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CACHOEIRA DO SUL / RS
DEZEMBRO DE 2022
LUANA DA COSTA MASSIRER
CACHOEIRA DO SUL / RS
DEZEMBRO DE 2022
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................14
2. JUSTIFICATIVA......................................................................................................16
3. OBJETIVO...............................................................................................................22
3.1.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................23
3.1.2 OBJETIVO ESPECIFICO............................................................................23
4. REFERENCIAL TEORICO .....................................................................................22
1 INTRODUÇÃO
Os produtos derivados das abelhas, em principal o mel, apresentam boa aceitação, por
dispor de diversas qualidades, sendo estas benéficas ao homem. Segundo Couto & Couto
(2002), os açúcares que compõem em sua maioria o mel, como a glicose e a frutose, são
absorvidas rapidamente pelo trato digestivo sem sofrer transformações e direcionados
diretamente a corrente sanguínea.
O controle de qualidade do mel deve ser observado a partir dos processos de instalação
de um apiário, como cita Couto & Couto (2002), a água disponível deve ser de boa qualidade,
no qual, o contrário implicará na produção do mel, afetando suas características de qualidade.
A colheita do mel é considerada, de acordo com Souza (2007), todo o processo desde
a coleta até o retorno dos favos as colméias. Com isso, a interação higiene e manejo neste
processo, mantém a qualidade do produto final.
cuidados, como afirma Souza & Silveira (1987), que mel azedo, com cheiro e gosto estranho e
cores indesejáveis é sempre culpa de um manejo mal executado.
2 JUSTIFICATIVA
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3 OBJETIVOS
3.1
EFEITO DO MANEJO DE COLHEITA NA
QUALIDADE DO MEL
3.2
4 REFERENCIAL TEORICO
O homem não sabia separar o produto mel, de acordo com que diz Pereira et al.,
(2002), era ingerida a mistura como um todo com mel, pólen, crias e cera. De acordo com
Alves et al., (2005), o mel foi uma das primeiras fontes de açúcar para o homem.
A apicultura racional teve seu inicio em 1851, quando começou a fazer o uso de
colméias com quadros móveis, deixando de lado os quadros fixos. A mudança ocorrida foi em
decorrência das análises feitas pelo Reverendo americano Lorenzo Lorraine Langstroth, o
qual ficou conhecido as caixas com o seu nome, sendo utilizada até os dias atuais (PEREIRA
et al., 2002 e WIESE, 1995).
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A introdução das A. mellifera ocorreu nos estados do Sul e Sudeste do país. Em 1950,
o surgimento de doenças e pragas favoreceu a queda na quantidade de colméias, dizimando
80% destas. Em razão destes problemas, o professor Warwick Estevan Kerr, em 1956 foi
designado a ir à África e trazer exemplares de rainhas que fossem de colméias produtivas e
resistentes a pragas (PEREIRA et al., 2002).
As abelhas A. mellifera, segundo Viana & Melo (1987), apresentaram uma maior
adaptabilidade as condições climáticas tropicais em relação às abelhas européias já existentes
no país.
feitos durante a trajetória da apicultura no Brasil mostram que o país está em franca expansão,
figurando segundo dados da FAO (2006) citado por Filho (2008), como 15º maior produtor de
mel, produzindo 24,5 mil toneladas/ano.
4.1.1 MEL
Segundo Couto & Couto (2002), a estimativa de consumo de mel por brasileiros é de
100 a 200 gramas/ano, diferentemente de países mais desenvolvidos, como a Suíça, no qual o
consumo chega a quase 2 quilos.
Além de sua qualidade como alimento, esse único é dotado de inúmeras propriedades
terapêuticas, sendo utilizado pela medicina popular sobre diversas formas e associações com
fitoterápicos (PEREIRA et al., 2002).
Com o passar dos anos, os consumidores, adquiriram o hábito de buscar por produtos
naturais, como descreve Buainain e Batalha (2007), no qual repassem atributos para tais,
como: qualidade; sabor; segurança nutricional; identificação de origem e associação com a
natureza.
Para o alcance de um produto final de boa qualidade na maioria das vezes não é
necessário ter um gasto exorbitante, mas sim tomar as medidas certas e adotar as melhores
práticas.
Segundo Camargo (2002) e Souza & Silveira (1987), o manejo de colheita para o mel
deve seguir alguns procedimentos, no qual serão descritos no decorrer do trabalho, no
intuito de manter as características originais tão próximas do mel operculado, e em
conseqüência a qualidade do produto final. Wiese (1995), afirma que nem sempre um mel
puro quer dizer mel de boa qualidade, sendo este uma relação do manejo e higiene.
A colheita, segundo Camargo (2002), é a primeira fase mais crítica para obtenção de
um mel com ótima qualidade, devido alta susceptibilidade do produto, em relação umidade,
aderência a sujidades e por bactérias (em principal o Clostridium botulinum). Segundo
Pereira (2008), um total de 2 a 15% do mel produzido no mundo apresenta-se contaminado
pelo C. botulinum, sendo maior a incidência de mel coletado no apiário. De acordo com o
mesmo autor, aproximadamente 7% do mel brasileiro está contaminado pela bactéria.
Na região de Visçosa – MG, onde foram feitos estudos sobre qualidade do mel, a
colheita é feita de 15 em 15 dias, durante as boas floradas, retirando-se todos os favos
operculados (SILVEIRA, 1987).
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Para que seja efetuada uma colheita com os devidos padrões de higiene, conservando a
qualidade original do mel, devem ser seguidos alguns procedimentos, tais como os citados
em seguida.
O processo de colheita dos favos deve ser efetuado em dias quentes e de muito sol.
Como afirma Souza (2007), a manipulação em dias chuvosos ou frios aumenta a absorção de
umidade, observando que o mel é um produto higroscópico, ficando fora do padrão exigido
pela legislação brasileira e das exigências de mercado. Segundo Instrução Normativa n. 11, de
20 de outubro de 2000, o valor máximo para umidade no mel deve ser de 20 g/100g (Tabela
2).
De acordo com Pereira et al., (2002) o melhor horário para a colheita do mel é pelo
período da manhã, entre 8 e 11h e no período da tarde entre 15 e 17:30, onde a uma menor
incidência de abelhas nas colméias.
No manejo de colheita do mel, não se deve fazer uso demasiado de fumaça, de acordo
com Souza & Silveira (1987) e Souza (2007), o mesmo tem capacidade de absorver gostos
e cheiros, e, a fim de evitar a intoxicação das abelhas. Segundo Camargo (2002), é
recomendável a utilização de maravalha ou serragem de madeira não tratada e que não
apresente odor forte na hora de sua queima, mas sim uma fumaça branca e duradoura.
A fumaça segundo Moura (2008), não deve ser aplicada sobre os favos das melgueiras,
e sim expelida suavemente acima dos quadros.
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Para diminuição dos riscos de contaminação no momento de retirada dos favos, não se
pode colocar as melgueiras em contato direto ao solo, como afirma Moura (2008), o mel adere
facilmente às sujidades (Figura 2). De acordo com Souza (2007), é recomendável o uso de um
suporte, para alocação das caixas receptoras.
Utiliza-se sobre essa melgueira, de forma a isolar os quadros de mel, uma segunda
tampa, impedindo o saque pelas abelhas e a sua indesejada presença nas melgueiras
transportadas (PEREIRA et al., 2002)
Segundo Kerr & Amaral (1960), no processo de colheita, deve ser retirado das
colméias somente os favos que possuam seus alvéolos totalmente ou dois terços operculados
(Figura 3), com isto obtêm apenas mel maduro e sem umidade, diminuindo os riscos de
fermentação e conseqüentemente mantém a qualidade do produto.
A análise dos quadros (Figura 4) não se prende somente a retirada de favos totalmente
operculados, mas como cita Oliveira & Bezerra (2006), se deve evitar retirar favos que
contenham crias ou pólen, o qual pode levar o produto a perder suas qualidades depois de
coletados.
Os favos coletados devem ser mantidos à sombra, em local seco e fresco, como afirma
Souza & Silveira (1987), o calor excessivo amolece a cera e causa a quebra dos favos. De
acordo com Souza (2007), temperaturas altas aceleram as reações químicas do mel, reduzindo
a atividade enzimática e aumentando a acidez e o HMF (Hidroximetilfurfural), alterando
assim o aroma e o sabor original do mel.
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Segundo Pereira et al., (2002), para o transporte das melgueiras até o veiculo é
utilizado o uso de padiolas ou carrinhos de mão, designados especialmente para este fim.
O veículo para o transporte das melgueiras até a casa do mel deve apresentar uma
boa higienização.
6 EXTRAÇÃO DO MEL
Para que não ocorra uma contaminação do mel durante o processamento, Moura
(2008) e Nunes (2005), afirmam que os equipamentos devem ser de materiais inox e
devidamente lavados e higienizados. De acordo com Souza (2007), não se deve fazer uso de
produtos no qual deixem resíduos nos equipamentos.
Uma das maiores formas de perda da qualidade do mel está diretamente ligada aos
manipuladores, assim, Souza (2007) recomenda seguir as instruções estabelecidas pelo BPF
(Boas Práticas de Fabricação), para estabelecimentos que manipulam alimentos.
6.1 DESOPERCULAÇÃO
6.2 CENTRIFUGAÇÃO
As centrifugas devem ser de materiais que não levam a uma depreciação do produto.
Segundo Souza & Silveira (1987) e Souza (2007), o equipamento deve ser de aço inoxidável,
plástico atóxico ou ferro estanhado (com chumbo menos de 2%), e com paredes internas
revestidas de fibras de vidro ou verniz sanitário.
Para manutenção da qualidade do mel, métodos de higiene devem ser executados antes
e depois do processo. A retirada de todo e qualquer resíduo, implicará a não fermentação e
não cristalização da próxima partida de mel do equipamento (SOUZA & SILVEIRA, 1987).
De acordo com o MAPA (1980) citado por Souza & Silveira (1987), deve ser utilizado
uma solução de 3 a 5% de hidróxido de sódio em água, a uma temperatura de 40-45º C, para
higienização dos equipamentos de centrifugação do mel.
6.3 ENVASE
De acordo com Nunes (2005), a utilização de embalagens recicladas deve ser exclusa
do processo, no qual estas possam contaminar o produto final. Segundo Souza & Silveira
(1987), este método pode conferir odores e sabores estranhos ao mel e conseqüentemente pôr
em risco a saúde humana.
Segundo Souza & Silveira (1987), é mais aconselhável a utilização de potes de vidro
em relação aos de plástico, devido à impermeabilidade do mesmo, conservando assim a
qualidade do mel. Outro ponto relevante em relação ao pote de vidro, de acordo com
Pereira et al., (2002), é o maior realce da cor do mel.
De acordo com o Instituto Campineiro de Ensino Agrícola (1982) citado por Nunes
(2005), as embalagens devem ser lavadas e esterilizadas com água fervente, deixando secar
por completo em local limpo.
Segundo Couto & Couto (2002), para que não ocorra à formação de bolhas de ar ou
espuma, o vasilhame deve ficar o mais próximo possível da torneira na hora do envasamento.
Segundo Wiese (2000) citado por Nunes (2005), os vasilhames devem ficar cheios,
sem que se encostem à tampa, no qual evita a entrada de ar com umidade, com intuito de
evitar a fermentação do mel (Figura 7).
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Segundo Moura (2008), o mel não deve ser armazenado por muito tempo, no qual com
as condições de temperatura elevadas pode aumentar o HMF (Hidroximetilfurfural),
diminuindo a qualidade do produto e conseqüentemente tendo perdas no preço. Segundo
Lengler (2008), temperaturas acima de 30º C no armazenamento, desdobramento da frutose
do mel em 1 molécula de Hidroximetilfurfural e 3 moléculas de água
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7 METODOLOGIA
8 CRONOGRAMA
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9 REFERÊNCIAS
ALVES, Rogério Marcos de Oliveira; CARVALHO, Carlos Alfredo Lopes de; SOUZA,
Bruno de Almeida; SODRÉ, Geni da Silva; MARCHINI, Luis Carlos. Características
físico-químicas de amostras de mel de Melipona mandacaia Smith
(Hymenoptera: Apidae). C.T.A. v.25 n.4 Campinas out./dez. 2005.
COUTO, Regina Helena Nogueira & COUTO, Leoman Almeida. Apicultura: manejo e
produtos. 2ª ed.; Jaboticabal – SP: Ed. FUNEP, 2002.
KERR, Warwick Estevam & AMARAL, Erico. Apicultura científica e prática. São Paulo
– SP: Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura do Estado de São Paulo, 1960.
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OLIVEIRA, Edivaldo Pacheco de & BEZERRA, José Edmilson. Colheita do mel. EBDA,
n. 73, 2006.
PEREIRA, Fábia de Mello; CAMARGO, Ricardo Costa Rodrigues de; LOPES, Maria Teresa
do Rêgo. Sistemas de Produção: Produção de mel. Teresina – PI: Ed. Embrapa Meio-
Norte, 2002.
SOUZA, Darcet Costa & SILVEIRA, Fernando A. da. Mel de boa qualidade exige
cuidados. Revista Informe Agropecuário, Belo Horizonte, ano 13, n. 149, p. 38-43, 1987.
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VENTURINI, Katiani Silva; SARCINELLI, Miryelle Freire; SILVA, Luís César da.
Características do mel. Boletim Técnico PIE – UFES, 2007.
VIANA, Laura de Sanctis & MELO, Gabriel Augusto R. de. Conservação das Abelhas.
Revista Informe Agropecuário, Belo Horizonte, ano 13, nº 149, p. 23-26, 1987.
WIESE, Helmuth. A colheita do mel. Revista Apicultura no Brasil, São Paulo, ano 04, nº
19, p. 04-05, 1987.
WIESE, Helmuth. Novo Manual de Apicultura. Guaíba – RS: Ed. Agropecuária, 1995
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