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INTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO SUPERIOR DE AGRONOMIA

HENRIQUE BROMONSCHENKEL BROZEGHINI

USO DE CHAMOTE NA SUBSTITUIÇÃO DE SUBSTRATO COMERCIAL PARA


PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE (Lactuca sativa L.)

Santa Teresa
2021
HENRIQUE BROMONSCHENKEL BROZEGHINI

USO DE CHAMOTE NA SUBSTITUIÇÃO DE SUBSTRATO COMERCIAL PARA


PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE (Lactuca sativa L.)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Coordenadoria do Curso de Agronomia do Instituto
Federal do Espírito Santo, como requisito parcial
para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Prof. M. Sc. José Julio Garcia de Freitas

Santa Teresa
2021
(Biblioteca Major Bley do Instituto Federal do Espírito Santo)
B885u Brozeghini, Henrique Bromonschenkel.

Uso de chamote na substituição de substrato comercial para


produção de mudas de alface (Lactuca sativa L.) / Henrique
Bromonschenkel Brozeghini. – 2021.

26f. : il. ; 30 cm.

Orientador: Prof. D.M.Sc. José Júlio Garcia de Freitas

Monografia (graduação em Agronomia) – Instituto Federal do


Espírito Santo, Coordenadoria do Curso de Agronomia. Santa Teresa,
2021.

Inclui bibliografias.

1. Produção de mudas. 2. Lactuca sativa. 3. Cerâmica - Indústria. 4.


Chamote. 5. Reaproveitamento. I. Freitas, José Júlio Garcia de. II.
Instituto Federal do Espírito Santo. III. Título.

CDD 23 – 635.52
HENRIQUE BROMONSCHENKEL BROZEGHINI

USO DE CHAMOTE NA SUBSTITUIÇÃO DE SUBSTRATO COMERCIAL NA


PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE (Lactuca sativa L.)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a


Coordenadoria do Curso de Agronomia do Instituto
Federal do Espírito Santo, como requisito parcial
para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Aprovado em 3 de novembro de 2021

COMISSÃO EXAMINADORA
DECLARAÇÃO DO AUTOR

Declaro, para fins de pesquisa acadêmica, didática e técnico-científica, que este Trabalho de
Conclusão de Curso pode ser parcialmente utilizado, desde que se faça referência à fonte e ao
autor.

Santa Teresa, 3 de novembro de 2021.

Henrique Bromonschenkel Brozeghini


AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, Ricardo e Geovanna e a todos que me apoiaram.


RESUMO

O sucesso na produção de mudas de alface (Lactuca sativa L.) começa pela obtenção de mudas
de boa qualidade, necessitando da utilização de substratos que forneçam condições químicas,
físicas e biológicas adequadas ao bom desenvolvimento da planta. O reaproveitamento de
resíduos na formulação de substratos é uma proposta interessante na produção de mudas. O
trabalho objetivou avaliar a absorção de umidade de 4 granulometrias de chamote (1,00; 2,00;
4,00 e 7,00 mm) e a influência da substituição de substrato comercial por resíduo da indústria
cerâmica (chamote) na faixa granulométrica de 0,5 a 2,0 mm, no desenvolvimento de mudas de
alface. O experimento foi conduzido em casa de vegetação com delineamento experimental
inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições. Utilizou-se a cultivar Grand
Rapids TBR e seis substratos sendo um comercial, Vivato pro 20®; um constituído apenas pelo
resíduo; e quatro formulados a partir do substrato comercial, Vivato pro 20® + chamote (20%,
40%, 60% e 80%). Foram avaliadas as variáveis: índice de velocidade de emergência (IVE),
porcentagem de emergência de plântulas (PEP), tempo médio de emergência (TME),
comprimento da parte aérea (CPA) e sistema radicular (CSR), diâmetro do coleto (DC), massa
fresca da parte aérea (MFPA) e sistema radicular (MFSR) e índice de qualidade de Dickson
(IQD), 30 dias após a semeadura. O uso de até 57,31% e 55,83% de chamote influencia
positivamente nos parâmetros IVE e TME respectivamente, acelerando o processo germinativo.
O aumento da dosagem de chamote promoveu decréscimo das variáveis CPA, MFPA, MFSR
e IQD; doses de até 24,00% e 17,75% de chamote influenciam positivamente nos parâmetros
comprimento de sistema radicular e diâmetro do coleto, respectivamente. É necessária a
realização de mais estudos sobre a utilização de chamote como constituinte parcial de substrato
para a produção de mudas de alface.

Palavras-chave: Produção de mudas. Lactuca sativa. Cerâmica-Indústria. Chamote.


Reaproveitamento.
ABSTRACT

The success in the production of lettuce seedlings (Lactuca sativa L.) starts with obtaining good
quality seedlings, requiring the use of substrates that provide adequate chemical, physical and
biological conditions for the good development of the plant. The reuse of residues in the
formulation of substrates is an interesting proposal in the production of seedlings. The aim of
this work was to evaluate the moisture absorption of 4 chamotte granulometries (1.00; 2.00;
4.00 and 7.00 mm) and the influence of replacing commercial substrate by ceramic industry
waste (chamote) in the granulometric range from 0.5 to 2.0 mm, in the development of lettuce
seedlings. The experiment was carried out in a greenhouse with a completely randomized
design, with six treatments and four replications. The cultivar Grand Rapids TBR and six
substrates were used, one commercial, Vivato pro 20®; one consisting only of the residue; and
four formulated from the commercial substrate, Vivato pro 20® + grog (20%, 40%, 60% and
80%). Variables were evaluated: emergence velocity index (IVE), percentage of seedling
emergence (PEP), mean emergence time (TME), shoot length (CPA) and root system (CSR),
stem diameter (DC), fresh weight of aerial part (MFPA) and root system (MFSR) and Dickson
quality index (IQD), 30 days after sowing. The use of up to 57.31% and 55.83% of chamotte
positively influences the IVE and TME parameters respectively, accelerating the germination
process. The increase in the dosage of chamotte promoted a decrease in the variables CPA,
MFPA, MFSR and IQD; doses of up to 24.00% and 17.75% of chamotte positively influence
the parameters of root system length and stem diameter, respectively. It is necessary to carry
out more studies on the use of grog as a partial constituent of the substrate for the production
of lettuce seedlings.

Keywords: Seedling production. Lactuca sativa. Ceramic-Industry. Chamotte. Reuse.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 8
1.1 CULTURA DA ALFACE (Lactuca sativa L.).................................................. 8
1.2 PRODUÇÃO DE MUDAS E SUBSTRATO.................................................... 8
1.3 RESÍDUO DA INDÚSTRIA CERÂMICA (CHAMOTE)............................... 9
2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................. 12
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 12
2.1.1 Objetivos específicos........................................................................................ 12
2.2 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................... 12
2.2.1 Área experimental............................................................................................ 12
2.2.2 Amostragem do chamote, aquisição das bandejas, substrato e sementes... 13
2.2.3 Britagem e análise granulométrica................................................................. 13
2.2.4 Avaliação da capacidade de absorção de água (umidade) em temperatura 13
ambiente..........................................................................................................
2.2.5 Preparo das bandejas e semeadura.............................................................. 13
2.2.6 Avaliações........................................................................................................ 14
3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL....................................................... 16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 17
4.1 AVALIAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE...................................................... 17
4.2 AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO................................................................ 17
4.3 AVALIAÇÃO DE VIGOR............................................................................... 19
5 CONCLUSÃO................................................................................................. 23
REFERÊNCIAS.............................................................................................. 24
8

1 INTRODUÇÃO

1.1 CULTURA DA ALFACE (Lactuca sativa L.)

A alface (Lactuca sativa L.) pertencente à família Asteraceae é originária de clima temperado
(região do Mediterrâneo) e considerada a hortaliça folhosa mais importante no Brasil e no
mundo, sendo consumida, principalmente, in natura na forma de saladas, constituindo-se na
mais popular, dentre aquelas em que as folhas são consumidas cruas e ainda frescas. Do ponto
de vista social, já que é cultivada, tradicionalmente, por pequenos produtores (RESENDE et
al., 2017). No ano de 2016, segundo dados da Síntese da Produção Agropecuária do Espírito
Santo 2016/2017, a área de alface colhida equivaleu à 3.662 há e totalizou uma produção de
99.133 toneladas e rendimento médio de 27.070 Kg/ha (GAELANO et al., 2018).

Do ponto de vista nutricional, 350 g de alface apresentam aproximadamente 56 kcal, 95,80%


de água, 2,3% de hidratos de carbono, 1,20% de proteínas, 0,20% de gorduras, 0,50% de sais
minerais (13,3 mg de potássio, 147,0 mg de fósforo, 133,0 mg de cálcio e 3,85 mg de sódio,
magnésio e ferro). Contém ainda vitamina A (245-UI), vitaminas do complexo B (B1 – 0,31
mg e B2 – 0,66 mg) e C (35,0 mg) (FERREIRA, 2012).

De acordo com (SILVA et al., 2017), os fatores com maior importância na formação de mudas,
está a produção de alface em bandejas com posterior transplantio, onde tal produção é
considerada um dos métodos mais eficientes, conferindo uniformidade da muda, evitando a
competição entre plantas e diminuindo o estresse das raízes durante o processo de transplantio.

1.2 PRODUÇÃO DE MUDAS E SUBSTRATO

Dentre as diferentes etapas no ciclo de produção de hortaliças, a produção de mudas é


considerada uma das principais, pois influência no ciclo vegetativo e produtivo da cultura
(SILVA; MELO e GONÇALVES, 2019), na qual mudas mal-formadas podem ampliar o ciclo
da cultura e, consequentemente, causar prejuízos ao produtor. Atualmente, utilizam-se bandejas
de isopor e/ou plástico, com substrato comercial de qualidade (CAVALCANTI et al., 2018).

A produção em bandejas tem se mostrado vantajosa, visto que são leves, facilita o manuseio e
transporte, ocupa uma área menor e eleva a produtividade e qualidade do produto, diminuindo
o número de sementes gastas (FILGUEIRA, 2008). Para produção de mudas de alface, o
9

substrato deve proporcionar eficiência na germinação e emergência de plântulas, além de


fornecer suprimento adequado de nutrientes, oxigênio e eliminação CO2 (MENEGHELLI et
al., 2018).

Existem empresas que produzem substratos apropriados para a produção de mudas de diversas
espécies vegetais, no entanto, muitos destes substratos apresentam custos elevados, onerando
pequenos produtores. A partir deste obstáculo, diversas publicações apontam substratos
alternativos eficientes, que utilizam materiais de diversas origens: vegetal (resíduo da secagem
dos grãos de café) (MENEGHELLI et al., 2016), animal (esterco ovino) (SOUZA et al., 2013),
mineral (areia e vermiculita) (SILVA et al., 2015) e além destes, alguns estudos relacionados à
incorporação e reaproveitamento de resíduos são realizados, como: resíduo de mineração de
areia (GARCIA et al., 2012) e lodo de esgoto (CAMARGO et al., 2013). Essa prática tem
conferido um caráter cada vez mais sustentável às atividades de produção de mudas,
minimizando o impacto ambiental que seria provocado com a disposição inadequada destes
resíduos na natureza (NEVES et al., 2010) e proporcionado redução de custos de produção.

A escolha do substrato deve ser feita em função da disponibilidade de materiais, suas


características físicas e químicas, seu peso e custo, quando da sua formulação. Além disso, deve
existir uma proporção adequada de elementos essenciais (ar, água e nutrientes) necessários ao
crescimento e desenvolvimento das plantas (BLANK et al., 2014). Dessa forma, a função
primordial dos substratos é sustentar química e fisicamente as plantas (TESSARO et al., 2013).

1.3 RESÍDUO DA INDÚSTRIA CERÂMICA (CHAMOTE)

O setor de cerâmica vermelha produz telhas, tijolos e blocos cerâmicos, alguns dos principais
fornecedores do setor de construção civil. Entre seus impactos ambientais, a extração e
consumo de matérias-primas: argila, água, lenha, se destacam, contudo, rejeitos (cacos de telha,
blocos e tijolos) de produção (“chamote”), resultantes, principalmente, de falhas no processo
de manufatura e emissões de material particulado oriundas na queima de peças argilosas
(LIMA, 2008) e na logística de transporte de lenha até os pátios industriais.

O chamote gerado na atividade industrial desse setor cresce em importância no cenário


ambiental, uma vez que são produzidas milhares de toneladas por dia em várias regiões do
Brasil. Dessa forma, a gestão adequada de resíduos é primordial, sugerindo a necessidade do
desenvolvimento de soluções para a implantação de tecnologias capazes de minimizar os
10

impactos decorrentes da disposição destes resíduos no ambiente e/ou reduzir os custos


envolvidos nessa atividade (LUCAS e BENATTI, 2008).

Segundo levantamento feito por Sales e Alferes Filho (2014), o percentual de perdas no
processo produtivo da cerâmica varia entre indústrias da região Sudeste; mas, no geral,
apresenta valores em torno de 0,5% até 15%. O reaproveitamento deste resíduo como insumo
para a produção de mudas hortifrutis, florestais e/ou ornamentais, valoriza e pode mudar a
concepção de rejeito para subproduto, revelando uma solução, tanto para a produção de mudas
(constituição de substratos), como para redução de custos produtivos no setor ceramista
(MEDEIROS, 2010).

Não existem estudos científicos na área agrícola que comprovem os benefícios oferecidos pelo
pó ou pelos grânulos do “chamote” após processo de trituração. O chamote vem sendo utilizado
como substrato por produtores de plantas ornamentais (bonsais e orquídeas) em granulometrias
variando de 1,0 a 7,0 mm, que empiricamente, alegam que esse material possui capacidade de
reter umidade por um intervalo maior que a de substratos convencionais.

A caulinita é um argilomineral proveniente do caulim, apresenta fórmula molecular


Al2O3SiO2.H2O, podendo haver a presença de vários outros minerais, sendo formado pelo
empilhamento regular de camadas 1:1 (MEDEIROS, MACEDO e PIANARO, 2019).De acordo
com Murray (2000), a caulinita é bem conhecida como um dos quatro principais de acordo com
a classificação de minerais de argila, sendo amplamente utilizado para produção de porcelana,
eletroporcelana, azulejo, tijolo e telhas.

O mecanismo que explica a hidratação da superfície das partículas deste grupo está relacionado
principalmente as moléculas de água mais próximas da superfície da caulinita que são
adsorvidas em sua superfície, formando ligações de hidrogênio (CHEN et al., 2019). Contudo,
para Geng e Sun, o conhecimento obtido até o momento, deixa lacunas sobre as propriedades
físico-químicas de argila, quando expostas a altas temperaturas (acima de 200 ° C) em relação
a parâmetros físico-químicos (densidade, difusibilidade, etc).
11

Figura 1- Análises termogravimétrica e diferencial da amostra de argila

Fonte: Romero-Guerrero, et al. (2018).

Picos endotérmicos duplos a 475 ° C e 747 ° C, similares aos observados por ROMERO-
GUERRERO, et al. (2018) são devido à dessorção de água, ou seja, desidroxilação de caulinita
e ilita, já mostrados na Figura 1, onde a perda de massa ocorre devido à combustão de matéria
orgânica e a dissipação de água estrutural (grupos estruturais OH) (equações químicas 1 e 2),
originando um mineral amorfo conhecido como metacaulinita.

Al2O3 . 2SiO2 . 2H2O Al2O3 . 2SiO2 + 3/2 H2O (1)


470 -520 °C

Al2O3 . 2SiO2 . 1/2H2O Al2O3 . 2SiO2 + 1/2 H2O (2)


> 540 °C

Além da umidade, os grânulos cerâmicos são capazes de reter nutrientes e disponibilizá-los


gradativamente para serem absorvidos pelo sistema radicular, este fato está relacionado com os
poros presentes em todo o corpo do grão. Assim, a substituição parcial de substrato por chamote
pode colaborar com redução nos custos de aquisição de matéria-prima (substrato), reduzir
custos ambientais da irrigação e visuais, causados pelos resíduos, majoritariamente descartados
em locais impróprios, sendo um estudo inédito na utilização de resíduo de cerâmica vermelha,
na composição de substrato para produção de mudas de alface.
12

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o efeito da substituição de substrato comercial por doses crescentes de resíduo da


indústria cerâmica (chamote) na faixa granulométrica de 0,5 a 2,0 mm, no crescimento de
mudas de alface cv. Grand Rapids TBR.

2.1.1 Objetivos específicos

- Avaliar porcentagens de chamote na substituição de substrato comercial na produção de


mudas de alface;

- Avaliar a capacidade de absorção de água do chamote;

- Observar o efeito das substituições com chamote na porcentagem de emergência de plântulas


(PEP), índice de velocidade de emergência (IVE) e no tempo médio de emergência (TME);

- Observar o efeito das substituições com chamote no comprimento de parte aérea (CPA),
comprimento de sistema radicular (CSR), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa fresca
do sistema radicular (MFSR) e diâmetro do coleto (DC);

- Avaliar o efeito das substituições na qualidade das mudas de alface, através do índice de
qualidade de Dickson (IQD).

2.2 MATERIAL E MÉTODOS

2.2.1 Área experimental

A condução do experimento ocorreu casa de vegetação no setor de Olericultura do Instituto


Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES) – campus Santa Teresa,
localizado nas coordenadas geográficas de 19º48’21’’ latitude S, 40º40’44’’ latitude O) e
altitude de 174 m.
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2.2.2 Amostragem do chamote, aquisição das bandejas, substratos e sementes

O resíduo conhecido como “chamote” foi coletado em pilhas de descarte na empresa mais
próxima a região e acondicionado em saco de estopa na quantidade de 30 Kg. Após
procedimento de coleta, o resíduo foi encaminhado para o Laboratório de Tecnologia Cerâmica
– TECCER.

As bandejas de isopor (67,4 cm x 34,4 cm x 4,7 cm e volume de célula de 70 mL), substrato e


sementes da alface cv. Grand Rapids TBR foram adquiridos via recursos própria na loja
agropecuária mais próxima a região. No total, obteve-se seis bandejas de isopor de 200 células;
um saco de 50 litros de substrato Vivato pro 20®; e um pacote de 10g de sementes de alface
variedade Grand Rapids TBR.

2.2.3 Britagem e análise granulométrica

Em laboratório, o resíduo que em sua maioria era constituído por materiais grosseiros, foi
triturado manualmente com auxílio de marretas e posteriormente cominuído em moinho de
rotor com martelo móvel para a obtenção de um material menos bruto e de melhor
processamento. O “chamote” recém-processado passou por processo de peneiramento em um
conjunto de peneiras composta das malhas de 2,0 mm e 0,5 mm. Ao final, obteve-se o resíduo
em uma fração granulométrica mesclada por grãos variando entre as dimensões das peneiras
utilizadas.

2.2.4 Avaliação da capacidade de absorção de água (umidade) em temperatura ambiente

Os cacos de telhas, tijolos e blocos cerâmicos foram cominuídos em 04 diferentes


granulometrias, para da absorção de água, realizada com amostras de 1,00; 2,00; 4,00 e 7,00
mm, durante 24 horas em béqueres selados com filme plástico PVC comercial.

2.2.5 Preparo das bandejas e semeadura

As sementes de alface, cultivar Grand Rapids TBR, foram semeadas em bandejas de isopor
com 200 células, colocando-se uma semente por célula. Utilizou-se o sistema de produção de
mudas em bandejas suspensas, alocadas em bancadas de alvenaria, irrigadas manualmente duas
vezes ao dia, pela manhã e à tarde. Não foi realizada adubação com fertilizantes durante o
experimento.
14

2.2.6 Avaliações

- Índice de velocidade de emergência (IVE): Foram contabilizadas diariamente o número de


plantas emergidas, até o momento de sua estabilização (seis dias após semeadura) e por meio
da Equação 3, calculou-se o IVE para cada tratamento e suas respectivas repetições.

𝐼𝑉𝐸 = (𝐸1⁄𝑁1) + (𝐸1⁄𝑁2) + ⋯ + (𝐸𝑛⁄𝑁𝑛) (3)

Onde:
IVE = índice de velocidade de emergência;
E1, E2, En = número de plântulas emergidas na primeira, segunda, ..., última contagem e,
N1, N2, Nn = número de dias da semeadura à primeira, segunda, ..., última contagem.

- Porcentagem de emergência (PE): Na última contagem foi determinada a porcentagem de


emergência de plântulas, conforme equação a seguir.

𝑁𝑝⁄
𝑃𝐸 = ( 𝑁𝑠) 𝑥 100 (4)

Onde:
PE = porcentagem de emergência (%);
Np = número de plantas emergidas e,
Ns = número de sementes distribuídas no plantio.

- Tempo de emergência (TE): Foram contabilizadas diariamente o número de plantas


emergidas, até o momento de sua estabilização e por meio da Equação 5, calculou-se o TE para
cada tratamento e suas respectivas repetições.

∑ 𝑁𝑖 𝑥 𝑇𝑖
𝑇𝐸 = ⁄∑ 𝑁𝑖 (5)

Onde:
Ni = número de plântulas emergidas por dia e,
Ti = tempo de incubação (dias).

- Comprimento da parte aérea e sistema radicular e diâmetro do coleto: Ao final de 30


dias, momento em que as mudas se encontravam em ponto ideal de transplantio, foram
15

selecionadas de cada tratamento as dezoito plântulas mais centralizadas. Retirou-se estas das
células, com posterior imersão em água para remoção do substrato fixado às raízes.

Em laboratório, destacou-se a parte aérea do sistema radicular na região do coleto e com auxílio
de uma régua graduada foi realizada a medição do comprimento da parte aérea e do sistema
radicular. Para medir o diâmetro do coleto, utilizou-se um paquímetro digital.

- Massa fresca e seca da parte aérea e de raiz: A partir do procedimento anterior, a parte
aérea e sistema radicular de cada planta foram pesados individualmente para obtenção de suas
massas frescas e, logo após, foram acomodadas em sacos de papel previamente identificados e
levados para secar em estufa a 65 ºC por um período de 72 horas.

Decorrido o tempo de secagem, pesou-se individualmente parte aérea e sistema radicular para
obtenção de suas massas secas.

- Índice de Qualidade de Dickson (IQD): O IQD (equação 6) foi obtido a partir das seguintes
variáveis: comprimento de parte aérea (CPA), diâmetro do coleto (DC), matéria seca da parte
(MSPA) aérea (MSPA) e de sistema radicular (MSSR) e matéria seca total (MST), conforme
equação a seguir.

𝑀𝑆𝑇 (𝑔)
𝐼𝑄𝐷 = 𝐶𝑃𝐴 (𝑐𝑚) 𝑀𝑆𝑃𝐴 (𝑔) (6)
+
𝐷𝐶 (𝑚𝑚) 𝑀𝑆𝑆𝑅 (𝑔)
16

3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

O delineamento experimental deu-se em bloco inteiramente casualizado com parcelas


subdivididas com seis tratamentos, sendo cada tratamento composto por 4 repetições. Os
tratamentos foram compostos por substituições em doses crescentes de substrato comercial por
“chamote”, assumindo a seguinte distribuição: Tratamento 0: 100% Substrato comercial
(Testemunha); Tratamento 1: 80% de Substrato comercial + 20% de “chamote”; Tratamento
2: 60% de Substrato comercial + 40% de “chamote”; Tratamento 3: 40% de Substrato
comercial + 60% de “chamote”; Tratamento 4: 20% de Substrato comercial + 80% de
“chamote” e Tratamento 5: 100% de “chamote”.

Cada bandeja representou um tratamento e as repetições distribuídas ao acaso dentro de cada


tratamento, sendo as unidades experimentais constituídas por 50 plântulas.

Os dados foram submetidos aos testes de normalidade (Shapiro-Wilk) e homocedasticidade


(Levene), pressupostos para análise de variância. Após atenderem aos pressupostos, os dados
foram submetidos a análise de variância e em caso significativo, adotou-se como procedimento
a decomposição dos graus de liberdade dos tratamentos em modelos de regressão pelo método
dos polinômios ortogonais, sendo a escolha do modelo baseada no coeficiente de determinação
e no nível de significância. Todos os procedimentos foram realizados no software R Core Team
versão 4.0.2 ao nível de 5% de probabilidade (R CORE TEAM, 2020), utilizando-se os pacotes
nortest (GROSS & LIGGES, 2015) lawstat (JOSEPH et al., 2020) e ExpDes.pt (FERREIRA et
al., 2018).
17

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 AVALIAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE

Após pesagem dos grãos de chamote, foram obtidos os seguintes valores, que apresentaram
variância mínima indicados na Tabela 1.

Tabela 1- Avaliação da umidade em grãos de chamote (% massa)


Granulometria (mm) Média da absorção de água por imersão (%)
1,00 18,05
2,00 18,71
4,00 18,32
7,00 19,37
Fonte: Autor.

Observa-se que as médias se mantêm semelhantes, uma vez que o material de origem do resíduo
estudado é o mesmo, tal fato é resultado de falhas processuais que ocorrem no ciclo produtivo
cerâmico, resultando em trincas e porosidades que aumentam a capacidade de absorção de água
do rejeito. É importante registrar que a umidade está intimamente relacionada à porosidade
existente bem como ao tamanho dos grãos de cerâmica vermelha estudados e com a capacidade
da metacaulinita realizar interações com moléculas de água, promovendo acréscimo na
capacidade de retenção de água dos substratos acrescidos de chamote.

4.2 AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO

Na Figura 2 apresentam-se a porcentagem de emergência (PE), tempo de emergência (TE) e


índice de velocidade de emergência (IVE), respectivamente, em função de diferentes
concentrações de chamote na composição do substrato comercial.
18

Figura 2 - Porcentagem de emergência (a), tempo médio de emergência (b) e índice de


Velocidade de Emergência (c) de mudas alface cultivar Grand Rapids TBR em função de
diferentes concentrações de chamote no substrato

Nota: ** indica que foi significativo a 1% de probabilidade.

A média de germinação dos tratamentos foi de 94,78% (Figura 2a), tal fato é ocasionado pela
grande variabilidade de sementes viáveis e não viáveis encontradas no lote utilizado. Segundo
Almeida (2016), as sementes de alface são reconhecidamente problemáticas em termos de
qualidade fisiológica, revelando alta sensibilidade às condições de ambiente, frequentemente
inadequadas para a ocorrência de rápida emergência e desenvolvimento da inicial da planta.
Sintomas de declínio da qualidade fisiológica estão atrelados à lentidão do processo de
germinação, promovendo aumento do período decorrido entre a germinação da primeira e
última semente de um lote, culminado na desuniformidade de plântulas deste.

A disponibilidade hídrica torna-se um dos importantes fatores ambientais capaz de influenciar


o processo de germinação de sementes e o estabelecimento das plântulas, visto que os vegetais
são geralmente mais sensíveis ao déficit hídrico nas fases iniciais do desenvolvimento
(ANTUNES et al., 2011). Outro fator que possui grande influência na germinação de sementes
de alface é a temperatura, sendo que a faixa ótima encontra-se em torno de 20 ºC, e a maioria
19

das cultivares não germinam em temperaturas superiores a 30 ºC, ao qual reduzem a velocidade
ou a porcentagem de germinação.

Condições de altas temperaturas durante a embebição das sementes de alface influenciam dois
fenômenos: a termo inibição, um processo reversível, uma vez que a germinação ocorre quando
a temperatura se reduz a um nível mais adequado e a termo dormência, quando as sementes não
germinarão mesmo após a redução da temperatura (KANO et al., 2011).

Para a variável tempo de emergência, a aplicação de diferentes doses de chamote ao substrato


apresentou um comportamento quadrático. O menor tempo de emergência observado foi de 3,5
dias com aplicação de 55,83% de chamote. Também, a aplicação do chamote influenciou
positivamente no índice de velocidade de emergência. Para esta variável, o comportamento
apresentado também foi quadrático, sendo o maior índice alcançado (13,92) obtido com
aplicação de 57,31% de chamote, significando que substituições nessa dosagem tendem a
acelerar o processo germinativo. O chamote apresenta boa capacidade de retenção de umidade
e quando associado ao substrato, auxilia na manutenção da disponibilidade hídrica e
temperatura (mantendo-a na faixa ótima de germinação nas horas mais quentes do dia).

As alterações do substrato comercial, ocasionadas pela adição de chamote, podem afetar várias
propriedades do substrato e influenciar, por exemplo, na capacidade de retenção de água,
quantidade de água disponível para a embebição da semente e permeabilidade de água, que por
consequência influenciou positivamente os parâmetros de IVE e TME.

4.3 AVALIAÇÃO DE VIGOR

A espécie Lactuca sativa apresentou comportamento diferenciado das suas variáveis em relação
às diferentes porcentagens de substituição de substrato comercial por chamote. Verificou-se
que houve diferença entre os tratamentos, considerando as variáveis em estudo.

Na Figura 4 apresentaram-se a comprimento da parte aérea (CPA), comprimento do sistema


radicular (CSR), massa fresca de parte aérea (MFPA), massa fresca de sistema radicular
(MFSR), diâmetro do coleto (DC) e o índice de qualidade de Dickson (IQD), respectivamente,
em função de porcentagens crescentes de chamote na composição do substrato comercial.
20

Figura 3 - Comprimento de parte aérea (a), comprimento de sistema radicular (b), massa fresca
de parte aérea (c), massa fresca do sistema radicular (d), diâmetro do coleto (e), Índice de
Qualidade de Dickson (f) de mudas alface cultivar Grand Rapids TBR em função de diferentes
concentrações de chamote no substrato

Nota: ** indica que foi significativo a 1% de probabilidade.


21

As variáveis CPA, MFPA, MFSR e IQD manifestaram comportamento linear, em função das
diferentes porcentagens de chamote na composição de substrato comercial, ou seja, à medida
que as doses de chamote foram aumentadas, houve uma redução dos valores das variáveis.

Verifica-se que o incremento de chamote ao substrato comercial proporciona decréscimo das


variáveis CPA, MFPA, MFSR e IQD, tal fato está atrelado à redução do aporte nutricional
oferecido as plântulas, uma vez que o resíduo é considerado inerte e não interage quimicamente
com o substrato na liberação de nutrientes essenciais ao bom desempenho das mudas
promovendo impacto direto no acúmulo de fitomassa. De acordo com Silva et al. (2019), o
balanço nutricional é de crucial importância para o crescimento inicial das mudas e após o
consumo das reservas oriundas da semente, a plântula necessita de um aporte nutricional que
assegure o seu desenvolvimento.

Segundo Santos et al. (2012), no contexto de produção de mudas o substrato é um dos


componentes mais complicados e sensíveis, onde qualquer variação em sua composição pode
implicar na má formação das mudas. Dessa forma, um bom substrato deve ter uma boa
capacidade de aeração, drenagem, retenção de água e disponibilidade balanceada de nutrientes,
estando associadas à estas características a formação da parte aérea e sistema radicular.

Os resíduos utilizados na composição do substrato devem manter uma interação com a planta
e essa interação entre substrato-planta quem faz são as raízes (OLIVEIRA et al., 2013). Para
que isso ocorra de forma eficaz, o substrato deverá propiciar o desenvolvimento do sistema
radicular ao longo de toda a cédula, tornando o enraizamento uniforme.

As variáveis CSR e DC apresentaram um comportamento polinomial quadrático. O incremento


de chamote no substrato comercial proporcionou valores crescentes de comprimento de sistema
radicular até a proporção de 24,00%, obtendo-se o valor máximo de 11,75 cm (Figura 1b),
proporções acima desta acarretam em decréscimo dessa variável. O aumento da concentração
de chamote afeta a estrutura física (porosidade, aeração e densidade) fornecida pelo substrato
comercial, reduzindo a microporosidade e superfície específica, que por consequência
impossibilita o pleno desenvolvimento radicular.

Quando avaliado o diâmetro do coleto, o maior valor (2,6 mm) foi observado com a aplicação
de 17,75% de chamote (Figura 3e). Proporções de chamote superiores a 17,75% acarretam
decréscimo dessa variável. As plantas com maior diâmetro de colo constituem uma importante
indicação da qualidade da muda em relação à sobrevivência e crescimento após o plantio em
local definitivo, principalmente pela maior capacidade de formação e de crescimento de novas
22

raízes (FREITAS, et al. 2013). Em olerícolas, o diâmetro do coleto apresenta-se como uma das
características fundamentais na hora de decidir se a muda está no momento do plantio, além
disso, conferem às plantas maior sustentação e maior resistência ao tombamento.

O Índice de Qualidade de Dickson (IQD) destaca-se como um dos índices mais utilizados para
avaliar a qualidade de mudas, uma vez que leva em consideração a produção de fitomassa, a
altura e o diâmetro do coleto das plantas. De acordo com a Figura 1(f), o incremento de chamote
proporcionou valores decrescentes de IQD e conforme já citado, a diminuição do fornecimento
de nutrientes para as mudas impacta diretamente nas varáveis deste índice.

De um modo geral, os resultados obtidos neste trabalho evidenciam um efeito prejudicial do


chamote para as varáveis CPA, MFPA, MFSR e IQD na composição de substratos. Efeitos
benéficos foram observados nas proporções de substituição de até 24,00% e 17,75% para as
variáveis CSR e DC, respectivamente. A análise destes resultados permite inferir que os estudos
sobre o emprego de chamote como constituinte de substratos alternativos são importantes, uma
vez que por meio dele torna-se possível a geração de substratos de baixo custo para as mais
diversas espécies de interesse agronômico, uma vez que a literatura demonstra escassez em
relação a tais pesquisas, principalmente no que diz respeito à capacidade de liberação de
nutrientes essências ao desenvolvimento da alface.
23

5 CONCLUSÃO

A granulometria de chamote estudada na faixa de 0,5 a 2,00 mm apresenta uma absorção média
de 18% de umidade em peso, auxiliando na manutenção hídrica do substrato.

Substituições de até 55,83% e 57,31% impactam positivamente no tempo médio de emergência


e índice de velocidade de emergência respectivamente, acelerando o processo germinativo.

Doses crescentes de chamote ao substrato comercial reduzem gradativamente o comprimento


de parte aérea, a matéria fresca de parte área e sistema radicular e Índice de Qualidade de
Dickson.

Substituições de até 24,00% e 17,75% de substrato comercial por chamote influenciam


positivamente nos parâmetros comprimento de sistema radicular e diâmetro do coleto,
respectivamente.
24

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