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17/04/2023, 10:05 Processamento de mel puro e composto: um investimento de lucro certo | Artigos | Cursos a Distância CPT

Processamento de mel puro e composto: um investimento de


lucro certo
O mel não é o único produto das abelhas. Deve-se considerar a própolis que tem
uso medicinal, o pólen e a geleia real, considerados super alimentos, a apitoxina,
com seu potencial de uso farmacêutico, e a cera

Não há dúvida de que processar e comercializar o mel deve ser o maior objetivo de qualquer casa do mel ou entreposto de
produtos das abelhas.

Entretanto, o mel pode ser utilizado em diversos produtos alimentícios, cosméticos e farmacêuticos, como parte de sua composição.

A maioria dos entrepostos, entretanto, optam por focar a atividade no mel “in natura” ou composto, devido a aspectos
mercadológicos e legais.

Alguns, no entanto, investem em uma infraestrutura mais complexa para produção e comercialização de alimentos como balas, bolos
e doces, cosméticos e complementos alimentares. São produtos formulados de maneiras variadas, o que lhes garante identidade no
mercado.

O empreendedor apícola, entretanto, deve levar em conta que o processamento do mel “in natura” ou composto, e a
produção de complementos alimentares, mesmo de bebidas alcoólicas, são regidos por normas do Ministério da Agricultura,
fiscalizados pelos Serviços de Inspeção (municipal, estadual ou federal – conforme o alcance da comercialização), enquanto a
produção e comercialização de cosméticos e medicamentos tem o registro feito junto ao Ministério da Saúde, encarregado da
normatização e fiscalização através da Anvisa.

“Depois da colheita dos favos de mel, o apicultor inicia uma fase de grande importância para a apicultura, quando a
combinação de cuidados higiênicos necessários à manipulação de alimentos, com eficiência e criatividade no processamento e
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comercialização, pode tornar seu negócio muito rentável”, afirma o professor Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, do Curso CPT
Processamento de Mel Puro e Composto.

Não são poucos os que se limitam a simplesmente colher e embalar o mel em latas, vendendo-o para entrepostos e indústrias, no
atacado. Especializam-se na produção e tiram o máximo proveito de sua experiência e estrutura.

Outros preferem manter a verticalização da atividade, produzindo, processando e comercializando mel, tentando tirar proveito
econômico de todas as etapas.

E existem também aqueles que acabam se especializando no processamento e na comercialização, abandonando a fase de produção,
passando de apicultores a agroindustriais.

Qualquer que seja a opção do apicultor, um dos momentos mais críticos da atividade é, sem dúvida, a extração e o envasamento,
atividades que estarão presentes em qualquer tipo de empresa apícola, das quais depende, em grande parte, a qualidade do mel.

Há de lembrar, também, que o mel não é o único produto das abelhas. Deve-se considerar a própolis que tem uso medicinal; o pólen
e a geleia real, considerados super alimentos; e, ainda, a apitoxina, com seu potencial de uso farmacêutico, além da cera.

O mel

O mel pode ser considerado o único produto natural doce que contém açúcares, enzimas e diversos sais minerais e vitaminas
essenciais à saúde humana.

É, sem dúvida, um alimento de alto potencial energético e de conhecidas propriedades medicinais. As abelhas produzem o mel a
partir do néctar das flores, e o armazenam nos favos em estruturas denominadas alvéolos.

Em função das espécies de flores, o mel tem sua cor, seu sabor e perfume diretamente relacionados com a predominância da florada.

A cristalização do mel

Do ponto de vista de conservação, a cristalização do mel é um processo que pode ser encarado como normal e não indica
adulteração, pois quando cristalizado o mel não perde suas propriedades nutritivas.

O armazenamento

As condições ideais de armazenamento, depois do produto acondicionado em vidros limpos e esterilizados, é de preferência sob
resfriamento, à temperatura de 4º a 8ºC.

Se o mel foi acondicionado e armazenado em condições ótimas de temperatura e higiene, aconselha-se consumi-lo em até seis meses
após extração.

O mel maduro

O mel maduro contém dois tipos de açúcares: cerca de 30% de glicose, e aproximadamente 45% de frutose, que são de rápida
absorção pelo organismo.

São inúmeros os minerais presentes, as vitaminas, e um grande conteúdo enzimático, destacando-se a presença das enzimas amilase,
invertase, catalase e lipase.

O teor de água ideal gira em torno de 17%. É essa combinação que dá ao mel características alimentares e terapêuticas únicas, e lhe
garante um crescente mercado.

Extração do mel

O processamento do mel “in natura” começa com a recepção das melgueiras com favos; seguido da retirada dos opérculos, ou
desoperculação, na mesa desoperculadora.

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A extração é feita por centrifugação em um equipamento chamado centrífuga. O mel centrifugado passa por filtragem em uma
peneira e é colocado em um tanque decantador, onde as partículas estranhas serão separadas do produto por decantação.

Desoperculação

Os favos de mel terão os opérculos retirados com o garfo desoperculador, que tem, nas extremidades, hastes metálicas pontiagudas,
as quais fazem a perfuração e retirada dos opérculos.

Isso é feito sobre a mesa desoperculadora, uma estrutura em aço inoxidável, em forma de tanque, com largura igual ao comprimento
dos quadros, com local para fixação deles.

O mel escorrido não se perde, sendo retirado, no fundo, por um dreno lateral. A mesa também conta com um recipiente para os
opérculos, feito de malha metálica de aço inoxidável, que permite o escorrimento e posterior recuperação do mel presente nessas
estruturas.

A extração do mel

A extração do mel é feita por um extrator de mel, conhecido como centrífuga, que é um equipamento fabricado em aço inoxidável,
onde os favos, depois de desoperculados, são fixados em suportes radiais ligados a um eixo central.

O movimento circular faz com que o mel se desprenda dos favos, saia dos alvéolos e escorra pelos favos, sendo lançado contra a
parede do extrator, de onde escorre por gravidade até a parte inferior do equipamento, abaixo do suporte de quadros, de onde é
canalizado para o decantador.

A decantação

Na decantação, são utilizados tanques decantadores, feitos em aço inox, que podem ser verticais ou horizontais, que podem ter até
300 L de capacidade.

Apresentam diferentes capacidades volumétricas, e são equipados com tampa, e um registro tipo faca na tubulação de drenagem.

O envase

No envase, pode ser usado o próprio decantador, ou um outro tanque de aço inoxidável, com um registro tipo faca na base, usado no
corte rápido do mel durante o envase, o que facilita a dosagem adequada na embalagem.

Deve ser instalado a uma altura suficiente para que o trabalho de embalamento seja feito de forma adequada e higiênica.

Mel composto

A fabricação de mel composto é uma forma de agregar valor ao produto, atendendo uma clientela cada vez mais numerosa,
interessada em alimentos naturais e de ação terapêutica.

É uma mistura de mel e extratos ou tinturas vegetais, e também de outros subprodutos das abelhas, como extrato de própolis, geléia
real e pólen.

Para produzi-lo, o equipamento utilizado é o misturador, cuja principal característica é conseguir homogeneizar produtos com
densidades muitos diferentes, como é o caso do mel, mais denso, e os extratos que são líquidos.

Após o processo de mistura, o produto é embalado da mesma maneira que o mel “in natura”, a partir de um tanque envasador, ou
mesmo em sistemas automatizados.

O aspecto mercadológico do mel composto está diretamente relacionado aos efeitos de cada produto misturado.

- Própolis: é uma resina que as abelhas coletam nas plantas, e utilizam principalmente para calafetar e impermeabilizar frestas
da colmeia, e que tem uma ação desinfetante. É considerada um antibiótico natural. Misturada ao mel, é indicada para gripes,
resfriados, distúrbios gastrointestinais como úlceras e outras infecções.

- Agrião: conhecido por sua ação expectorante, o extrato de agrião é usado em mistura com mel e própolis, potencializando sua
ação. Indicações: Gripes, resfriados, bronquites e tosses com catarro.

- Eucalipto: potencializa a ação preventiva e curativa da própolis e é recomendado como expectorante potente nas tosses com

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catarro e em bronquites. Indicações: Gripes, resfriados, bronquites e tosses com catarro.

- Guaco: é uma planta que é conhecida na medicina popular por sua ação anti-inflamatória e fluidificante das vias aéreas
superiores. Na mistura com mel e própolis, é indicada para gripes e tosses secas.

- Pólen: é rico em proteínas, aminoácidos, minerais, vitaminas e hormônios. É também uma excelente fonte de energia, por
isso, na mistura com mel é indicado para atletas, em diversos tipos de dietas e em períodos de convalescência.

- Geleia real: contém proteínas (18 aminoácidos); vitaminas A, C, D, E e todo o complexo B; e inúmeros minerais. Misturada
ao mel é indicada na prevenção de doenças arterioscleróticas, como estimulante sexual, na alimentação de doentes crônicos ou
convalescentes, no combate à depressão e à insônia.

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Por Silvana Teixeira.

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