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CANA DE AÇÚCAR

Discentes: Carolina Leticia Drehmer Sehnem e


Ingrid Batista Sarde
Docente: Ronilda Lana Aguiar
Disciplina: Fitopatologia II

Maio 2014
CANA DE AÇÚCAR
• Saccharum spp.
•  Referência Mundial;
• 60% em São Paulo;
• Paraná, Triângulo Mineiro e Zona da Mata
Nordestina;
•  Líder mundial na produção de etanol da cana-de-
açúcar;
• 61,8% das exportações de açúcar de cana no
mundo.
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Dados Ministério da Agricultura: http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cana-de-acucar
CANA DE AÇÚCAR

• Estimativa 2018/19: 47,34 milhões de


toneladas;
• Acréscimo de 14,6 milhões de toneladas
(2007/08);
• Para 2019: 32,6 milhões de toneladas serão
exportadas.

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Dados Ministério da Agricultura: http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cana-de-acucar
Experimento

• Adubação 10-30-20 NPK


• Variedade RB92 579
• Profundidade: 10 cm
• Plantado: 10/03/2014
• Tratos culturais após plantio: Capina

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Bate Papo com Pedro Krampe

Adubação no sulco de plantio:


• 500 Kg ha-1 NPK(6-30-6) e 150 Kg ha-1 KCl
Adubação cobertura:
• 1ª soca: 500 Kg ha-1
• 5ª soca: 350 Kg ha-1

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Bate Papo com Pedro Krampe
Variedades:
• RB83 5486 precoce
• SP81 3250 tardia*
• RB86 7515 precoce
• RB92 8064 tardia
• RB92 579 tardia

*Atualmente pouco usada. 6


Bate Papo com Pedro Krampe
Produtividade:
• 1ª soca: 100-120 (140) T ha-1
• 2ª soca: 80-100 T ha-1
• 3ª soca: 80-90 T ha-1
• 4ª soca: 80 T ha-1
• 5ª soca: 70 T ha-1
Profundidade:
• 30 a 40 cm
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Bate Papo com Pedro Krampe
• Área total da usina: 30.000 ha por ano (limite)
• Área Krampe:
• 290 ha por ano, 2.500 ha total

• Não faz controle com fungicida →


antieconômico;
• Herbicidas e tricodermil.

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• 30 T torta equivale 500 Kg KCl

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VIROSES

Mosaico
Amarelinho

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Mosaico
Etiologia:
• Sugarcane mosaic virus - SCMV.
• Gênero Potyvirus, família Potyviridae.
Sintomas
• Folhas novas: mosaico.
• Touceiras tem crescimento retardado, podendo ter
seu tamanho reduzido a metade.
• Os sintomas geralmente aparecem em canaviais
jovens e com bom crescimento vegetativo.
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Mosaico
Disseminação:
• Pulgões (relação do tipo não persistente).
• Toletes contaminados.
• Tratos culturais.
Sobrevivência:
• Hospedeiro alternativo,

• Obs: o vírus não tolera altas temperaturas, vírus


mais comum em regiões de clima ameno.
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Mosaico
Controle
• Variedades resistentes;
• Mudas sadias;
• Controle do inseto vetor;
• Esterilização dos materiais de corte;
• Viveiro: arranquio.

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Sintomas

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Pode ser confundida com frio, herbicida ou
deficiência por nitrogênio.

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Amarelinho
Etiologia
• Sugarcane yellow leaf virus.
Sintomas
• - Iniciais: amarelecimento da nervura central
das folhas na face inferior.
• - Folhas mais velhas:
• Limbo amarelado e nervura central arroxeada

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Amarelinho
Disseminação:
• Pulgões (Melanaphys sacchari e
Rhopalosiphum maidis);
• Mudas infectadas.
Controle
• Variedades resistentes;
• Controle do vetor.

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Sintomas

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Amarelinho
• Pode ser confundida com raio.

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BACTERIOSES

Raquitismo da soqueira
Escaldadura das folhas
Estria vermelha
Falsa estria vermelha

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Raquitismo das Soqueiras
Etiologia
• Leifsonia xyli subsp. xyli.
Sintomas
• internamente: em colmos maduros os vasos
ficam com a cor alterada variando de
alaranjado claro a vermelho escuro.
• externamente: plantas raquíticas, com
afilamento e encurtamento dos colmos.
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Raquitismo das Soqueiras
Disseminação:
• Mecanicamente (facões, máquinas, etc).
• Toletes contaminados;
Controle
• Variedades resistentes;
• Mudas sadias;
• Desinfecção e limpeza dos instrumentos utilizados;
• Viveiro: arranquio.

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Raquitismo das Soqueiras

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Escaldadura das folhas
Etiologia
• Xanthomonas albilineans.

Sintomas
• latente
• - sintomas externos: não há manifestação;
• - sintomas internos: semelhantes ao do raquitismo da
• soqueira.
• crônico
• - estrias brancas no limbo foliar.
• agudo
• - queima total da folha (planta escaldada);
• - brotação das gemas basais do colmo.

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Escaldadura das folhas
• Disseminação
• Danos mecânicos;
• Toletes contaminados;
• Chuva e irrigação.
• Controle
• Variedades resistentes ou tolerantes;
• Desinfecção e limpeza dos instrumentos utilizados;
• Viveiro: arranquio.

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Escaldadura das folhas

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Escaldadura das folhas

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Escaldadura das folhas

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Estria Vermelha
• Etiologia
• Acidovorax avenea subsp. avenea.
• Sintomas
• Estrias finas e longas de coloração
avermelhada;
• Podridão do ponteiro;
• Podridão do colmo (rachadura e odor
desagradável).
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Estria Vermelha
Disseminação:
• Danos mecânicos;
• Toletes contaminados;
• Respingos de água.
Sobrevivência:
• Solo, resto de cultura e hospedeiro alternativo (milho).
Controle
• Eliminação de restos culturais
• Variedades resistentes;
• Mudas sadias.
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Estria Vermelha

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Estria Vermelha

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Falsa estria vermelha
• Etiologia
• Xanthomonas sp.
• Sintomas
• Estrias esbranquiçadas com mesclas de vermelho e
amarelo;
• Situadas nas lâminas das folhas;
• Não ocorre em reboleiras, mais severas nos bordos
dos talhões, não produz podridão de toletes.

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Falsa estria vermelha
Disseminação:
• Danos mecânicos;
• Toletes contaminados;
• Respingos de água.
Controle:
• Variedades resistentes
• Limpeza dos materiais de corte

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FÚNGICAS

Carvão
Ferrugem marrom
Ferrugem alaranjada
Mancha parda
Podridão abacaxi
Podridão vermelha
Mancha ocular
Mancha anelar

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Carvão
Etiologia
• Ustilago scitaminea
Sintomas
• Meristema apical sofre modificação e forma
apêndice (chicote).
Disseminação
Toletes contaminados e vento.
.
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Carvão
Controle
• Variedades resistentes;
• Viveiro: arranquio
Infecção
• Favorecida por condições de seca em períodos
de brotação.

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Carvão

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Ferrugem Marrom
Etiologia
• Puccinia melanocephala
Sintomas
• Pequenas pontuações cloróticas;
• Manchas alongadas amarelas (abaxial e adaxial);
• Pústulas (abaxial);
• Vermelho a preto causando necrose;
• Crescimento retardado;
• Colmo finos;
• Encurtamento dos entre-nós.
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Ferrugem Marrom
Disseminação
• Água;
• Vento
Controle
• Variedades resistentes;
• Fungicida.
Condições favoráveis
• Temperaturas amenas e altas umidades.
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Ferrugem Marrom

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Ferrugem Alaranjada
Etiologia
Puccinia Kuehnu E. J. Butter, modo de vida semelhante
ao agente causal da ferrugem marrom.
Sintomas
• Pústula na parte abaxial;
• Lesões de cor alaranjadas;
• Distribuição de forma agrupada;
• Ocorre em plantas adultas.

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Ferrugem Alaranjada
Disseminação
• Vento;

Infecção
• Exige temperatura elevada e alta umidade.

Controle
• Uso de variedades resistentes;
• Fungicida.
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Ferrugem Alaranjada

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Ferrugem Alaranjada

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Mancha Parda
Etiologia
• Cercospora longipes
Sintomas
• Lesões elípticas e fusóides;
• Marrom-avermelhadas e arredondadas;
• Halo clorótico;
• Abaxial e adaxial;

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Mancha Parda
Disseminação
• Vento;
• Chuva;

Controle
• Variedades resistentes

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Mancha Parda

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Como diferenciar ferrugem marrom, ferrugem
alaranjada e mancha parda?
Ferrugem marrom
• pústulas de maior tamanho e mais alongadas (2 a 7 mm de
comprimento x 1 mm de largura);
• coloração marrom escura quando maduras;
• raramente promove necrose nas folhas.
Ferrugem alaranjada
• pústulas de menor tamanho e coloração alaranjada;
• promove necrose nas folhas.
Mancha parda
• manchas elípticas marrom - avermelhada envoltas por halo
• amarelado (5 a 13 mm de comprimento x 1 a 3 mm de
• largura).

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Como diferenciar ferrugem marrom, ferrugem
alaranjada e mancha parda?

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Podridão Abacaxi
Etiologia
• Caratosystis paradoxa (Thielaviopsis paradoxa)

Sintomas
• Toletes recém plantados
- Encharcamento dos tecidos que se iniciam no corte
- Baixa germinação
- Morte das gemas
• Internamente
- Coloração vermelho pálido
- Odor de abacaxi

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Podridão Abacaxi
Disseminação
• Vento
• Água
• Mudas infestadas
Sobrevivência
• Solo
• mudas

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Podridão Abacaxi
Controle
• Uso de mudas de partes jovens
• Plantio da cana inteira
• Tratamento do tolete com fungicida
• Evitar o replantio
• Uso de promotores de germinação
• Evitar plantio mecanizado
• Escolha da época do plantio
• Manejo do solo
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Podridão Vermelha
Etiologia
Colletotrichum Falcatum Went (forma perfeita
Glomerella Tucumanensis)

• É um parasita obrigatório que infecta a planta


por meio de conídio e lesões nos tecidos
vegetais.

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Podridão Vermelha
Sintomas
• Sintomas internos
- Manchas vermelhas intercaladas com faixas mais claras
ou brancas.
• Sintomas externos
- Nervura central das folhas apresentam lesões alongadas
vermelhas (centro mais claro);
- Na lâmina manchas vermelhas
- Bainha pontos mais escuros
- Podridão dos colmos
- Na seca, podridão seca das raízes e na base do colmo.
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Podridão Vermelha
Disseminação
• Vento
• Água

Sobrevivência
• Solo
• Resto cultural

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Mancha Ocular
Etiologia
• Bipolaris sacchari

Sintomas
• Manchas necróticas, elípticas, de cor inicial
parda, posteriormente marrom avermelhada;
• Estrias.

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Mancha Ocular
Disseminação
• Vento

Controle
• Variedades resistentes

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Mancha Ocular

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Mancha anelar
Etiologia
• Leptosphaeria sacchari
Sintomas
• Inicialmente verde-amarronzadas;
• Bordos mais escuros;
• Halo clorótico presente ou não;
• Centro palha.
Disseminação → Vento.
Controle
• Não é feito.
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Mancha anelar

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Referencias bibliográficas
• MANUAL DE FITOPATOLOGIA, volume 2 / doenças de
plantas cultivadas, edição de H. Kimati; L. Amorim; J.A.M.
Rezende; A. Bergamin Filho; L.E.A. Camargo – 4. ed. – São
Paulo: Agronômica Ceres, 2005.
• CANA-DE-AÇÚCAR: BIOENERGIA, AÇÚCAR E ETANOL:
TECNOLOGIAS E PERSPECTIVAS. – 2. ed. rev. e ampl. –
Viçosa, MG: Os Editores, 2011
• Dados Ministério da Agricultura: http://
www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cana-de-acucar
• Slides: Cana-de-açúcar (Saccharum spp.), Disciplina:
Fitopatologia Aplicada, Prof. Eliana Mayra T. Scaloppi
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