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INSTITUTO AGRÁRIO DE BOANE

(IAB)

Título do módulo: Planificar e implentar o maneio integrado de praga, doenças e


infestantes

Código do módulo: AGRO 2506 181

Tema: Planificar e implementar o maneio integrado de praga, doenças e infestantes


nas culturas de berinjela e couve

Formando: Pércia Ezequiel Macuvele Formador:

Turma: B Carlos Jornao Xavier

Nr: 16

Código: 10082245
Boane, Dezembro de 2023

I. INTRODUÇÃO

As medidas de manejo integrado das doenças do amendoim devem ser formuladas


para cadaárea e condição de cultivo, devendo ser suficientemente flexíveis, para levar
em consideração asvariações na severidade e prevalência das doenças, as condições
econômicas e capacidade de praticá-No manejo das doenças, sempre que possível,
devem ser utilizadas todas as medidas decontrole das doenças disponíveis (como é
ilustrado no esquema de manejo integrado, a seguir),devendo-se considerar a
possibilidade de combinar o uso de cultivares com resistência parcial eaplicações de
fungicidas.

A soja (glycine Max L merrill) tem como centro de origem o continente asiático mais
precisamente a região correspondente à China antiga.

Estima-se que pelo menos 40% de toas as culturas são perdidas nas fases de pré e
pós-colheita por pragas e doenças, por outro lado, estima-se também que nos
próximos anos haverá muitas perdas nessas fases por causa do aumento da produção
(BRUINSMA, 2012).

O aumento da produção, como resultado da eficiência no controlo de pragas, depende


principalmente do maneio integrado de culturas (MIC) e em particular do maneio
integrado de pragas (MIP), dentro do contexto MIP, a escolha de um método que
ajudara no controlo de MIP é extremamente importante.

Este trabalho foi elaborado a partir das revisões bibliográficas, troca de experiencia
com diversos colegas e professores. Com ele pretende-se dar de forma simples, dar
orientação para todos na eficiência de controlo de pragas, doenças e infestantes nas
culturas de beringela e soja na região Agroecológica R1, localizada na província de
Maputo, distrito de Boane nos campos do Instituto Agrário de Boane (IAB).
I.1. Objectivos

I.1.1. 1.2.1. Geral

Planificar e implementar o maneio integrado de pragas, doenças e infestantes nas


culturas de amendoim e soja

I.1.2. 1.2.2. Específicos

Identificar informações relevantes sobre as pragas, doenças e infestantes na


região de Boane nas culturas de soja e amendoim e seus métodos de controlo.
Seleccionar estratégias de médio prazo de maneio integrado de pragas, doenças e
infestantes (PDI).
Implementar o plano de maneio integrado.
Monitorar e avaliar o resultado do plano de maneio integrado.
Elaborar o plano de actividade de MIPDI.
II. DESENVOLVIMENTO
II.1. Identificação de informação relevante sobre Pragas, Doenças e
Infestantes na região e os seus métodos de controlo.

Na busca por métodos alternativos ao uso de inseticidas, houve uma crescente


investigação sobre controle biológico, resistência de plantas, algumas modificações do
ambiente de cultivo e outros métodos alternativos menos conhecidos ou de emprego
mais limitado, apesar de importantes são os métodos mecânicos, físicos, genéticos e
legislativos.

II.1.1. Pragas, doença e infestantes que te ocorrido na região e medidas de


controlo utilizados por cultura
Doenças De Berigela

Doenças Sintomas Método de controlo


Murcha-de-verticílio Murchidão de um lado da planta, •Método preventivo ou
(Verticillium dahliae) acompanhada de clorose das folhas cultural
mais velhas e depois das mais novas.
•Método químico
Clorose das folhas mais velhas e
depois das mais novas.

Quando a planta é arrancada, as raízes


apresentam aspecto normal, sem
deformações ou apodrecimento,
indicando tratar-se de doença vascular.
Podridão-de-esclerotínia A infecção por Sclerotinia inicia-se no •Método preventivo ou
(Sclerotinia caule da planta junto a bifurcação dos cultural
sclerotiorum) galhos, onde se observam áreas
húmidas ou encharcadas. O tecido •Método químico
afetado ganha uma coloração parda,
com esclerócios, que são estruturas de
resistência pretas e irregulares, que
sobrevivem no solo

Pragas

Pragas Sintomas Método de controlo


Percevejo rendado Os percevejos são insetos sugadores •Método preventivo ou
(Corythaica cyathicollis) que ocorrem em grande número e cultural
durante todo o ciclo da planta,
independente da época de cultivo. Os •Método químico
frutos picados por este inseto podem
murchar e apodrecer.

Tripes (Thrips palmi), •Método preventivo ou


Tripes (Frankliniella Causam danos (cicatrizes) nos frutos cultural
schulzei),Tripes (Thrips de berinjelapor estarem localizados
tabaci) nos cálices das flores e por •Método químico
alimentarem-se de frutos no
momento em que são formados. São
transmissores de viroses

Acaro vermelho Manchas cloróticas nas folhas da •Método preventivo ou


(Tetranichus envasi e parte inferior da planta, cultural
Tetranichus ludeni)
•Método químico

Infestantes

Infestantes Medidas de controlo


Caruru (Amaranthus viridis)  Método cultural

Corda de viola (Ipomoea acuminata)  Método cultural

Capim amargoso ( Digitaria  Método cultural


insulares)

Pragas e doenças que assolam a cultura de soja e amendoim

Cultura Amendoim Método de


controlo
Praga Lagarta mineira Químico
Larva alfinete
Lagarta rosca
Doença Manchas preta e castanha Químico
(cercosporioses)
Verrugose
Ferrugem
Mancha barrenta
Infestant Pannicum máximo Mecânico e
e Sinodom dáctilo químico

II.1.2. Características da cultura em cultivo no local de produção

Beringela

A beringela (Solanum melongena L.) é uma planta da família Solanaceae, originária


da Índia e introduzida no Brasil no século XVI. A planta apresenta porte arbustivo,
caule semilenhoso, podendo alcançar até um metro de altura, com folhas alternas,
ovadas, angulosas e de cor esbranquiçada, sendo pilosa na epiderme inferior

 Classificação sistemática de Beringela

Reino: Plantae

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Solanales

Família: Solanaceae

Gênero: Solanum

Espécie: Solanum melongena

 Morfologia

A beringela pertence á família das solanáceas, género Solanum, espécie S. melongena.


São plantas perenes as raízes são profundas, as folhas são alternas, simples.
Dependendo do cultivar, podem apresentar espinhos nos ramos As flores são solitárias
ou distribuídas em inflorescência do tipo cimeira com 2-7 flores, de tamanho que varia
de 3 a 5 cm de diâmetro, em posição oposta
PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE PRAGAS E DOENÇAS

As medidas de manejo integrado das doenças do amendoim devem ser formuladas


para cadaárea e condição de cultivo, devendo ser suficientemente flexíveis, para levar
em consideração asvariações na severidade e prevalência das doenças, as condições
econômicas e capacidade de praticá-No manejo das doenças, sempre que possível,
devem ser utilizadas todas as medidas decontrole das doenças disponíveis (como é
ilustrado no esquema de manejo integrado, a seguir),devendo-se considerar a
possibilidade de combinar o uso de cultivares com resistência parcial eaplicações de
fungicidas.

Vários são os insetos e ácaros que ocorrem durante o ciclo fenológico da cultura,
atacando tanto a parte subterrânea quanto a parte aérea da planta, devendo ser
avaliado com base no nível da infestação da praga e dos danos provocados.Medidas
de controle são adotadas para combater as pragas como uniformidade da época do
plantio, rotação cultural, destruição dos restos culturais, uso de variedades resistentes,
arranquio das plantas, soca e o controle químico, o qual deve ser aplicado quando
indicar

Os insetos que atacam o amendoizeiro são divididos em pragas de solo e da parte


aérea, além daquelas que atacam o amendoim quando armazenado.

Pragas de solo

Larva alfinete: (Diabrotica speciosa) (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae).


As larvas são de coloração branco-leitosa e de formato afilado. O adulto é
vulgarmente conhecido como vaquinha (FIG. 5 e FIG.6)A larva perfura as vagens
ainda não completamente formadas, além facilitar a penetração de patógenos. O
adulto alimenta-se do limbo foliar, provocando perfurações circulares.

Lagarta rosca: (Agrotis ipsilon) (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera: Noctuidae). A


coloração da lagarta varia de cinza-escuro a verde-escuro, tem o hábito de quando
tocada enrolar-se rapidamente. O adulto é uma mariposa de coloração marrom. Esta
praga corta o coleto da planta em nível de solo. O ataque intenso reduz
significativamente o estande de plantas.

Lagarta elasmo: (Elasmopalpus lignosellus) (Zeller, 1848) (Lepidoptera: Pyralidae),


é

Considerada uma das mais severas pragas para o amendoinzeiro. A lagarta apresenta
listras transversais e coloração verde-azulada e produz uma teia característica (FIG.
7).

Os adultos apresentam coloração pardo-avermelhado, pardo-escuro a cinza. Este


inseto pode atacar o ginóforo e as vagens. Além do dano direto, sua injúria facilita a
penetração de patógenos.

Percevejo-castanho: (Scaptocoris castanea) (Perty, 1830) e percevejo-preto


(Cyrtonemus mirabilis) (Hemiptera: Cydnidade).

As formas jovens e adultas aderem-se às raízes sugando a seiva, enfraquecendo a planta,


podendo causar a morte das plantas.Uma característica que denuncia a presença deste
insetos no campo é o forte cheiro exalado quando o solo é revolvido para plantio

II.1.3. Implicações ambientais do uso de pesticidas ou outros métodos de


controlo

O uso inadequado dos pesticidas ou outros métodos de controlo, causa a continuação


dos alimentos, a erosão dos solos e desertificação, intoxicação e morte dos agricultores
e extinção de espécies animais.
Os trabalhadores que aplicam os produtos agroquímicos devem estar devidamente
treinados nas técnicas, procedimentos e práticas adequadas para esta aplicação. Devem
estar devidamente informados da necessidade de proteção individual durante a aplicação
de agrotóxicos, assim como da atitude a tomar, caso ocorra acidente, para evitar colocar
o meio ambiente em risco.

II.2. Seleção de estratégias de médio prazo de Maneio Integrado de


Pragas, Doenças e Infestantes para a cultura

Para combater as Pragas, Doenças e as infestantes na cultura de beringela e couve, ira


fazer-se a junção de alguns métodos de controlo, como forma de combater na íntegra
aplicando o Maneio Integrado.

Neste caso, para o controlo das Pragas, Doenças e Infestantes na cultura de beringela e
couve haverá junção dos métodos cultural e método químico por serem métodos mais
eficazes para o controlo nesta cultura e por serem bastante simples e eficazes. Essas
estratégias consistem em cumprir com vários requisitos necessários para instalar e
conduzir culturas sadias.

II.2.1. Métodos de controlo disponíveis para o controlo de várias Pragas,


Doenças e Infestantes.
Método Biológico:
Implementação do método de controlo biológico de pragas, doenças e infestantes inclui:
reconhecer a presença de inimigos naturais, criar e libertar inimigos naturais no campo,
tomar decisões para proteger o controlo biológico natural ou os inimigos naturais
libertos através do controlo biológico aplicado. As vantagens: a utilização de
organismos vivos naturais que são específicos para as pragas-alvo, a redução do uso de
produtos químicos, a preservação da biodiversidade, a segurança para os seres humanos
e animais, e a sustentabilidade a longo prazo.
Desvantagens: a dependência de condições climáticas favoráveis para a eficácia dos
organismos benéficos, a possibilidade de um controle mais lento em comparação com
métodos químicos, a dificuldade em controlar infestações severas e a possibilidade de
interações complexas entre os organismos benéficos e outros componentes do
ecossistema.
Método Mecânico: este método de controlo de pragas, doenças e infestantes que
consiste em eliminar direitamente as pestes existentes no campo através de uso de
equipamentos, ferramentas ou mão livre, esmagando as pragas e agentes transmissores
de doenças e arrancando as infestantes ou plantas doentes. Este método pode ser usado
em caso das culturas tiver doenças virosas nas primeiras fases de vida. As vantagens: a
eficácia imediata na remoção física das pragas, a possibilidade de ser um método seguro
e de baixo impacto ambiental, a redução da dependência de produtos químicos e a
capacidade de ser aplicado em diferentes tipos de culturas.
Desvantagens: a necessidade de mão de obra intensiva, o custo potencialmente elevado,
a dificuldade em controlar pragas que se reproduzem rapidamente e a possibilidade de
danos acidentais às plantas durante a aplicação do método.
Método Químico:
Implementação do método de controlo químico de pragas doenças e infestantes inclui:
escolher o pesticida, dose e método de aplicação adequado, monitorar a aplicação do
pesticida e avaliar a eficácia. As vantagens: a eficácia imediata na eliminação das
pragas, a capacidade de controlo em larga escala, a facilidade de aplicação e a
disponibilidade de uma ampla variedade de produtos químicos específicos para
diferentes pragas.
Desvantagens: o potencial de impactos negativos na saúde humana e no meio ambiente,
a possibilidade de desenvolvimento de resistência por parte das pragas, a contaminação
do solo e da água, a toxicidade para organismos não-alvo e a dependência contínua do
uso de produtos químicos para o controlo

II.2.2. Selecção de estratégias de integração dos métodos de controlo mais


adequados para a cultura e a situação local

Quanto a combinação dos métodos podem ser combinadas os métodos químicos e


culturais ou preventivos.
De acordo com a situação local e as culturas existentes recomenda-se o uso de métodos
químico apesar de esse apresentarem algumas das desvantagens, tais como: a poluição
do meio ambiente, requere mão-de-obra qualificada, contaminação do solo, a água e ar.

Tem como as suas vantagens a ação rápida e é muito eficaz, neste caso pode ocorrer ao
mesmo tempo com o método cultural através de rotação de cultura e uso de químicos
(através de aplicação de pesticidas) de modo a controlar pragas e o método cultural é
menos económico e não polui o meio ambiente.

2.3. Plano de actividades do Maneio Integrado a implementar

Designação Recurso Responsável


Tratamento da semente Pesticida (cypermetrina ) Técnico
Pulverizações Pesticida e pulverizador Técnico
Monitoria Bloco de notas Técnico
Avaliação Bloco de notas Técnico

2.4. Monitoria e avaliação dos resultados de implementação do plano de maneio


integrado.
No caso das infestantes, o controlo realizou-se na íntegra, pois a instituição dispõe
de material para a realização desta, assim sendo, está não trouxe problemas a
cultura. Esse controlo permitiu também, baixar o nível econômico de danos na
cultura de beringela porque eliminou-se os possíveis hospedeiros alternativos de
Pragas, assim como doenças por isso o maneio integrado de pragas, doenças e
infestantes (MIPDI) constitui uma forma de otimizar o controlo de pragas,
doenças e infestantes na produção agrícola, relacionado o uso de pesticidas
quimos. Entre tanto, a utilização do MIPDI também pode ser suprido a grande
contingente de produtos rurais
III. CONCLUSÃO

A implementação do Maneio Integrado de Pragas Doenças e Infestantes baixou


significativamente o nível econômico de danos na cultura de Beringela, visto que esta é
bastante infestada por Acaro vermelho (Tetranichus envasi e Tetranichus ludeni) Tripes
(Thrips palmi), Tripes (Frankliniella schulzei),Tripes (Thrips tabaci), Percevejo
rendado (Corythaica cyathicollis), Lagartas (Leucinodes orbonalis), Mosca-
branca(Bemisia tabaci). Estas pragas são encontradas tanto nos campos do Instituto
Agrário de Boane, assim como nos compos do distrito de Boane
IV. Referencia Bibliografia

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FERNANDEZ, E.M.; ROSOLEM, C.A.; NAKAGAWA, J. Produtividade e qualidade de sementes de


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FERREIRA, C.C.M. Zoneamento agroclimático para implantação de sistemas agroflorestais com


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