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Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
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Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
Objectivos...................................................................................................................................4
Objectivo Geral...........................................................................................................................4
Objectivos Específicos................................................................................................................4
Metodologias...............................................................................................................................4
Conclusão..................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas........................................................................................................13
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Introdução
O presente trabalho destina-se a cadeira de Geografia Agrária, visa abordar sobre Problemas
de Transferência de Tecnologia na Agricultura em Moçambique, portanto, sabe-se que, a
economia de Moçambique é essencialmente agrária. A agricultura moçambicana é
predominantemente de subsistência, caracterizando-se por baixos níveis de produção e de
produtividade. A redução da pobreza em Moçambique depende imensamente no aumento da
produção e produtividade agrícola. A importância do crescimento agrícola deve-se
principalmente ao facto deste sector possuir um efeito multiplicador sobre o resto da
economia, particularmente durante as primeiras fases do desenvolvimento e transformação
económica.
Objectivos
Objectivo Geral
Conhecer os Problemas de Transferência de Tecnologia na Agricultura em
Moçambique.
Objectivos Específicos
Conceituar Agricultura;
Compreender as Tecnologia na Agricultura em Moçambique;
Descrever os problemas de Transferência Tecnológica na Agricultura em
Moçambique.
Metodologias
Para a concretização do presente trabalho cingiu-se na pesquisa e leitura de Manuais, Livros
de autores que abordam de forma solida os conteúdos relacionados com temas em estudo, que
estão destacados nas citações e nas respectivas Referências Bibliográficas.
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Moçambique é um dos países em via de desenvolvimento com muitos recursos naturais, onde
o seu desenvolvimento está profundamente ligado ao sector extracção e ao sector agrícola.
Para BORRAS, (2010), “Nas áreas rurais, a agricultura é a principal fonte de renda, mas, com
a baixa produtividade, as famílias dificilmente conseguem satisfazer as suas necessidades
nutricionais, além de estarem vulneráveis às intempéries climáticas. Em fase de inundações
ou secas, os agricultores estão entre os grupos mais expostos à insegurança alimentar, uma
vez que eles têm poucas alternativas de geração de renda para além da agricultura”.
Aparentemente o país dispõe de muita terra para agricultura, mas a possibilidade de que o
aumento da produtividade seja realizado pela ampliação da área cultivada pelos pequenos
produtores do sector familiar torna-se cada vez menor. A área média cultivada vem
diminuindo em escala nacional: em 2005 e 2006 a área média cultivada era de 1.7 hectares;
em 2007 era de
1.6 hectares e em 2008 era de 1.5 hectares, sugerindo que, apesar de o país ser abundante em
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Segundo SITOE, (2005, p: 4), “Os pequenos agricultores dependem de métodos tradicionais
de cultivo, variedades de sementes de baixo rendimento e técnicas de cultivo manual. São
pouquíssimas as fontes alternativas de renda, o que aumenta a vulnerabilidade dos pobres
rurais aos desastres naturais. Em tempos de escassez eles têm poucos recursos para protegê-
los da insegurança alimentar”.
Por sua vez o sector empresarial começa-se a consolidar no país devido a entrada do
investimento estrangeiro e de criação de diversos programas de incentivo a modernização
agrícola da década de 2000 a 2010, como são exemplos disso o PROAGRI (Programa
Nacional de Desenvolvimento Agrário) e Revolução verde. Este sector, têm registado
melhores desempenhos nos anos mais recentes, embora a produção continue abaixo do seu
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Segundo MOSCA (2017), no período entre 1976 e 1982 recursos financeiros, equipamento
mecânico, insumos agrícolas melhorados e pessoal técnico foram alocados às Empresas
Agrárias Estatais (EAE). E, estas desenvolveram as primeiras acções relacionadas à extensão
rural sob forma de cooperativas agrárias no âmbito da socialização do campo e pelos centros
de desenvolvimento rural do Ministério de Agricultura.
As províncias do centro e norte têm maior potencial agrícola que outras áreas do país, solos
mais férteis, chuvas abundantes e geralmente produzem excedentes agrícolas. No sul do país o
clima é mais seco, o solo é ruim e desastres naturais como enchentes e secas são ocorrências
periódicas. Junto com as comunidades costeiras que sofrem de isolamento extremo, essas são
as áreas mais pobres do país.
Segundo o MINAG (2013), o setor agrícola contribuiu em 2012 com 25% do Produto Interno
Bruto e 80% da massa laboral.
Embora 80% da população esteja engajada na agricultura, eles são forçados a permanecer em
uma agricultura de subsistência de baixo uso de insumos e baixa produtividade, dessa forma
sofrendo com a pobreza. Pelo contrário, cerca de 70% da terra de Moçambique (540.000 km2)
é categorizada como região de savana tropical e permanece vastamente inutilizada e adequada
para a agricultura, JICA, (2011), apud CLASSEN, (2013, p.10).
As terras “inutilizadas” são aquelas que os camponeses cultivam sob um regime de pousio,
referenciado em um modelo de produção de base tradicional e agroecológica, destacado por
estes como “o principal factor de conservação dos solos e por via disso do aumento da
produtividade, como vários estudos constataram os ganhos obtidos nas duas últimas décadas
nas culturas de milho, feijões e amendoim”.
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A produção dos agricultores de pequeno e médio porte estaria limitada devido a sua aderência
a práticas agrícolas tradicionais a problemática do direito à terra e da distribuição da produção
agrícola ficam eclipsados pelo discurso dos promotores do ProSavana. Para tanto parto dos
problemas técnico-metodológicos apontados pelos próprios manifestantes críticos ao
ProSavana, elencados acima, de modo a produzir um deslocamento em relação a perspectiva
dos promotores do programa, que permita trazer a superfície tais problemáticas políticas
eclipsadas.
Nesta área, muita terra agrícola não está ainda desenvolvida, e agricultores de pequena
escala utilizam técnicas agrícolas tradicionais e extensivas, e portanto a produtividade
de culturas de consumo próprio e comerciais é baixa. Mesmo para agricultores de
média e grande escala, o uso de tecnologias agrícolas é limitado, e sua produtividade
não é muito alta. Portanto, o fortalecimento das áreas agrícolas por meio da introdução
de tecnologia apropriada e por meio de investimentos irá aumentar significativamente
a produtividade e a quantidade produzida, (ProSAVANA-PD, 2012, p. 1).
A tecnologia vem sendo aplicada cada vez mais na produção agrícola, possibilitando a
realização de vários processos de maneira mais rápida e eficiente, resultando num aumento de
produtividade no campo.
A agricultura moderna pode ser compreendida como o modelo de produção que incorpora
grande acervo de tecnologia e conhecimento relacionados à produção agrícola. A conexão
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entre agricultores, pesquisadores e indústria tem sido crucial para se trabalhar pelo
desenvolvimento de ferramentas e estratégias que elevaram a produtividade num padrão
sustentável.
Segundo o MTC, com vista a assegurar a transferência de tecnologias, prevê-se que cada
produtor que beneficie das actividades de formação receba um kit de sementes e insumos.
Para MINAG, (2010) “Baixos níveis de uso de tecnologias melhoradas disseminadas pela
extensão pública e privada Tendência para descontinuar o uso de tecnologias melhoradas”.
Conclusão
A agricultura moçambicana é caracterizada por muitos desafios, resultando em baixa
produção e produtividade. Essa actividade é praticada maioritariamente por agricultores do
sector familiar com recursos bastante limitados. Os serviços de extensão rural têm uma
cobertura muito fraca, influenciada por insuficiência de recursos financeiros, materiais e
humanos. Os agricultores não têm recursos suficientemente para adoptar certas tecnologias,
assim seria relevante adaptá-las às condições econômicas, sociais e agroecológicas. Portanto,
as técnicas devem ser socialmente desenvolvidas envolvendo os agricultores de cada região,
sendo a tecnologia social uma importante alternativa.
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Referências Bibliográficas
BONNEN, James. Agricultural development: Transforming human capital, technology and
institutions. In: CARL, Eicher; STAATZ, John (Ed.). International Agricultural
Development. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1998.