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Índice
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................4
1.1. OBJECTIVOS..............................................................................................................................5
1.1.1. Geral......................................................................................................................................5
1.1.2. Específico..............................................................................................................................5
2. Revisão Bibliográfica........................................................................................................................5
2.1. Origem Botânica e Distribuição...................................................................................................5
2.2. Características da Planta...............................................................................................................5
2.3. Introdução da cultura em Moçambique e historial de produção..................................................6
2.4. Zonas de produção.......................................................................................................................6
2.5. Sistema de produção em Moçambique.........................................................................................7
2.6. Cadeia Produtiva..........................................................................................................................7
2.6.1. Fornecedores de Insumos.....................................................................................................7
2.6.2. Segmento da Produção: Caracterização dos Produtores e Sistema de Produção...............7
2.6.3. Distribuição: A grosso e a retalho........................................................................................8
2.6.4. Comportamento de Consumidores........................................................................................8
3. METODOLOGIA..............................................................................................................................8
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3.1. Selecção da variedade a produzir.................................................................................................9
3.1.1. Descrição das Variedades.....................................................................................................9
3.2. Preparação da cama para o plantio.............................................................................................10
3.3. Sementeira..................................................................................................................................10
3.4. Tamanho de semente..................................................................................................................11
3.5. Espaçamento de plantas.............................................................................................................11
3.6. Profundidade de plantio.............................................................................................................12
3.7. PRATICAS CULTURAIS.........................................................................................................12
3.7.1. ADUBAÇÃO......................................................................................................................12
3.7.2. AMONTOA...........................................................................................................................13
3.7.3. CONTROLE PRAGAS E DOENÇAS...............................................................................14
4. RESULTADOS...............................................................................................................................15
4.1. Comparação das variedades.........................................................................................................16
4.2. Influência do tamanho da batata semente sobre o rendimento....................................................16
4.3. Influência da profundidade de sementeira e tamanho da batata semente sobre o rendimento....17
5. Referências bibliográficas...............................................................................................................18
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Lista de Tabelas
Lista de figuras
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1. INTRODUÇÃO
Em Moçambique, a Batata Reno, é produzida em sistema de Monocultivo, em rotação com outras
culturas, tais como Milho e feijões, com objectivo de manter a produtividade do solo e reduzir a
infestação por pragas e doenças, evitando principalmente a contaminação do solo.
A região centro do país (Manica, Sofala, Tete e Zambézia), concentram os maiores volumes de
produção, com 74.31 % da produção nacional, sendo os distritos do vale do Zambeze, os que melhores
condições edafo-climaticas apresentam para a produção da Batata Reno, nomeadamente Báruè em
Manica, Gorongosa em Sofala, Angónia, Macanga, Tsangano e Marávia em Tete e Milange na
Zambézia, que produzem cerca de 73 % da produção global da região e 65 % da produção do país.
Apesar da grande potencialidade agroecológica disponível, os níveis de produção contrastam as
espectivas, pois persiste a nível da cadeia produtiva, uma fraca estruturação e funcionalidade dos
seguimentos de base que garantem o fornecimento da bata ao mercado.
O seguimento de fornecimento de insumos, é composto pelos fornecedores de fertilizantes, pesticidas,
máquinas e implementos, embalagens e batata semente, sendo que a nível do país e da região, não existe
indústria de produção destes in puts, obrigando o país a recorrer as importações para os efeitos.
O sistema de fornecimento de semente encontra-se dividido em três categorias (i) vendas a dinheiro de
semente importada da África do sul, (ii) conservação e aproveitamento de tubérculos de campanhas
anteriores e (iii) fomento de semente realizado pelo governo.
O seguimento de produção é constituído por três grupos (i) Pequenos produtores com área variada de
0.5 a 10 há, constutui o grupo dominante e asseguram 90 % da batata nacional comercializada
internamente. Este grupo caracteriza-se pelo uso e sistema de produção familiar, com baixo uso de
tecnologias de produção e insumos. Médios produtores com área variada de 10 a 50 ha, caracterizado
pelo uso médio de insumos e intensivo uso de mão de obra e grandes produtores com áreas superiores a
50 ha, onde ocorrem a intensificação de uso de insumos de alta qualidade.
Neste contexto, e com foco no produtor familiar, a Agência do Zambeze e parceiros (Wageningen
University & Research-WCDI, Solidaridad, Bayer Moçambique, Ominia e Montesco) em parceria com
produtores familiares, estabeleceu nos distritos de Báruè e Vanduzi em Manica, Tsangano e Angónia
em Tete campos pilotos de demonstração e testagem de tecnologias de produção de batata reno
orientadas para o alcance de altos níveis de produção, atendendo os padrões de qualidade.
O estabelecimento dos campos de demonstração foi liderado pela Wageningen University & Research
em parceria com a Agência do Vale do Zambeze na coordenação e implementada pela Solidaridad,
usando agroquimicos fornecidos pela BAYER e fertilizantes da OMMIA (granulares e foliares)
aplicados em diferentes dosagens e parcelas separadas excluindo as praticas do agricultor. A semente
de batata foi fornecida pela Montesco, nomeadamente: Sifra, Mondial e Tyson. Os agricultores
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semearam a variedade (Rosita e Violeta) que foi adquirida com os produtores de Angónia. Tendo feito a
fertilização e proteção da cultura de acordo com a prática local.
1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Geral
Avaliar o impacto produtivo em função das diferentes técnicas de maneio aplicado a nível dos
distritos pré-selecionados;
1.1.2. Específico
Correlacionar as influencias dos diferentes tratamentos sobre o rendimento final dos tubérculos;
Identificar os tratamento com maior expressividade produtiva;
Realizar eventos para transferência de tecnologias de produção de batata Reno
2. Revisão Bibliográfica
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tubérculo possui periderme (casca), córtex, anel vascular e médula central. A forma geralmente é
oblonga ou redonda com a coloração da casca e da polpa variada (Filgueira, 2008)
Sul
Ano
Fonte: António.J, 2009 - MING, relatórios dos SDAE e Governo distrital
(fertilizantes e agrotóxicos) – é fornecidos por vendedores formais e informais existentes no mercado nacional (IIAM,
2013).
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utilizam poucos insumos modernos (agroquímicos), maquinaria e crédito, condicionando a um rendimento médio de cerca de
14.0 ton/há (FAOSTATA, 2010)
Os retalhistas das feiras e dos mercados urbanos são os principais vendedores aos consumidores. Eles adquirem a batata nos
mercados distribuidores. A venda de batata nos mercados urbanos é feita em unidades padronizadas (o peso). Nos mercados
das zonas rurais, a batata é vendida em unidades não padronizadas, latas e baldes de 7, 15 e 20 litros. Não existe norma de
padronização para a batata. Por isso, antes da venda, alguns retalhistas, fazem a seleção de acordo com o tamanho e a
aparência visual, e embalam em sacos de 10,0 kg para agregar valor no produto. O que resta é comercializado ao peso, e o
consumidor é livre para escolher (IIAM, 2013).
3. METODOLOGIA
Os campos foram estabelecidos em parceria com produtores do sector familiar (nas respectivas
unidades), nos distritos de Báruè e Vanduzi, seguindo um delineamento de Blocos Completos
Causalizados (DBCC) com 24 parcelas, sendo cada parcela com factor de variação diferente (sem
repetição).
A área total por site/local foi de 0.4 ha, sendo 0.24 ha de área útil. As dimensões das parcelas foram de
14 m por 7.2 m cada perfazendo uma área de 100.8 m2 cada. (layout)
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Figura 01: Lay out da área
Legenda
Parcelas estabelecidas e conduzidas seguindo o protocolo técnico
Parcelas estabelecidas e conduzidas de acordo com a prática do produtor
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matéria seca é de 13,8 % a 19,7 % . A população de plantas varia com tamanho da semente,
sendo o ideal 46.000 plantas / ha quando se usa tubérculos semente com o tamanho menor (28 -
35 mm) e 36.000 plantas / ha em tubérculos de tamanho maior (55 – 65mm). Pode ser cultivado
em todos os tipos de solo. Entretanto, em solos leves com nematoides de vida livre, existe um
risco maior de propagação, pelo que, devem ser evitados. O plantio antecipado é aconselhado.
Possui um desenvolvimento uniforme e boa tolerância à seca.
b) Sifra, possui tubérculo muito grande, com casca brilhante muito atraente, alto rendimento,
ampla adaptação, baixa necessidade de nitrogênio, tuberização precoce. A forma do tubérculo é
oval redonda, teor de matéria seca de 19,6%, tamanho do tubérculo 82 grande. É resistente a
crestamento da folhagem, crestamento dos tubérculos, alternária, crosta comum e sarna. O
tamanho do tubérculo influencia na população de plantas sendo maior quando se usa tubérculo
menor contudo, a população ideal de plantas varia de 34.000 a 45.000 plantas por hectar. Pode
ser cultivado em todos os tipos de solos. Entretanto em solos pesados, é necessária uma boa
estrutura para evitar tubérculos deformados. Evite solos com alto risco de crostas pulverulentas.
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Deve ser feita em linhas, profundidade de plantio uniforme variada de 7 a 15 cm, assegurando a
distribuição equidistantes dos tubérculos dentro das linhas. Os solos devem estar húmidos e os
tubérculos não devem ser semeados em contacto directo com os fertilizantes. A quantidade de plantas
por hectare depende do compasso usado. Em média o número de plantas por hectare vária de 27.778-
44.444 plantas. Espaçamento de 70 a 90 cm entre linhas e 25-40 cm entre plantas. Quando o objectivo
da produção é para o consumo utiliza-se espaçamento entre linhas de 80-90cm e de 30 a 40cm entre
plantas, enquanto para semente utiliza-se 70 a 75 cm entre linhas e 20 a 25cm ou 25 a 30 entre plantas
que proporciona maior quantidade de tubérculos com tamanhos mais apropriados para semente
(Martinho et al, 2017).
No presente ensaio, a sementeira obedeceu variados procedimentos técnicos em função do protocolo em
teste, nomeadamente tamanhos de semente, compassos/espaçamento e profundidades de sementeira
conforme se descreve:
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Figura 02: Insumos alocados e processo de sementeira
3.5. E
PARCELA VARIEDADE s
p
açamento de plantas
Foram testados 04 diferentes espaçamentos entre plantas (22cm; 25cm; 28cm e 32cm), em igual número
de parcelas (7,8,9 e 10). Neste parâmetro de avaliação, todas as variáveis do ensaio (o regime de
adubação, a variedade testada, a profundidade de sementeira e o tamanho dos tubérculos), foram
mantidas constantes, tendo variado apenas o espaçamento entre as plantas.
PARCELA VARIEDADE
3.7.
PARCELA VARIEDADE
Praticas Culturais
3.7.1. Adubação
Abatata Reno é uma cultura que responde a adubação. Com adequado maneio de adubação do solo,
cultura pode atingir produtividade que variam de 30 a 50 t/ha. Entretanto, qualquer intervenção para
correção do solo implica a realização de análise do solo. Contudo, na impossibilidade de fazer uma
análise química do solo pode-se aplicar 400- 1000Kg/ha de compostos (12-24-12) e 200 a 400kg /ha de
Ureia (46%) ou nitrato de cálcio e amónio (CAN) na taxa de 400 kg / ha. A Urea ou CAN deve ser
aplicada durante a amontoa ao lado das plantas aos 25 a 30 dias depois da emergência (Martinho et al,
2017).
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Ainda na sequência de maneio de adubação, foram estabelecidos 04 regimes de adubação nitrogenada,
orientada para o alcance de rendimentos na ordem de 20 ton/ha, 30 ton/ha, 40 ton/ ha e 60 ton/ ha,
através de aplicação de diferentes níveis de fertilizantes nitrogenados, conforme a tabela.
Todas parcelas receberam em regime de correção 2000 kg/ha de Gypson e 600 kg/ha de Superphos.
Figura 03: Aplicação e incorporação de Gypson e super phosph para correção dos solos
3.7.2. Amontoa
Durante o desenvolvimento da cultura, os tubérculos precisam de ser cobertos por uma camada de solo
para protege-los da incidência directa da radiação solar e altas temperaturas, para evitar o esverdiamento
(solanina) e danos por insectos, além de estimular a formação dos tubérculos. Foram feitas 03 amontoas
aos 24, 38 e 52 dias após o plantio, tendo resultado na criação de sulcos com altura entre 25 a 30 cm.
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3.7.3. Controle pragas e doenças
O controlo de pragas foi efectuado seguindo o pacote tecnológico Bayer, adaptado ao protocolo de
pesquisa, com pulverizações preventivas e calendarizadas, coordenadas pela SOLIDARIDAD e
acompanhadas pelo técnico da Bayer indicado para o efeito.
A estratégia de Proteção de Cultura esteve focada principalmente no controle de (i) Phytophthora
infestans - principal doença da batata em todo o mundo; (ii) requeima - doença mais importante da
batata durante a estação chuvosa e (iii) Alternaria- doença cujo nível de infestação é bastante alto em
condições de baixas temperaturas e alta humidade.
4.
RESULTADOS
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A determinação dos rendimentos consistiu na colheita de amostras de tubérculos (todas batatas) numa
área útil de 10 m2 em cada parcela, sendo 2.22 m lineares, no centro de cada linha da segunda a sexta
linha, isto é, excluindo as bordaduras. A nível do laboratório, as amostras foram classificadas em função
do diâmetro do tubérculo nos seguintes parâmetros/fracções < 28 mm; 28-35 mm / 35-45 mm/ 45-55
mm/ 55 – 65 mm/ > 65 mm, dos resultados globais de cada tratamento/parcela, foi assumida uma perda
de 15 % por diversos factores. Os resultados foram submetidos a análise estatística utilizando o pacote
estatístico SISVAR e as média foram comparadas através do teste de TUKEY a um nível de
significância de 5%.
Estatisticamente não ocorreram diferenças significativas dos rendimentos entre as variedades em
referência quando testadas no mesmo local, igualmente não se observou diferenças significativas nos
rendimentos alcançados dentro da mesma província, bem como os rendimentos alcançados em Báruè
em relação a Vanduzi, Angónia e Tsangano. No entanto, ocorreram diferenças significativas quando
comparados os rendimentos obtidos no distrito de Vanduzi aos distritos da província de Tete (Angónia e
Tsangano).
As demais variáveis testadas, nomeadamente, a profundidade de sementeira, o espaçamento, tamanho
da semente e fertilização, não geraram diferenças estatisticamente significativas sobre o rendimento
alcançado, conforme se constata nas tabela.
variavel Tratamentos
Sifra
Variedade Tyson
Contudo, ocorreram diferenças nos valores absolutos dos rendimentos alcançados nos tratamento
testados, conforme se observa:
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4.1. Comparação das variedades
Os resultados alcançados nesta variável, dão uma indicação de existência de uma relação directa entre o
tamanho do tubérculo e o rendimento, sendo maior o rendimento, em áreas com tubérculo semente
maior, conforme se observa na figura 06.
Este resultado, fundamenta-se pelo facto dos tubérculos semente com diâmetro maior, possuírem maior
quantidade de reservas que sustentam as plantas no período de estabelecimento, reduzindo desta forma
o nível de stress. Por outro lado, os tubérculos semente com diâmetro maior, pressupõe um maior
número de hastes por semente, que darão mais plantas e mais batata. No entanto, apesar da tendência
proporcional entre o rendimento e o tamanho da semente, o uso de semente de diâmetro maior implica
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numa taxa de sementeira alta, o que agrava os custos com semente. Neste contexto, não sendo
significativa as diferenças nos rendimentos, torna-se pacífico o uso de semente com diâmetro médio (ct
400).
Os resultados obtidos, indicam uma relação inversa entre a profundidade de sementeira e o rendimento,
tendo sido alcançados rendimentos maiores em profundidades de 7 cm quando comparado a 15 cm
conforme a figura 07, este facto é grandemente influenciado pela qualidade de preparação do solo, no
entanto, sendo a batata uma cultura de tubérculos, que durante o processo de produção são realizadas
amontoas que favorecem a produção e crescimento dos tubérculos, quanto mais profundo for a
sementeira, tardiamente se realizam as amontoas e conseguinte a criação de condições favoráveis a
produção e crescimento dos tubérculos.
Em relação ao compasso, constatou-se aumento do rendimento, na medida em que se reduziu o
espaçamento, este facto está associado a densidade de plantas
Figura 07: Rendimento alcançado em função da profundidade de sementeira e compasso aplicado
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5. Referências bibliográficas
5. Graça Manjate (2013). Competitividade da cadeia de valor de Batata Reno: Estudo de Caso
do distrito de Moamba-IIAM. Maputo
6. Júlio António. (2009). Análise da cadeia produtiva de Batata Reno no Vale do Zambeze:
Estrutura de produção, governação e coordenação- Dissertação de mestrado. Universidade
federal de Pernambuco-Brasil.
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