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FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL

SECÇÃO DE USO DE TERRA E ÁGUA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA AGRONÓMICA

REGA E DRENAGEM

GRUPO No 2

Tema: Dimensionamento de sistema de irrigação por aspersão para mapira (Sorghum


bicolor) no Campo Experimental da FAEF.

Discente: Docentes:

Alfredo, Celso Jaime Prof. Doutor. Emilio Magaia


Cumbe, Orcélio Das Neves António Prof. Doutor. Sebastião Famba
Cumbe Jr. Adolfo Raul
Brito, Jose Martins
Saria, Amisse Selemane

Monitor:

Jaime Escrivão

Maputo, Janeiro de 2022


Índice
Lista de Abreviaturas.................................................................................................................3

1. Introdução...........................................................................................................................4

1.1 Antecedentes................................................................................................................4

1.2 Objectivos....................................................................................................................5

1.2.1 Objectivo geral.....................................................................................................5

1.2.2 Objectivos específicos..........................................................................................5

2. Revisão bibliográfica..........................................................................................................6

2.1 Características do Sorghum bicolor.............................................................................6

2.2 Condições ideais de solo e temperatura.......................................................................6

2.3 Efeito da irrigação na Cultura de Mapira....................................................................6

Bomba.....................................................................................................................................7

Tubagem.................................................................................................................................7

Aspersão.................................................................................................................................7

2.4 Produtividade da cultura..............................................................................................8

3. Metodologia........................................................................................................................8

3.1 Descrição da Área de estudo.......................................................................................8

Rega por aspersão...................................................................................................................8

4. Resultados e discussão........................................................................................................9

4.1 Resultados....................................................................................................................9

4.1.1 Curva de coeficiente da cultura (Kc)...................................................................9

4.1.2 Dimensionamento da rega....................................................................................9

4.2 Discussão...................................................................................................................15

5. Conclusão..........................................................................................................................17

6. Referências bibliográficas.................................................................................................18

7. Anexos..............................................................................................................................19
1. Introdução

1.1 Antecedentes
A agricultura constitui o pilar da economia de Moçambique e este sector tem um grande
potencial de crescimento.

A mapira (Sorghum bicolor), em Moçambique, onde constitui um dos alimentos básicos da


população, é o 5° cereal mais importante no mundo. É alimento humano em muitos países da
África, é importante componente da alimentação animal e podemos encontrar minerais como:
Se, Fe, P, K, Ca e Mg (COELHO, 2006).

Moçambique é largamente diferenciado por topografia (especialmente altitude), precipitação


e temperatura, tipo de textura do solo e proximidade ao litoral, oferecendo uma ampla
variedade de oportunidades de produção; o potencial agrícola é elevado não obstante as secas
e as cheias frequentes. (CAMARGO e VALADARES, 2009).

A irrigação tem sido usada não só para melhorar a produtividade das culturas, como também
para garantir a produção, quando a precipitação natural não é suficiente para suprir as
necessidades hídricas da cultura.

O maneio da irrigação é importante no uso eficiente dos recursos naturais e na produção das
culturas. A determinação da quantidade de água necessária para a irrigação é um parâmetro
essencial para o planeamento, o dimensionamento e o maneio de qualquer sistema de
irrigação, e para a racionalização do uso dos recursos hídricos de uma região.

Na agricultura irrigada, o fator água deve ser otimizado, possibilitando, sem maiores riscos,
aumentar a utilização dos demais insumos de produção e, consequentemente, a obtenção de
maiores produtividades com uma melhor combinação dos insumos empregados
(BERNARDO,

1998).

Todas as intervenções do agricultor actuam directa ou indirectamente sobre o comportamento


da água no solo e na atmosfera (SETSAN, 2007). Para maximizar o lucro na agricultura
irrigada, é necessário um bom dimensionamento dos sistemas de irrigação e a adoção de
práticas de manejo que melhorem a eficiência da irrigação, e essa adoção é possível com o
conhecimento das necessidades hídricas da cultura e do efeito da água no rendimento das
plantas.

Geralmente os sistemas de irrigação por aspersão são dimensionados com base em


parâmetros preestabelecidos de eficiência e uniformidade, de acordo com o valor econômico
da cultura.

Diversos métodos de irrigação podem ser utilizados para o fornecimento de água às plantas,
com a finalidade de proporcionar humidade adequada ao desenvolvimento das culturas.

Na avaliação de um projeto de irrigação, a eficiência no uso da água destaca-se como um dos


parâmetros mais importantes para o sucesso do empreendimento, tanto economicamente
como em termos ambientais. Para os sistemas de irrigação apresentarem altas eficiências, a
uniformidade de distribuição de água deve ser elevada e um bom manejo deve ser praticado.

Este trabalho visa desenhar um sistema de irrigação por aspersão no campo experimental da
FAEF para cultura de mapira, consistindo na determinação da tubagem e bombas para suprir
as necessidades de água da cultura.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral


 Dimensionamento do sistema de rega por aspersão para cultura de mapira (Sorghum
bicolor) no campo experimental da FAEF.

1.2.2 Objectivos específicos


 Determinar as necessidades de água de rega para a cultura de mapira (Sorghum
bicolor) no campo experimental;
 Avaliar as bombas disponíveis e selecionar para rega na área de 2.6 há;

 Apresentar esquematicamente (no mapa) o sistema e o parcelamento da área do


projecto de rega e drenagem;
 Determinar a dotação, intervalo de rega e tempo de rega das culturas em estudo;
 Determinar as características do sistema hidráulico de captação e distribuição de água
do projecto.
2. Revisão bibliográfica

2.1 Características do Sorghum bicolor


O Sorghum bicolor possui características xerófilas e bastante tolerância à seca. Pertence ao
grupo de plantas C4 e é uma cultura mecanizável. O Sorghum bicolor possui porte de planta
baixo, podendo chegar a até 170 centímetros. Desenvolve uma panícula pequena de grãos.

Após a colheita, a planta de sorgo, ainda verde, também pode ser utilizada para pastoreio.

2.2 Condições ideais de solo e temperatura


O Sorghum bicolor é uma planta bastante resistente a altas temperaturas, se desenvolvendo,
inclusive, em condições consideradas desfavoráveis para o cultivo de outros cereais. Por esta
característica, se adapta facilmente a locais áridos e com escassez de chuva, suportando altos
níveis de radiação solar.

O Sorghum bicolor também costuma se adaptar a temperaturas mais amenas, desde que
ocorra na região uma estação quente para propiciar seu desenvolvimento. A temperatura ideal
varia de acordo com cada cultivar, mas, geralmente a planta se desenvolve bem com, no
máximo, 38°C e, no mínimo, 16°C.

A maior produtividade do Sorghum bicolor se dá em solos ricos em matéria orgânica, que


contam com boa drenagem, acidez corrigida, humidade média e topografia plana.

Por outro lado, também é capaz de se adaptar a variados tipos de solo, desde argilosos até
arenosos. A única ressalva é que o Sorghum bicolor não deve ser cultivado em solos com
drenagem não satisfatória.

2.3 Efeito da irrigação na Cultura de Mapira


Irrigação é a aplicação artificial, uniforme e oportuna de água, distribuída pontualmente na
zona efetiva das raízes ou na área total, visando repor a água consumida pelas plantas, ou
perdida por evaporação, transpiração ou por infiltração de forma a garantir condições ideais
para o desenvolvimento das plantas (Pereira, 2014)

A irrigação é uma pratica que aumenta a productividade no campo. A irrigação é uma técnica
de fornecimento de água que, quando utilizada em conjunto com as demais boas práticas
agronômicas permite alcançar máxima produção.
Bomba
O conjunto motobomba é responsável pela captação da água na fonte (sucção),
impulsionando-a pelo sistema, sob pressão, até os aspersores. As fontes de energia que
geralmente são utilizadas para o funcionamento dos sistemas de bombeamento são a energia
eléctrica ou os combustíveis inflamáveis.

Tubagem
A tubagem é o conjunto dos tubos que constituem o sistema de rega. Tem como função a
condução da água desde a sua origem até aos emissores (aspersores, pulverizadores,
gotejadores, etc.). A tubagem é constituída por linha principal, linhas secundárias (nem
sempre) e linhas laterais. A linha principal conduz água da bomba de água até as linhas
secundárias e laterais. Geralmente, as linhas secundárias e principais são fixas, podendo ser
móvel as linhas terciarias para a gestão da rega dentro do campo (FAEF-DER, 2005).

Aspersão
Os aspersores são as principais peças do sistema, operam sob pressão e lançam água no ar
simulando uma precipitação uniforme. Neste tipo de rega são usados aspersores rotativos,
estacionários ou tubos perfurados, porem, os mais usados são os aspersores rotativos (FAEF-
DER, 2005).

Acessórios

Devido a necessidade de conduzir a água na tubagem e elevação até aos aspersores, diversos
tipos de acessórios são necessários na rega por aspersão, os mais comuns são:

 Tubagem especial: curvas (300, 450, 600, 900);


 tampas fim de linha;
 derivação Tê;
 Manómetros;
 Braçadeira;
 válvula de derivação ou hidrantes;
 válvulas de passagem;
 Válvula de retenção;
 Pé de suporte para tubos;
 Tubos de subida;
 Tripes;
2.4 Produtividade da cultura
O conhecimento da resposta dos cultivos ao regime de irrigação é fundamental para a
otimização econômica do uso da água. A produção das culturas, em relação à água aplicada,
depende de fatores como: método de aplicação de água, turno de rega, lâmina aplicada por
irrigação, condições climáticas, variabilidade do solo, variedade e estádio de crescimento da
cultura (HARGREAVES, 1975).

A demanda de água da cultura deve ser atendida pela água do solo, através do sistema
radicular. Se a evapotranspiração real da cultura for menor que sua evapotranspiração
máxima, significa que a água do solo não está atendendo às necessidades hídricas da cultura,
causando assim estresse hídrico na planta, e consequentemente, afetando a produtividade da
cultura (DOORENBOS e KASSAM, 1979).

2.5 Dimensionamento do sistema de irrigação por aspersão


O principal objetivo do dimensionamento de um sistema de irrigação é suprir toda a
necessidade de água da cultura onde a chuva é insuficiente ou inexistente. Para realizarmos o
dimensionamento de um sistema de irrigação por aspersão, devemos seguir rigorosamente
alguns parâmetros, como: dimensionamento das tubulações (laterais em nível e principal),
altura manométrica total e potência da bomba. A seguir, você verá passo a passo cada um
desses parâmetros (Ferreira, 2011).

3. Metodologia

3.1 Descrição da Área de estudo


O local de estudo é o campo experimental da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
da Universidade Eduardo Mondlane (FAEF-UEM, Maputo), nas coordenadas geográficas:
25o 57` 10.3’’ de Latitude Sul e 32o 36` 13.3’’ de Longitude Este, e uma altitude de 42 metros
em relação ao nível médio das águas do mar (NASA, 2020).

O clima da região, segundo a classificação de Koppen é do tipo AW, tropical chuvoso de


savana, onde a precipitação é caracterizada por uma estação fraca e irregular relativamente
longa, com cerca de 767 mm de média anual. As maiores médias de precipitação são
registadas entre Novembro a Março, onde destaca-se o mês de Fevereiro como o mais
chuvoso, com cerca de 137 mm e Agosto o mês mais seco, com apenas 12 mm. A
temperatura média anual é cerca de 22.8˚C e uma humidade relativa de 77%. (INAM, 2008).

Segundo a FAO (1996), o solo da região, é classificado como Arenossolo lúvico com
propriedades ferrálicas dentro dos 125 cm superficiais, uma topografia quase plana (0-2%),
drenagem excessiva, baixa capacidade de retenção da água e baixa fertilidade.

Rega por aspersão


Para a rega por aspersão, baseou-se nas necessidades de água de rega, dotação, intervalo de
rega e tempo rega determinados no sistema de rega por sulcos. Com esses dados, foram
determinados: número de aspersores necessários para toda a área (2.6ha).

Para a escolha do aspersor teve-se em consideração a taxa de infiltração do solo de modo a


minimizar problemas relacionados com alagamento e como consequência escoamento
superficial que pode causar erosão do solo.

Programação da rega
A programação da rega diz respeito à aplicação da quantidade apropriada da água na altura
certa (Famba,2005). Com base no modelo CROPWAT 8.0 com informações da cultura de
mapira e o solo franco arenoso. Considerou-se opções:
Regar com intervalo de rega de 7 dias;
Aplicar uma dotacao de 30mm;
Eficiência de rega de 70%.

4. Resultados e discussão

4.1 Resultados

4.1.1 Dados climaticos


4.1.2 Curva de coeficiente da cultura (Kc)
O ciclo da cultura de mapira nas zonas tropicais é de 125 dias, escolheu-se dia 01 de Janeiro
de 2022 para a sementeira, a colheita sera no dia 05 de Maio do mesmo ano

Figura : Coeficiente da cultura (Kc) e as fases de desenvolvimento da cultura de mapira


4.1.3 Dimensionamento da rega
 Área do projecto: 2,6 ha
 Solo franco areneso
 Solo com taxa de infiltração aproximada de 20 mm/hr
 Distância entre o campo e o local de captação: 15 m
 Diferença de cota entre a fonte de água e o campo: 5,5 m
 Para o dimensionamento foi assumida uma dotação bruta de 30 mm
 Tempo de rega por dia: 7 hr
 Intervalo de rega 7 dias
 Dotacao requerida de 30mm
 Compasso da cultura 80 x 9cm

Selecção e determinação do número de aspersores e determinação do caudal da bomba

Sendo a taxa de infiltração do solo de 20 mm/hr; a taxa de aplicação do tipo de aspersores


deverá ser menor ou igual a 20 mm/hr, para evitar acumulação de água à superfície ou perdas
de água por escoamento superficial.

Taxa de
aplicação
(mm/hr)
Diâmetro do Pressão de Diâmetro do círculo Cauda (m^3/hr) 18x24m
bico (mm) serviço (bar) molhado (m)
10 4.5 48 8.13 18.9
Tabela: Espaçamento entre os aspersores (m) e a taxa de aplicação (mm/hr)
h asp = 45 m.c.a;
Taxa de aplicação de 18,9 mm/hr, que e inferioe a taxa de infiltracao do solo de
20mm/hr, assim evita o escoamento superficial.

Tempo de aplicação

dr
t=
i

Onde: t = tempo de aplicação (hr)

dr = dotação requerida ou bruta (mm)

i = intensidade de precipitação do aspersor (mm/hr)

Número de aspersores

A
N=
n∗a

onde: N = número de aspersores

A = área total a regar (m2)

a= área de rega por cada aspersor (m2)

n = número de posições que cada aspersor ocupará durante o intervalo de rega

n = nd*Iu; sendo nd=posições por dia e Iu =intervalo útil;

dotação requerida (mm)


t= 30 mm
N=A/a*n mm = = 1.6hr
taxa de aplicação( ) 18,9 mm/hr
hr

a= 18x24m 3 Posições por dia (7 horas de trabalho, incluindo mudança de


posição)
Disposição dos aspersores no campo
26187.42
A= 26187.42m^2 N= =4 Aspersores
Pelo arranjo especial escolhido, ajustar N para 4 aspersores
18∗24∗18

disposicao dos aspersores no campo


180m

145,5m

: Fonte de agua; : Tubo de sucção; : Bomba; : Tubo de

Descarga; : aspersor; : Tubo da linha lateral hidratante


largura do campo 145,5 metros
Numero de aspersores ajustado no campo = = = 4
2× largura do aspersor 2× 18 metros
aspersores

O numero de aspersores teoricos, coincidem com aranjo espacial escolhidos, por isso o
numero de aspersores serao 4.

Caudal da bomba:

Q = N*q = 32.52m3/hr

Cálculos de perdas cargas

Perdas de Carga Linha Principal

Diâmetro Caudal compr. Perda de carga Perda de carga (m)


(mm) (m^3/hr) (m) (m/100m)

80 32,52 170 4,3 7,31

 90  32,52  170  2,5  4,25

Dado que a pressao de servico dos aspersores e de 45 m, vai se escolher o tubo de diametro
de 90 mm para porque as perdas de carga estao dentro das normas, e evita-se a friccao na
tubagem.

Perdas de Carga Linha Lateral

Linha principal

…32,52……..……24,39………………16,26………….. 8,13 m3/hr……

Hidrante
Linha lateral Aspersor

Comprimento do tubo na linha principal e da bomba ate ao campo

O comprimento do tubo da bomba ate ao nivel do campo e na linha principal foi calculada
pela seguinte formula:

CTLP ¿ Dbc+np × Casp

Onde: Dbc = distancia da bomba ate ao campo (metros)

Np = numero de posicoes feitas no campo

Casp = comprimento dos aspersores (metros)

Assumindo que a distancia do rio ate o ao inicio do campo sao 78 metros, e a distancia da
bomba e o rio e de 4 metros.

CTLL ¿ 74 m+9 ×24 metros=¿ 290 metros

Descrição Comprimento Caudal Tudo de Tubo de


da linha m^3/hr diâmetro 65 diametro
mm 60mm
L.P-asp. 1 13 32,52 0,13*11=1,43 0,13*15=1,95
Aspersor 1-2 18 24,39 0,18*6,5=1,17 0,18*9,5=1,53
Aspersor 2-3 18 16,26 0,18*2,5=0,45 0,18*4,1=0,738
Aspersor 3-4 18 8,13 0,18*0,8=0,144 0,18*1,3=0,234
Total 3,184 4,45

Na linha lateral, ira se utilizar o tubo de diametro de 60mm, pois as perdas de carga na linha e
menor que 10 % da pressao de servico do aspersor.

As perdas de cargas na linha principal e lateral, sao optimas pois nao ultrapassam 20 % da
pressao de servico dos aspersores, reduzindo as variacoes no campo a niveis aceitaveis.

Comprimento do tudo na linha lateral (CTLL)


O comprimento do tubo na linha lateral, foi determinada pela seguinte formula:

CTLL =∑ largura de cada aspersor na linh a = ∑ 18+ 18+ 18+13=67 metros

Altura manometrica

H =∆ z + ∆ hLP + ∆ hLL + ∆ hloc+ hasp

H = 5.5 +4,25 +4,45 +0 + 45m

H = 59.2m ≈ 60 metros

Q = 32.52m^3/hr
A família da bomba com rotação de 3500 rpm é a de 32-200 para Q=32.52 m 3/hr e
uma
altura manométrica de 60 m.

Altura de sucção

Hst max ¿ Patm−NPSH −Pv−H 1

Onde:
H1= perdas de carga (contínuas e localizadas) no tubo de sucção [m];

Pv = pressão de vapor de água, [m]

Patm = pressão atmosférica, [m]

NPSH = Altura de aspiração

Hst max = altura hidrostática maxima


Patm = 10.33 – 0.00108 *Z = 10.3m

Hst max = 10.3 – 2 – 4.33m

Hst max = 4 m

∆h= ∆hdução + ∆hsucção + ∆h LP + ∆hLL + ∆hloc

∆h aducao = 0 m

Assumindo que um esquema de irrigação de superfície requer uma bomba com um Q


de 32.5 m3/hr entregue a um H = 60 m. Neste caso, a bomba da figura acima seria
mais adequada. Ele pode fornecer o Q e H necessários com uma eficiência de 65%,
usando um impulsor de 209 mm de diâmetro.
O NPSH será de ± 1,5 m.
A potência será de cerca de 4.5 Kw que corresponde a 6 cv ou 6 hp.

Descrição Unidade
Caudal da bomba 32.52m3/hr
Altura manométrica 60 m
Altura de aspiração 2m
Eficiência da bomba 65%
Rotação da bomba 3500 rpm
Diâmetro da linha lateral 60 mm
Diâmetro da linha principal 90 mm
Número de aspersores 4
Linhas laterais 7
Potência 6 hp
Altura de sucção 4m
Adução 0m
Diâmetro do tubo de sucção 160 mm
Comprimento do tubo na linha lateral 67 m
Comprimento do tubo na linha principal 290 metros

4.2 Discussão
A seleção de bombas requer a utilização das curvas de bomba dos fabricantes. Como
primeiro passo, olhando para as várias curvas de bomba, podemos identificar uma bomba que
pode fornecer a descarga e a cabeça necessária
Na mais alta possível eficiência. Após a identificação da bomba, a curva NPHSR-Q é
verificada e as avaliações são feitas para garantir que sua NHPSA seja maior que a NPHSR.

Tratando se da rega por aspersão não será necessário bombar a água para o reservatório para
voltar a bombar para as aspersores no campo, pois seria gastar combustível.

5. Conclusão
Apos o trabalho verificou-se que:

A dotação requerida para o intervalo de rega é de 30mm, o tempo de rega estimada é


7 horas e o intervalo de rega para será de 7 dias.
As características dos sistemas de captação da água para a irrigação da mapira no
campo experimental são suficientes para satisfazer as necessidades de agua da
cultua.
A Característica da bomba selecionada está na família com rotação de 3500 rpm é a
de 32-200, capaz de produzir um caudal total =32.52m3/hr, com uma altura
manométrica de 59.52m e Potencia da bomba é 4.5KW
Durante o transporte da água ao nível do campo se verifica perdas de carga na linha
lateral são de 6.71m e perdas de carga na linha principal são de 7.31m
6. Referências bibliográficas
 Bernardo, S. Irrigação e produtividade. Engenharia na Agricultura, v. 6, n. 3, p. 186-
196, 1998.
 Coelho, A. M e lagoas, M.G. Adubação e Nutrição; Disponivel em
www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/publica/2006/circular/Circ_78.pdf
 Camargo, O. A.; moniz, A.C.; jorge, J. A.; valadares, M. S.(2009). Métodos de
Analise Quimica, Mineralogica e Fisica de solos de Instituto Agronômico de
Campinas; Edição Revista. Campinas: Instituto Agronômico, Pág. 24-36. Disponível
em http://www.revistafi.com/materias/52.pdf. sais minerais nos alimentos.
 Doorenbos, J., kassam, A.H. Efeito da água no rendimento das culturas. Campina
Grande: UFPB, 1994. 306 p. (Tradução do livro: Yield Response to Water. FAO,
Irrigation and Drainage Paper 33, Rome, FAO, 1979).
 Ferreira V. M., Irrigação e Drenagem, Brasil. 89 p.
 Hargreaves, G.H. Moisture availability and crop production. Transactions of the
ASAE, v. 18, n. 5, p. 980-984, 1975.
 Ministério da Administração Estatal. Perfil do distrito de província de Maputo, edição
2005.
 Setsan. (2007). Estratégia e plano de acção de segurança alimentar e nutricional:
Segurança Alimentar e Nutricional, um Direito para um Moçambique Sem Fome e
Saudável.
7. Anexos

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