio). Eleva a temperatura a 85ºC até dar-se o
ponto do produto.
j) Enformagem: Colocados em formas plásticas próprias para esta finalidade.
k) Resfriamento: O requeijão de corte e levado para a câmara fria cm temperatura
de 5º a 10º C, onde permanecem por 24 horas até atingir temperatura para
efetuar o corte das peças.
l) Embalagem: Embalada em sacolas plásticas (resina plástica de polietileno de
baixa densidade) seladas a vácuo.
m) Acondicionamento/Estocagem: Acondicionados em embalagem secundária
de papelão ondulado e estocados na câmara fria em temperatura de 3 a 5ºC.
n) Expedição: Feita pelo controle de qualidade.
o) Transporte: Carro/Caminhonetes com carroceria isotérmica, provida de sistema
gerador de frio, para manter a temperatura entre 3/5°C.
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2.5.4.1. Características do Requeijão de Corte

O requeijão de corte ou também chamado de requeijão em barra, é um produto


desenvolvido pela fusão de mistura de creme, gordura ou nata com massa de coalhada
dessorada e lavada. Tal massa é proveniente da coagulação ácida ou enzimática do
leite, com acréscimo de creme de leite e ou manteiga, ou gordura anidra de leite e
butter oil. Possui as seguintes características: formato cilíndrico ou retangular, peso
variável entre 2 kg e 12 kg, de cor branco-palha, homogênea, de superfície rugosa,
podendo ser untada com manteiga. Sua consistência é semidura, tendendo à seca,
com textura fechada e numerosas pequenas olhaduras. Os teores de gordura nos
sólidos totais variam de 25% a 59,9%, enquadrando-se, portanto à classificação
corresponde aos queijos gordos e semi-gordos. Quanto aos teores de umidade, esse
produto pode ser considerado como queijo de baixa até muito alta umidade, com teor
máximo de 58%. O conteúdo de lactose em ácido láctico é de 3% aproximadamente
em requeijões.
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3. CONCLUSÃO

É de suma importância saber todos os processos de fabricação dos alimentos


para que atenda à legislação vigente nos quesitos físico-químicos, microbiológicos,
bem como respeitar todas as etapas do processo desde o recebimento da matéria
prima até o transporte para o comércio, onde chega ao alcance do consumidor final.
São métodos que além de garantir a qualidade do alimento, garante também a
segurança alimentar da população.
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4. REFERÊNCIAS

*COLOCAR AS REFERENCIAS DOS RICHARD

* COLOCAR NAS NORMAS DA ABTNT.. TA TUDO FORA.

QUEIJOS NO BRASIL – REQUEIJÃO. Disponível em:


https://www.queijosnobrasil.com.br/portal/tudo-sobre-queijo/110-requeijao Acesso em
09 de abril de 2021

PORTAL EMBRAPA -Tecnologia de fabricação do requeijão integral de corte.


Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-
publicacoes/-/publicacao/696694/tecnologia-de-fabricacao-do-requeijao-integral-de-
corte. Acesso em 09 de abril de 2021

QUEIJOS NO BRASIL – PARMESÃO. Disponível em


https://www.queijosnobrasil.com.br/portal/tudo-sobre-queijo/66-fabricar-queijo-
parmesao. Acesso em 09 de abril de 2021

INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA – MEMORIAL DESCRITIVO


ECONÔMICO SANITÁRIO QUEIJO PRATO. Ano 2008 Pagina 2

INSTITUTO MINEIRO DE AGROPECUÁRIA – MEMORIAL DESCRITIVO


ECONOMICO SANITÁRIO QUEIJO MUÇARELA. Ano 2008 Pagina 5

PORTAL EMBRAPA - QUEIJO PRATO. Disponível em https://www.embrapa.br/busca-


de-publicacoes/-/publicacao/994402/queijo-prato . Acesso em 09 de abril de 2021

PORTAL EMBRAPA – QUEIJO MUSSARELA - Disponível em


https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/994621/queijo-mussarela
Acesso em 09 de abril de 2021

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