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Fitoplasmas &

Espiroplasmas Fitopatogênicos
Fitoplasmas e Espiroplasmas

Controle químico, preventivo e


curativo inexistente para as
doenças associadas.
Fitoplasmas e Espiroplasmas

são procariotos da classe


Mollicutes
Ordem
Xanthomonadales
Classe
•Xanthonomnas, Xylella
Betaproteobacteri Ordem
a Pseudomonadales
Filo •Pseudomonas
Proteobacteri Gram Ordem Enterobacteriales
a negativas •Erwinia, Pectobacterium, Brenneria, Serratia,
Pantoea, (‘Candidatus Phlomobacter; Candidatus
Liberibacter’)
Ordem Rhizobiales

•Agrobacterium
Ordem Burkholderiales
•Burkholderia, Ralstonia,
Acidovorax
Procariotos
Fitopatogênicos Ordem Entomoplamatales
Classe • Fam. Spiroplasmataceae
Mollicutes • Spiroplasma spp.
• Fam. Acholeplasmataceae
• ‘Candidatus Phytoplasma spp.’

Filo
Classe Actinobacteria Ordem Actinomycetales
Firmicute
• Clavibacter, Rathaybacter,
s Gram Corynebacterium,
positivas Streptomyces,Leifsonia
Classe Mollicutes

▪ Mollicutes, classe com envoltório celular


maleável (mollis, flexível; cutis, pele);

▪ NÃO POSSUEM PAREDE CELULAR;

FITOPLASMAS e ESPIROPLASMAS
Mollicutes
Ultraestrutura
• Fitoplasmas e Espiroplasmas
Mollicutes: há aqueles não
fitopatogênicos
FITOPLASMAS
Fitopatogênicos
Micoplasma
Acholeplasma
Vias
Vias respiratórias respiratórias,
AUSÊNCIA DE trato
PAREDE CELULAR
urogenital

Ureaplas ma
Trato ESPIROPLASMAS
Fitopatogênicos
urogenital e
respiratório outros
Fitoplasmas e Espiroplasmas:
compartilham

CARACTERÍSTICAS
BIOLÓGICAS
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

✔ Habitantes de elementos de floema.

Insetos vetores são disseminadores naturais.

Não são mecanicamente transmitidos (i. e.,


através de instrumentos de poda e por tratos
culturais, não ocorre transmissão).
Fitoplasmas no floema
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

✔ Habitantes de elementos de floema.

✔Insetos vetores são disseminadores naturais.

Não são mecanicamente transmitidos (i. e.,


através de instrumentos de poda e por tratos
culturais, não ocorre transmissão).
Vetores: disseminadores naturais

Cigarrinha
:Hemiptera

FITOPLASMAS E
ESPIROPLASMAS

Psilídeo:
Hemiptera
FITOPLASMAS
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

✔ Habitantes de elementos de floema.

✔Insetos vetores são disseminadores naturais.

✔Não são mecanicamente transmitidos (i. e.,


através de instrumentos de poda e por tratos
culturais, não ocorre transmissão).
Disseminação
Fitoplasmas e Espiroplasmas: sem
transmissão mecânica
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

✔Transmissão artificial, entre plantas, através de


enxertia (união de tecidos) É POSSÍVEL;

Sensíveis a antibiótico do grupo das


tetraciclinas e insensíveis à penicilina (apenas
tratamento experimental).
Infecção Fitoplasmas e
Espiroplasmas
União de tecidos
✔ Enxertia ( ex. garfagem, borbulhia)
Infecção
Fitoplasmas
✔União natural de raízes (elm yellows
disease, nos EUA e apple proliferation
na Europa).
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

✔Transmissão artificial, entre plantas, através de


enxertia (união de tecidos) É POSSÍVEL;

✔Sensíveis a antibiótico do grupo das


tetraciclinas e insensíveis à penicilina (apenas
tratamento experimental).
Amarelo letal do coqueiro
Tratamento com

antibiótico: apenas
promove a
remissão de
sintomas, não
consistindo em
terapia curativa.
• FITOPLASMAS E
ESPIROPLASMAS :

AS DIFERENÇAS
Fitoplasma
Espiroplasma
Fitoplasmas
FITOPLASMAS NO MUNDO
✔ Fitoplasmas associados a centenas de
doenças de plantas;
✔ Doenças relatadas em todos os
continentes;
✔ Doenças de grande impacto
econômico;
Fitoplasmas
✔ Polimórficos (= pleomórficos)
✔ Não cultiváveis em meio artificial
✔ Transmitidos por cigarrinhas ou
psilídeos
✔ Sub-microscópicos
✔ Diâmetro: 200-800 nm
✔ Partículas sem motilidade
Fitoplasmas Classificação
taxonômica
✔ PARASITAS OBRIGATÓRIOS.
✔ DETECÇÃO POR microscopia eletrônica e testes moleculares.
✔ IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO: características do gene 16S rDNA (16S rRNA)

✔ ‘Candidatus (Ca.) Phytoplasma sp.’


✔ Phytos = planta; plasma = moldável
✔ Há 41 espécies de ‘Ca. Phytoplasma’ descritas no mundo (Bertaccini &
Lee, 2018).
Fitoplasmas
Doenças conhecidas como
“amarelos” (yellows).
Induzem desequilíbrio
hormonal

•Há fitoplasmas transmitidos por cigarrinhas


(MAIORIA) e, aqueles transmitidos por psilídeos (POUCOS).
✔ Unicelulares
✔ Polimórficos
✔ Sub-microscópicos
✔ Diâmetro: 200-800 nm
– Parasitas obrigatórios
Fitoplasmas
SINTOMAS DAS DOENÇAS: SÃO
NUMEROSOS

superbrotamento, redução de
entrenós, nanismo, fasciação,
clorose, amarelecimento,
filoidia, virescência.
WB, FILOIDIA E VIRESCÊNCIA
Fitoplasma
VIRESCÊNCIA Hortência - Europa

Fitoplasma
FILOIDIA
Fitoplasmas

Cat har ant hus r oseus


O isolamento de
fitoplasmas em
meio de cultura
para detecção de
rotina parece ser
uma realidade
próxima.
DOENÇAS CAUSADAS POR
FITOPLASMAS

IMPORTÂNCIA QUARENTENÁRIA A1
DOENÇAS IMPORTANTES ASSOCIADAS A FITOPLASMAS

De importância quarentenária A1:


✔ Amarelo letal do coqueiro (coconut
lethal yellowing)

✔ Flavescence dorée da videira

✔ Superbrotamento de limas ácidas


(witches’ broom disease of lime)
Amarelo letal do coqueiro
DISTRIBUIÇÃO DE Cocos nucifera
Comunicado Técnico 73 - Cenargem – Dez. 2002 Praga
Quarentenária A1, Amarelecimento Letal do Coqueiro
“Coconut Lethal Yellowing”
Amarelo letal do coqueiro
Amarelo letal do coqueiro
Necrose da inflorescência

Sintomas foliares

Queda de frutos
Necrose da inflorescência
Table 1 . Palm spec ies susc ept ible t o Let hal Yellow ing (LY) disease*

Adonidia merrillii Dictyosperma album Phoenix reclinata

Aiphanes lindeniana Dypsis cabadae Phoenix rupicola

Allagoptera arenaria Dypsis decaryi Phoenix sylvestris


Arenga engleri Gaussia attenuata Pritchardia affinis
Borassus flabellifer Howea belmoreana Pritchardia pacifica
Caryota mitis Howea forsteriana Pritchardia remota
Hyophorbe
Caryota rumphiana Pritchardia thurstonii
verschaffelti
i
Chelyocarpus chuco Latania lontaroides Ravenea hildebrantii

Cocos nucifera Livistona chinensis Syagrus schizophylla

Copernicia alba Livistona rotundifolia Trachycarpus fortunei

Corypha taliera Nannorrhops ritchiana Veitchia arecina

Crysophila warsecewiczii Phoenix canariensis

Cyphophoenix nucele Phoenix dactylifera


*These are the palm species in which the LY phytoplasma has been
Amarelo letal do coqueiro
Tratamento com

antibiótico:
apenas promove
a remissão
de sintomas,
não consistindo
em terapia
curativa.
Amarelo letal do coqueiro: inseto
vetor é conhecido nos EUA

Vetor: Haplaxius (Myndus


crudus)
Enfezamento vermelho do milho

Dalbulus maidis
Sintomas
✔ Avermelhamento das folhas;
✔ Proliferação de espigas;
Sintomas

✔ Encurtamento dos
entrenós;

✔ Perfilhamento na
base da planta e nas
axilas foliares.
Enfezamento vermelho do
milho
CIRCULAR TÉCNICA 26, Embrapa Sete Lagoas. Elizabeth de Oliveira; Fernando
Tavares Fernandes; Isabel R. P. de Souza; Charles Martins de Oliveira; Ivan
Cruz, 2003
Maize bushy stunt
Zea mays, Poaceae

I. P. BEDENDO

16SrI-B
Ovos

Ninfa

Adulto
ENFEZAMENTO VERMELHO DO MILHO

•↑ a partir dos anos 1980


– Centro-Oeste, Paraná e Região Sudeste: milho
de segunda época ou safrinha (março a julho. {A
semeadura do milho safrinha ocorre nos meses
de janeiro a março. A colheita ocorre nos meses
de julho} )
• Dalbulus maidis
– Picos populacionais nos meses de março e
abril
ENFEZAMENTO VERMELHO DO MILHO (EVM)
✔ APÓS A AQUISIÇÃO DO fitoplasma PELA
CIGARRINHA, HÁ UM PERÍODO LATENTE DE 22 A 26
DIAS, PARA QUE HAJA A TRANSMISSÃO;
✔ A INCIDÊNCIA E A SEVERIDADE DO EVM:
– GRAU DE SUSCETIBILIDADE DA CULTIVAR,
– SEMEADURAS TARDIAS,
– TEMPERATURAS ELEVADAS,
– ALTA DENSIDADE POPULACIONAL DE CIGARRINHAS,
COINCIDENTE COM FASES INICIAIS DE
DESENVOLVIMENTO DA LAVOURA DE MILHO.
SUPERBROTAMENTO “BOM”
Fitoplasma

Poinsetia, bico-de-papagaio, estrela-de-natal


Espiroplasmas
Espiroplasmas
✔ Morfologia helicoidal

✔Transmitidos apenas por


cigarrinhas.

Cultiváveis em meio
artificial (desde os anos
1970)

✔ Motilidade (flexão e rotação)


Espiroplasmas
Disseminação Espiroplasmas –
Insetos vetores
CIGARRINHAS
✔ Dalbulus maidis (vetora de Spiroplasma
kunkelii)
✔ Circulifer tenellus (vetora de Spiroplasma
citri)
Espiroplasmas

SINTOMAS DAS
DOENÇAS: pouco numerosos
✔ Nanismo (=
enfezamento),
✔ listras ou estrias e,
✔ amarelecimento.
[ deformação defrutos
e espigas]
Espiroplasmas
Classificação Taxonômica
–Isolamento em meio de cultura
– Métodos sorológicos e bioquímicos

•Binomial latino
Família Spiroplasmataceae
Gênero Spiroplasma
Spiroplasma citri
Spiroplasma kunkelii
Spiroplasma
phoenicium

(Takatsu, 2000)
Espiroplasmas
Spiroplasma citri x stubborn dos citros EUA
e países do Mediterrâneo.

Spiroplasma kunkelii x enfezamento pálido do


milho
EUA, América Central, América do Sul (inclusive
BRASIL).

[ Spiroplasma phoenicium x “periwinkle yellows” (espécie descrita na Síria) :


NÃO APRESENTA IMPORTÂNCIA ]
ESPIROPLASMAS NO MUNDO
Espiroplasmas
Spiroplasma citri x stubborn dos citros EUA
e países do Mediterrâneo.

Spiroplasma kunkelii x enfezamento pálido do


milho
EUA, América Central, América do Sul
( inclusive BRASIL).

[ Spiroplasma phoenicium x “periwinkle yellows” (espécie descrita na Síria)


: NÃO APRESENTA IMPORTÂNCIA ]
ESPIROPLASMAS NO MUNDO
DOENÇAS CAUSADAS POR
ESPIROPLASMAS

Quarentenária A1
Stubborn dos citros

✔No Brasil: importância quarentenária - o


espiroplasma é praga quarentenária A1

✔ Presente nos EUA e países da bacia


do Mediterrâneo
Stubborn dos citros
✔ Patógeno: Spiroplasma citri

✔ Inseto vetor : Circulifer tenellus


Circulifer tenellus e Scaphytopius nitridus:
California e Arizona
C. haematoceps (syn. Neoaliturus
haematoceps) na bacia do
Mediterrâneo
✔ Hospedeiras alternativas:
Stubborn dos citros
Frutos impróprios
ao consumo

Enfezamento Vetor: Circulifer tenellus


• Necrose de
floema
Sobrevivência
Hospedeira alternativa
Salsola kali
Plantago sp.
N. Nejat, G. Vadamalai and M. Dickinson, 2011. Spiroplasma citri: A Wide Host Range Phytopathogen. Plant Pat
Journal, 10: 46-56.
Hospedeiros naturais de Spiroplasma citri não
pertencentes à família Rutaceae
ESPIROPLASMOSES NO BRASIL
Enfezamento pálido do milho

✔ Ocorre no Brasil, na América Central e nos EUA

✔ Patógeno: Spiroplasma kunkelii


✔ Inseto vetor: Dalbulus maidis

✔ BRASIL: milho “safrinha”


ENFEZAMENTO PÁLIDO DO MILHO

Vetor: Dalbulus maidis


SINTOMAS
✔ Estrias esbranquiçadas irregulares na base das folhas
(que se estendem em direção ao ápice);
✔ Normalmente, as plantas são raquíticas devido ao
encurtamento dos entrenós;

✔ É possível haver proliferação de espigas pequenas e


sem grãos;

✔ Quando há produção de grãos, estes são pequenos,


manchados e frouxos na espiga. Pode haver SECA
PRECOCE DAS PLANTAS.
CIRCULAR TÉCNICA 26, Embrapa Sete Lagoas. Elizabeth de Oliveira; Fernando
Tavares Fernandes; Isabel R. P. de Souza; Charles Martins de Oliveira; Ivan
Cruz, 2003.
ENFEZAMENTO PÁLIDO DO MILHO (EPM)

✔ A incidência e a severidade do EPM:


– Grau de suscetibilidade da cultivar,
– Semeaduras tardias,
– Temperaturas elevadas,
– Alta densidade populacional de cigarrinhas,
coincidente com fases iniciais de
desenvolvimento da lavoura de milho.
Dalbulus maidis
ENFEZAMENTO PÁLIDO DO MILHO (EPM)

APÓSA AQUISIÇÃO DESpiroplasma


kunkeliiPELA CIGARRINHA, HÁ UM PERÍODO
LATENTE DE12 A 28 DIAS,
PARA QUE HAJA a TRANSMISSÃO
do espiroplasma
Fitoplasmas ‡ Espiroplasmas
Fitoplasmas Espiroplasmas

Polimórficos (pleomórficos) Morfologia helicoidal


( - ) Cultivo em meio artificial ( + ) Cultivo em
????????????? meio artificial
Transmitidos por Transmitidos por cigarrinhas
cigarrinhas* e, em
pouquissímos casos, por
psilídeos**
Relatados em mais de 300 Relatados em citros, milho,
espécies botânicas. Mais Catharanthus roseus

de 34 ‘Ca. Phytoplasma sp.’ ha


*Cigarrinhas = Hemiptera Auchenorrhync
ha
**Psilídeos = Hemiptera Sternorrhync

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