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MANUAL DE PLANTIO DAS HORTALIÇAS EM HORTA

DOMÉSTICA, EDUCATIVA E COMUNITÁRIA

Prof. MOACIR GOMES SOBREIRA FILHO


Engenheiro Agrônomo

RECIFE – PERNAMBUCO

2013
DEDICATÓRIA

A todos os Professores, Agrônomos, Técnicos, Extensionistas, Escritores, Pesquisadores


e Produtores que estudam ou labutam na olericultura;

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APRESENTAÇÃO

Este manual de plantio das hortaliças tem por objetivo atender aqueles que desejam cultivar hortaliças
em canteiro, utilizando alguma área disponível ao ar livre de sua residência, de sua comunidade ou na
horta escolar de sua cidade ou bairro.
Portanto, serão abordadas apenas algumas hortaliças mais utilizadas na culinária brasileira.
Para atingir tal objetivo, adotei aqui uma linguagem simples e acessível, que possa ser tecnicamente
entendida por todos aqueles que pretendem iniciar a produção dessas hortaliças.
Por conseguinte, distanciei-me das técnicas especializadas e aplicadas nas grandes produções, que se
destinam a comercialização de hortaliças.

O Autor

Felizes são aqueles que transmitem os seus conhecimentos.


Cora Coralina.

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CAPÍTULO 1 - PARTE GERAL

1.1. HORTALIÇAS
As hortaliças são plantas ou parte delas tais como: folhas (alface); flores (couve-flor); fruto
(tomate); caule (aspargo); bulbo (cebola); raízes e tubérculos (cenoura e beterraba), que são utilizadas
na alimentação humana. O ciclo de vida das hortaliças (que vai do plantio até a colheita) é bem mais
curto do que as das demais culturas. A maioria das hortaliças, após o plantio vão está no ponto de
colheita entre 3 e 4 meses.

1.2. INTRODUÇÃO AO CULTIVO DAS HORTALIÇAS


A arte de cultivar hortaliças em horta doméstica, educativa e comunitária, além de proporcionar
uma alimentação saudável para o consumo da própria família ou de sua comunidade, é uma excelente
atividade, que pode ser executada por qualquer pessoa. É também um bom exercício para os idosos,
que necessitam de uma ocupação que não exija muito esforço físico. Esta prática utiliza apenas
algumas horas do dia para o exercício de tão saudável atividade.

1.2.1. HORTA DOMÉSTICA, EDUCATIVA E COMUNITÁRIA


Horta é o local onde cultivamos hortaliças e, é denominada doméstica e comunitária, quando a
produção é obtida em área residencial ou comunitária, tendo como finalidade o consumo da própria
família ou da comunidade.
Ela é educativa quando se destina principalmente ao ensino nas escolas de estudantes do curso
fundamental ou mesmo de outros cursos.
Nas residências urbanas e suburbanas, a instalação da horta doméstica é feita no quintal. Para as
hortas comunitárias, são utilizadas também, outras áreas que estejam livres de qualquer obstáculo que
possa impedir a penetração de luz e ventilação.
Para a implantação de uma horta doméstica, educativa ou comunitária, não é necessário à
utilização de grandes áreas, ferramentas, ou máquinas sofisticadas, mas que seja de fácil manejo e
execução.
Nestes tipos de hortas as áreas são muito reduzidas e o plantio é feito especialmente
em canteiros.

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É necessário também, verificar a origem e qualidade da água que vai ser usada na rega das
plantas.
O ideal é saber a origem da água, se é de poço artesiano, cacimba, riacho ou fonte que não
estejam sujas ou contaminadas com substâncias tóxicas.
Não utilizar água de poço próximo à fossa, esgoto, lixeira, água de terreno pantanoso e próximo
a terreno baldio suspeito de ter lixo de substâncias químicas tóxicas.
O canteiro não deve ficar com excesso de água, pois é um dos fatores que provocam doenças nas
plantas.

1.3. CANTEIRO
Canteiro é o local onde são cultivadas as hortaliças, quer em plantio direto, ou através do
transplante de mudas vindas da sementeira.

1.3.1. ESCOLHA DO LOCAL PARA O CANTEIRO


É necessário que o local destinado para o canteiro seja longe de esgotos, fossa e terreno charcoso.
O solo deve ser fértil, estar bem arejado e afastado de árvores frondosas, para que haja boa incidência
de sol. Ter água disponível próximo ao canteiro

1.3.2. TIPOS DE CANTEIRO

1.3.2.1. COM LATERAIS DE MADEIRA E COM LATERAIS DE ALVENARIA

1.3.2.1.1. COM LATERAIS DE MADEIRA

Podemos aproveitar troncos de árvore ou tábuas, que são colocados nas laterais do
canteiro como suporte ou anteparo. Nas regiões de praia, geralmente são utilizados troncos de coqueiro
quando existem em disponibilidade. Para todos os tipos de canteiro, usamos o espaçamento de 1m x
5m, isto é, um metro de largura, por cinco metros de comprimento, e com uma profundidade de no
mínimo 20 a 30 cm. (Anexo IV – Figuras: 3 e 4).
Mesmo que a profundidade do canteiro esteja entre 20 a 30 cm, os bordos do canteiro devem ficar
no mínimo com 10 cm de altura acima do solo, e os outros centímetros, abaixo do solo. O canteiro deve
ser cheio com partes iguais de terra e de um adubo orgânico bem curtido.
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1.3.2.1.2. COM LATERAIS DE ALVENARIA
Este tipo de canteiro é o mais adequado, pois é de maior durabilidade e pode ser feito com pedras
ou tijolos. ( Anexo IV- Figuras: 1 e 2 ).
O tamanho e o número de canteiro variam conforme o espaço disponível e do número de pessoas
existente em cada família.
Entretanto, o tamanho ideal do canteiro é aquele do tipo que facilite o manejo e o movimento do
horticultor nos trabalhos destinados ao plantio e, nos tratos culturais das hortaliças. A largura do
canteiro não deve ultrapassar de 1m, para facilitar o manuseio do operador. Isto corresponde à
distância até aonde o braço do horticultor pode alcançar. O comprimento não deve ultrapassar de 5 m,
para não tornar o trabalho cansativo, fazendo o operador percorrer uma distância maior do que o
necessário. A profundidade do canteiro deve ficar com 20 a 30 cm, espaço suficiente para a penetração
das raízes das hortaliças. As duas fileiras de tijolos, colocadas para a formação dos bordos do canteiro,
devem ser cimentadas uma sobre a outra e ter, no mínimo 20 cm de altura, sendo que, a parte
superior ficará com 10 cm acima do solo.

1.3.3. CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO E FERRAMENTAS DE TRABALHO

1.3.3.1. CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO


Antes de iniciarmos a construção do canteiro, já devemos ter planejado o tamanho do canteiro,
ferramentas de trabalho, material disponível e um croqui, para facilitar na construção do mesmo.
Para o planejamento do canteiro, devemos levar em consideração o número de pessoas que
serão beneficiadas com a produção das hortaliças, bem como, o espaço ideal para a construção de um,
ou vários canteiros.
Começamos com a escolha do local, que deve ser adequado ao plantio das hortaliças e que
disponha de sol e ventilação suficiente. Se for necessário a construção de mais de um canteiro,
devemos manter a distância entre eles de no mínimo 80 cm, para facilitar os trabalhos e o
deslocamento do horticultor.

1.3.3.2. FERRAMENTAS DE TRABALHO DO HORTICULTOR


As ferramentas influem grandemente na eficiência e no rendimento do trabalho, uma vez que,
para cada atividade, existe uma ferramenta específica.

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O horticultor, dedicado à horta doméstica, educativa e comunitária, não necessita de muitas
ferramentas, apenas o restrito necessário para as atividades relacionadas com o plantio em canteiro.
As ferramentas essenciais são: enxada, para cavar, fazer capinas e misturar os adubos com a
terra; enxadão, para cavar e revolver o canteiro; ancinho ( ciscador ), para nivelar a terra do
canteiro e desmanchar os torrões de terra; uma pázinha,
( colher pequena ) arredondada de jardineiro que serve também para fazer o transplante de certas
hortaliças; plantador, que pode ser feito com um pedaço de cabo de vassoura, tendo 20 cm de
comprimento e com uma das pontas pontiaguda, tendo por finalidade fazer as covas para as mudas
transplantadas; sacho, para capinas no meio das plantas e afofamento da terra do canteiro; um
regador com crivos finos, para irrigar as plantas do canteiro e da sementeira; e uma pá côncava
grande, para o enchimento do canteiro e outras atividades.
Outros utensílios complementam as ferramentas de primeira necessidade, tais como: mangueira,
pequenos aspersores ligados a uma torneira por uma mangueira, carrinho de mão, tesoura de
poda, peneira para peneirar a terra, trena de medição, balde, piquetes de madeira, um rolo de
cordão, barbante ou cabinho para fazer a marcação do canteiro e seu alinhamento. ( Anexo III -
Quadro 4 ).
Quando a água que vai ser utilizada nos canteiros fica distante, devemos ter um deposito
próximo aos canteiros, que pode ser: um tambor de plástico, tanque de fibra de vidro ou mesmo de
alvenaria.
O horticultor deve usar roupa e utensílios adequados aos trabalhos na horta tais como: macacão,
luvas, botas e chapéu.

1.3.3.3. MARCAÇÃO DO CANTEIRO


Após a escolha do tamanho do canteiro, marcar as distâncias, fincando os piquetes nas quatro
pontas do canteiro. Devemos observar que as distâncias recomendadas são de 1m de largura por no
máximo 5 m de comprimento. Até 1,20 m de largura é aceitável. Cavar a parte interna do canteiro com
um enxadão, até atingir a profundidade de no mínimo 10 cm. Nivelar o fundo do canteiro, iniciar
então a construção das paredes laterais, de modo que, os bordos superiores do canteiro fiquem com
10 cm acima do solo. Como já foi explicado, ele pode ser feito de alvenaria ou de outro material
disponível ao construtor do canteiro.

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1.3.3.4. ENCHIMENTO DO CANTEIRO
O enchimento do canteiro deve ser feito com o melhor material possível, pois, é da composição da
terra, misturada com os adubos, que em grande parte vai depender o sucesso da produção das
hortaliças.
Nem todo solo se presta para o plantio; um solo totalmente argiloso ( barrento )
dificulta o crescimento das raízes das plantas e não tem arejamento suficiente, impedindo também
a penetração de água.
Já o solo totalmente arenoso, não retém água suficiente para as raízes absorverem e é pobre em
nutrientes, alimento necessário às plantas. A terra que se destina ao plantio deve ser bastante fértil, rica
em matéria orgânica e com os nutrientes necessários ao crescimento e o desenvolvimento das plantas.
Quando, não encontramos este tipo de solo agrícola na própria horta, devemos adquiri-los nas
casas comerciais credenciadas pelo Ministério da Agricultura, que vendem sementes, mudas, adubos
ou fertilizantes. Um solo agrícola, rico em matéria orgânica e com uma proporção equilibrada de terra
arenosa e argila seria o ideal. Hoje, com as disponibilidades que temos no mercado para esse tipo de
solo, podemos construir um bom canteiro sem maiores complicações.
A terra que é colocada no canteiro deve ser bem destorroada e até, se possível, peneirada, afim de
não dificultar em nada o crescimento das plantas.
Na ocasião do enchimento do canteiro, devemos juntar a terra do canteiro, esterco de curral
curtido na quantidade de 4 a 5 kg/m², ou outro tipo de adubo orgânico. Se o adubo for o esterco de
galinha, o mesmo deve ser bem curtido na quantidade de 2 kg/m² e adicionar 50g/ m² de cal curtido
(cal hidratado de pintar parede). Temos uma fórmula tradicional para o enchimento de um canteiro com
a seguinte mistura: terra de boa qualidade 20 litros; cal hidratada 50 g; adubo orgânico 7 litros e
adubo químico na fórmula 4-14-8 100 g. Para quantidades maiores ou menores, basta fazer a
proporção
O adubo deve ser bem misturado com a terra, que pode ser a do próprio canteiro, desde que este
solo seja apropriado para o plantio. O adubo orgânico deve estar bem curtido, e por segurança, só
devemos iniciar o plantio uma semana depois do enchimento do canteiro. Com o canteiro pronto, e
diariamente aguado, podemos iniciar o plantio das hortaliças escolhidas, respeitando-se as
recomendações técnicas indicadas para cada cultura.

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1.4. SEMENTEIRA E TIPOS DE SEMENTEIRAS

1.4.1. SENENTEIRA
Sementeira é um mini canteiro especialmente preparado para a semeadura das hortaliças que
necessitam de transplante. É uma espécie de berçário das plantinhas ou mudas que vão nascer.

1.4.1.1. TIPOS DE SEMENTEIRAS


A sementeira pode ser feita de tijolos no chão, ou aproveitando-se uma caixa, que pode ser de
madeira, ou outro tipo de material disponível. Esta sementeira deve ficar preferencialmente, próxima
ao canteiro definitivo.
Atualmente são utilizados como sementeira vários tipos de materiais tais como: bandejão de
isopor, de zinco, de plástico e copos de plásticos em bandejão. (Anexo V –Figuras: 5, 6, 7, 8, 9 e 10).

1.4.1.1.1. SEMENTEIRA DE MADEIRA


Para se fazer uma pequena sementeira de madeira, construímos uma caixa de madeira com 50 X
50 cm de boca, e 20 cm de profundidade. No fundo dessa caixa, fazem-se furos para o escoamento do
excesso da água de irrigação. Pelo lado externo debaixo da caixa, colocam-se dois sarrafos paralelos
mais ou menos distanciados para facilitar o escoamento da água pelos furos. Estes dois sarrafos evitam
que a caixa fique em contato direto com o chão, dificultando o escoamento do excedente da água
irrigada.
O enchimento desta caixa é feito com a mistura peneirada de terra com adubo orgânico em partes
iguais, deixando-se livre 5 cm próximo ao bordo da caixa.

1.5. SEMENTES E MUDAS


É da boa qualidade das sementes e das mudas que vão depender em parte o sucesso da produção.
As sementes devem ser adquiridas em casas especializadas que são credenciadas pelo Ministério
da Agricultura. Verificar na embalagem das sementes sua procedência, variedade, grau de pureza,
germinação, período de validade e se é de cultivares para o plantio no inverno ou verão. Existem
sementes de cultivares que servem para ser plantado o ano todo.
Para adquirir mudas, devemos ter os mesmos cuidados que tivemos na aquisição das sementes.
Procurar mudas sadias, vigorosas e de variedades que sejam adequadas a nossa região.

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Caso as mudas sejam retiradas de outra planta, (couve e cebolinha) verificar se a planta mãe está
bastante desenvolvida, produtiva e sem doenças ou pragas.
Preferencialmente as mudas são produzidas em sementeira feitas pelo próprio horticultor.
1.6. TRANSPLANTE
Transplante é a retirada das mudas da sementeira para o canteiro definitivo.
Na sementeira os tratos culturais com as mudinhas são mais intensos, pois requer uma maior
atenção, desde a germinação das sementes, até a retirada das mudas para o canteiro definitivo.
Devemos selecionar as melhores mudas e fazer o transplante preferencialmente logo pela manhã
ou no fim da tarde.

1.7. ESPAÇAMENTO
Entende-se como espaçamento a distância entre sulcos ou fileiras e a distância
compreendida entre as plantas que estão nos sulcos ou nas fileiras.
Para fazer o espaçamento, começamos medindo em primeiro lugar pela distância entre sulcos ou
fileiras ( linhas ) e em seguida a distância entre plantas no sulco ou fileira. Exemplo: 25 x 15 cm;
significa 25 cm entre sulcos e 15 cm entre plantas no sulco.
É convencional, que a primeira numeração à esquerda, representa a distância entre fileiras ou
sulcos, e a segunda numeração à direita a distância entre plantas, no sulco ou na fileira.
Os sulcos são cavidades contínuas com uma profundidade variável de 1 a 5 cm, onde são
colocadas as sementes para o plantio no canteiro.
As linhas ou fileiras são riscadas no canteiro onde as covas serão feitas.

1.7.1. ESPAÇAMENTOS RECOMENDADOS


Os espaçamentos variam muito em função das variedades dos cultivares utilizados, e da
finalidade do plantio. Em geral
os espaçamentos recomendados neste trabalho variam de 15 a 80 centímetros entre linhas e de 5 a 50
centímetros entre plantas.
Portanto, por se tratar de um plantio em canteiro destinado ao consumo doméstico, educativo e
comunitário, foi dado preferência aos espaçamentos mais estreitos que já são utilizados na prática do
plantio das hortaliças. ( Anexo II - quadro 3).

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1.8. ADUBO OU FERTILIZANTE
Adubo ou fertilizante é o produto natural ou industrializado, que contém um ou mais dos minerais
necessários para a nutrição das plantas.

1.8.1. TIPOS DE ADUBOS


Químicos e Orgânicos.

1.8.1.1. ADUBOS OU FERTILIZANTES QUÍMICOS


Os adubos ou fertilizantes químicos são minerais extraídos das jazidas, e que
posteriormente, passam por um processo de beneficiamento e concentração.
Nem todo solo dispõe dos nutrientes que as plantas necessitam, daí a necessidade de se fazer,
também, uma adubação química complementar associada a uma adubação
orgânica que possa atender todas as necessidades nutritivas das plantas.
Por se tratar de uma horta doméstica ou comunitária, essa adubação vem apenas assegurar e
garantir uma boa e rápida produção.
Os adubos químicos são classificados principalmente dentro de três grupos importantes:
nitrogenados, fosfatados, e potássicos.
Estes adubos aparecem com a sigla: N-P-K ( Nitrogênio, Fósforo e Potássio ).
Existem no comércio várias fórmulas de adubos. No nosso caso, que é voltado para a adubação
em canteiro na horta doméstica, educativa ou comunitária, dispomos de algumas fórmulas tradicionais
que sempre usamos quando não temos no momento do plantio a análise química do solo ou a
orientação de um agrônomo. Podemos citar apenas como referência, as seguintes fórmulas de um
adubo misto de N-P-K: 10-10-10, 4-14-18, 4-16-8 e a fórmula 4-12-8.
Estamos tratando de um adubo químico misto que é formado pelos três minerais mais importantes
para o desenvolvimento das plantas.
Os adubos químicos, que são vendidos no comércio varejista, são ofertados na forma de pó ou
granulado, e podem ser facilmente encontrados nas casas comerciais que vendem produtos agrícolas.
Geralmente esses adubos são vendidos em pequenos sacos plásticos ou pacotes, que variam de 250 g
até 5 kg. Há 13 minerais, que as hortaliças necessitam encontrar no solo em forma aproveitável pelas
suas raízes.
Estes nutrientes são os macronutrientes e os micronutrientes, que serão tratados no próximo
capítulo.

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As fórmulas dos adubos químicos estão representadas na rotulagem das embalagens (pacote, caixa
ou saco), por três numerações. Estas numerações correspondem às quantidades em porcentagens dos
minerais existentes naquele produto.
Dando como exemplo a fórmula de N-P-K, 4-12-18 significa que, em 100 kg desse adubo misto
contém 4 kg de Nitrogênio; 12 kg de Fósforo; e 18 kg de Potássio.
Mesmo se tratando de um plantio em horta doméstica, educativa ou comunitária,
nem sempre a terra utilizada dispõe de todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento das
plantas. Portanto a adubação química vem suprir todas as deficiências em nutrientes que possam
existir nesse solo.
Se o solo utilizado no canteiro for de ótima qualidade, dispondo dos minerais necessários para a
nutrição da hortaliça cultivada, podemos produzi-las complementando apenas com uma adubação
orgânica.
Entretanto, é bom lembrar que existe uma diferença entre produção e produtividade. Produção é
quando atingimos em quantidade a média da produção de um produto de origem vegetal por hectare.
Produtividade é quando ultrapassamos essa média. Podemos tomar como exemplo o caso da cebola.
A média da produção de cebola por hectare em Pernambuco está em torno de 20 t/ha, e com uma
adubação química adequada poderá alcançar até 40 t/ha.
Cada planta tem as suas exigências no que diz respeito a determinados nutrientes químicos. As
hortaliças folhosas são mais exigentes em adubos nitrogenados; as frutíferas exigem mais fósforo e
potássio, as tuberosas e raízes necessitam para o seu pleno desenvolvimento, de nitrogênio, fósforo,
potássio e cálcio.
Para cada cultura serão feitas as devidas recomendações de como proceder na aplicação da
adubação química e orgânica.

1.8.1.1.1. ADUBOS QUÍMICOS E SEUS COMPONENTES


Macronutrientes e Micronutrientes.

1.8.1.1.1.1. MACRONUTRIENTES
Principais e Secundários.

1.8.1.1.1.1.1. PRINCIPAIS
Nitrogênio ( N ), Fósforo ( P) e Potássio ( K ).

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1.8.1.1.1.1.2. SECUNDÁRIOS
Cálcio ( C ), Magnésio ( Mg ) e Enxofre ( S ).

1.8.1.1.1.2. MICRONUTRIENTES
Boro, Cloro, Cobre, Ferro, Manganês, Molibdênio, Silício Níquel, Vanádio e Zinco.

1.8.1.1.2. MÉTODOS DE ADUBAÇÃO QUÍMICA


Adubação básica, e adubação em cobertura.

1.8.1.1.2.1. ADUBAÇÃO BÁSICA


Adubação básica é feita antes ou no momento do plantio, sendo incorporada
ao solo a quantidade de adubo químico recomendado para cada hortaliça, sendo que, para algumas
delas, é feito de uma só vez não necessitando de adubação posterior.
A quantidade de adubo a ser utilizada vai depender de cada cultura. Seguir sempre as
orientações de um agrônomo ou as instruções contidas na embalagem do adubo. É nesta adubação que
colocamos a maior quantidade de adubo químico e orgânico que a hortaliça vai necessitar.

1.8.1.1.2.2. ADUBAÇÃO EM COBERTRURA


Trata-se de uma adubação química complementar, que vai reforçar a adubação de
base, garantindo o perfeito desenvolvimento das plantas, principalmente para as hortaliças
folhosas, incluindo couve-flor, repolho e brócolis.

1.8.1.1.2.2.1. ADUBOS USADOS EM COBERTURA


Nitrogenados e Mistos ( N-P-K ).

1.8.1.1.2.2.1.1. NITROGENADOS
Na adubação em cobertura, os adubos mais utilizados para as hortaliças, principalmente as
folhosas, são os adubos nitrogenados.
Esses adubos são colocados a lanço sobre o canteiro ou diluídos em água. Para este tipo de
adubação é utilizado um adubo simples, tais como o Sulfato de Amônio, Uréia, Salitre do Chile,
Nitrocálcio e o Nitrato de Amônia. A concentração mais utilizada é de 10g/10 litros de água.

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Se o adubo nitrogenado for feito a lanço (espalhando o adubo em cima do canteiro) devemos fazer
logo em seguida uma rega, facilitando a penetração do adubo, bem como a limpeza dos minerais que
se depositaram nas folhas.
Os adubos nitrogenados mais utilizados na horta doméstica são: o Sulfato de Amônio e a Uréia.
A aplicação é feita preferencialmente dissolvendo um desses adubos em água usando-se para esta
atividade um regador.
Para retirar o excesso de adubo que possivelmente possa ter ficado retido nas folhas, recomenda-
se fazer logo em seguida, uma aguação. A quantidade de adubo a ser utilizado depende de cada
cultura. Cada hortaliça tem sua época de se fazer à adubação em cobertura. Algumas vezes, é
necessária a aplicação de até, três adubações no decorrer do ciclo vegetativo da planta.

1.8.1.1.2.2.1.2. ADUBOS MISTOS


Os adubos mistos são mais usados no início do plantio na adubação básica, entretanto, algumas
hortaliças necessitam de um reforço deste adubo durante o período de crescimento e desenvolvimento
dos seus frutos, raízes e tubérculos.
Para qualquer tipo de adubação química devemos sempre seguir as recomendações técnicas,
evitando a intoxicação das plantas.

1.8.1.1.2.3. ADUBAÇÃO FOLIAR

Outra modalidade de adubação é a adubação foliar, pois as folhas absorvem os nutrientes com
mais rapidez do que na adubação incorporada ao solo, que é absorvida através das raízes. Esta
adubação vem corrigir a tempo, deficiência revelada pelo aspecto da própria planta. Ela é feita através
de pulverização sobre as folhagens das plantas. Já existem vários tipos de adubos foliar no comércio,
prontos para serem utilizados e com a fórmula adequada para cada cultura.

1.8.1.2. ADUBAÇÃO ORGÂNICA E SEUS DIVERSOS TIPOS DE ADUBOS


A adubação orgânica é uma prática tradicional e tem comprovado o seu valor como uma boa
fonte de alimento para as plantas. Além dos nutrientes que o adubo orgânico oferece as plantas, facilita
também a assimilação desses nutrientes através do melhoramento da capacidade física do solo.

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O adubo orgânico torna o solo que é argiloso, barrento e compacto mais poroso, facilitando o
crescimento das raízes das plantas, e, o solo que é totalmente arenoso, em agregado, retendo água por
mais tempo o que é indispensável para as plantas.

1.8.1.2.1. TIPOS DE ADUBO ORGÂNICO


Origem animal e vegetal.

1.8.1.2.1.1. ADUBOS DE ORIGEM ANIMAL


São todos os estercos de curral, esterco de galinha, caldo de esterco de curral e o composto de
esterco de curral com vegetal. Farinhas de ossos, farinha de chifres e a farinha de cascos de animais.

1.8.1.2.1.1.1. ESTERCO DE CURRAL


O esterco de curral de bovino, caprino e ovino são excelentes adubos orgânicos,
que devem ser misturados ao solo agrícola, mas, somente depois de bem curtidos e na proporção
de 2 a 5 kg /m² do canteiro.
Os estercos de animais que não são coletados no curral podem ter sementes de ervas daninhas,
capazes de infestarem o canteiro das hortaliças.

1.8.1.2.1.1.2. ESTERCO DE GALINHA


O esterco de galinha ou de aviário, também conhecido como cama–de–galinha, deve ser colocada
no canteiro, pelo menos uma semana antes do plantio. A quantidade utilizada é de 2 kg /m². Se este
esterco não estiver bem curtido, devemos aguar todos os dias para acelerar a decomposição do mesmo,
evitando assim, a queima das plantas.
A cama-de-galinha é formada pela junção dos dejetos dessas aves, geralmente com pó de serra,
raspa de madeira ou casca de cereais. Só devemos iniciar o plantio quando este adubo estiver bem
curtido, pois, a decomposição da celulose é lenta.

1.8.1.2.1.1.3. FARINHA DE OSSOS, DE CHIFRES E CASCOS.


Procedentes dos abatedouros e dos frigoríficos são os restos de ossos descarnados, cascos e chifres
de animais abatidos, triturados, desidratados e transformados em farinha, rica em fósforo, cálcio e
potássio.
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Este adubo também serve para controle a acidez do solo.
Essas farinhas são encontradas nas casas comerciais que vendem produtos agropecuários.
Esses adubos podem ser incorporados ao solo do canteiro na adubação de base, juntamente com
outro adubo orgânico, um pouco antes do plantio.
1.8.1.2.1.1.4. CALDO DE ESTERCO DE CURRAL
Em um tambor podemos preparar um caldo composto apenas de água e esterco de gado ainda não
curtido. A quantidade a ser depositada no tambor será em partes iguais,
isto é, metade de esterco ainda não curtido e metade de água.
Deve-se mexer este conteúdo diariamente e com o decorrer dos dias o esterco vai se diluindo.
Após 40 dias estará pronto para ser usado.
Com uma concha ou um caneco, vai-se distribuindo o caldo ao redor das plantas, mas sem afetar
as folhas, galhos ou ramos.
A quantidade recomendada é de 2 a 4 l/m² do canteiro.
Após essa adubação, devemos aguar para facilitar sua infiltração na terra, bem como, eliminar
possíveis gotas que possam ter salpicado nas folhas das plantas.

1.8.1.2.1.1.5. COMPOSTO DE ESTERCO DE CURRAL COM VEGETAIS


É a mistura de esterco de curral com os restos de vegetais tais como: pó de serra, raspa de
madeira, folhas, casca de café, sabugos triturados, palhas, e todo tipo de mato rasteiro que possa se
decompor juntamente com o estrumo de curral.
Esta mistura pode ser processada em um buraco de boca bem larga, com 2 m² na base, por 1 m de
altura.
No caso de ser uma horta comunitária e dispondo de espaço suficiente, podemos construir uma
esterqueira simples. Para a construção dessa esterqueira podemos usar um pequeno galpão rústico,
com 4 colunas de madeira coberto com sapé, ou palha.

1.8.1.2.1.1.6. COMPOSTAGEM
Compostagem é o processo biológico de transformação de materiais grosseiros, como palhada,
restos de vegetais e estrume, em materiais orgânicos chamado composto.
Uma das técnicas de compostagem mais utilizadas é a do sistema “indore” feito em medas.

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A meda mais simples é feita em forma trapezoidal com as seguintes medidas: na base inferior
2,0 m de largura; na parte superior com 1,0 m de largura e tendo uma altura de 1, 5 m por 5,0 m de
comprimento.
Para a construção de uma meda, iniciamos com o empilhamento dos vegetais espalhados no local
já devidamente marcado, até uma altura de 30 cm. Aplicar sobre estes vegetais uma camada de esterco
com 5 cm de altura.
Fazer uma rega para cada etapa de empilhamento. Após empilhar esta primeira seqüência, inicia-
se uma nova seqüência dos mesmos materiais, até chegar à altura programada.
Para acelerar essa fermentação, aguar regularmente de dois em dois dias.
Devemos fazer o reviramento desse material iniciando o primeiro reviramento 10 dias após a
montagem desse composto, e mais 4 reviramentos espaçados de 20 dias.
Ao término do processo de fermentação que fica em torno de 90 a 120 dias e já com o adubo
orgânico bem curtido, o composto passa a ter a denominação de humos.
Humos é o resultado de uma massa escura de material orgânico com composição variável, mas
relativamente estável e pronto para ser utilizado como adubo.
Se não dispomos de espaço para a construção de uma meda, podemos utilizar um buraco de boca
bem larga, com 2 m² na base, por 1m de altura, onde o composto será depositado. Tendo espaço
suficiente podemos construir uma esterqueira.

1.8.1.2.1.2. ADUBOS DE ORIGEM VEGETAL


Composto de vegetais com lixo caseiro e cinzas de vegetais.

1.8.1.2.1.2.1. COMPOSTO DE VEGETAIS COM LIXO CASEIRO


São utilizados vegetais rasteiros, partes ou restos de vegetais tais como: pó de serra, xaxim,
cavacos, folhas, sementes, flores, casca de madeira, gravetos, galhos, capim seco, bagaço de cana,
casca de arroz; casca de café, casca de coco, casca de frutas, sabugo de milho triturado e as sobras de
frutas que não são utilizadas para o consumo humano.
O lixo caseiro de origem orgânico isento de materiais plásticos, metais, vidros e outros materiais
não orgânicos, são incorporados na preparação deste composto.
Podemos adicionar também, cinzas vegetais.
Geralmente usamos um buraco de boca larga com 2 m² na base por 1 m de altura, onde todo esse
material vai entrar em processo de fermentação, e posteriormente em decomposição.

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Esse material deve ser aguado regularmente mais ou menos de dois em dois dias, para facilitar o
processo de decomposição, cura e humificação desse composto.
Devemos proceder o primeiro reviramento deste material 10 dias após sua montagem. Este
reviramento tem por objetivo, manter um controle adequado da umidade, temperatura e uniformidade
na decomposição de seus componentes. Os demais reviramentos são feitos de 20 em 20 dias, num total
de 4 reviramentos.

Este reviramento pode ser realizado com uma enxada ou enxadão e até mesmo com ajuda de um
ciscador e uma pá.
Entre 90 e 120 dias o composto já pode ser usado como adubo, desde que esteja bem curtido.

1.8.1.2.1.2.2. CINZAS DE VEGETAIS


São cinza de todos os vegetais queimados, inclusive as cinzas oriundas da queima das lenhas
utilizadas nos fogões, fornos e fornalhas movidas à lenha. Cinzas de origem vegetal são ricas em
potássio, ácido fosfórico, magnésio e cálcio.
As cinzas novas contem cal viva a qual com o tempo se transforma em carbonato de cálcio. Este
processo é acelerado quando as cinzas são aguadas, apresentando finalmente uma coloração mais
escura. Seve também para corrigir a acidez do solo.

CAPÍTULO 2 - PARTE ESPECIAL

2.1. CULTIVO DAS HORTALIÇAS DO GRUPO DAS FOLHOSAS, FLORES, HASTES E


TALOS

2.1.1. ALFACE E CHICÓRIA


Observação: são tratadas no mesmo item, por serem hortaliças de cultivos iguais.
.
2.1.1.1. ALFACE ( Lactuca sativa )

2.1.1.1.1. A) VARIEDADE DO GRUPO CRESPA


Cinderela, Grand Rapids, Livine, Veneranda, Simpson Black, Brisa, Hansn, Great Lakes,

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Verônica, Vanessa, Melissa, Mimosa Green Slad Boa, Mimosa Roxa Salad Bowl, Mirella, Monica SF
31, Paola, e Elba ( A variedade Elba é a mais utilizada no Nordeste, por se tratar de uma alface
precoce, que pode ser colhida com 65 dias ).

2.1.1.1.2. B) VARIEDADE DO GRUPO LISA


Áurea, Brasil 303, Boston Branca, Rainha de Maio, Regina, Stella, Babá de Verão, Elizabeth,
Cazard, Elisa, Floresta, Francesa, Manteiga Maravilha, Aérica Grande Lagos, Regina, Grannd
Rapidstbr, Sem Rival, Maravilha de Inverno, Vitória de Santo Antão, e Maravilha do Verão.

2.1.1.2. CHICÓRIA ( Chicorium endivia )

2.1.1.2.1.(A) VARIEDADE DO GRUPO CRESPA


Crespa de Ruffec, Escarola Biondina, Gigante Barbarela, Crespa de Ruffec, Curled Green,
Mimosa, Pancaliere, e a Curled Green.

2.1.1.2.2. B) VARIEDADE DO GRUPO LISA


Bionda Dorata, Lisa Escarola Coração Cheio, Full Heart, e Parma-Itália.

2.1.1.3. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE


Iniciamos o plantio em sementeira, que é feito em sulcos com 0,5 cm.
de profundidade, e com espaçamento entre linhas de 1 cm. Estes sulcos poderão ser feitos com um
transplantador pontiagudo ou mesmo com uma pequena pá de transplante. As sementes devem ser de
boa qualidade e procedência.
Colocar as sementes nos sulcos bem espaçadas, de modo que, as mesmas não fiquem muito
unidas. Sempre usar sementes de boa qualidade.
Podemos fazer também, o semeio a lanço (jogando as sementes com a mão) cobrindo-se, em
seguida, com terra ou areia bem fina. A quantidade de sementes a ser utilizada é de 2 g/m².
Fazer uma aguação diária, preferencialmente pela manhã, com um regador de crivo fino por
cima do material de cobertura para não desenterrar as sementes. Cobre-se a sementeira com palha de

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coqueiro, capim seco ou saco de aniagem para manter o solo úmido, evitando também que as sementes
se desenterrem.
Dependendo da variedade, as sementes começam a germinar entre 3 a 6 dias. Após a germinação
dessas sementes, retira-se de uma vez o material de cobertura. Devemos continuar irrigando duas
vezes ao dia, pela manhã e à tarde.

2.1.1.4. TRANSPLANTE
Quando as mudas estiverem com 4 a 5 folhas, o que acontece entre 25 a 30 dias, transplantar para
o canteiro definitivo com a ajuda de uma pazinha arredondada de jardineiro, cuja finalidade é auxiliar
na retirada das mudas da sementeira para plantio definitivo.
Devemos escolher as melhores mudas, eliminando as raquíticas e deformadas, bem como, a que
estiver agregada uma na outra.
Fazer o transplante preferencialmente logo pela manhã ou no fim da tarde e o canteiro já deve
estar devidamente preparado e aguado
As fileiras já devem estar previamente marcadas com um riscador pontiagudo.
As pequenas covas devem ser feitas com um transplantador.
Não enterrar as mudas acima do colo da plantinha, evitando seu apodrecimento e morte. Portanto
as folhas das mudas devem ficar totalmente fora da terra.
Aguar levemente com regador de crivo fino (furos pequenos).

2.1.1.5. ESPAÇAMENTO

O plantio para a alface e chicória é feito no espaçamento de 25 X 25 cm e, especialmente para a


chicória no espaçamento de 30 X 30 cm.

2.1.1.6. TRATOS CULTURAIS


A alface e a chicória devem ser regadas diariamente pela manhã ou à tarde, para manter a umidade
do solo, mas sem encharcar. O excesso de água no canteiro é uma das causas que provocam doenças
nas plantas.
O canteiro deve ficar sempre limpo, retirando-se as ervas daninhas para não prejudicar o
desenvolvimento da alface ou da chicória.

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No que diz respeito ao preparo do solo é necessário que o canteiro já esteja devidamente adubado
com um adubo orgânico, na proporção de 4 a 5 Kg/m² do canteiro. O adubo preferido pelos
horticultores é o esterco de curral, mas, podemos usar outro tipo de adubo orgânico que esteja mais
disponível ao horticultor.
Complementar com uma adubação básica antes do plantio, incorporando 30 g/m² de N-P-K. Se o
horticultor não dispuser de orientação técnica para adubação química dessas hortaliças folhosas, pode
utilizar as tradicionais fórmulas do N-P-K, já preparadas e comercializadas em pacotes tais como: a
4-12-8, 4-16-8 ou a 10-10-10.
Após os 25 dias do plantio, faz-se a primeira adubação em cobertura ( em cima da terra do
canteiro). Podemos aplicar 20 g/m² de um adubo nitrogenado. Os adubos nitrogenados mais
utilizados são: Sulfato de Amônio e a Uréia.
Eles são comercializados no varejo em pequenos pacotes nas casas comerciais credenciadas, que
vendem produtos agropecuários.
Uma forma mais eficiente de aplicar um desses tipos de adubo nitrogenado é diluindo os
mesmos em água, na proporção de 10 g/10 litros de água, utilizando-se para esta adubação um
regador. Pode ser aplicado em cobertura com 20 g/m² de Sulfato de Amônio.
Em seguida faz-se uma rega somente com água sobre os pés de alface ou da chicória. Esta
adubação deve ser repetida mais duas vezes, com um espaço de 20 dias uma da outra.

2.1.1.7. COLHEITA
A colheita da alface e chicória ocorre no intervalo de 60 a 90 dias após o transplante.
Proceder o início da colheita pelas plantas mais desenvolvidas, cortando-se os pés de alface, ou
chicória, ao nível do solo.
Não devemos colher alface após o período de colheita, pois passado esse tempo à alface torna-se
imprestável para o consumo, havendo elevação de látex, surgindo um sabor amargo e folhas
endurecidas.

2.1.2. CEBOLINHA ( Allium fistulosum )

2.1.2.1. VARIEDADE
White Spear, Branca Temporã, Comum, De Todo Ano Evergreen Nebuka, e Galega.

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2.1.2.2. ESPAÇAMENTO
Nas fileiras que já devem estar previamente marcadas, faz-se as covinhas com o auxílio de um
transplantador e com uma profundidade de 2 a 3 cm. A distância entre fileiras e das covas nas fileiras é
de 15 X 15 cm. Ou 20 X 30 cm.

2.1.2.3. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO E INDIRETO

2.1.2.3.1. PLANTIO DIRETO NO CANTEIRO


O plantio direto no canteiro é o mais usado em horta caseira, prático e mais rápido, pois é feito
através da separação da touceira de uma planta adulta e já bem formada.
Cada tufo (haste) separado da touceira serve para uma muda.
Antes de plantar cada muda, cortam-se as folhas da cebolinha logo acima da parte branca
denominada de colmo, que une as raízes às folhas. Plantar uma muda por cova.

2.1.2.3.2. PLANTIO INDIRETO PELA SEMENTEIRA


Quando o plantio da cebolinha é feito através de sementes, estas serão semeadas nas sementeiras,
em sulcos com 0,5 cm de profundidade e com espaço entre fileiras de 10 cm. A quantidade de
sementes que serão utilizadas na sementeira é de 2 g/m².
Fechar os sulcos levemente sobre as sementes, juntando-se as laterais dos sulcos entre si ou cobrir
os sulcos com terra fina. Verificar o grau de germinação antes de adquirir as sementes.
Cobre-se a sementeira com palha, capim ou saco de aniagem. Após o plantio, fazer uma rega por
cima da cobertura, evitando que as sementes sejam desenterradas. Quando as sementes começarem a
germinar, o que acontece em torno de 10 dias, retirar a cobertura.
As cebolinhas estando com mais ou menos 15 cm de altura, o que acontece aproximadamente
aos quarenta dias após a semeação, devemos iniciar o transplante dessas mudas da sementeira para o
canteiro definitivo.
As mudas devem ser retiradas da sementeira sempre com o auxílio de uma pequena pá côncava
de jardineiro. Este procedimento tem por objetivo não danificar as raízes das plantinhas. As mudas são
colocadas em covas feitas com um transplantador.
As regas devem ser feitas diariamente. Estas regas podem ser com um aguador de crivo fino,
mangueira com bico de controle na saída ou com pequenos aspersores.
O espaçamento é o mesmo utilizado no plantio direto, que é de 15 X 15 cm.

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2.1.2.4. TRATOS CULTURAIS
Logo após o plantio, fazer uma rega, mantendo o canteiro diariamente irrigado e úmido. A
cebolinha pode se desenvolver muito bem somente com adubação orgânica.
Mas, caso o olericultor queira garantir uma boa produção, pode perfeitamente utilizar um adubo
químico misto.
À adubação química deve ser feita antes do plantio no canteiro. Fazendo uma adubação de base
pelo menos uma semana antes do plantio, misturando o adubo químico com o orgânico.
Não tendo um agrônomo para administrar as orientações técnicas, podemos fazer uma adubação
com N-P-K, utilizando a fórmula 4-12-8 ou a 4-16-8, na quantidade de 30 g/m² do canteiro.
Para a adubação orgânica, podemos utilizar o esterco de curral na proporção de
4 kg/m² do canteiro.

2.1.2.5. COLHEITA
Após 60 dias do plantio feito diretamente no canteiro, podemos iniciar a colheita
com as plantas que estiverem bem desenvolvidas e com uma altura aproximadamente de 30 cm. Neste
caso nos interessa mais a parte folhosa do que o bulbo da cebolinha.
A colheita pode ser feita arrancando-se todas as plantas, ou cortando cada planta na sua parte
branca (colmo) um pouco acima do solo. Neste último método haverá novo rebrotamento da planta
(soca) sem que seja necessário novo plantio.

2.1.3. COENTRO ( Coriandrum sativum )

2.1.3.1. VARIEDADES
Comum, Verdão, Nacional Palmeira, Português Pacífico, e Ouro.

2.1.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO


O plantio é feito através de sementes, sempre de boa procedência. Alguns olericultores
costumam quebrar as sementes. Este método consiste em colocar as sementes em um saquinho de pano
e depois, pisá-las levemente com um martelo ou outro instrumento apropriado.

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A semente de coentro tem a forma de uma esfera e quando ela é quebrada mecanicamente, cada
semente se divide em quatro partes. Cada parte é utilizada como uma semente. Este método evita que
as mudas nasçam muito agregadas umas às outras, dificultando a separação das mesmas no período do
desbaste. A quantidade de sementes utilizada para o plantio no canteiro é de 2 g/m².
As sementes são colocadas em sulcos transversais no canteiro definitivo. Os sulcos devem ficar
com 0,5 cm. de profundidade e com um espaçamento de 15 X 10 cm. Nos sulcos, as sementes devem
ser colocadas bem espaçadas uma das outras para evitar que no período da germinação, as plantinhas
não fiquem muito próximas umas das outras.
Em seguida cobrir os sulcos com uma fina camada de terra ou fechar cada sulco juntando-se os
bordos dos mesmos sobre as sementes plantadas.
Cobrir o canteiro com palha, capim seco ou saco de aniagem. Proceder logo em seguida uma rega
em cima da cobertura que está sobre o plantio das sementes, evitando assim, o desenterramento das
mesmas. Aguar diariamente com regador de crivo fino.
Dependendo da variedade, a germinação acontece entre 4 a 10 dias. Após a germinação retira-se
a cobertura. Quando as plantas estiverem com 4 a 5 cm de altura, iniciamos o desbaste, retirando
dos sulcos as plantas fracas, com defeitos ou aderidas umas nas outras, de modo que fique um espaço
de 10 cm entre as plantas no sulco. Desde o semeio evitar o máximo possível que as plantas fiquem
unidas.

2.1.3.3. ESPAÇAMENTO
Plantar no espaçamento de 15 X 10 cm. ou 20 X 10 cm.

2.1.3.4. TRATOS CULTURAIS


A adubação orgânica tais como: esterco de curral, cama-de-galinha ou outro tipo de material
orgânico é indispensável e às vezes é a única adubação realizada.
Esta adubação deve ser bem curtida e incorporada ao canteiro na proporção de 4 Kg/m² e com
pelo menos, uma semana antes do plantio.
Manter o canteiro sempre limpo de ervas e sachar ( escarificar com um sacho ) para afofar a terra,
mantendo assim o solo sempre arejado.
Aguar diariamente logo pela manhã ou no fim da tarde.

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No caso da necessidade de complementar com uma adubação química, podemos também
incorporar ao solo juntamente com a matéria orgânica, 10 g/m² no canteiro, de N-P-K na fórmula de 4-
12-8.
As regas devem ser feitas diariamente, sempre usando um regador de crivo fino.

2.1. 3. 5. COLHEITA
A colheita ocorre entre 30 a 40 dias e vai até a fase inicial da floração. Portanto, são realizadas
duas colheitas. Após a floração, o coentro fica com um cheiro muito ativo e impróprio para o consumo
como tempero.

2.1.4. COUVE, COUVE-FLOR E REPOLHO


Essas hortaliças são tratadas no mesmo item, por serem de cultivo igual.

2.1.4.1. COUVE ( Brassica olerácea var. acephala ).

2.1.4.1.1. VARIEDADES DA COUVE


Caldina, Manteiga 900 Legítima Pé Alto, De Todo Ano, Crespa, e Manteiga da Geórgia.

2.1.4.2. COUVE – FLOR ( Brassica oleracea ver. Botrytis )

2.1.4.2.1. VARIEDADES DA COUVE - FLOR


Anã de Erfurt, Bola de Neve Precoce, Teresópolis Gigante, Verona, Verona AG-I 184,
Piracicaba Precoce, Florença AG 314, Híbrido Jaraguá, Lenormand Quatro Estação, Terezópoles
Gigante, Viena Hibrido F1, Nápoles Gigante, Pé Curto D’Argélia, Piracicaba Precoce, e Shiromaru-I,

2.1.4.3. REPOLHO ( Brassica oleracea var. capitata )

2.1.4.3.1. VARIEDADES DO REPOLHO

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Repolho 60 dias, Aoba, Astrus, Brunswick, Caribe, Chato de Quintal, Chato de São Diniz,
Coração de Boi Gigante, Kenzan, Matsukas, Louco de Verão, Das 4 Estações, Red Rock Roxo,
Thaishia Hibrido F1, Sabaúna, e Saturno.

2.1.4.4. SEMEADURA PARA PLANTIO DIRETO E INDIRETO DA COUVE, COUVE-


FLOR E DO REPOLHO
Apenas a couve pode ter seu plantio feito direto ou indireto. A couve-flor e o repolho têm o seu
semeio feito indiretamente através da sementeira, para que as mudas sejam posteriormente
transplantadas definitivamente no canteiro.

2.1.4.4.1. MÉTODO DE PLANTIO ESPECIALMENTE PARA A COUVE


DIRETAMENTE NO CANTEIRO

O plantio da couve também chamada de couve de folha, tanto pode ser feito através de
sementeira, como também, diretamente no canteiro através de brotos.
Os brotos são retirados de uma planta adulta, que foi cultivada propositadamente em um local fora
do canteiro.
As melhores mudas são provenientes dos brotos localizados na base da planta.
Essas mudas são plantadas deixando-se apenas as folhas fora do chão.
A variedade da couve manteiga é feita preferencialmente, pelo plantio de
brotos laterais (estacas) que são retirados do caule da planta-mãe.
Outro método é utilizar o próprio pé da couve como muda. Após ter sido colhido o
pé de couve, as folhas são retiradas para o consumo e em seguida corta-se o tronco da
couve aproximadamente 15 cm acima das raízes.
Plantar esta parte do caule com a raiz principal (estaquia) em cova com mais ou menos 4 a 5 cm
de profundidade.
A parte do caule com a raiz principal que vai servir de muda deve ficar enterrada na cova acima
da raiz.
Para fazer as covas utilizamos o transplantador.
O plantio por brotos e estacas do caule com raiz são os métodos mais simples e práticos utilizados
nas hortas doméstica e comunitária.

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Aguar logo após o plantio e manter o canteiro diariamente aguado.

2.1.4.4.2. SEMEIO INDIRETO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE DA


COUVE, CUVE-FLOR E REPOLHO
No método de plantio através de sementeira o processo é igual para a couve, couve-flor e repolho.
As semeaduras dessas hortaliças são feitas em sementeira, com sementes selecionadas.
O espaçamento entre sulcos é de 15 cm, com profundidade de 1 cm. A quantidade de
sementes utilizada é de 2 g/m².
As sementes devem ser colocadas nos sulcos manualmente, de modo que fiquem mais ou menos
afastadas umas das outras para facilitar posteriormente o desbaste.
Cobrir os sulcos com terra fina e em seguida colocar uma cobertura de palha, capim seco ou saco
de aniagem, até a germinação das sementes.
Aguar logo em seguida, mantendo a sementeira diariamente irrigada e úmida.
As sementes têm seu início de germinação após 3 a 5 dias do plantio quando devemos retirar
definitivamente a cobertura.

2.1.4.4.3. TRANSPLANTE
No momento em que, a couve, couve-flor ou o repolho já estiverem com 4 a 6 folhas que
acontece em torno de 20 a 30 dias, as mudas já podem ser transplantadas com uma pazinha para o
canteiro definitivo que já deve está devidamente preparado e regado.
Para o plantio das mudas em covas utilizamos o transplantador. As folhas das mudas
transplantadas devem ficar fora da terra. Devemos usar sempre as mudas mais vigorosas, desprezando-
se as raquíticas e deformadas.

2.1.4.4.4. ESPAÇAMENTO
Os espaçamentos no canteiro variam de conformidade com a variedade e o tamanho da hortaliça
que se deseja produzir.
Tanto para a couve, couve-flor e o repolho, os espaçamentos variam, sendo que os mais
utilizados são: 50 X 50 cm; 60 X 40 cm; 60 X 60 cm; 70 X 50 cm; 80 X 40 cm; e 80 X 50 cm.

2.1.4.4.5. TRATOS CULTURAIS

27
. Os tratos culturais mais importantes são: capina, irrigação, adubação de base e adubação de
cobertura.
Pelo menos uma semana antes do plantio, devemos fazer uma adubação orgânica na quantidade
de 4 Kg/m² do canteiro, juntamente com um adubo químico de N-P-K na fórmula de 4-16-8 e na
quantidade de 30 g/m². O adubo orgânico deve estar bem curtido, para evitar uma possível queima das
plantas. Fazer também algumas irrigações no canteiro antes do plantio.
Para o repolho e a couve–flor, incluir também uma adubação química de Bórax na quantidade de
30 g/m² junto com a adubação de N-P-K. Essa adubação complementar tem por objetivo ajudar na
formação da cabeça do repolho e da couve-flor, evitando que as mesmas fiquem fofas ou ocas. Fazer
uma rega logo após a adubação.
Após o plantio, devemos fazer uma aplicação de um adubo nitrogenado em
cobertura, na proporção de 50 g/m² do canteiro. Daí por diante, repetir esta adubação mais duas vezes
de 15 em 15 dias. Pode ser diluído em água e regar direto no solo.
Os adubos nitrogenados mais usados são: Sulfato de Amônio e Uréia. A aplicação destes adubos
pode ser feita a lanço sobre o canteiro. Proceder logo em seguida uma irrigação.
Estas três hortaliças preferem um solo mais argiloso a um solo arenoso, mas, sempre bem
adubado com adubo orgânico e, se possível, complementar com uma adubação química.
A couve deve ser aguada diariamente mantendo o canteiro sempre úmido
Para o repolho a partir do 2° dia do plantio, irrigar três vezes por semana durante trinta dias e duas
vezes por semana, a partir deste período.
A couve-flor é uma planta altamente exigente em água, portanto, devemos aguar
duas vazes ao dia principalmente no período de verão.

2.1.4.4.6. COLHEITA
No caso da couve podemos iniciar a colheita com 60 dias após o plantio.
Para a couve-flor e o repolho, a colheita tem seu início 80 dias após o plantio e vai até os 130 dias,
dependendo da variedade cultivada.
Uma semana antes da colheita da couve-flor, coloca-se uma folha da própria planta sobre a cabeça
(flores) para manter uma coloração mais branca da parte comestível.
Ao colher o repolho e a couve-flor, devemos manter agregadas às folhas mais próximas da
cabeça para maior proteção e conservação do produto.

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2.1.5. SALSA (Petroselinum crispum )

2.1.5.1 VARIEDADES
Comum Lisa, Crespa Francesa, Crespa Extra, Lisa Grande Português, e Santa Cruz.

2.1.5.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO


Faz-se o plantio em sulcos com uma profundidade de 0,5 cm no canteiro definitivo. Utilizamos
1 g/m² do canteiro, de semente.
Devemos adquirir sementes de boa qualidade. Colocar as sementes nos sulcos espaçadas umas das
outras, para evitar que as plantinhas ao nascerem, fiquem agregadas umas nas outras. Em seguida ao
plantio, cobrem-se os sulcos com terra fina.
Proteger as sementes com uma cobertura de palha, capim seco ou saco de aniagem fazendo logo
em seguida uma rega.
Quando as sementes começarem a germinar, o que acontece entre 10 a 15 dias após o semeio,
retirar definitivamente a cobertura que foi colocada sobre o canteiro.

2.1.5.3. ESPAÇAMENTO
Plantar no espaçamento de 20 X 10 cm ou no de 30 X 10 cm.

2.1.5.4. TRATROS CULTURAIS


Fazer irrigação diária para manter a umidade do solo
O canteiro já deve estar previamente adubado com esterco de curral ou outro adubo orgânico na
quantidade de 2 kg/m² do canteiro.
Para garantir uma boa produção podemos complementar com uma adubação química de base. O
adubo a ser incorporado ao solo é o N-P-K, na fórmula 10-10-10 e na quantidade de 30 g/m² do
canteiro. Fazer em seguida uma rega.
Quando as plantas estiverem com 3 a 4 centímetros de altura e com duas folhas definitivas,
devemos fazer o desbaste, deixando as mais vigorosas com espaço de 10 cm umas das outras no sulco.

.1.5.5. COLHEITA

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Dependendo da variedade, a colheita ocorre entre 50 a 90 dias após a semeadura, quando as
plantas atingem cerca de 10 cm de altura.
Colher as folhas maiores da salsa cortando os pecíolos ( cabos ) das folhas logo acima da
superfície do solo. As folhas menores devem ser preservadas para que as plantas continuem a produzir,
assim haverá renovação na brotação e o período de colheita se prolongará por 2 a 3 meses.

2.2. CULTIVO DAS HORTALIÇAS DO GRUPO DOS FRUTOS

2.2.1. BERINJELA (Solanum melongena )

2.2.1.1. VARIEDADES
Alana, Ciça Hibrida F1, Comprida Roxa, Beleza Negra, Embu, Flórida da Mata Alta, Nova
York, e Florida Market.

2.2.1.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE


As sementes devem ser de boa qualidade. Proceder o semeio na sementeira em sulcos com
profundidade de 0,5 cm ( meio centímetro ).
Colocar as sementes mais ou menos distanciadas uma das outras evitando que, ao germinar, as
plantinhas fiquem agregadas. O espaçamento usado entre os sulcos e as plantas após o desbaste na
sementeira é de 12 X 12 cm, usando-se 3 g/m² de sementes.
Cobrir os sulcos com areia fina e em seguida colocar uma cobertura que pode ser de palha, capim
seco ou saco de aniagem. As sementes ficam protegidas até a sua germinação, que tem início de 7 a 12
dias.
Manter a sementeira sempre irrigada sem encharcar a terra. Logo que as plantinhas estiverem
com 2 a 3 cm de altura, damos início ao desbaste, mantendo uma distância de 12 cm entre plantas nos
sulcos.

2.2.1.3. TRANSPLANTE

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Quando as mudas estiverem com 3 a 4 folhas, o que acontece de 25 a 30 dias faz-se o transplante
para o canteiro definitivo. Retirar as mudas da sementeira sempre com uma pazinha de jardineiro para
transplante. Para fazer as covas utilizamos o transplantador.

2.2.1.4. ESPAÇAMENTO
Plantar no espaçamento de 60 X 50 cm ou no de 80 X 50 cm.

2.2.1.5. TRATOS CULTURAIS


Irrigar uma vez por dia sem encharcar, de preferência, no início da manhã ou no fim da tarde.
Manter o canteiro sempre irrigado e fazer capinas quando necessário. Adubar com esterco de
curral na proporção de 1,5 Kg/m² do canteiro.
Podemos complementar também, com uma adubação química de N-P-K na fórmula de 14-
16-8 e na proporção de 30 g/m². Tanto a adubação química, como a orgânica, são incorporadas ao solo
do canteiro pelo menos uma semana antes do plantio.

2.2.1.6. COLHEITA
Dependendo da variedade, a colheita vai dos 60 aos 120 dias e pode se prolongar por até 90 dias. O
ponto de colheita é quando os frutos estão bem coloridos, porém com polpa macia. A colheita é feita
cortando-se o pedúnculo, deixando-se 4 a 5 cm do mesmo, aderido ao fruto.

2.2.2. MAXIXE ( Cucumis anguria )

2.2.2.1. VARIEDEDES
Comum, Maxixe Liso Calcutá, e Maxixe do Norte.

2.2.2.2. ESPAÇAMENTO
Plantar no espaçamento de 60 X 60 cm ou no de 80 X 40 cm.

2.2.2.3. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO


O semeio é feito com sementes selecionadas, diretamente em canteiro definitivo em sulcos com
uma profundidade de 1 cm. Usar 2 g/m² de sementes no canteiro. .

31
Nos sulcos as sementes são distribuídas manualmente, procurando-se manter desde logo, certa
distância entre elas, para facilitar o desbaste das plantinhas quando nascerem.
Cobrir as sementes com palha ou outro tipo de cobertura, até a germinação das mesmas. Fazer
uma rega logo em seguida.
A germinação das sementes se dá de 5 a 7 dias. Proceder o raleamento, que é a retirada do excesso
de plantas no sulco. . Esse raleamento será feito quando as plantas estiverem com 2 a 3 folhas
definitivas. Após o raleamento, deixar apenas uma planta com a distância de 40 a 60 cm entre elas no
sulco, conforme o espaçamento escolhido.
Também podemos fazer o plantio em covas. Para fazer as covas usamos o transplan-
tador. Semeiam-se 4 a 5 sementes por cova, com uma profundidade de 1cm. As distâncias entre fileiras
e covas, são as mesmas do plantio em sulcos.
Quando as plantas já estiverem com 2 a 3 folhas definitivas, faz-se o raleio das plantas; deixando-
se apenas uma ou no máximo, as duas melhores em cada cova.

2.2.2.4. TRATOS CULTURAIS


Revolver bem a terra do canteiro. Pelo menos uma semana antes do plantio, fazer uma adubação
orgânica, de preferência, com o esterco de curral na proporção de 1,5 kg/m² do canteiro. Podemos
adicionar também ao adubo orgânico, uma adubação química, usando-se 30 g/m² do canteiro de N-P-
K, na Fórmula 14-16-8.
Irrigar diariamente, de preferência pela manhã ou no final da tarde.
Manter o canteiro diariamente aguado.

2.2.2.5. COLHEITA
Dependendo da variedade, a colheita se inicia em torno de 60 dias após o plantio e Pode se
prolongar por até mais de 30 dias.

2.2.3. PEPINO ( Cucumis sativus ); E ABOBRINHA ( Cucurbita pepo )


Essas hortaliças são tratadas no mesmo item por serem de cultivos semelhantes

2.2.3.1. VARIEDADES

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2.2.3.1.1. VARIEDADES DO PEPINO
Aodai Nazaré, Ashley, Caipira, Chicago, Ginga, Babá de Verão, Esmeralda, Imperador, Japonês,
Jóia, Marketer, Midori, Monark, Nark Paulistano, Seiriki Verde, Sprint 440 S, Vitória, e Verde
Comprido Inglês.

2.2.3.1.2. VARIEDADES DA ABOBRINHA.


2.2.3.1.3. Fiorella Híbrido F1, Menina Brasileira Precoce, Menina Verde, Abobrinha
Cacerta Italiana, Caserta CAC, Pira Moita, Calabacín, e Sumaia Híbrida F1.2.2.3.2.

SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO


O plantio é feito pela semeadura direta na cova ou no sulco, tanto na cultura rasteira, como na
estaqueada.

2.2.3.3. SEMEADURA EM PLANTIO INDIRETO


Alguns olericultores profissionais dão preferência semear em copo de plástico descartável de
200cc com um furo no fundo do copo. O copo é cheio com terra e adubo orgânico peneirados. Em
cada copo é colocado uma semente. Os copos são colocados em bandeja de isopor que ficam
protegidos em uma estufa. ( local coberto ).
As mudas estarão prontas para serem transplantadas quando tiverem com o primeiro par de folhas
definitivas ou cerca de 10 cm de altura.

2.2.3.4. ESPAÇAMENTO
Para o pepino e abobrinha cultivados em canteiro, sempre trabalhamos com espaçamentos
menores. Se o espaçamento do canteiro for de um metro de largura o plantio da abobrinha pode ser
feito nos espaçamentos de 80 x 60 cm, e o do pepino no de 80 X 40 cm ou no de 60 X 60 cm. Em
canteiro com largura de um metro e vinte, podemos utilizar para ambos, o espaçamento de 100X 60
cm.
2.2.3.5. PLANTIO DIRETO EM COVAS
O canteiro já deve estar previamente preparado, nivelado, adubado e aguado, conforme
orientação contida nos tratos culturais.
Marcamos no canteiro as fileiras dentro do espaçamento já determinado. O plantio é feito pela
semeadura direta em covas, com profundidade de 2 a 3 cm.

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Um método fácil para selecionar sementes de abobrinha para o plantio é colocar as sementes em
um depósito com água e só plantar as que afundarem, descartando as que ficarem boiando.
Para fazer as covas utilizamos o transplantador. Nas covas semea-se de 4 a 5 sementes.
Dependendo da variedade a germinação tem seu início de 3 a 6 dias após o plantio.

2.2.3.6. PLANTIO DIRETO EM SULCOS


Com um transplantador podemos fazer os sulcos riscando o chão longitudinalmente e com uma
profundidade de 2 a 3 cm. Colocar nos sulcos as sementes bem espaçadas umas das outras, para que as
plantas ao nascerem não fiquem agregadas, dificultando posteriormente o desbaste. Após o semeio
cobrir os sulcos com terra fina.

2.2.3.7. TRATOS CULTURAIS


Manter o canteiro diariamente irrigando e úmido, principalmente no período de verão.
Quando as plantas estiverem com 2 a 4 folhas, o que acontece 15 dias após a germinação, faz-se o
desbaste deixando-se apenas uma, ou no máximo as duas plantas mais vigorosas no espaçamento de 40
ou 50 cm entre plantas no sulco, ou entre covas.
No plantio com estacas, deixamos apenas uma planta por cova.
O cultivo por estaqueamento serve para que as ramas possam subir. Portanto, os frutos da
abobrinha ou do pepino, nascem na parte superior sem contato com o chão.
Quando o plantio é feito com o uso de tutores, como é o caso principalmente da abobrinha, logo
após o desbaste, colocamos uma vara (tutor) bem fincada ao lado de cada cova.
As varas devem ter o comprimento de 2 m a 2,5 m que são colocadas em cada cova. Já para o
pepino, o método de plantio mais utilizado é o rasteiro que é o mais simples pois as variedades
rasteiras não necessitam de estacas para o seu desenvolvimento. A variedade Aodai é a mais indicada
para o plantio rasteiro.
No plantio da abobrinha, o método preferido é o de estaqueamento.
A adubação de base pode ser feita com a mistura de um adubo químico e um orgânico que são
incorporados ao solo do canteiro antes do plantio.
A quantidade de esterco de curral ou outro tipo de adubo orgânico é de 4 kg/m² do canteiro.
Na adubação química com N-P-K podemos utilizar a fórmula 4-16-8, na quantidade de 100 g/m²
do canteiro.

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As adubações nitrogenadas, que são feitas em cobertura quinzenalmente, são muito importantes
para a boa produtividade, porque o nitrogênio aumenta o número de flores femininas. Esta adubação
além de influir na manutenção das flores, concorre para a boa formação dos frutos.
A primeira adubação nitrogenada deve ser feita por ocasião do desbaste e a segunda a partir do
início da formação dos frutos. Aplica-se em cada adubação, 10 g/m² do canteiro, de Sulfato de Amônio
ou Uréia.
Este adubo pode ser colocado a lanço sobre o solo ou diluído em água na proporção de 10 g/10
litros de água. Deve-se utilizar um regador para facilitar nesta adubação. Regar após cada adubação.

2.2.3.8. COLHEITA
Dependendo da variedade, a colheita tem seu início dos 60 aos 90 dias após o plantio
prosseguindo até 3 meses.
O pepino ou abobrinha a serem colhidos devem ser tenros e com um comprimento em torno de 20
cm. A coloração externa do pepino deve estar bem verde.
Para colher a abobrinha ela deve estar com uma coloração verde clara.
Ainda no caso da abobrinha, dependendo da preferência do consumidor e da finalidade de seu uso,
ela pode ser colhida também quando estiver madura.

2.2.4. PIMENTÃO ( capsicun Annuum ); e PIMENTA (capsicum frutescens )

2.2.4.1. VARIEDADES

2.2.4.1.1. VARIEDADES DO PIMENTÃO


All Big, Maravilha da Califórnia, Barão, Monstruoso, Magali, Magali “R,” Quadrado da
América, Casca Dura, Pimentão Comprido, Rei dos Rubis, Yolo Worder. Barão, Ciro, Bruna, Ário,
Otto, Donatelo Hibrido F1, Bellfort, Bruno Híbrido F1, Rubi, Giant, Otto Tibérius Híbrido F1, e
Marta.

2.2.4.1.2. VARIEDADES DA PIMENTA


Cayena Vermelha Comprida, Cumarí, Cereja, Comprida Amarela, Cayenne Dedo de Moça,
Malagueta, Lupi, Lupeta, Cambuci Chapéu – de - Bispo, Vulcão, e as variedades de Pimenta de
Cheiro.
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2.2.4.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE
É feito em sementeira para posterior transplante usando-se 3 g/m² de sementes com um
espaçamento de 10 X 10 cm. Fazer os sulcos nas sementeiras com uma profundidade de 1 cm.
Colocar as sementes dentro dos sulcos dando uma pequena distância entre as sementes, de modo que
as plantinhas ao nascerem não fiquem agregadas uma na outra.
Após o semeio fechar os sulcos com terra fina. Cobrir a sementeira com palha, capim ou saco de
aniagem.
Fazer uma rega e manter a sementeira sempre úmida. A germinação tem seu início de 8 a 10 dias
após o plantio. Logo após a germinação, tirar imediatamente a cobertura da sementeira.

2.2.4.3.TRANSPLANTE
Quando as plantas já estiverem com 15 cm de altura, em torno de 25 a 45 dias de
sementeira, deve ser feito o transplante utilizando uma pazinha côncava de jardineiro para retirar as
mudas da sementeira.
No canteiro definitivo, que deve está devidamente preparado e regado, usa-se o transplantador.
Devemos escolher as melhores mudas evitando as raquíticas e com defeitos.

2.2.4.4. ESPAÇAMENTO
Plantar nos espaçamentos de 60 X 60 cm ou no de 80 X 40 cm.

2.2.4.5. TRATOS CULTURAIS


Manter o canteiro diariamente irrigado, preferencialmente pela manhã e no final da tarde.
O canteiro já deve estar previamente irrigado e adubado com esterco de curral ou outro tipo de
adubo orgânico, pelo menos uma semana antes do plantio.
Para esta adubação de base pode ser utilizado o esterco curral na quantidade de
2 Kg/m² do canteiro. Este adubo deve ser bem misturado com a terra do canteiro juntamente com a
adubação química. Fazer uma rega após cada adubação.
Para complementar a adubação orgânica é recomendada uma adubação de N-P-K na fórmula
14-16-8, na dosagem de 50 g/m².

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2.2.4.6. COLHEITA
Dependendo da variedade do pimentão e da pimenta, a colheita tem seu início entre
os 3 a 4 meses após a semeadura e pode se prolongar por mais 2 a 3 meses.

2.2.5. QUIABO ( Abelmoschus esculentus )

2.2.5.1. VARIEDADES
Valença, Mauá, Santa Cruz 47, White Velvet, Anã Verde, Campinas 2, Chifre de Veado, e Green
Velvet,

2.2.5.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO

2.2.5.3. ESPAÇAMENTO
Plantar no espaçamento de 60 X 30 cm ou no de 80 x 40 cm.

2.2.5.4. TRATOS CULTURAIS


A quantidade de sementes utilizadas é de 2 g/m² do canteiro. As sementes são colocadas em
covas com a profundidade de 2 a 3 cm, deixando-se 3 a 5 sementes por cova.
As sementes devem ser colocadas de molho, em água, um dia antes do plantio, para facilitar a sua
germinação.
Utilizar o transplantador para fazer as covas. A germinação se faz entre 4 a 7 dias após o plantio.
.
Costuma-se também plantar o quiabo fora do canteiro, economizando espaço para
outras hortaliças. Sendo o quiabeiro uma planta rústica, ele pode ser plantado próximo ao muro,
mureta ou passarelas, desde que mantenha uma distância de pelo menos 40 cm destes obstáculos.
Irrigar o canteiro diariamente pela manhã ou no fim da tarde.
A adubação é feita com esterco de curral bem curtido, na proporção de 4 Kg/m² do canteiro; ou
outro tipo de adubo orgânico.
Para garantir uma boa produção podemos misturar um adubo químico com o adubo orgânico.
O adubo químico a ser utilizado é o N-P-K na fórmula 14-16-8 usando-se a dosagem de 30 g/m²
do canteiro. Fazer uma rega após á adubação.

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A semente do quiabo é muito sensível ao contato direto com o adubo químico, portanto para
evitar danos às sementes devemos localizar o adubo no fundo de cada cova protegendo a semente com
uma pequena camada de terra. Fazer uma rega logo em seguida à adubação.
Após quinze dias do nascimento das plantas, faz-se a primeira adubação nitrogenada, repetindo-se
quinzenalmente por mais duas vezes.
A adubação nitrogenada é feita em cobertura usando-se Sulfato de Amônio ou Uréia, na
proporção de 10 g/m² do canteiro. Esta adubação pode ser a lanço sobre o canteiro ou diluído em água,
também na proporção de 10 g/ 10 litros de água, usando-se um regador.
O desbaste das plantinhas deve ser feito 20 a 30 dias, após a germinação, deixando-se apenas uma
planta por cova.
Devemos manter apenas a haste principal da planta eliminando todos os brotos laterais
secundários. Esta operação evita o crescimento de brotos improdutivos, que prejudicam o
desenvolvimento e crescimento da planta.

2.2.5.5. COLHEITA
A colheita principia 60 a 80 dias após a semeadura prolongando-se por mais 70 a 80 dias.
O ponto ideal de colheita dos quiabos é quando os mesmos estão bem tenros, de tal modo que
a ponta do quiabo quebre ao ser levemente pressionado com as pontas dos dedos.

2.2.6. TOMATE ( Lycopersicum esculentum )

2.2.6.1. VARIEDADES
É grande o número de variedades, principalmente no que se refere ao tamanho do fruto, que vai
desde os pequenos ( tomate cereja ), médios ( tomate cajá ou pêra ), até os de frutos de grande porte
( tomate salada ).
O grupo do tomate Santa Cruz tem por característica ser bilocular, isto é, existem apenas duas
cavidades internas. Dando-se um corte transversal no tomate observamos duas cavidades.
O tomate do grupo Salada abrange todas as variedades pluriloculares. Num corte transversal
podemos verificar de 5 a 10 lóculos ( cavidades ) ou até mais de dez.
Atualmente os órgãos de pesquisa estão trabalhando em variedades mistas que
serão utilizadas tanto nas indústrias como na culinária caseira.

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O Instituto de Pesquisa Agropecuária de Pernambuco - IPA está produzindo o híbrido SM-16
com tomate graúdo, que atende perfeitamente os dois objetivos.
No caso de plantio em canteiro devemos dar preferência às variedades rasteiras que não
necessitam de estacas ou tutoramento para suporte das plantas.

2.2.6.1.1. VARIEDADES DO GRUPO SALADA


Absoluto Híbrido F1, Ellen Híbrido F1, Sotero, Gaúcho melhorado, Colossus, Coração de Boi,
Donatto Híbrido F1, Floradel, Foremost E-21, La Planta, Manalucie, Sekaiich, Tropic Maçã de
Iberitê, e Marguerit híbrido F1.
2.2.6.1.2. VARIEDADES DO GRUPO SANTA CRUZ
Santa Cruz IPA6, Clarisse, Santa Clara 5800, Santamélia, Ângela IAC, Bocaina, kada Gigante,
Miguel Pereira, Nagasaki, Piedade Gigante, Roquesso, Samano Gigante, Sul Brasil, e São Sebastião
Bocaina.

2.2.6.1.3. VARIEDADES DO GRUPO CEREJA E ESPECIALIDADES


Cascade Híbrido F1, Flamel, Vedete, Tomate Cereja, Tomate de Caqueira, Tomate do Mato ou
Tomate Bravo.

2.2.6.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE


A sementeira deve estar previamente adubada e regada uma semana antes do plantio, usando-se
um adubo orgânico na quantidade de 4 kg/m².
Para o semeio utilizamos 2 a 3 g/m² de sementes selecionadas. Fazer sulcos distanciados entre se
com 10 cm e com uma profundidade de 2 cm. As sementes são colocadas nos sulco procurando
manter uma pequena distância entre elas.
Cobrir os sulcos com areia fina. Em seguida, após o semeio, faz-se o sombreamento da sementeira
cobrindo-os com palha seca ou saco de aniagem, que é retirado após a germinação e de
preferência no fim da tarde. Irrigar a sementeira duas vezes por dia, pela manhã e à tarde, usando-se
um regador com crivo fino.
A germinação varia de acordo com a variedade que fica em torno de 4 a 7 dias.
Aproximadamente 10 dias após a germinação, efetua-se o desbaste das mudas mantendo-se à distância
de 3 cm entre plantas.

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2.2.6.3. TRANSPLANTE
Quando as mudas já estiverem com 4 a 5 folhas definitivas, o que ocorre aproximadamente entre
25 a 30 dias após o semeio, faz-se o transplante com uma parzinha côncava de jardineiro para o
canteiro ou outro local no caso do tomate cereja.
2.2.6.4 ESPAÇAMENTO
Dependendo da variedade e por se tratar de plantio em canteiro, podemos adotar espaçamentos
mais estreitos tais como: 80 X 40 cm; 80 X 50 cm; ou 80 X 60 cm.

2.2.6.5. TRATOS CULTURAIS


O canteiro deve ser previamente aguado antes do transplante, iniciando-se no dia seguinte a
irrigação. O solo deve ser diariamente regado com uma quantidade adequada de água, úmido, mas sem
encharcar a terra.
Não irrigar em cima das folhas, para evitar doenças. A irrigação do tomateiro é feita diretamente no
solo para evitar a irrigação por cima das folhas.
Fazer adubação com esterco de curral bem curtido uma semana antes do semeio, usando-se
esterco de curral na quantidade de 4 Kg/m² do canteiro. Junto ao adubo orgânico, incorporamos
também no canteiro uma adubação química de N-P-K, que pode ser a fórmula 4-14-8, na proporção
de 30 g/m² do canteiro. Fazer uma rega após cada adubação.
Aos 12 dias após o transplante, se faz a primeira adubação em cobertura com um adubo
nitrogenado que pode ser Sulfato de Amônio ou Uréia. A quantidade a ser utilizada é de 30 g/m² do
canteiro a lanço ou diluído em água usando-se um regador de crivo fino.
Após a primeira adubação de cobertura faz-se mais 3 adubações mantendo um espaço de 20 dias
uma da outra.
Em todas as 3 adubações nitrogenadas usamos a mesma quantidade de adubo da primeira
adubação de cobertura, 30 g/m² do canteiro. O adubo nitrogenado pode ser feito a lanço e em seguida
regar, ou diluído em água usando-se um regador de crivo fino. Manter o canteiro sempre limpo de
ervas daninhas e regar diariamente.
No caso do plantio das variedades de grande porte que necessitam de tutores (estacas), quando as
mudas estiverem com 25 a 30 cm de altura faz-se o estaqueamento.
Podemos usar o mesmo método de estaqueamento, que já foi explicado no cultivo do pepino e da
abobrinha. O tomate rasteiro dispensa o estaqueamento.

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Na medida em que a planta vai crescendo, vai se fazendo a amarração da mesma, na estaca de
suporte, que foi fincada em cada cova, ao lado do pé de cada planta.
Nestas variedades é recomendado fazer-se a desbrota que consiste na eliminação de todos os
brotos que forem surgindo nos pedúnculos das folhas. Este desbaste é necessário porque eles são
improdutivos e retiram a seiva da planta.

2.2.6.6. COLHEITA
Dependendo da variedade, a colheita tem seu início mais ou menos aos 60 dias após o transplante
e vai até os 120 dias. Iniciar colhendo os tomates que já estejam com a película de coloração rosada
ou vermelha.

2.3. CULTIVO DAS HORTALIÇAS DO GRUPO DAS TUBEROSAS

2.3.1. BETERRABA (Beta vulgaris )

2.3.1.1. VARIEDADES
Chata do Egito, Katrina, Rubra Híbrido F1, Tall Top Early Worden, Bola Vermelha (Red Ball),
Chata Vermelha, Crosby’s, Detroit Dark Red, Early Wonder, Egiptian, Redonda Temporã, e
Redonda de Bassan.

2.3.1.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO


O plantio é feito diretamente em canteiro definitivo, em sulcos longitudinais e com a profundidade
de 2 cm. As sementes são colocadas nos sulcos com uma distância de mais ou menos 5 cm umas das
outras. A quantidade de sementes utilizadas é de 2 g/m² do canteiro. Em seguida cobrir os sulcos com
terra fina.
Como a germinação é muito baixa, deve ser feita à emersão das sementes em água durante 12
horas antes da semeadura. A germinação tem seu início de 6 a 12 dias. A irrigação deve ser diária,
iniciando-se logo após o plantio.

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O desbaste deve ser feito quando as plantas estiverem com 15 cm de altura, deixando-se uma
planta a cada 10 cm no sulco.

2.3.1.3.. ESPAÇAMENTO
Plantar em um dos espaçamentos: 20 X 10 cm, 25 X 10 cm; 30 X 10 cm ou no de
30 X 15 cm.

2.3.1.4. TRATOS CULTURAIS


A adubação deve ser leve e com pouco adubo orgânico para não atrofiar a beterraba e as folhas
não se multiplicarem em grande quantidade.
Pois é o desenvolvimento do tubérculo que nos interessa.
As adubações devem ser incorporadas ao solo uma semana antes do plantio.
Devemos aplicar 2 Kg/m² do canteiro com esterco de curral bem curtido. Fazern também uma
adubação química de N-P-K na fórmula 4-16-8. A dosagem a ser aplicada é de 30 g/m² do canteiro.
O solo deve ser areno-argiloso, isto é mais arenoso do que argiloso (barrento), para
não prejudicar o desenvolvimento da beterraba. Manter o canteiro sempre limpo de ervas daninhas.
A beterraba necessita de uma boa aguação durante todo o seu período de crescimento. A falta de
água torna a raiz tuberosa lenhosa e reduz a produtividade.
A irrigação diária deve manter o solo sempre úmido.
Quando os tubérculos de beterraba começarem a se desenvolver, devemos cobri-los na parte
superior com terra, para não deixar parte da beterraba exposta ao sol.

2.3.1.5. COLHEITA
A colheita tem seu início aos 60 dias após o plantio. Dependendo da variedade, pode se prolongar
até por mais dois meses.

2.3.2. CENOURA ( Daucus carota )

2.3.2.1. VARIEDADES
Nantes, Curta da Holanda, Brasília Irecé, Alvorada, Gigante de Flakker, Joshi Híbrido F1,
Imperador, Kuroda, Shin

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Kuroda, Saint Valery, e Zanahoria.

2.3.2.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO


O canteiro deve estar previamente irrigado e adubado com esterco de curral antes do semeio.
O plantio é feito em canteiro definitivo, em sulcos com profundidade de 1 cm e mantendo o
espaçamento de 5 cm entre plantas no sulco após o desbaste.
A quantidade de sementes utilizadas é de 2 g/m² do canteiro. As sementes são colocadas nos
sulcos de maneira contínua, mas distanciadas umas das outras. Lembrando que, a semente deve ser
adquirida em uma casa credenciada pelo Ministério da Agricultura.
Cobrir os sulcos com terra fina e, em seguida, colocar uma cobertura de palha seca, sacos de
aniagem ou outro tipo de cobertura até a germinação da mesma. Fazer uma rege após o semeio e
manter o solo úmido. A germinação tem seu início dos 7 aos 12 dias.
Retirar a cobertura após a germinação. Quando as plantas já estiverem com 4 a 5 folhas, o que
acontece aproximadamente aos 20 dias após a germinação, devemos fazer o primeiro desbaste,
deixando-se as mais vigorosas espaçadas de 2 a 3 cm uma das outras.
Vinte dias depois do primeiro raleamento, deve ser feito novo desbaste, deixando-
se as plantas separadas no sulco, com o espaçamento definitivo de 5 cm.

2.3.2.3. ESPAÇAMENTO
Plantar em um dos espaçamentos de 20 X 5 cm, 20 X 10 cm e 25 X 10 cm.

2.3.2.4. TRATOS CULTURAIS


A adubação é feita uma semana antes do semeio colocando-se 4 Kg/m² do canteiro, de esterco de
curral ou outro tipo de adubo orgânico. A adubação química deve ser incorporada ao solo juntamente
com o adubo orgânico. Fazer uma adubação com N-P-K na fórmula 4-16-8 aplicando-se uma
dosagem de 30 g/m².
Manter o canteiro diariamente irrigado, preferencialmente pela manhã ou à tarde.
O solo deve ser mantido constantemente úmido, mas sem encharcar. a falta de água pode provocar
rachaduras nas raízes

2.3.2.5. COLHEITA

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A colheita principia de 90 a 120 dias após a semeadura, prolongando-se por 2 a 4 semanas, tendo
em vista que nem todas as cenouras estão no ponto ideal para a colheita na mesma época.
2.3.3. RABANETE ( Raphanus sativus )

2.3.3.1. VARIEDADES
Saxa, Crimson Gigante, Vip Crimson Seleção Especial, Sparkler, Serrano Meio Comprido,
Branco Redondo, Early Scarlet Globe, Redondo Vermelho Gigante, Roxo da Ponta Branca, e
Vermelho Redondo.

2.3.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO


O plantio é feito em canteiro definitivo, que deve estar previamente irrigado e adubado com
esterco de curral. O rabanete prefere um solo areno-argiloso, isto é, que seja mais arenoso do que
argiloso (barrento).
O semeio é feito em sucos com uma profundidade de 2 cm. A quantidade de sementes utilizada é
de 2 g/m² do canteiro. As sementes devem ficar mais ou menos distanciadas umas das outras.
Fazer uma rega logo em seguida mantendo o canteiro diariamente irrigado.
Fechar os sulcos com uma leve camada de terra fina, cobrir o canteiro com palha ou outro tipo de
cobertura até a germinação das sementes.
A germinação tem seu início de 3 a 4 dias. Retirar imediatamente a cobertura.

2.3.3.3. ESPAÇAMENTO
Plantar nos espaçamentos: 20 X 05 cm; 20 X 08; ou no de 20 X 10 cm.

2.3.3.4. TRATOS CULTURAIS


Quando as plantas estiverem com 3 a 5 cm de altura, deve-se fazer o desbaste deixando as mais
vigorosas e retirando-se as que estiverem com defeito ou as que estejam muito unidas. Após o
raleamento e dependendo do espaçamento escolhido, manter a distância entre plantas com 5 a 10 cm.
A adubação de base pode ser feita somente com esterco de curral ou outro tipo de adubo orgânico,
colocando-se no máximo 2 Kg/m² do canteiro. Manter o canteiro limpo de ervas daninhas e
diariamente irrigado.

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No caso do solo não ser muito fértil utilizar também uma adubação química de N-P-K na fórmula
4-16-8 e na quantidade de 50 g/m² do canteiro. Esta adubação deve ser incorporada ao solo uma
semana antes da semeadura juntamente com a orgânica.
Manter o canteiro diariamente irrigado.

2.3.3.5. COLHEITA
O rabanete é a hortaliça mais fácil de ser produzida e tem o ciclo mais curto de todas as
hortaliças, pois a colheita vai dos 25 aos 30 dias após a semeadura.
É necessário não deixar passar do ponto de colheita, pois o rabanete torna-se esponjoso ou duro e
sem sabor.

CAPÍTULO 3 – HORTALIÇAS SAUDÁVEIS

3.1. CONSIDERAÇÕES
A essência dos alimentos está em seus nutrientes e dois aspectos importantes devem ser
considerados:
● A meta é a produção de hortaliças saudáveis, o que beneficia a qualidade e a quantidade dos
nutrientes nelas contidas, especialmente na parte consumida pelo homem.
● Objetiva-se não utilizar agrotóxicos ( inseticidas, pesticidas ), nocivos ao organismo humano.

3.2. RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE DEFENSIVOS QUÍMICOS E


NATURAIS
A experiência tem demonstrado que as hortaliças cultivadas em canteiro doméstico ou
comunitário, com sementes de boa qualidade e com os tratos culturais tecnicamente adequados, são
mais resistentes às pragas e doenças que venham comprometer a cultura como um todo.
Portanto, é preferível ter uma hortaliça saudável isenta de agrotóxicos, do que contaminada com
inseticidas e pesticidas comprometendo posteriormente a saúde dos consumidores.

45
3.3 CONTROLE ALTERNATIVO DE PRAGAS E DOENÇAS DAS
HORTALIÇAS
O combate às pragas e doenças das hortaliças pode ser feito através de caldas e soluções químicas,
bem como, com extratos vegetais, que não deixam resíduos tóxicos nas partes comestíveis. Vários
produtos desta natureza já existem no comércio.

3.3.1. DEFENSIVOS QUÍMICOS RECOMENDÁVEIS PARA HORTALIÇAS


Na agricultura orgânica é permitido o uso de dois produtos químicos: a Calda Bordalesa e a Calda
Sulfocálcica.

3.3.1.1. CALDA BORDALESA


A Calda Bordalesa é um fungicida eficiente contra várias doenças que aparecem nas hortaliças.
Também é utilizada no combate a diversas pragas tais como: vaquinha,
angolinhas, cigarrinha-verde, cochonilha, ácaros e tripes.
A Calda Bordalesa é formada pela mistura de sulfato de cobre com cal virgem, diluído em água.
Ela também melhora o equilíbrio nutricional das plantas.

3.3.1.1.1. PREPARO DA CALDA BORDALESA

Para fazer a Calda Bordalesa na concentração de 1%, utilizam-se as seguintes quantidades: sulfato
de cobre 200g; cal virgem 200g e água 20 litros.
O sulfato de cobre dissolve-se lentamente na água, por isso, colocam-se 200 g do produto em um
saquinho de pano ralo, mergulhado em balde com 5 litros de água. O saquinho deve ficar suspenso,
próximo à superfície da água, a fim de facilitar a dissolução.
Coloca-se 200g de cal virgem no fundo de outro balde com pouca água para haver reação rápida.
Depois da cal ter reagido com a água, formando uma pasta rala, completa-se o volume de água até 5
litros. A mistura terá a aparência de leite de cal, bem homogênea.
Em seguida, faz-se a mistura das duas soluções. Para tanto, despeja-se a solução de sulfato de
cobre sobre a cal, e nunca o inverso. Após mexer algumas vezes, coar a mistura e despejar no
pulverizador, completando o volume de 20 litros. Usar a calda no máximo até o terceiro dia de seu
preparo.
Pulverizar as plantas logo pela manhã ou no final da tarde.

46
Geralmente, encontramos os ingredientes necessários para o preparo da Calda Bordalesa, nas
casas de comércio que vendem produtos agropecuários e às vezes a calda já pronta para ser utilizada.

3.3.1.2. CALDA SULFOCÁLCICA


A Calda Sulfocálcica é um dos mais antigos defensivos agrícolas. Possui ação inseticida
principalmente contra insetos sugadores, como ácaros, tripes e cochonilhas.
A Calda Sulfocálcica é formada pela mistura de água, cal virgem e pó de enxofre.
Para 10 litros de Calda Sulfocálcica utiliza-se as seguintes proporções: água 10 l; cal virgem
1 kg e enxofre em pó 2 kg. No preparo desta calda, que é feita à quente, usamos um recipiente de latão
ou inox.

3.3.1.2.1. PREPARO DA CALDA SULFOCÁLCICA


Coloque o recipiente no fogo com metade da quantidade de água recomendada (cinco litros ).
Deixe aquecer ligeiramente, e adicione a cal, deixando a mistura ferver, acrescente, pouco a pouco, o
enxofre em pó, agitando tudo fortemente com uma pá de madeira, e com o cuidado de não deixar
esfriar a mistura. A agitação deve ser contínua até formar uma mistura homogênea, sem separação do
enxofre.
Em seguida, adicione o restante da água e deixe ferver por mais 50 – 60 minutos.
Durante este tempo, mantenha o nível da mistura, adicionando água fervendo ou água fria
lentamente para a temperatura não baixar. Quando atingir a coloração pardo-avermelhada a calda está
pronta. Tire do fogo e deixe esfriar. Coe a calda com peneira bem fina ou com pano. Pulverizar sempre
nos períodos frescos. Os ingredientes desta calda são vendidos em casas de produtos agropecuários e às
vezes encontramos o produto pronto para ser utilizado.

3.3.1.3. SOLUÇÃO DE ÁGUA COM SABÃO


● 50g de sabão de barra
● 5 litros de água
Para fazer esta solução, colocamos 50g de sabão em barra bem picado, em 5 litros de água bem
quente ou fervida, deixar diluir bem e quando a calda estiver fria, pulverizar sobre as plantas. Combate
a cochonilhas, lagartas, pulgões, ácaros e piolhos.

47
3.3.1.4. SOLUÇÃO DE SABÃO DE COCO
● 2 colheres de sabão de coco
● 1 litro de água
Dissolver duas colheres de sabão de coco em um litro de água morna ou fervendo.
Deixar esfriar e com um regador aplicar a calda em todas as partes da planta.
Fazer a pulverização sempre pela manhã bem cedo, ou no fim da tarde.
Combater os pulgões, lagartas, cochonilhas, ácaros e piolhos.

3.3.1.5. CALDA DE FUMO


● 100g do fumo de corda
● 1 litro de água
Corta-se o fumo em pedacinhos e coloca-se na água para ferver até ficar escura.
Deixar esfriar, coar e misturar um copo desta mistura em dez litros de água.
Pulverizar as plantas atacadas.
Combate as seguintes pragas: vaquinha, paquinha (cachorrinho-da-terra), cochonilhas; grilo;
lagarta-rosca que são de cor escura e cortam as hastes das plantas novas rentes ao solo e, durante o
dia, ficam escondidas na terra; e a lagarta das folhas, que são de cor verde podendo apresentar listas
pretas no dorso; pulgões, que são insetos pequenos, de cor verde ou preta, atacam folhas e brotos.
Pulverizar logo pela manhã ou no final da tarde.

3.3.1.6. CINZAS

Receita N° 1.
● Cinza de madeira – 0,5 copo
● Cal virgem – 0,8 copo
● Água – 4 litros
A cinza deve ser colocada em água, deixando repousar por, pelo menos, 24 horas.
Em seguida, misturada com a cal virgem hidratada e coada. Pulverizar sobre as plantas. Combate
às lagartas e vaquinhas.

Receita N° 2

48
● Cinza de madeira – 0,5 Kg.
● Água – 4 litros
●Querosene – 6 colheres (sopa)
Misturar a cinza com água e deixar descansar por 24 horas. Coar e acrescentar seis colheres (café)
de querosene. Misturar e pulverizar sobre as plantas.
Combate insetos sugadores e larva minadora.

3.3.1.7. LEITE
● Leite – 1 litro
● Água – 3 litros

Misturar o leite com água e pulverizar sobre as plantas. Repetir depois de 10 dias.
Combate ácaros, ovos de lagartas, doenças fungicas e viróticas.

3.3.1.8. LEITE AZEDO


● leite azedo – um copo
● água – 1 litro
Misturar o copo de leite azedo com um litro de água e pulverizar sobre as plantas.
Combate os ácaros.

3.3.1.9. SOLUÇÃO DE SAL E VINAGRE


● 5 colheres de sopa de sal de cozinha
● 100ml de vinagre
● 50g de sabão biodegradável
● 5 litros de água
Misturar as cinco colheres de sal de cozinha com os 100 ml de vinagre e as 50g de sabão
biodegradável em cinco litros de água. Coar e pulverizar as plantas afetadas uma vez por semana.
Combate lesmas, caramujos e mosca branca.

3.3.2. DEFENSIVO DE ORIGEM VEGETAL

49
A árvore de Nim ( Azadirachth indica ), da família das ( Meliáceas ), produz um inseticida e
fungicida de excelente qualidade.
Mais de 418 espécies de pragas são combatidas pelo extrato de NIM. O princípio ativo mais
importante é o Azadirachtina.
Já existem. produtos disponíveis no mercado a base do extraído de NIM,
É um defensivo agrícola totalmente liberado para combater as pragas e doenças das hortaliças
orgânicas. Fazer os tratamentos preferencialmente em períodos frescos.
A muda de Nim pode ser encontrada nos estabelecimentos credenciados pelo Ministério da
Agricultura que produzem e comercializam sementes e muda.
O horticultor pode ter em sua área de plantio uma árvore de Nim, para pessoalmente preparar o
extrato de NIM.

3.3.2.1. ALGUMAS RECEITAS DO EXTRATO DE NIM


Este produto é utilizado no combate à mosca branca, mosca da fruta, pulgões, lagartas e vários
outros ince tos inclusive as formiguinhas.
3.3.2.1.1. RECEITA 1:
● 5 kg de sementes secas e moídas de Nim
● 5 litros de água
● 10 g de sabão
Colocar 5 kg de sementes de Nim moídas em um saco de pano, amarrar e colocar em 5 litros de
água. Depois de 12 horas, espremer e dissolver 10g de sabão neste extrato.
Misturar bem e acrescentar água para obter 500 litros de preparado. Aplicar sobre as plantas
infestadas, imediatamente após preparar. Para preparar uma menor quantidade deste extrato, basta
armar a proporção.

3.3.2.1.2. RECEITA 2:
● 25 – 50 g de sementes de Nim
● 1 litro de água
Despolpar os frutos, secar as sementes à sombra, moê-las e deixar repousar (amarradas em um
saco de pano) imersas em um litro de água por um dia. Coar e pulveriza sobre as plantas.

50
3.3.2.1.3. RECEITA 3:
● 2 Kg de folhas verdes ou frutas inteiras de Nim
● 15 litros de água
Bater no liquidificador as folhas ou frutos de Nim, com um pouco de água. Deixar descansando
por uma noite com um pouco mais de água. Antes de aplicar, filtrar e diluir com água para obter 15
litros do preparado. Pode ser preparado armazenado em um depósito de plástico ou vidro, e deve ser
mantido em um local escuro por até três dias.

3.3.2.2. OUTRAS RECEITAS UTILIZANDO UM VEGETAL OU PARTE DELE

3.3.2.2.1. CALDA DO BULBO DA CEBOLA


● 1 kg de cebola
● 10 litros de água
Colocar a cebola picada na água e deixar curtir durante dois dias. Utilizar um litro do produto em
3 litro de água. Pulverizar as plantas atacadas.
Combate: lagarta-rosca; lagarta das folhas; e os pulgões.

3.3.2.2.2. CALDA DE CEBOLINHA VERDE


● 1 Kg de cebolinha verde
● 10 litros de água
Juntar a cebolinha com a água e deixar curtir por uma semana. Utilizar um litro do produto em
três litro de água. Pulverizar as plantas atacadas.
Combate: lagarta-rosca; lagarta das folhas; e os pulgões.

3.3.2.2.3. CALDA DE MANJERICÃO


● 1 kg de manjericão
● 1 litro de água
Deixar a mistura curtindo por dez minutos antes da aplicação, que deve ser feita utilizando-se um
litro da mistura para 3 litros de água. Pulverizar as plantas atacadas.
Combate: lagarta-rosca; lagarta das folhas; e os pulgões.

51
3.3.2.2.4. CALDO DE CRAVO – DE – DEFUNTO ( Tagetes )
● 1 kg de folhas e talos picados de cravos – de – defunto
● 10 litros de água
Colocar de molho os talos e as folhas picadas por dois dias. Coe e pulverize sobre as plantas.
Outro método é utilizar à mesma quantidade de um quilo de folhas e talos
picados para dez litros de água. Levar ao fogo e deixe ferver por meia hora.
Combate: pulgões, ácaros, tripés e algumas espécies de lagartas. O plantio do cravo – de –
defunto próximo ao canteiro serve como repelente aos nematódeos e as formigas.

3.3.2.2.5. CALDO DE URTIGA

● 500g. de urtiga

● 1 litro de água

Colocar as 500g. de urtiga em um litro de água e deixar macerar por três dias, depois de coado
diluir o caldo em dez litros de água. Pulverizar as plantas afetadas a cada dez dias. Combate pulgões e
lagartas.

3.3.2.2.6. EXTRATO DE BUGANVILE (PRIMAVERA)

● 500 g de folhas de buganvile


● 500 ml (meio litro) de água

Colocar tudo em um liquidificador por um minuto, em seguida diluir em dez litros de água coar e
pulverizar as plantas uma vez por semana.

Combate principalmente o vírus denominado de “vira cabeça” que ataca o tomateiro.

3.3.2.2.7. SEMENTES DE GERGELIM

Colocar as sementes de gergelim cruas no caminho das formigas, ou ao redor do canteiro.

As formigas levam as sementes para o formigueiro que vai liberar gazes matando os fungos que
alimentam as formigas. Consequentemente elas morrem de fome.

3.3.2.3. FUNGICIDA NATURAL

3.3.2.3.1. CHÁ COMPOSTO COM PARTES DE VEGETAIS

● Um prato fundo com casca de cebola


● Um prato fundo com casca de alho

52
● Um pacote de 20g de canela
● 2 litros de água

Fazer um chá e deixar em repouso por dois dias, coar e borrifar as plantas.
Combate fungos, cochonilhas, pulgões e formigas.

ANEXOS

ANEXO I – QUADRO 1 E 2. FIGURAS E REFERÊNCIAS SOBRE


ALGUMAS PRAGAS QUE ATACAM AS HORTALIÇAS

ANEXO II – QUADRO 3. RESUMO TÉCNICO DO CULTIVO DE


HORTALIÇAS TRATADAS NESTE MANUAL

ANEXO III – QUADRO 4. FIGURAS E REFERÊNCIAS SOBRE


OS INSTRUMENTOS MAIS UTILIZADOS NO
PLANTIO DAS HORTALIÇAS EM CANTEIRO

ANEXO IV – MODELOS DE CANTEIROS PARA HORTALIÇAS

ANEXO V – MODELOS DE SEMENTEIRAS FEITAS COM:


MADEIRA, PLÁSTICO, E ISOPOR

ANEXO VI – FIGURAS DE HORTALIÇAS TRATADAS NESTE


MANUAL

53
ANEXO I

FIGURAS E REFERÊNCIAS SOBRE ALGUMAS PRAGAS


QUE ATACAM AS HORTALIÇAS.

54
Quadro 1 do Anexo I.

Figuras e Referencias: ANEXO I - QUADRO 1 tem como Fonte: Horta - Cultivo das Hortaliças. SEC. ABAS. PMSP. São Paulo - SP.

55
Quadro 2 do Anexo I.

Figuras e Referencias do ANEXO I - QUADRO 2 tem como fonte: Horta - Cultivo das Hortaliças SEC. ABAS. PMSP. São Paulo- SP.

56
ANEXO II - QUADRO 3. RESUMO TÉCNICO DO CULTIVO DE HORTALIÇAS TRATADAS NESTE MANUAL
TEMPO DE DISTÂNCIA COLHEI-
QUANTIDADE SEMEIO SEMEIO EM (EM CM)
HORTALI- GERMINA- TA APÓS
EM GRAMA DE DEFINI- SEMENTEIRA OBSERVAÇÕES E
ÇAS PLANTIO
ÇÃO SEMENTES TIVO NO PARA TRANS- ENTRE ENTRE RECOMENDAÇÕES
EM
POR M² CANTEIRO PLANTE FILEIRAS PLANTAS
(EM DIAS) (MESES)
A variedade Elba é a mais precoce podendo ser
ALFACE 3–6 2 NÃO SIM 25 25 2–3 colhida com 65 dias.
BERINJELA 7 – 12 3 NÃO SIM 80 50 2–4 Colha os Frutos antes de amadurecer.
BETERRAB
6 – 12 2 SIM SIM 25 10 2–4 Colha as beterrabas depois de bem formadas.
A
CEBOLINH Colha as plantas com aproximadamente 30 cm de
4 -- 6 2 SIM SIM 15 15 1 -3 altura.
A
CENOURA 7 – 12 2 SIM NÃO 20 05 3–4 Iniciar a colheita pelas cenouras mais desenvolvidas.
A variedade escarola lisa é a mais preferida pelo
CHICÓRIA 3–6 2 NÃO SIM 25 25 2-3 consumidor.
COENTRO 4 - 10 2 SIM NÃO 15 10 1–2 Colha antes da Floração.
Plantio por brotos ou estacas retirados da própria
COUVE 3–5 2 SIM SIM 60 40 2–5 planta.
COUVE- Corte a cabeça da couve–flor, antes das flores se
3–5 2 NÃO SIM 80 40 3–4
FLOR abrirem.
MAXIXE 5–7 2 SIM NÃO 80 40 2–3 Colha os maxixes antes de amadurecerem.
PEPINO E
Espaçamento só p/canteiro. Colha os frutos ainda
ABOBRI 4–7 1 SIM NÃO 80 50 2–3 esverdeados.
-NHA
PIMENTÃO
8 - 10 3 NÃO SIM 80 40 3-4 Colha os frutos antes de amadurecerem.
E PIMENTA
QUIABO 4-7 2 SIM NÃO 80 40 2,5 – 3 Colha o quiabo ainda tenro.
(25 dias a 1 Não deixe o rabanete passar do tempo de colheita,
RABANETE 3–5 2 SIM NÃO 20 5
mês) (25 a 30 dias).
REPOLHO 3-5 2 NÃO SIM 60 40 3–4 Colha os repolhos bem formados.

RÚCULA 7-8 2 SIM NÃO 20 05 1 - 1,5 Colher cortando-se a planta rente ao chão.
Colha quando as plantas estiverem com 10 cm de
SALSA 10 – 15 2 SIM NÃO 20 10 1,5 - 3 altura.
TOMATE 4 –7 2 NÃO SIM 80 40 1,5 – 4 Colher os tomates de cor rósea ou vermelha.

57
ANEXO III

QUADRO 4. FIGURAS E REFERÊNCIAS SOBRE OS INSTRUMENTOS MAIS UTILIZADOS NO PLANTIO


DAS HORTALIÇAS EM CANTEIRO

ENXADA PAZINHA
CARRINHO DE MÃO
Pode ser enxada curva e serve para A colher do jardineiro faz
capinar, revolver a terra, incorporar transplante com a muda ainda Serve de transporte a todo tipo
adubos, acertar bordas e superfícies do agregada ao torrão de terra de material: terra, composto
canteiro. Manter a lâmina afiada. para plantar em covas e ajuda
Marca Tremontiona. a manipular as mudas. orgânico, mudas, ferramentas e
Marca Tramontina. produtos colhidos.
Marca Tramontina.

CISCADOR ou ANCINHO
Para limpar o canteiro retirando
os restos de folhas e quebrando
os torrões da terra.
CAVADEIRA Marca Tramontina.
SACHO Serve para abrir buracos,
Prepara sulcos e covas pequenas, elimina remover a terra e preparar
covas.
espécies invasoras e afofa a terra. Marca Tramontina.
Marca Tramontina.

58
TESOURA DE PODA
Faz a primeira poda de algumas hortaliças, PIQUETE DE MADEIRA
corta galhos secos ou poda ramos Utilizados para marcar os quatro

desnecessários. cantos do canteiro

Marca tramontina. determinando a largura e


comprimento do canteiro.
FIRMINO
Feito do cabo da vassoura.
Também conhecido como
arrancador de inço, elimina as
ervas daninhas cortando-as
pelas raízes. Marca
Tramontina.

ENXADÃO

Usado para revolver a terra, cavar buracos,


fazer covas e remover a terra do canteiro paro
um novo plantio. BARBANTE
Marca Tramontina. VANGA O barbante de fibra de sisal
A pá reta, como também é oleado serve para fazer a
identificada, faz covas e marcação das laterais dos
acerta a forma de canteiros. canteiros junto com os piquetes.
Marca Tramontina. Marca Brasutil

MANGUEIRA
Apropriado para irrigar em
vários canteiros. Evite um jato
PÁ DE BICO de água forte nos canteiros.
59
Serve para enchimento do canteiro, Marca Tramontina. ASPERSOR CIRCULAR
Serve para irrigação dos
Retirar e colocar terra e estrumo no canteiro.
canteiros. Existem outros
Marca Tramontina.
aspersores apropriados para
cada caso.
Marca tramontina.
.

IRRIGADOR TRENA
Irrigador acoplado a Instrumento de medição usado
PULVERIZADOR COSTAL
mangueira facilitando o para aferir a área da horta, medir
Para aplicar defensivos agrícolas.
manejo da irrigação do canteiros, e distâncias entre
(Um dos modelos de pulverizador).
canteiro. eles.
Marca Guarany.
Marca Tramontina. Marca Tramontina.

As figuras das ferramentas do ANEXO III - QUADRO 4 têm como uma das fontes o Catálogo de Ferramentas Tramontina.

Gentileza da Empresa Tramontina.

ANEXO IV – MODELOS DE CANTEIROS PARA HORTALIÇAS

60
Figura 1. Fonte: ADM N° 100. Abr.. 2006. EMBRAPA PANTANAL - INFRAERO. PMC. Corumbá - MS.

Modelo de canteiro feito com tijolos, com altura, largura e comprimento correto, inclusive os espaços entre os canteiros.

Figura 2. Fonte: ADM N° 137. Dez. 2009. EMBRAPA PANTANAL. AGRAER. PMC. Corumbá -MS.

Conjunto de canteiros com bordos de cimento e com suas dimensões corretas, Inclusive os espaços entre canteiros.

61
Figura 3. Fonte: Projeto Horta Escolar na Escolar Estadual Reverendo Urbano de Oliveira Pinto

Distrito Itaquera – São Paulo / SP.

Exemplo de um canteiro simples com bordos de tábuas.

Figura 4. Fonte: Modelo de canteiros do Projeto Horta Comunitária da STDS do Estado - RS.

Um canteiro simples, prático e com os bordos de tábuas.

62
AMEXO V – MODELOS DE SEMENTEIRAS QUE PODEM SER FEITAS COM: MADEIRA, PLÁSTICO
OU ISOPOR

Fig

ura 5. Fonte: Secretaria de Agricultura Do Estado de Minas Gerais - SAMG.

Figura demonstrando os três passos para o semeio: 1° semeando; 2° sementeira coberta com capim; e 3°

mudas em crescimento.

Figura 6. Fonte: Duas caixas de madeira que já foram utilizadas na CEASA.

Estas caixas podem ser reaproveitadas como pequenas sementeiras.

63
Figura 7. Fonte: Boletim Técnico IAC, 200. Campinas – SP.

Sementeira de plástico com mudinhas de salsinha.

Figura 8. Fonte: Star Pack bandejas para mudas. (Sítio Virtual).

Bandeja de plástico ( poliestireno) multicelulares com mudinhas para Transplante e é de fácil manejo.

64
Figura 9. Fonte: Star Pack - bandejas para mudas.

Bandeja com 32 células (depósito para cada muda). Tem a vantagem de ser transportada até o bordo do canteiro para o
transplante das mudas.

Figura 10. Fonte: Catálogo Técnico da Termo Técnica Bandeja

Bandejas de isopor apropriadas para sementeira e de fácil manejo

65
ANEXO VI – FIGURAS DE HORTALIÇAS ABORDADAS NESTE MANUAL

Figura 11. Fonte: Catálogo Feltrin. Sementes 7ª Ed. Figura 12. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Tomate Salada Ellen Hibrido F1 Tomate Cascade Híbrido F1.

Figura 13. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed. Figura 14. Fonte: Catálogo Feltrin 7ª Ed.

Tomate Santa Cruz Ipa 6 Tomate Santa Cruz Kada Gigante

66
Figura 15. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed Figura 16. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed

Pepino Magnum Caipira Híbrido F1. Pepino Aodai

Figura 17. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed Figura 18. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed

Pepino Soudai Híbrido F1. Pepino Caipira Esmeralda

67
Figura 19. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed. Figura 20. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed

Abobrinha Carcerta Italiana Abobrinha Fiorella Híbrido F1.

Figura 21. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed. Figura 22. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed.
Berinjela Alana Berijela Embú

68
Figura 23. Catálogo Feltrin Sementes 7° Ed. Figura 24. Catálogo Feltrin Sementes 7° Ed

Quiabo Valença Quiabo Mauá

Figura 25. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 26. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Maxixe do Norte Maxixe Calcutá

69
Figura 27. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 28. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Beterraba Chata do Egito Beterraba Katrina

Figura 29. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 30. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Rabanete Crimson Gigante Rabanete Saxa

70
Figura 31. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 32. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Cenoura Nantes Cenoura Gigante de Flakker

Figura 33. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 34. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Cenoura Brasília Irerê Cenoura Alvorada

71
Figura 35. Fonte Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed. Figura 36. Fonte Catálogo Feltrin Sementes. 7ª Ed.

Pimentão Yolo Wonder Pimentão Bruno Híbrido F1.

Figura 37. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Pé de Pimentão Donatelo Híbrido F1

72
Figura 38. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 39. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Pimenta Malagueta Pimenta Cambuci Chapéu – De - Bispo

Figura 40. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 41. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed

Couve-Flor Piracicaba Precoce Couve-flor Quatro Estações

73
Figura: 42. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. - Figura 43. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Couve Manteiga Couve Gaudina

Figura 44. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 45. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Chicória Biondina Chicória Lisa Escarola Coração Cheio

74
Figura 46. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 47. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Alface Crespa Veneranda Alface Crespa Cinderela

Figura 48. Fonte: Catálogo Feltrin Semente 7ª Ed. Figura: 49. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Alface Lisa Babá de Verão Alface Luiza

75
Figura: 50. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura: 51. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Repolho Taishita Híbrido F1 Repolho Louco de Verão

Figura 52. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 53. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed

Salsa Lisa Graúda Portuguesa Plantio de Salsa Lisa

76
Figura 54. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 55. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Coentro Português Pacífico Coentro Nacional Palmeira

77
Figura 56. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 57. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.6

Rúcula Apreciatta Folha Larga Rúcula Cultivada

Figura 58. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed. Figura 59. Fonte: Catálogo Feltrin Sementes 7ª Ed.

Cebolinha Todo Ano Cebolinha Whaite Spear

Plantio de Cebolinha White Spear feito pelo método moderno em estufa.

Nota:

As  figuras de hortaliças contidas no ANEXO VI  foi  uma gentileza da   

Empresa Feltrin Sementes LTDA. Agradecemos a Direção da Empresa, a  

Coordenação  do  SAC,  e aos  técnicos da Feltrin  Sementes LTDA,  pela

78
prestimosa atenção que nos foi dispensada.

Felizes são aqueles que transmitem os seus conhecimentos. Cora Coralina.

BIBLIOGRAFIA
1. CASTRO, ANTÔNIO ARY SILVEIRA-Noções de Horticultura Prática-Porto
Alegre-RS. Ed. Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, 1946. 36p.
2. CASA e CIA PAISAGISMO. - Cultivo das Hortaliças - São José dos Pinhais-PR.
http//www.Casaecia.arq.br/hortaliças2.htm, 2003. 5p.
3. CASALI, V. W. D. - Pimentão e Pimenta-Viçosa – MG. Ed. UNIV. FED. De Viçosa-MG,
1970.53p.
4. FABICHAK IRINEU - Horticultura ao Alcance de Todos - São Paulo-SP. Ed. Nobel, 1983. 74p.
5. FIGUEIRA FERNANDO ANTÔNIO REIS – Manual de Olericultura – São Paulo – SP. Ed.
Agronômica Ceres LTDA, 1972. 451p.
6. MALAVOLTA – A B C da Adubação-São Paulo-Sp. Ed. Agronômica Ceres LTDA, 1969. 186p.
7. MÁRIO F. BENTO RIPADO – A Cultura da Cebola - Lisboa – Portugal. Ed.
Livraria Popular de Francisco Franco, 1978. 73p.
8. NOSOMU MAKISHIMA – Horta Doméstica – São Paulo - SP. Ed. Dot. 1987. 39p.
9. SOUSA JACIMAR LIZ de – Manual de Horticultura Orgânica – Viçosa – MG. Ed. Aprenda
Fácil, 2003. 564p.
10. WANDERLEY LUIS JORGE – Cultura da Alface, Berinjela, Coentro, Pimentão, e do Tomate
Rasteiro – Recife-PE. IPA, 2003. 12p.
11. LEGAN, LÚCIA. A Escola Sustentável: Eco – Alfabetizando pelo Ambiente / Lucia Legan. –
São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Pirenópolis: Co, IPEC – 2004. 36p.
12. MARIO JORGE da SILVA, ALESSANDRA de SOUSA PEREIRA – Projeto Horta de Produção
Comunitária – PHPC. – Monte Alegre - PA. Ed. Agência Monte Alegre. 2005. 20p.
13. FRANCISCO NIETO, WALTER COSTA FILHO – Horta – Cultivo de Hortaliças – SAPSP,
São Paulo – SP. Ed. Prefeitura de São Paulo-SP. 1996. 36pg.
14. CATÁLOGO FELTRIN SEMENTES 7ª edição. Farroupilha – RS.2012. 32p.

79
É LIVRE A PUBLICAÇÃO DESTE MANUAL

Na qualidade de autor deste manual estou liberando a sua divulgação através de impressão ou outros
meios de divulgações para fins filantropos e gratuitos, objetivando o plantio de hortaliças em hortas
doméstica, educativa e comunitária.

Prof. Moacir Gomes Sobreira Filho

80
CURRÍCULO

Prof. MOACIR GOMES SOBREIRA FILHO


Engº Agrônomo.

Engenheiro Agrônomo, graduado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco em 1968.


Licenciado em Ciências Agrícolas, graduado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Pós–Graduado a nível de Especialização pela Universidade Federal Rural de Pernambuco em
Associativismo e Cooperativismo, com apresentação de monografia em 1994. Pós–Graduado a
nível de Especialização pela Universidade Federal do Ceará, em Tecnologia e Processamento
de Sucos e Poupas Tropicais, com apresentação de monografia em 1999. Diretor do Colégio
Agrícola Dom Agostinho Ikas da Universidade Federal Rural de Pernambuco de 1973 a 1976.
Professor de Agricultura durante 3 anos (1974 a 1976) no Curso Técnico em Agropecuária da
Universidade Federal Rural de Pernambuco. Professor de Extensão Rural durante 22 anos
(1976 a 1998) na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Engenheiro Agrônomo no
Ministério da Agricultura de 1976 até 1998. Fiscal Federal Agropecuário lotado no Posto de
Vigilância Agropecuária do Ministério da Agricultura no Aeroporto dos Guararapes em
Recife-PE, de 1999 até 2009. Participante como Delegado do Brasil no 1° Seminário Curso
Latino Americano Sobre Educação Agrícola, auspiciado pelo Governo da Colômbia e
UNESCO em 1978 – Bogotá- Colômbia. Palestrante no V Congresso Nacional e III
Internacional Sobre Palma (opuntia e nopalia) auspiciado pelo Governo do México na
Universidade de Chapingo em 1992. Chapingo-México. Coordenador do I Seminário Regional
sobre: Abastecimento de Hortigranjeiros no Brasil, patrocinado pela Cobal em 1985 no Recife-
Pe. Palestra sobre: Cultivo e Sistema de Produção da Cebola no Nordeste Brasileiro, proferida
para professores e alunos do Curso de Pós-Graduação em Horticultura na Faculdade de
Ciências Agronômicas de Botucatu-SP. - UNESP, em 1987. Palestra proferida sobre: A
Produção de Cebola no Nordeste Brasileiro, no II Seminário Nacional de Cebola realizado em
São José do Rio Pardo - São Paulo. Eleito para Diretor de Aposentados e Pensionistas na
DSPE - ANFFA SINDICAL para o triênio 2014 – 2017. Eleito para Diretor dos Aposentados e
pensionistas na DSPE – ANFFA SINDICAL para o triênio 2017 -2020.
Monografia sobre: As Relações Entre Associativismo/Cooperativismo e Extensão Rural na
Formação Universitária o Caso da UFRPE. Editado pela Imprensa da UFRPE em 1997.
Monografia sobre: Frutas tropicais Nativas e Exóticas, Aproveitamento e Perspectivas
Tecnológicas Socialmente Apropriadas – O Caso do Buriti. -1999. Elaboração de um Manual
sobre: Manual de Plantio das Hortaliças em Horta Doméstica, Educativa e Comunitária. – 2013.
84p. Livro com o título: Causos - Fatos Pitorescos e Humorísticos de Minha Vida. Editado em
208. Recife – PE.
Livro de poesias com o título: Poesias Soltas. Editado em 2009. Recife – PE.

SUMÁRIO

◙ CAPÍTULO 1 – PARTE GERAL................................................................................ 04


81
1.1. HORTALIÇAS................................................................................................................... 04
1.2. INTRODUÇÃO AO CULTIVO DAS HORTALIÇAS..................................................... 04
1.2.1. HORTA DOMÉSTICA OU COMUNITÁRIA................................................................. 04
1.3. CANTEIRO........................................................................................................................ 05
1.3 1. ESCOLHA DO LOCAL PARA CANTEIRO.................................................................... 05
1.3.2. TIPOS DE CANTEIRO..................................................................................................... 05
COM LATERAIS DE MADEIRA E COM LATERAIS DE ALVENA -
RIA...................................................................................................................................... 05
1.3.2.1.1. COM LATERAIS DE MADEIRA..................................................................................... 06
1.3.2.1.2. COM LATERAIS DE ALVENARIA................................................................................ 06
1.3.2. CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO E FERRAMENTAS DE TRABA –
LHO.................................................................................................................................... 06
1.3.3.1. CONSTRUÇÃO DO CANTEIRO..................................................................................... 06
1.3.3.2. FERRAMENTAS DE TRABALHO DO HORTICULTOR............................................. 06
1.3.3.3. MARCAÇÃO DO CANTEIRO......................................................................................... 07
1.3.3.4. ENCHIMENTO DO CANTEIRO.................................................................................... 08
1.4. SEMENTEIRA E TIPOS DE SEMENTIERA................................................................. 09
1.4.1. SEMENTEIRA.................................................................................................................. 09
1.4.1.1. TIPOS DE SEMENTEIRA................................................................................................ 09
1.4.1.1.1. SEMENTEIRA DE MADEIRA....................................................................................... 09
1.5. SEMENTES E MUDAS..................................................................................................... 09
1.6. TRANSPLANTE............................................................................................................... 10
1.7. ESPAÇAMENTO............................................................................................................... 10
1.7.1. ESPAÇAMENTOS RECOMENDADOS.......................................................................... 10
1.8. ADUBOS OU FERTILIZANTES...................................................................................... 11
1.8.1. TIPOS DE ADUBOS.......................................................................................................... 11
1.8.1.1. ADUBOS OU FERTILIZANTES QUÍMICOS................................................................. 11
1.8.1.1.1. ADUBOS QUÍMICOS E SEUS COMPONENTES......................................................... 12
1.8.1.1.1.1. MACRONUTRIENTES.................................................................................................... 12
1.8.1.1.1.1.1. PRINCIPAIS..................................................................................................................... 12
1.8.1.1.1.1.2. SECUNDÁRIOS............................................................................................................... 13
1.8.1.1.1.2. MICRONUTRIENTES...................................................................................................... 13
1.8.1.1.2.1. ADUBAÇÃO BÁSICA..................................................................................................... 13
1.8.1.1.2.2. ADUBAÇÃO EM COBERTURA...................................................................................... 13
1.8.1.1.2.2.1. ADUBOS USADOS EM COBERTURA........................................................................... 13
1.8.1.1.2.2.1.1. NITROGENADOS............................................................................................................. 13
1.8.1.1.2.2.1.2. ADUBOS MISTOS............................................................................................................ 14
1.8.1.1.2.3. ADUBO FOLIAR...................................................................................... 14
1.8.1.2. ADUBAÇÃO ORGÂNICA E SEUS DIVERSOS TIPOS DE ADUBOS 14
1.8.1.2.1. TIPOS DE ADUBO ORGÂNICO................................................................................... 15
1.8.1.2.1.1. ADUBOS DE ORIGEM ANIMAL.................................................................................. 15
1.8.1.2.1.1.1. ESTERCO DE CURRAL.................................................................................................. 15
1.8.1.2.1.1.2. ESTERCO DE GALINHA................................................................................................. 15
1.8.1.2.1.1.3. FARINHA DE OSSOS DE CHIFRES E CASCOS.......................................................... 15
1.8.1.2.1.1.4. CALDO DE ESTERCO DE CURRAL...................................................... 16
1.8.1.2.1.1.5. COMPOSTO DE ESTERCO DE CURRAL COM VEGETAL....................................... 16
1.8.1.2.1.1.6. COMPOSTAGEM............................................................................................................ 16
1.8.1.2.1.2. ADUBOS DE ORIGEM VEGETAL.................................................................................. 17
1.8.1.2.1.2.1. COMPOSTO DE VEGETATAIS COM LIXO CASEIRO............................................... 17
1.8.1.2.1.2.2. CINZAS DE VEGETAL.................................................................................................... 18
◙ CAPÍTULO 2 - PARTE ESPECIAL......................................................................... 18
2.12.1.1. CULTIVO DAS HORTALIÇAS DO GRUPO DAS FOLHOSAS, FLORES, ASTES E
2.12.1.2. TALOS................................................................................................................................ 18
2.1.1. ALFACE E CHICÓRIA .................................................................................................... 18
2.1.1.1. ALFACE............................................................................................................................ 18
2.1.1.1.1. VARIEDADE DO GRUPO CRESPA.................................................................................. 18
2.1.1.1.2. VARIEDADE DO GRUPO LISA......................................................................................... 19
2.1.1.2. CHICÓRIA......................................................................................................................... 19
2.1.1.2.1. VARIEDADE DO GRUPO CRESPA.................................................................................. 19
2.1.1.2.2. VARIEDADE DO GRUPO LISA......................................................................................... 19
2.1.1.3. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE.................................................... 19
2.1.1.4. TRANSPLANTE................................................................................................................. 20
82
2.1.1.5. ESPAÇAMENTO................................................................................................................ 20
2.1.1.6. TRATOS CULTURAIS....................................................................................................... 20
2.1.1.7. COLHEITA........................................................................................................................ 21
2.1.2 CEBOLINHA..................................................................................................................... 21
2.1.2.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 21
2.1.2.2. ESPAÇAMENTO………………………………………………………......................… 22
2.1.2.3. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO E INDIRETO………...................................... 22
2.1.2.3.1. PLANTIO DIRETO NO CANTEIRO……........................................................................ 22
2.1.2.3.2. PLANTIO INDIRETO PELA SEMENTEIRA................................................................... 22
2.1.2.4. TRATOS CULTURAIS….................................................................................................... 23
2.1.2.5. COLHEITA......................................................................................................................... 23
2.1.3. COENTRO........................................................................................................................ 23
2.1.3.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 23
2.1.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO............................................................................ 23
2.1.3.3. ESPAÇAMENTO............................................................................................................... 24
2.1.3.4. TRATOS CULTURAIS...................................................................................................... 24
2.1.3.5. COLHEITA.......................................................................................................................... 25
2.1.4. COVE, COUVE-FLOR E REPOLHO............................................................................ 25
2.1.4.1. COUVE............................................................................................................................... 25
2.1.4.1.1. VARIEDADE DA COUVE ............................................................................................... 25
2.1.4.2. COUVE-FLOR................................................................................................................... 25
2 1.4.2.1. VARIEDADE DA COUVE-FLOR................................................................................... 25
2.1.4.3 REPOLHO ......................................................................................................................... 25
2.1.4.3.1. VARIEDADES DO REPOLHO......................................................................................... 25
2.1.4.4. SEMEADURA PARA PLANTIO DIRETO E INDIRETO DA
COUVE, COUVE- FLOR E REPOLHO........................................................................... 25
2.1.4.4.1. MÉTODO DE PLANTIO PARA A COUVE DIRETAMENTE
NO CANTEIRO ............................................................................................................... 26
2.1.4.2.2. SEMEIO INDIRETO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE
DA COUVE, COVE–FLOR E REPOLHO......................................................................... 26
2.1.4.4.3. TRANSPLANTE................................................................................................................. 27
2.1.4.4.4. ESPAÇAMENTO................................................................................................................ 27
2.1.4.4.5. TRATOS CULTURAIS..................................................................................................... 27
2.1.4.6. COLHEITA........................................................................................................................... 28
2.1.5. SALSA.................................................................................................................................. 28
2.1.5.1. VARIEDADE....................................................................................................................... 28
2.1.5.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO............................................................................. 28
2.1.5.3. ESPAÇAMENTO................................................................................................................ 29
2.1.5.4. TRATOS CULTURAIS....................................................................................................... 29
2.1.5.5. COLHEITA.......................................................................................................................... 29
2.2. CULTIVO DAS HORTALIÇAS DO GRUPO DOS FRUTOS..................................... 30
2.2.1. BERINJELA....................................................................................................................... 30
2.2.1.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 30
2.2.1.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE.................................................... 30
2.2.1.3. TRANSPLANTE................................................................................................................. 30
2.2.1.4. ESPAÇAMENTO................................................................................................................ 31
2.2.1.5. TRATOS CULTURAIS....................................................................................................... 31
2.2.1.6. COLHEITA.......................................................................................................................... 31
2.2.2. MAXIXE............................................................................................................................. 31
2.2.2.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 31
2.2.2.2. ESPAÇAMENTO............................................................................................................... 31
2.2.2.3. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO........................................................................... 31
2.2.2.4. TRATOS CULTURAIS ...................................................................................................... 32
2.2.2.5. COLHEITA.......................................................................................................................... 32
2.2.3. PEPINO E ABOBRINHA................................................................................................. 32
2.2.3.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 32
2.2.3.1.1. VARIEDADE DO PEPINO................................................................................................ 32
2.2.3.1.2.. VARIEDADE DA ABOBRINHA...................................................................................... 33
2.2.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO........................................................................... 33
2.2.3.3. SEMEADURA EM PLANTIO INDIRETO………..…………………........................…. 33
2.2.3.4. ESPAÇAMENTO………………………........................................................................... 33
2.2.3.5. PLANTIO DIRETO EM COVAS....................................................................................... 33
2.2.3.6. PLANTIO DIRETO EM SULCOS..................................................................................... 34
83
2.2.3.7. TRATOS CULTURAIS....................................................................................................... 34
2.2.3.8 COLHEITA……………………………............................................................................. 35
2.2.4. PIMENTA E PIMENTÃO................................................................................................ 35
2.2.4.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 35
2.2.4.1.1. VARIEDADE DO PIMENTÃO.......................................................................................... 35
2.2.4.1.2. VARIEDADE DA PIMENTA............................................................................................. 35
2.2.4.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE.................................................... 35
2.2.4.3. TRANSPLANTE................................................................................................................. 36
2.2.4.4. ESPAÇAMENTO................................................................................................................ 36
2.2.4.5. TRATOS CULTURAIS....................................................................................................... 36
2.2.4.6. COLHEITA.......................................................................................................................... 36
2.2.5. QUIABO............................................................................................................................. 37
2.2.5.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 37
2.2.5.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO........................................................................... 37
2.2.5.3. ESPAÇAMENTO............................................................................................................... 37
2.2.5.4. TRATOS CULTURAIS...................................................................................................... 37
2.2.5.5. COLHEITA........................................................................................................................ 38
2.2.6. TOMATE............................................................................................................................ 38
2.2.6.1 VARIEDADE...................................................................................................................... 38
2.2.6.1.1. VARIEDADE DO GRUPO SALADA................................................................................ 39
2.2.6.1.2. VARIEDADE DO GRUPO SANTA CRUZ....................................................................... 39
2.2.6.1.3. VARIEDADE DO GRUPO CEREJA................................................................................ 39
2.2.6.2. SEMEIO EM SEMENTEIRA PARA TRANSPLANTE................................................... 39
2.2.6.3. TRANSPLANTE................................................................................................................. 39
2.2.6.4. ESPAÇAMENTO................................................................................................................ 40
2.2.6.5. TRATOS CULTURAIS..................................................................................................... 40
2.2.6.6. COLHEITA........................................................................................................................ 41
2.3. CULTIVO DAS HORTALIÇAS DO GRUPO DAS TUBEROSAS............................. 41
2.3.1. BETERRABA..................................................................................................................... 41
2.3.1.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 41
2.3.1.2 SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO........................................................................... 41
2.3.1.3. ESPAÇAMENTO............................................................................................................... 41
2.3.1.4. TRATOS CULTURAIS....................................................................................................... 41
2.3.1.5. COLHEITA........................................................................................................................ 42
2.3.2. CENOURA......................................................................................................................... 42
2.3.2.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 42
2.3.2.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO........................................................................... 43
2.3.2.3. ESPAÇAMENTO................................................................................................................ 43
2.3.2.4. TRATOS CULTURAIS....................................................................................................... 43
2.3.2.5. COLHEITA......................................................................................................................... 43
2.3.3. RABANETE....................................................................................................................... 43
2.3.3.1. VARIEDADE...................................................................................................................... 43
2.3.3.2. SEMEADURA EM PLANTIO DIRETO........................................................................... 44
2.3.3.3. ESPAÇAMENTO............................................................................................................... 44
2.3.3.4. TRATOS CULTURIS......................................................................................................... 44
2.3.3.5. COLHEITA.......................................................................................................................... 44
◙ CAPÍTULO 3 – HORTALIÇAS SAUDÁVEIS......................................................... 45
3.1. CONSIDERAÇÕES.......................................................................................................... 45
3.2. RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE DEFENCIVOS QUÍMI–
COS E NATURAIS...................……………………………………….......................… 45
3.3. CONTRÔLE ALTERNATIVO DE PRAGAS E DOENÇAS DAS
HORTALIÇAS................................................................................................................. 45
3.3.1. DEFENCIVOS QUÍMICOS RECOMENDÁVEIS PARA HORTALI -
ÇAS..................................................................................................................................... 45
3.3.1.1. CALDA BORDALESA...................................................................................................... 45
3.3.1.1.1. PREPARO DA CALDA BORDALESA........................................................................... 46
3.3.1.2. CALDA SULFOCÁLCICA................................................................................................ 46
3.3.1.2.1. PREPARO DA CALDA SULFOCÁLCICA..................................................................... 46
3.3.1.3. SOLUÇÃO DE ÁGUA COM SABÃO.............................................................................. 47
3.3.1.4. SLUÇÃO DE SABAÕ DE COCO..................................................................................... 47
3.3.1.5. CALDA DE FUMO.......................................................................................................... 47
3.3.1.6 CINZA............................................................................................................................... 48
3.3.1.7. LEITE................................................................................................................................. 48
84
3.3.1.8. LEITE AZEDO................................................................................................................... 49
3.1.1.9. SOLUÇÃO DE SAL E VINAGRE................................................................................... 49
3.3.2. DEFENSIVO DE ORÍGEM VEGETAL........................................................................... 49
3.3.2.1. ALGUMAS RECEITAS DO EXTRATO DE NIM........…………........................……... 49
3.3.2.1.1. RECEITA 1......……………………………………………………......................……... 50
3.3.2.1.2. RECEITO 2......………………………………………………………......................…... 50
3.3.2.1.3. RECEITA 3......……………………………………………………….......................…...
3.3.2.2. OUTRAS RECEITAS UTILIZANDO UM VEGETAL OU PARTE 50
DELE................................................................................................................................. 50
3.3.2.2.1. CALDO DO BULBO DA CEBOLA............................................................................... 50
3.3.2.2.2. CALDO DE CEBOLINHA VERDE................................................................................. 50
3.3.2.2.3. CALDO DE MANJERICÃO.............................................................................................. 51
3.3.2.2.4. CALDO DE CRAVO – DE DEFUNTO............................................................................ 51
3.3.2.2.5. CALDO DE URTIGA........................................................................................................ 51
3.3.2.2.6. EXTRATO DE BUGANVILE........................................................................................... 52
3.3.2.2.7. SEMENTE DE GERGELIM.............................................................................................. 52
3.3.2.3. FUNGICIDA NATURAL................................................................................................. 52
3.3.2.3.1. CHÁ COMPOSTO COM PARTES DE VEGETAL......................................................... 52
● ANEXOS............................................................................................................................ 55
● ANEXO I – FIGURAS E REFERÊNCIAS SOBRE ALGUMAS
PRAGAS QUE ATACAM AS HORTALIÇAS............................................................. 56
● ANEXO II – QUADRO 3. RESUMO TÉCNICO DO CULTIVO
DE HORTALIÇAS TRATADAS NESTE MANUAL...................................................
● ANEXO III – QUADRO 4. FIGURAS E REFERÊNCIAS 57
SOBRE OS INSTRUMENTOS MAIS UTILIZADOS NO PLANTIO 60
DAS HORTALIÇAS EM CANTEIRO...........................................................................
● ANEXO IV – MODELOS DE CANTEIROS PARA HORTALIÇAS. 62
● ANEXO V – MODELOS DE SEMENTEIRAS FEITAS COM:
MADEIRA, PLÁSTICO, E ISOPOR............................................................................. 65
● ANEXO IV – FIGURAS DE HORTALIÇAS TRATADAS NESTE 78
MANUAL........................................................................................................................... 79
● BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................
● CURRÍCULO RESUMIDO DO AUTOR......................................................................

85

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