Tecnologia da produção de produtos apícolas

Roberta Rosálie Nascimento e Silva¹, Telissa da Cunha Kassar², Luciana Batista Guerra³,
Sandra Silva Duarte4, Juliana Lopes Barreto5, Emanuela Polimeri de Mesquita6, Jowmmol
Emerson Miranda Lucena7, Marcus Antonio de Souza Medeiros8, Leila Anunciada da Cunha9,
Floriano Pereira Nunes Junior10.

Resumo

Os produtos apícolas são fontes importantes de renda para várias famílias no mundo todo, por isso se
emprega a tecnologia para a produção do mel, e de outros produtos como o pólen apícola, a geléia real, o
própolis e outros produtos comercializados no país.

Abstract

The apicultural products are important sources of wealth to many families all over the world. That´s why
technology is applied to honey production and other products like apicultural pollen, real jelly, propolis
and other products commercialized in the country.

Introdução Além do mel, podemos citar outros produtos

A Embrapa Meio-Norte (2003), afirma que o
Brasil é, atualmente, o 6° maior produtor de mel
(ficando atrás somente da China, Estados
Unidos, Argentina, México e Canadá),
entretanto, ainda existe um grande potencial
apícola (flora e clima) não explorado e grande
possibilidade de se maximizar a produção,
incrementando o agronegócio apícola.
provenientes da cadeia de produção apícola, são
eles: o hidromel, o pólen, a galéia real, a cera, o
própolis, o veneno ou apitoxina. (Mello, 1989)
Os produtos apícolas
O mel se apresenta em condições normais como
uma solução líquida com baixo teor de água e
alta concentração de matéria seca.

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1
Primeiro Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: bel.nascimento@gmail.com
2
Segundo Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: tetekassar@hotmail.com
3
Terceiro Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: lubguerra@gmail.com
4
Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: sandrinhamagie@hotmail.com
5
Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900.
6
Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900.
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Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900.
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Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900.
9
Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900.
10
Autor é Aluno do curso de Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Av. Dom Manoel de Medeiros , s/ nº, Recife, PE, CEP 52171-900.
O mel pode ser utilizado no tratamento de asma,
para frear uma ressaca ou para combater um
coma diabético. O mel diluído pode ser usado
como xarope contra a tosse, pode ser aplicado
em queimaduras e outras feridas devido à sua
ação osmótica. Devido à quantidade mínima de
pólen que se encontra no mel, este pode ser
usado também para aumentar a resistência
contra a febre do feno e alergia ao pólen como
afirma Mutsaers e Araújo, 2006.
O mel que provém de favos recém fabricados
normalmente apresenta uma cor clara e um
sabor mais suave. O mel esmagado é obtido
através da trituração e mistura dos favos
(Mutsaers & Araújo, 2006).
Para que se possa manipular produtos
alimentícios de forma higiênica e segura,
As melgueiras, ao chegarem na casa de mel,
devem ser depositadas em área isolada do
recinto onde ocorrerá a extração do mel e as
outras etapas do beneficiamento; devem ser
colocadas sobre estrados (de madeira ou
material plástico) devidamente limpos, que
impeçam seu contato direto com o solo. Essas
melgueiras provenientes do campo não devem
ter acesso à área de manipulação; assim, apenas
os quadros devem ser transportados para a
manipulação, podendo-se usar outras melgueiras
ou caixas plásticas, devidamente limpas, apenas
para esse fim (Embrapa, 2003).
Após a filtragem, o mel é encaminhado para o
decantador, onde "descansará", por, pelo menos,
48 horas, a fim de que as eventuais partículas
que não foram retiradas pela filtragem e as
bolhas criadas durante o processo se desloquem
para a porção superior do decantador, sendo
retiradas posteriormente durante o procedimento
de envase (Embrapa Meio-Norte, 2003).
Segundo Mutsaers e Araújo, 2006 os fatores
mais importantes associados ao transporte,
armazenamento e processamento do mel são a
umidade do ar e a temperatura.
A cera é utilizada pelas abelhas para construção
dos favos e fechamento dos alvéolos (opérculo).
Produzida por glândulas especiais (ceríferas),
situadas no abdome das abelhas operárias. As
indústrias de cosméticos, medicamentos e velas
são as principais consumidoras de cera;
entretanto, também é utilizada na indústria
têxtil, na fabricação de polidores e vernizes, no
garantindo ao consumidor a qualidade do
produto final, é indispensável que esses
procedimentos sejam realizados em instalações
e condições adequadas, específicas à classe de
produtos a serem processados.
No caso do mel, o local destinado para a sua
extração é chama-se de unidade de extração,
normalmente denominada "Casa do Mel",
segundo a Embrapa (2003).
Geralmente a casa do mel é constituída de
compartimentos tais como sala de recepção dos
favos, sala de beneficiamento do mel, depósito e
expedição. Ela deve ter pé direito de 3 metros,
proteção contra formigas, fogo e entrada de
abelhas, piso de cerâmica fácil de limpar,
revestimento com azulejos de até 2 metros,
janelas e portas com telas plásticas e válvulas de
escape-abelhas (Couto & Couto, 2002).
processamento de alimentos e na indústria
tecnológica (Couto & Couto, 2002).
O própolis é uma substancia resinosa, adesiva e
balsâmica, elaborada pelas abelhas a partir da
mistura da cera e da resina coletada das plantas,
retirada dos botões florais, gemas e dos cortes
nas cascas dos vegetais (Embrapa Meio-Norte,
2003).
Atualmente, a própolis é usada, principalmente,
pelas indústrias de cosméticos e farmacêutica.
Cerca de 75% da própolis produzida no Brasil é
exportada, sendo o Japão o maior comprador,
segundo a Embrapa Meio-Norte (2003).
A utilização do pólen pelo homem deve ser feita
com critério, já que ele pode conter fungos que
causam hemorragia, ou pesticidas, ou pode
causar alergia em pessoas sensíveis ao pólen. É
usado também para colônias fracas ou em
épocas de escassez de alimento e como uma
dieta suplementar para animais domésticos. O
uso humano tem sido tanto alimentício em
saladas, iogurte, cereais, vitaminas, sorvetes.
(Couto & Couto, 2002).
A polinização é a transferência do pólen
(gameta masculino da flor) para o óvulo da
mesma flor ou de outra flor da mesma espécie.
Só após essa transferência é que ocorre a
formação dos frutos.
Segundo Couto e Couto (2002), o produto que
denominamos geléia real, apresenta consistência
cremosa, com sabor ligeiramente ácido e
picante. É composta a partir da mistura das
secreções das glândulas hipofaringeanas e
mandibulares, com adição de soluções
regurgitadas das abelhas.
Embora não seja estocada nas colméias como o
mel e o pólen, é produzida por alguns
apicultores para comercialização in natura,
misturada com mel ou mesmo liofilizada. A
indústria de cosméticos e medicamentos
também a utilizam na composição de diversos
produtos.
A China é o principal País produtor, responsável
por cerca de 60% da produção mundial,
exportando, aproximadamente, 450
toneladas/ano para Japão, Estados Unidos e
Europa (Embrapa Meio-Norte, 2003).
A apitoxina é o veneno das abelhas operárias
purificado. O veneno é constituído basicamente
de proteínas, polipeptídios e constituintes
aromáticos, sendo produzido pelas glândulas de
veneno nas duas primeiras semanas de vida da
operária e armazenado no "saco de veneno"
situado na base do ferrão (Embrapa Meio-
Norte, 2003).
Embora a ação anti-reumática do veneno seja
comprovada e o preço no mercado seja muito
atrativo, trata-se de um produto de difícil
comercialização, pois, ao contrário de outros
produtos apícolas, o veneno deve ser
comercializado para farmácias de manipulação e
indústrias de processamento químico, em razão
da sua ação tóxica, segundo a Embrapa Meio-
Norte, 2003.
Conclusão
A apicultura é uma importante fonte de renda
para a população do mundo. O emprego das
tecnologias na produção visa a diminuição no
impacto ambiental, como a morte de abelhas, e
um crescimento na economia. Vale ressaltar
ainda, que é necessário desenvolver mais
pesquisas para o melhoramento da produção e
do lucro.
O presente trabalho foi de extrema importância
para o conhecimento das particularidades da
produção apícola e para alertar sobre uma
cultura que está em crescente desenvolvimento
no nosso país.
Referências Bibliográficas
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produtos. 2.ed. Jaboticabal: FUNEP, 2002. cap.01, p.01-10,
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CAMPOS, R. G. M. Contribição para o estudo do mel,
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em: www.agricultura.gov.br , acesso em: 14/05/2009.
MUTSAERS, M.; ARAÚJO, L. Produtos apícolas:
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EMBRAPA MEIO-NORTE. Sistemas de produção 3.
Disponível em:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
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