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Faculdade de Agricultura

Licenciatura em Desenvolvimento Rural


Disciplina: Projecto de Investigação Cientifica

Tema: O impacto DO FOMENTO DA NOVA VARIEDADE DE MANDIOCA


( BRS 396) NO DISTRITO DE MATUTUINE ( SALAMANGA) PARA MELHORAR A
RENDA FAMILIAR DOS AGRICULTORES 2021-2022

Discente Docente

Ivan Matola Dr. º Sengo


Universidade São Tomás de Moçambique

Faculdade de Agricultura

Ivan Augusto Celina Matola

Tema
O impacto DO FOMENTO DA NOVA VARIEDADE DE MANDIOCA (BRS 396) NO
DISTRITO DE MATUTUINE (SALAMANGA) PARA MELHORAR A RENDA FAMILIAR DOS
AGRICULTORES 2021-2022

Docente: Figueiredo Sengo

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Índice
1.Justificativa.............................................................................................................................4

1.2.Objectivos.........................................................................................................................7

1.3.Geral.................................................................................................................................7

1.4.Específico.........................................................................................................................7

2.Revisão Literária.....................................................................................................................8

2.1.Metodologia......................................................................................................................9

2.2.Pesquisa acção..................................................................................................................9

2.3.As características da pesquisa-ação..................................................................................9

2.4.Inovadora..........................................................................................................................9

2.5.Contínua...........................................................................................................................9

2.6.Pró-ativa estrategicamente..............................................................................................10

2.7.Participativa....................................................................................................................10

2.8.Disseminada...................................................................................................................10

2.9.População e Amostra......................................................................................................10

3.Considerações éticas.............................................................................................................11

3.1.Palestra (P)......................................................................................................................11

3.2.Grupais...........................................................................................................................11

3.3.Demonstração de Resultados (D.R.)..............................................................................12

3.4.Dia de Campo (D. C.).....................................................................................................12

3.5.Resultados Esperados.....................................................................................................12

4.Cronograma de actividade.....................................................................................................13

5.Bibliografia...........................................................................................................................14

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1.Justificativa
A mandioca sendo uma cultura produzida em condições de sequeiro pelo sector familiar,
apresenta rendimentos extremamente baixos que estão em volta de 4 a 15 ton/ha comparados
com os rendimentos médio de 20 a 22 ton/ha produzidos na monocultura e 40 ton/ha obtidos
nas variedades melhoradas de mandioca no nosso país. Este sistema de cultivo em sequeiro
oferece rendimentos médio que estão em torno de 4 a 15 ton/ha a nível do pequeno produtor
sem aplicação de insumos (Zacarias et al., 2004 e Zacarias-Silva et al., 2010), embora os
rendimentos possam alcançar 90 ton/ha que são apresentados por variedades melhoradas
produzidos em condições óptimas (Coock, 1985).

Estes rendimentos baixos acima citados não garantem uma quantidade óptima para as
famílias, devido ao sistema de cultivo em sequeiro utilizado pelos agricultores no nosso país.
Assim, este sistema de cultivo utilizado, permite uma única colheita anual ou bienal, e não
fornece mandioca de forma gradual ou mensal em termos de colheita, o que não é favorável e
satisfatória para suprimir as demandas nutricionais e o rendimento dos produtores (Zacarias
et al., 2004). Entretanto, estes rendimentos baixos acima citados têm como resultado, a acção
nefasta de factores bióticos e abióticos, fraco maneio da cultura, prevalência de uso de
variedades locais, baixa adopção de inovações tecnológicas (variedades melhoradas),
desorganização e dispersão dos pequenos agricultores, e a falta de uso de melhores genótipos,
acesso limitado à insumos de qualidade perturbando assim a sustentabilidade da agricultura
no sector familiar (Andrade Júnior, 2006).

Nos últimos anos tem se verificado que variedade atual usada pelos os produtores de
Salamanga não têm dado bons resultados. O fomento da variedade BRS 396, irá mudar o
cenário dos produtores, pois essa variedade tem ciclo curto quanto que a outra tem um ciclo
longo e é de baixo rendimento. A variedade BRS 396 é uma variedade de ciclo de curto vai
de sete a doze meses e tem bom rendimento. Essa variedade é muito nutritiva, além de
melhorar o rendimento das famílias irá melhor a dieta alimentar dos produtores. Por ter uma
arquitetura pouco ramificada, os tratos culturais são favorecidos . A colheita também é facilitada
em função da disposição horizontal da maioria das raízes, o que favorece o arranquio e
despenca. Polpa macia e cozimento mais inteiro (não se desmancha ao cozinhar), apta
para fritura crua, chips, palito, processamento mínimo, venda descascada congelada e in
natura. Essa nova variedade vai aumentar a produtividade e o rendimento, ela não é muito
exigente e não precisa de muita mão – de – obra, dentro de um ano ela ira dar bons
resultados. A essa variedade ira trazer muitos benefícios para a população, ira melhor a dieta

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alimentar e o rendimento e da população uma vez que o distrito de Matutuine as crianças têm
problemas graves de desnutrição cronica, essa variedade é de polpa alaranjada e contem
vitamina A.

O motivo de estudar a população de Salamanga é por eles terem vários problemas com a
fome, sendo que muitos deles dependem de agricultura e apostam em uma variedade de ciclo
longo, baixa produtividade e rendimento.

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1.1.Problema da pesquisa

Em Moçambique, a mandioca é a cultura mais importante depois do milho a maioria da


população da região sul, produz a mandioca como o principal alimento e de segurança
alimentar. Contudo, apesar da sua importância como um alimento básico amplamente
consumida para comunidades vulneráveis, as variedades de mandioca actualmente em uso
apresentam baixos teores de proteínas, vitaminas e altos índices de cianetos. Alem dessa
variedade de mandioca ser de baixo teor de proteína, também é de baixa produtividade e
rendimento.

Os indicadores de pobreza e desnutrição crónica são elevados em particular na região sul


onde mais de 54% da população está em constante risco de insegurança alimentar e sofrem de
desnutrição crónica porque não têm condições financeiras para adquirir alimentos derivados
de animais ou outros alimentos fonte de proteínas e vitaminas. Em 2005 a taxa de deficiência
de vitamina A em crianças com idade escolar era estimada em 71%. Considerando os graves
problemas nutricionais da população no sul do país, melhorar o valor nutricional da mandioca
é de grande vantagem pois além de suprir as necessidades nutricionais para a população, a
mandioca é alimento base para a maior parte da população na região sul e é relativamente
barato de produzir, bem como suas raízes pode ser deixadas armazenada no solo e colhida
quando necessário. O que faz com os produtores de Salamanga não obtenham boa
produtividade e rendimento na variedade de mandioca que usam.

Como o fomento da nova variedade da mandioca melhora o rendimento da população?

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1.2.Objectivos

1.3.Geral
Analisar o fomento da nova variedade de mandioca BRS 396 em diferentes
associações de Salamanga.

1.4.Específico
Caracterizar morfologicamente a variedade BRS 396;
Avaliar o nível de adoção da nova variedade por parte dos produtores;
Determinar o rendimento e produtividade da variedade BRS 396.

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2.Revisão Literária
A origem precisa da mandioca (Manihot esculenta Crantz) ainda é desconhecida, uma vez
que são raras as evidências arqueológicas de partes vegetativas, em função das dificuldades
de conservação dos fosseis em ambientes tropicais (PEREIRA, 1989, citado por FUKUDA,
1999).

A mandioca é a cultura alimentar mais importante entre as culturas de raízes e tubérculos nos
países da África Subsariana (FAOSTAT, 2008). Além disso, é uma das culturas mais
tolerante a seca e que pode ser cultivada com sucesso em solos de baixa fertilidade, dando
rendimentos razoáveis onde muitas outras culturas não sobreviveriam. Em Moçambique, a
mandioca, é a cultura mais importante depois de milho e representa cerca de 6% do Produto
Interno Bruto do país (MIC, 2008). Mais de 50% da população na região norte utiliza a
mandioca como alimento básico e de segurança alimentar (Zacarias et al, 2010; INE, 2011,
TIA, 2012).

Apesar de a mandioca ser importante para comunidades vulneráveis, a maioria das variedades
consumidas são pobres em relação a certos nutrientes, possuindo baixos teores de proteínas,
minerais e vitaminas (Montagnac et al, 2009). Os indicadores de pobreza e desnutrição
crónica são elevados em todo o país em particular na região norte onde mais de 54% da
população sofrem de desnutrição crónica e esta em constante risco de insegurança alimentar
porque não têm condições financeiras para adquirir alimentos derivados de animais. Este
problema torna-se marcadamente sério nas regiões onde a mandioca constitui o principal
alimento.

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2.1. Metodologia
2.2. Pesquisa acção
Pesquisa ação é um tipo de procedimento de investigação que segue um ciclo entre a ação
prática e a investigação a respeito dela. Dessa forma, dentro de uma pesquisa-ação
primeiramente planeja-se a ação. Em seguida, implementa-se o que foi planejado. Observa-se
e descreve-se as reações à mudança realizada. Então, avalia-se a eficácia da ação e o que
pode ser feito para melhorar a prática. E o ciclo se reinicia.

É um processo no qual aprende-se mais sobre a prática e a sua investigação à medida em que
se avança com ela. O autor John Elliot definiu em 1990 a pesquisa-ação como um estudo que
tem a finalidade de melhorar a qualidade da ação realizada para a resolução de um problema.
Ela tem como objetivo modificar a realidade através de uma prática reflexiva, onde se avalia
constantemente as práticas adotadas.
2.3. As características da pesquisa-ação
Já falamos acima sobre a pesquisa-ação ter sido confundida com outros tipos de pesquisa que
envolvem intervenções. As diferenças entre elas estão na sua metodologia. Ou seja, nos
processos que são empregados durante a pesquisa. Definir as características da pesquisa-ação
é importante para que o termo não se torne vago e amplo. Da mesma forma, definir a
metodologia da pesquisa-ação nos ajuda a diferenciá-la de outras pesquisas, prevenindo erros
e má aplicações. David Tripp, em Pesquisa-ação: uma introdução metodológica aponta as
seguintes características da pesquisa-ação:
2.4. Inovadora
A pesquisa-ação volta-se para a inovação pois se propõe a solucionar um problema e, assim,
melhorar uma determinada realidade. Portanto, ela sai do campo habitual, daquilo que já está
inscrito no cotidiano da realidade em que se aplica.

2.5. Contínua
A pesquisa-ação é contínua, não sendo repetida ou realizada ocasionalmente. Dessa forma,
ela deve ser aplicada regularmente, a fim de melhorar um aspecto da prática adotada.

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2.6. Pró-ativa estrategicamente
A pesquisa-ação é pró-ativa quando é preciso realizar uma mudança. Mas suas ações são
estratégicas, ou seja, são determinadas a partir da compreensão dos dados coletados. Isso só é
possível através de um processo de pesquisa bem fundamentado.

2.7. Participativa
No seu cerne, a pesquisa-ação é uma metodologia colaborativa. As pessoas envolvidas
participam ativamente da produção de conhecimento, não se concentrando somente em um
pesquisador destacado. Assim, o processo da pesquisa-ação não se centra na aplicação de
técnicas previamente formatadas para solucionar um problema. Suas práticas se concentram
nos meios em que os métodos e técnicas de pesquisa são construídos e reconstruídos.

A característica participativa da pesquisa-ação a configura como um tipo de pesquisa social


com base empírica.

2.8. Disseminada
A pesquisa-ação tem uma finalidade prática para a resolução de problemas. Mas ela não deve
ser contida em uma única situação ou realidade. A pesquisa-ação também volta-se para a
construção de conhecimentos científicos práticos, e, por isso, é preciso ser disseminada
através de publicações e pela rede de ensino.

2.9. População e Amostra


Segundo Lakatos e Marconi (2001) acreditam que o universo ou população são como o
conjunto de seres inanimados ou animados que apresentam pelo menos uma caraterística em
comum.

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3.Considerações éticas
Para a realização da pesquisa será necessário entrar em contacto com chefe formal ou regulo,
para poder comunicar aos produtores acerca da palestra ou reunião ira acontecer.

Para que não haja dificuldades na transmissão da informação, haverá um tradutor local que
isso ira facilitar a comunicação, as maneiras de se introduzir iram contar como ira se dirigir
aos produtores. A forma de saudar, saber os hábitos e costumes deles é muito importante
porque isso ira facilitar a disseminação da informação.

Para a realização do trabalho ira-se usar dois métodos que são: palestra e grupais

3.1.Palestra (P)

Método de comunicação verbal mediante o qual um orador discorre sobre um assunto,


previamente determinado, para um grupo de pessoas. É provavelmente o método mais
empregado, mas a proporção de informações retida pelo auditório é reduzida. − “A eficácia
de uma palestra não se mede pelo que fala o palestrante, mas pelo que retém e assimila o
ouvinte” (ZUCKERMAN). Permite transmitir muitas informações em pouco tempo; − Pode
tratar de temas abstratos ou que os participantes não estão familiarizados; − É adequada para
despertar a atenção e o interesse das pessoas, mas deve ser complementada por outros
métodos. − Motivacional e informativo.

3.2.Grupais
Este é um conjunto de métodos muito importante. Sua aplicação requer a presença do
técnico ou do líder entre seu público e proporciona a possibilidade de intercâmbio
comunicativo. Isto é, aparece oportunidade para que surjam perguntas e respostas e
que se dêem opiniões. As principais vantagens destes métodos e stão na possibilidade
de alcançar de uma vez a um grande número de pessoas sem que se perca a relação
personalizada do técnico com as pessoas. Além disso, fomentam as atividades sociais

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e cooperativas, permitem o uso de outros métodos, tanto escritos quanto orais e se
prestam muito para reunir pessoas que têm o mesmo interesse. Na maioria dos casos
a aplicação desses métodos, facilita o descobrimento de líderes e o desenvolvimento
das pessoas através de participação nas discussões, demonstrações e outros. Os
resultados obtidos por e stes métodos podem ser utilizados para divulgá-los através dos
métodos de massa. Facilitam também, o intercâmbio de experiências e permitem estender
com maior rapidez que os individuais e a custo menor, certos conhecimentos.

3.3.Demonstração de Resultados (D.R.)


Para alcançar bons resultados será necessário o método de Demonstração de Resultados
(D.R.) esse método consiste em: Condução e comparação (com testemunha), de uma ou mais
práticas, em uma propriedade rural, com orientação, acompanhamento e controle de um
técnico; − Montada em local estratégico, para estimular a sua multiplicação (difusão), caso os
produtores aprovem o resultado; podem ser de curta ou média duração.

Comprovar viabilidade e adequação de práticas às condições locais, utilizando os métodos da


pesquisa; − Comparar técnicas rotineiras e tradicionais com as novas recomendações; −
Motivacional e Instrucional.

3.4.Dia de Campo (D. C.)


Realizado no campo; mostra uma série de atividades, com ênfase naquelas de caráter prático,
em uma mesma propriedade, − método grupal composto de fases e/ou estações; − eficiente
por apresentar situações e vivências reais; − combina os três princípios essenciais na
aprendizagem: ver, ouvir e fazer. Apresenta custo elevado.

Informar; motivar, ensinar/aprender uma prática; desenvolver habilidades e destrezas; −


treinamento de produtores e de pessoal técnico, divulgação de resultados de práticas
agropecuárias. − Motivacional, informativo e instrucional.

3.5.Resultados Esperados
Espera-se que o maior número de produtores adoptem essa nova variedade, porque ela
apresenta bons resultados. Isto é, tem bons rendimentos, é de ciclo curto e é uma variedade
muito nutritiva.

Ao usar esses métodos de Demonstração Resultados (D.R.) e Dias de Campo (D.C.) ira
facilitar adopção dessa variedade uma vez que que haverá comparação com a variedade atual
e os produtores iram ver na prática os resultados dessa variedade.

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4.Cronograma de actividade
Descrição de Actividade Meses

J F M A M J J A S O N D

Introdução

justificativa X

Problema de pesquisa X

objectivos X

Metodologia X

Considerações éticas X

Delimitacao do tema X

Revisao literaria X

Bibliografia X

Entrega do trabalho X

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5.Bibliografia
BIASI,C.A.F;GARBOSSANETO;SILVESTREF.S.;

ANZUATEGUI,I.A.MétodosemeiosdecomunicaçãoparaaExtensãoRural.VolumeIeII,Curitiba
:Emater-PR,1986.

ZUCKERMAN,S.APalestra,semdata–ReelaboradoporAntônioLázaroSant’Ana(Unesp-
IlhaSolteira).

LOPES,E.B.MetodologiaEmater-PR,2011.Disponívelem:http://www.emater.pr.gov.br/
arquivos/File/Biblioteca_Virtual/Publicacoes_Tecnicas/Metodologia/
Diferencas_Tipos_Eventos.pdfAcessoem:22/09/2016.

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