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Pimentão e Pimenta

A utilização de adubações bem equi-


libradas, em nutrientes minerais, contri-
bui para diminuir a incidência de podri-
dão mole (Erwinia carotevora). Woltz
Pragas do pimentão
& Jones (1979) verificaram que o au-
mento do teor de Mg favorece a ocor-
rência de mwcha bacteriana (Xantho-
e da pimenta:
, .
monas vesicatoria) em tomateiro e pi-
mentão, e recomendam evitar o empre-
go de Mg em excesso.
caracterlstlcas e
o plantio da leguminosa Oota/aria
spectabilis, cujas raízes atraem as larvas
métodos de controle Félix H. França 11
dos nematódeos e após penetrarem não Sebastião Barbosa Y
completarem o seu desenvolvimento, re- Antônio C Ávila lJ
duz a população de Meloidogyne spp.
e
As araduras gradagens, deixando o s0- Uma série de artrópodes está associada com plantas de pimentão e pimenta
lo exposto ao sol intenso, provoca ores- desde a sementeira até a colheita dos frutos. Alguns destes artrópodes siio Impor-
secamento dos nematódeos. tantes economicamente pelos prejuízos causados, seja pela transmissão de viroses
ou pela destruição de raízes, caule, hastes, folhas e frutos destas hortaliças.
Durante o ciclo da cultura, as
Os artrópodes mencionados neste trabalho causam algum tipo de dano às
plantas de pimentão e pimenta, não significando, porém, que estes danos represen-
plantas que mostrarem sintomas de mur- tem prejuízos econômicos que mereçam medidas de controle químico em todos
cha ou de doenças viróticas devem ser os casos.
arrancadas e queimadas, visto que a per- A forma mais eficiente e econômica de prevenir danos causados por insetos
manência destas no local constitui focos e ácaros é o sistemático acompanhamento da cultura, de modo a se detectarem
de disseminação de doenças.
. eventuais infestações no seu início. Constantes observações sobre as plantas per-
mitirão o conhecimento da ecologia da praga, determinando-se então a sua biolo-
gia e nível populacional, época de ocorrência, freqüência de infestação, tipo e im-
~________ RE__F_E_Re__N_C_IAS________....~ portância econômica do dano causado.
O controle de pragas em hortaliças ainda é extremamente dependente da
utilização de pesticidas. Estes, em geral, são aplicados de forma indiscriminada,
onde dosagem e freqüências de pullJerizações são absUTdamente superiores às ne-
CHAVES, G.M. studos obre Scl~rotinia cessárias, e o perrado de carência recomendado entre a última aplicação do pestici-
scl~rotiomm (Ub.) de Barry . Experien- da e a colheita do produto nem sempre é obedecida.
tiae, 1 (2) :69-133, 1964. Existem algumas regras elementares na área do controle de pragas que
devem ser enumeradas.
1) não se devem aplicar pesticidas preventivamente e sim ao se notarem si-
GALLI, F.; ARVALHO, P. dc C.T. dc ; nais de aumento da população das pragas ou de seus danos. Para vetores de viroses
TOKESHI, H. ; BALMER , F.; KIMATI , como pultões e tripes, o controle preventivo é aceitável e recomendado ;
H.; CARDO 0 , C.O.N.; SALGADO, 2) o controle de pragas pelo uso de inseticidas e acaricidas são complemen-
C.L. ; KRUGN R, T.L. ; CARDOSO, tares às práticas de rotação de cultura; destruição de restos cultUTais e hospedeiros
E.l.B.N. & BERGAMIN FILHO, A. Ma- nativos; estabelecimento de barreiras e plantio em faixas ; utilização de variedades
nual de fitopatoJogia: doenças de plantas
cultivadas. São Paulo, Agronômica Ccre , de plantas mais resistentes, preservação de áreas com vegetação nativa de modo a
1980. v. 2. assegurar proteção Q aves, mamíferos e inimigos natUTais das pragas;
3) a boa qualidade dos pulverizadores, sua manutenção periódica e fami-
liaridade com seu funcionamento são fundamentais e tão importantes quanto a es-
ROBBS, .F. 8acteriose fitopatogénicas no colha do pesticida co"eto em um programa de controle de pragas;
Brasil. Itaguaí - Rl, Instituto de Econo- 4) o pesticida a ser usado deve estar registrado no Ministério da Agricultu-
mia Rural, Ccntro Nacional de En ino e ra para aquela cultura. Ainda assim, deve ser lembrado que a eficiência do produ-
Pesquisas Agronômicas, Universidade to pode variar de acordo com o aplicador, tipo de equipamento, métodos e horá-
Rural, 1960. 63 p. (Série Divulgação de rio de pulverização; fatores meteorológicos (temperatura, umidade, insolação e
Pesqui as, 2).
vento); tipo de imgação e práticas culturais. Por isso, o produtor deverá adquirir
produtos recomendados por trabalhos de pesquisa executados na sua regüio ou
estado.
VIDA, 1.B. Efeito do fungicidas sistêmico
Mataluil e Ooroacetamida sobre Phyto· As vantagens do uso racional de pesticidas estão associadas ao aspecto bio-
phthora capsici Leonian. Viçosa, UFV., lógico, social e econômico da vida humana e podem ser assim classificados: 1)
1983. 41 p. (Tese MS). maior proteção a insetos benéficos (parasitas, predadores e polinizadores), aves e
animais; 2) menor possibilidade de que insetos e ácaros se tomem resistentes aos
pesticidas; 3) redução de contaminação ambiental (solo - água - ar) e do risco
WOLTZ, S.S. & 10 ES, J.P. Erfects or de envenenamento de trabalhadores rurais e consumidores; 4) menor custo de
magoe ium on bacterial pot or pepper .produção e melhor qualidade dos produtos. .....
and tomato and on lhe in vitro inhibition
or Xanthomonas vesicatoria by strepto-
mycin . Plant Disease Reporler, 63(3) : :J) e 'dI Eng9 Agr9, MS - CNPH/EMBRAPA - Cx. Postal 11.1316 - CEP 70.333 - Brasilie-DF
182-9 ,1979. - ~I Eng9 Agr?, Ph.D - CNPH/EMBRAPA - Cx . Postal 11 . 1316 - CEP 70.333 - Brasílie-DF

Informe Agropecuário, Belo Horizonte,!Q (113) maio/ 1984 61


fimentio e Pimenta

C VETORES E VIROSES J PULGÕES


Myzus persicae e
Macrosiphum euphobiae
ciaçfo dos frutos e prejuízos na produ-
ção. Até 100% das plantas de uma área
podem ser infectadas, se medidas de
Várias espécies de pulgões e tripes controle nãq forem implementadas pre-
510 mencionadas por diversos autores O pulgão verde M. persicae apresen- ventivamente.
como pragas do pimentão e pimenta, ta geralmente cor verde-clara quase Controle
contudo as espécies Myzus persicae, Ma- transparente, havendo formas roxas ou O uso de inseticidas para o controle
crosiphum euphoreille (Homoptera, amareladas. O abdômen e tórax têm dos vetores do vírus do mosaico do pi-
Aphididae) e Thrips tabaci e Franklmiella aproximadamente a mesma largura até a mentão é absolutamente ineficiente para
shulzei (Thysanoptera, Tripidae) são as base dos comículos, que são ligeiramen- prevenir a disseminação da moléstia, .
mais importantes (Quadro 1). O dano te mais largos na sua metade apical, en- uma vez que os pulgões transmitem o ví-
direto causado por pulgões ou por tripes quanto a cauda é pequena. rus com uma simples picada de prova.
são de pequena importância, quando O pulgão Macrosiphum euphorbille O uso de variedades resistentes ao vírus,
comparados aos danos indiretos, ou seja, é o maior dos afídeos que infestam sola- como as cultivares da série Agronômico,
aqueles produzidos pela inoculação de náceas. Apresenta cor verde-escura, em- é recomendado como a melhor forma de
vírus às plantas. Por sua importância bora haja referências a formas rosadas evitar os prejuízos causados por esse
econômica, o pimentão tem uma biblio- ou amarelas com manchas escuras no vírus.
grafia sobre viroses muito rica, o que dorso. O corpo é alongado e as pernas e
TRIPES
não acontece para a cultura da pimenta. antenas são compridas. Os comículos
Assim sendo, as informações aqui apre- 510 cilíndricos e de comprimento apro- Thrips tabaci e
sentadas referem-se principalmente à ximadamente igual a um terço do tama- Frankliniella shulzei
cultura do pimentão. nho do corpo. A cauda é de tamanho
Diversos tipos de vírus infectam o igual a um terço do comprimento dos Nestas espécies, as formas ápteras
pimentão causando prejuízos maiores comículos. têm corpo alongado medindo aproxima-
ou menores. Duas viroses se destacam M euphorbille po4e ~ransmitir o ví- damente 2 mm de comprimento e mos-
pela sua importância: 1) o vírus do rus do mosaico do pimentfo, contudo tram coloração branco-hialino ou ama-
mosaico do pimentão (estirpe do vírus Myzus persicae é mais importante pelo relo-claro. Os insetos podem ser encon-
Y da batata) que é disseminado por maior número de plantas hospedeiras, trados na face inferior das folhas, brota-
transmissio não circulativa (Estiletar) pela grande capacidade de proliferação e ções, primórdios florais e flores. Os tri-
através de pulgões, especialmente Myzus pela disseminação de muitas viroses. As pes causam danos diretos às plantas pela
persicae; 2) o vírus de vira-cabeça do plantas de pimentfo e pimenta infecta- sucção da seiva. Estes porém são infmi-
tomateiro, que é transmitido por espé- das pelo vírus do mosaico apresentam tamente menores do que aqueles produ-
cies de tripes como o Thrips tabaci e redução no crescimento, folhas encres- zidos indiretamente através da transmis-
Frankliniella shulzei. padas com acentuado mosaico, depre- 510 do vírus de vira-cabeça do tomatei-

QUADRO 1 - Pragas de Importância Econômica do Pimentão e da Pimenta - Pulgões e Tripes

Amostrar
Época Parte da
Nome Nome Importância Período
de Planta
Científico Comum Econômica Fase Parte Crítico
Ocorrência Atacada
do Artrópode da Planta

Myzus Pulgão-verde Transmissores do Todo odeio Folhas Formas aladas Folhas Sementeira
persicae vírus do mosaico da planta ou ápteras baixeiras até 30 dias
Macrosiphum Pulgfo do pimentão após o
euphorbille transplantio

Thrips tabaci Tripes Transmissores do Todo o ciclo Folhas, Adultos ou Página inferior Sementeira
vírus do da planta .,flores ninfas das folhas; até 30 dias
Frankliriiella Tripes vira-cabeça do flores após o
,
shulzei tomateiro transplantio
'.
. -
Fonte: Araújo et ai (1974); Casali (1970; Costa et ai (1960); Cruz et ai (1980 b); Machado et ai (1982); Nagai (1983) e
EMATER-DF (s.d.).

'.

62 Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 10 (113) maio/1984


Pimentão e Pimenta

ro. O tripes adquire o vírus somente na


QUADRO 2 - Pnps de Importincia Econômica do Plmentl o e da Pimenu - Besouros
fase larval, tornando-se capaz de trans-
miti-lo pelo resto de sua vida. Os sinto- epoca Parte da
Amostrar
Nome Nome Importância Período
mas mais comuns de vira-cabeça na cul- CinetíflCO Comum Econ6mica
de PIlOta
F_cio Parte . Crftko
Ocornlnoia Atacada
tura do· pimentão e pimenta são : mosai- Artr6pode dal'llDu

co amarelo, faixa verde nas nervuras, EpiCIIUl1I 8rotaçOes Nlo


8urrinho Danifica as folhas Após floraçio Folhas Adultos
anéis concêntricos, paralisação ·do cres- IIlomllrill Folhas . determinado

cimento e deformação dos frutos. As Danifica ra izes e _. Semcntelru;


plantas infectadas na sementeira ou logo Ditlbrotial Vaquinha folhas. causa abUO Todo o ciclo Folhas Adultos Folhas 3O-4OcIIu
spedollll no deten1lOm- da cultw. Raízes Larvas Ra izes apôlo
após o transplantio têm sua produção mento das planw tranlplantio
totalmente comprometida. Quando a
HeiJipodul Larvas e Raízes NIo
contaminação ocorre tardiamente, a GorcuJho Danifica ra ízes, ApóI O Raízes Caule
deslrUctor caule e hastes transplantio Adultos determinado
produção é menos afetada em quantida- Folhas

de e qualidade. Escava plerias 8rot. 8rouçOes


Flnatinw GorcuJho Após o Larvas e lnldo da
cubu nu brotaçOes. ttansplantio çOes Adultos Hastes flonçlO
hastes e caule Hastes Folhas

Controle Danifica raius e Sementeira;


DiabrotiCll spp Vaquinha folhas ; causa atraso Todo o ciclo Folhu Adultos Folhas 30-40 cIIu
Não são conhecidas variedades de 00 desen1lOlvi· da cultura Raízes Larvas Raízes apôlo
mento das plantas tr&nlplantio
pimentão e pimenta tolerantes ao vírus
de vira-cabeça, por isso l ~áticas cultu- SymbrotiCll Vaquinha Danifica as folhas Após o Folhas Adultos Folhas Apóio
bruchi transplantio IranIpIontio
rais e a aplicação de. inseticidas assumem
papel importante ~ara reduzir a dissemi- SySletIII
- Danifica as folhas - Folhas - - NIo
lenub determinado
nação desta doença. Portanto , recomen- ·
da-se : I) o uso de inseÚCida de solo so- Epitrix Pulga Danifica as folhas Todo o ciclo Folhas Adultos Folhas NIo
parvultz saltadora da cultura determinado
mente na fase de !ementeira, além de
pulverizações periódicas com produtos Fonte : Bondar ( 1921 ); cimpos ( 1967); Casali (1970; Gallo ( 1978); Guajari (1980); Rego (1945); Sistema de Pro-
duÇfO (1978) e Sistema de Produçfo RJ (s.d.).
de ação sistêmica ou de contato, na se-
menteira e na fase inicial da cultura ; 2) BURRINHO portantes. Os adultos, contudo, ao ali-
intensificar as pulverizações durante os mentarem-se das folhas, podem produ-
períodos imediatamente anterior e pos- Epicauta atomaria zir injúrias sérias, principalmente às
terior ao transplantio , quando as plan- Os adultos são besouros polífagos, plantas nas sementeiras ou recém-trans-
tas são mais susceptíveis ao vírus; 3) negros, revestidos de densa pilosidade plantadas para o campo.
práticas culturais como : erradicar plan- cinza na cabeça, élitros e patas, medindo Outros chrysomelideos como Syste-
tas hospedeiras nativas, solanáceas sil- 8-17 mm de comprimento. As fêmeas na tenuis, Epitrix parvula. Symbrotica
vestres e solanáceas cultivadas voluntá- ovipositam geralmente no solo, podendo bruchi e Diabrotica spp. são menciona-
rias ; fazer sementeiras em local Limpo e alcançar 400-500 ovos durante sua exis- dos na literatwa como pragas de pimen-
isolado e cobri-Ias com casca de arroz tência . Os ovos eclodem após 10 dias, e tão e pimenta, principalmente das mu-
para repelir o pulgão ; evitar plantios no- deres originam-se larvas que são ativas, das recém-transplantadas, de cujas fo-
vos em área adjacente e plantios mais fortes e predadoras de outros insetos. O lhas se alimentam, perfurando-as, cau-
antigos ; proceder à incorporação ou adulto é a única fase desta espécie que é sando prejuízos, seja por atraso do de-
queima dos restos culturais. prejudicial às plantas, porque se alimen- senvolvimento ou morte das plantas.
Deve-se ter em mente que as medi- ta das folhas , ramos tenros e brotações
das de controle de viroses são na sua do pimentão, pimenta e outras solaná- Controle
maioria preventivas, e elas terão sucesso, ceas. Práticas culturais como rotação de
desde que sejam implantadas em conjun- VAQUINHA culturas, aração e gradagem do solo,
to por todos os produtores de solaná- pousio e queima dos restos culturais re-
Diabrotica speciosa
ceas de uma região. duzem populações de burrinhos e vaqui-
Os adultos têm 5-7 mm de compri- nhas a níveis mais baixos. A aplicação
mento , corpo ovalado e coloração geral de inseticidas car6amatos, clorofosfora-
BESOUROS verde brilhante, mostrando em cada éli- dos e piretróides, com ação de contato e
tro , três manchas amarelo-alaranjadas. rngestão, são em geral eficientes para
Os coleópteros mais importantes As fêmeas fazem a postura no solo, pró- controlar estes insetos.
que danificam o pimentão e a pimenta ximo ao caule das plantas. As larvas são
GORGULHOS
são : Epicauta atomaria (Coleoptera, Me- brancas e possuem no dorso do último
10idae) ;Diabrotica speciosa (Coleoptera, segmento abdominal uma placa quitino- Heilipodus destructor e
Chrysomelidae); Helipodus destru ctor e sa de cor marrom ou preta. Os danos Faustinus cubae
Faustinus cubae (Coleoptera, CurcuLio- causados pelas larvas às raízes de pimen-
nidae)(Quadro 2). tão e pimenta são em geral pouco im- O adulto de H. destructor mede
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Pimentão e Pimenta
aproximadamente 11 mm e apresenta
QUADRO 3 - Phpa de ImporUncia Econômica do Pimentfo e da Pimenta - Laprtas
coloração geral negra ou marrom, com
escamas amarelas, distribuídas esparsa- Amostrar
llpoca Parte da
Nome Nome Importincia Período
mente sobre o corpo e cabeça. A cabeça de Planta
Científico Comum Econômica Fuedo Parte Crítico
Ocorrência Atacada
é prolongada em bico, em cuja ponta se Artrópode da Planta

acha o aparelho bucal. Os élitros são Neoleudnodes Broca pequena Danifica os Após início da Flores Sépalas das Início da
floração e final Ovos flores e
marcados por inúmeros tubérculos. As dtf/lnraüs do fruto frutos Frutos floraçlo
das colheitas frutos
larvas são brancas, ápodas, recurvadas e
medem 14-15 mm de comprimento. Corta as plantas
AItori. Lagarta-rosca novas e ponteiros Todo o ciclo Caule Ovos Folhas Após o
Elas passam toda a sua fase no interior ypsilon de plantas da cultura Ponteiro lagartas Solo transplantio
das raízes, caule e hastes da pimenta, adultas

das quais se alimentam e onde escavam GlWrimo.· Broca-do-ponteiro Danifica os Ponteiro Ovos Ponteiro Inicio da
galerias. A pupação ocorre nas galerias chema e do fruto da ponteiros Após a floração Flores lagartas Flores floração
barsaniel/a pimenta e frutos Frutos Frutos
de onde o adulto sai ao completar-se o
ciclo pupal. Estes danos causam o ama- Heliothis Broca gtande do Após a floraçãO Folhas Ovos Folhas Início da
Zt!ll fruto Destrói os frutos até o ftnol da Frutos lagartas Frutos floração
relecimento das folhas e o definhamento colheita
e morte das plantas. MecNmi(is Alimenta-se das Todo o ciclo Ovos Não
Os adultos de F cubae medem Iysimnia
- Folhas Folhas
determinado
folhas da cultura lagartas
5-7 mm de comprimento e têm cabeça
Mafl4uro Mandarová Alimenta-se das Todo o ciclo Folhas lagartas Folhas Nlo
prolongada em bico, voltado para baixo. sexta folhas da cultura determinado
As fêmeas desovam em pequenos furi-
Fonte: Campos (1967): Gallo (1978); Muraiamo (1948): Oliveira & Pires (1966); Rego (1945) e Toledo (1948).
nhos pretos, localizados principalmente
nas hastes superiores. Os ovos eclodem, Sphingidae) e Mechanitis lysimnia (Lepi- há avaliação de dano causado por esta
e as larvas penetram nas hastes e caule doptera , Danaidae) são de ocorrência praga fJara as culturas de pimentão e pi-
da planta, em sentido descendente, pro- ocasional e não merecem medidas de menta .
duzindo galerias que enfraquecem as controle químico especiais (Quadro 3).
plantas, levando-as à morte. Controle
BROCA PEQUENA DO FRUTO As medidas de controle cultural su-
Controle Neo/eucinodes e/egantalis geridas para os vetores de v írus e mosca-
Métodos culturais, como o arran- minadora oferecerão bons resultados no
quio e queima das plantas atacadas , são Este inseto se reproduz em diversas caso da broca pequena do fruto. Este
a forma mais indicada de evitar que os solanáceas, selvagens ou cultivadas, den- inseto é de fácil controle atraves de pul-
gorgulhos disseminem por toda a cultu- tre elas o pimentão e a pimenta. Os verizações quinzenais de carbamatos,
ra. As fases larvais destas espécies têm fosforados e piretróides. O controle de-
adultos são mariposas de hábito notur-
duração superior a 90 dias e possuindo verá ser feito caso seja constatada a pre-
no, de coloração geral branca hialina,
hábito crítico são de difícil controle sença da praga na cultura.
cujas asas anteriores apresentam man-
através da aplicação de pesticidas. Os
chas amarelas, marrom-avermelhadas e
adultos poderão ser controlados com os LAGARTA-ROSCA
acinzentadas dispersas irregularmente.
produtos sugeridos anteriormente para Agrotis vpsi/on e
Os adultos medem 25-28 mm de enver-
burrinhos e vaquinhas. Prodenia spp
gadura e, quando em descanso , têm o

C~ ______ L_A_G_A_R_T_A_S_______)
hábito de manter o abdômen levantado
e encurvado sobre o tórax e a cabeça.
Durante o dia as mariposas preferem
abrigar-se em local sombreado, voando
Estas duas espécies são mais co-
muns e importantes tipos de lagartas de-
nominadas "roscas" que são encontra-
Vários tipos de larvas de mariposa e apenas se perturbadas, com alcance de. das nas lavouras. São confundidas er-
borboletas estão associados a solanáceas vôo relativamente curto. A postura é roneamente com algumas espécies do gê-
em geral, porém apenas três ou quatro feita nas flores , principalmente na face nero Spodoptera , que também têm o há-
especles: Neoleucinodes elegantalis inferior das sépalas, podendo, no entan- bito de se enroscarem ao serem tocadas.
(Lepidoptera, Pyraustidae), Gnorimos- to, haver oviposiçlío em qualquer ponto Os adultos da lagarta-rosca são maripo-
chema barsanielÚl (Lepidoptera, Gele- dos frutos. Após a eclosão dos ovos, as sas grandes, de envergadura aproximada
chüdae), Agrotis ypsi/on e Prodenia spp larvas penetram nos frutos, alojando-se de 50 mm de comprimento e apresen-
(Lepidoptera, Noctuidae) causam darlos junto às sementes das quais se alimen- tam asas anteriores escuras e posteriore~
de importância econômica, por serem tam e ali passam por quatro estágios. As brancas ou cinzentas. As fêmeas podem
mais abundantes e de distribuição gene- lagartas têm coloração branca nas fases fazer postura de até 1000 ovos que são
ralizada nas culturas. Outras espécies iniciais e rosada no último instar. Ao depositados em folhas e caules das plan-
como: Heliothis zea (Lepidoptera, Noc- completarem o ciclo, as lagartas abando- tas, isoladamente ou em massas. As la-
tuidae), Manduca sexta (Lepidoptera, nam os frutos e empupam no solo. Não gartas possuem o hábito de cortar as
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Pimentão e Pimenta

plantas ao nível do solo durante a noite As mariposas são muito pequenas, Tarsonemidae) e o plano Brevipalpus
e, durante o dia, a lagarta e a planta cor- de cor cinza-escura e cabeça marrom- phoenicis (Acarina, Tenuipalpidae) (Qua-
tada podem ser encontradas a pouca clara, cujo comprimento pode alcançar dro 4). Fatores climáticos como elevada
profundidade do solo, bem próximo às até 6 1DDl. A postura é feita no interior temperatura, baixo teor de umidade do
plantas cortadas anteriormente. dos botões florais ou extremidade das ar e baixa precipitação atmosférica favo-
O prejuízo causado pela lagarta-ros- brotações e ponteiro, isoladamente ou recem também o aumento da população
ca tem como conseqüência a redução do em grupos de dois e três ovos. As larvas destes artrópodes a níveis elevados, que
número de plantas, sendo que em alguns alimentam-se do interior das hastes ou podem prejudicar o desenvolvimento
casos há exigência de replantio em até ponteiro perfurando galerias, e também das plantas. Por serem muito pequenos,
50% da área. O período em que este in- das flores e frutos, onde se alimentam difíceis de se ver a olho nu, uma das
seto torna-se mais prejudicial ao pimen- das sementes. Há registro de que uma maneiras de se poder identificar a espé-
tão e à pimenta é logo após o transplan- só larva pode danificar vários frutos, cie é através da descrição da sintomato-
tio, quando, então, as mudas são ainda antes de iniciar a fase de pupa no solo. logia dos danos.
tenras e as plantas estão enfraquecidas Os orifícios da saída das larvas servem O ácaro-rajado apresenta-se nas co-
pelo pegamento deficiente que as tor- como via de entrada para moscas diver- res branca, verde, alaranjada e vermelha,
nam mais sensíveis. No entanto, mesmo sas, que ovipositam no interior dos fru- e tem duas manchas pretas em seu dor-
com o crescimento das plantas e, conse- tos, e cujas larvas favorecem o apodreci- so. O ácaro-vennelho possui coloração
qüentemente com o aumento do diâme- mento deles. Geralmente os frutos ata- vermelha muito intensa, que o distingue
tro e da dureza do caule, os danos da la- cados pela praga desprendem-se das facilmente de outros ácaros. Ambos
garta-rosca podem ser observados, atra- plantas, tão logo é iniciada a sua matura- localizam-se na face inferior das folhas
vés do corte dos ponteiros, que são ten- ção e, em certos casos, há formação de independente da idade destas, causando
ros e não oferecem resistência às suas uma camada bastante espessa de frutos danos caracterizados pelos seguintes sin-
mandíbulas. Por isso, o acompanha- caídos sob a copa das plantas. Os frutos tomas: 1) clorose generalizada das fo-
mento da cultura é fundamental para se danificados que se conseguem manter lhas, sendo que as nervuras mantêm-se
evitarem prejuízos em épocas onde o re- na planta, mesmo maduros, ou aqueles mais verdes; 2) aparecimento de teia
plantio já não é mais viável. que são colhidos enquanto colonizados envolvendo uma ou mais folhas; 3) que-
Controle pelas larvas ou moscas, concorrem para da acentuada das folhas e morte das
Deve-se fazer uma aração profunda a deterioração de partidas inteiras de plantas.
de três a seis semanas antes do plantio, frutos colhidos e embalados, causando O ácaro-branco localiza-se prefe-
mantendo neste período a área livre de grandes prejuízos. rencialmente na parte apica1 das plantas,
ervas daninhas e restos culturais. Após Controle nos brotos terminais. Seus danos tor-
o transplantio, procurar manter a cultu- Devem-se destruir os frutos encon- nam as folhas coriáceas, com os bordos
ra limpa, evitando-se o uso de cobertura trados sob as plantas para se evitarem recurvados ventralmente e de coloração
morta, restos culturais ou restos de capi- novas infestações. A aplicação de inseti- bronzeada.
nas na área da cultura. Estes materiais cidas à base de carbaryl, malathion e pi- O ácaro-plano localiza-se nas hastes
oferecem abrigo para as lagartas, prote- retróides proporciona eficiente controle e folhas mais tenras da planta e têm co-
gendo-as de eventuais predadores ou desta praga, podendo reduzir os danos loração amarelada. As plantas podem
outras medidas de controle. A pulveri- em até 80%. Alguns agricultores insis- apresentar aparência bronzeada ou man-
zação com inseticidas clorofosforados, tem em aplicar inseticidas granulados chas cloróticas nas folhas.
carbamatos e piretróides, dirigida à base sistêmicos no solo por ocasião do trans-
e projeçãoda copa das plantas, próximo plantio, visando o controle deste inseto. Controle
ao entardecer, tem-se mostrado eficien- Esta prática não apresenta bom resulta- :e feito através da aplicação de aca-
te no controle das lagartas-rosca. Isto do, ao contrário, faz com que o produ- ricidas específicos ou enxofre.
porque, devido ao hábito noturno da tor perca dinheiro com gasto desneces-
praga, ela se torna mais susceptível à
ação dos inseticidas, por contato ou in-
sário na utilização de inseticida de solo
e com danos causados pelo inseto.
CMINADORES DE FOLHAS)
gestão ao abandonar o abrigo diumo
As espécies: Liriomyza huidobren-
para se alimentar.

BROCA-DO-PONTEIRO E
C______Á_C_A_R_OS______) sis, Liriomyza sativae e Liriomyza spp
(Diptera, Agromyzidae), em condições
DO FRUfO-DA-PIMENTA Os ácaros que geralmente tornam- naturais ou onde hortaliças não são con-
se problemas agrícolas, devido ao dese- tinuamente pulverizadas com pesticidas
Gnorimoschema barsaniella não se constituem em sérios problemas
quilíbrio ambiental provocado pelo uso
Trata-se de um inseto de ampla dis- constante de inseticidas e fungicidas nas para a agricultura, devido à ação eficien-
tribuição no Brasil, e que tem importân- lavouras são : o rajado Tetranychus urti- te de diversos parasitas e predadores
cia econômica em algumas áreas locali- cae e os vermelhos T. evansi e T. mana- (Quadro 5). Por essa razão, os minado-
zadas onde foram constadas perdas de nae (Acarina, Tetranychidae); o branco res de folhas são considerados como
até 66% dos frutos. Polyphagotarsonemus latus (Acarina, pragas secundárias de diversas hortali-
Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 10 (11 3) maio/I 984 6S
PimeDtio e Pimenta
ças. embora se reconheça que, em eleva- Os adultos 510 moscas muito peque- preta lustrosa. As fêmeas utilizam o
do nível populacional, possam causar nas e apresentam coloração geral ama- ovipositor para auxiliar na alimentação
perdas severas. relo-brilliante e parte do tórax de cor e para postura. A inserção do ovipositor
no limbo foliar incialmente libera o
exsudato da planta do qual a fêmea se
QUADRO 4 - rn,a. ele Importinda &on6mk:a do rm-tIo e da PImenta - ÁCIIOI
alimenta, e também favorece a postura
Spoca Puteda
AmoàJar e proteção dos ovos de condições climá-
I*- I*- Importlncia Periodo
CIIatffIco Com. . lIcon6mlca
ele Planta
F_do Pute Crítico ticas adversas e de inimigos naturais. Du-
0c:0ntnc:Ia Atacada
Artr6pode da PIaDta rante seu ciclo de vida, as fêmeas colocam
~ Dalflcaa Flnüdocido FoOw NIo 300-700 ovos, viáveis na sua maioria.
Ãcuo-rajIdo ÁcaroI Folbaa
"".. ralhll da cultura Ponteiro detennln8CI0 As larvas completam seu ciclo entre

-----
r-,dIuI

TlI1fIIIyc/ruI
Ác:uo-ftrmeIbo

Á~_1bo
Duúftcau
folha

Duúftcau
folhu
Final do ciclo
da cultura
FoIhu
Ponteiro

PIIIal do cicio . PoIhu


ela cultura Pontein1
Ácaros

ÁcaroI
PoIha

Folbaa
9-12 dias após a postura e, durante este
período, escavam galerias no parênqui-
ma foliar, que causam a morte das fo-
lhas, reduzindo a capacidade da planta

-
em proceder à fotossíntese. Larvas no
~- Ácaro-bnIIoo
Danlflcau
folhas
Final do cido
da cultura
FoIhu
lpIcaIa ÁcaroI
Folha
IpIcalJ
Nlo
cletennln8Clo terceiro ínstar e pupas medem até 3 mm
..,."
de comprimento e são de cor amarela.
~ DmlfIca bates Final docido Hutet Folbaa Nlo
p#tDfIIIdI Ãcuo-pIIDo • folhumais Ácaros Controle
da cultura FoOw Hutet eletermlaado
tema Práticas culturais que visem manter
FOIIte: GaIJo(I978); UIbIoetll(1976} e PuchoaI(1972). a cultura no limpo e procurando-se evi-
tar o uso de cobertura morta ou simila-
res tendem a favorecer a ação de insetos
como formigas , tesourinhas e besouros,
QUADROS -PrIpI ele lmpoIdDcIa BcwI6mIca do ~eda "-ta - MIMdont ele Folha, Perc:evejose Cochoaib que são eficientes predadores de pupas
AmoàJar do minador de follias. Deve-se evitar
I*- No_ 1mporUada
Spoc:a Puteda
Período a aplicação indiscriminada de insetici-
Com_ ele PIaDta
Ciaetí6co l!coa6mJca F_do Puteda Crítico
Ocaafnda Atacada das, principalmente aqueles de largo
Artr6pocIe P1mta
espectro que geralmente agràvam a si-
~ ...... eIe 1'Iotaca ...... DeIcIe • .. i açlo l!ItIi&io
lrItItIoIIrMIU folha _r.... -"ofllll1 do Folha Larm FoIbaI 1túdaI da tuação. Com a aplicação cuidadosa de
ciclo da c.ltura cultura inseticidas organofosforados, com ação
MIaadorele l'Iotaca pIerIaa DeIcIe a . . .illIIjIo 1!á6dio de profundidade ou piretróides, têm-se
LIrlomy. Ipp f'oIhu . _folha aNoflMlcle FoOw lAma FoIbaI inIclIl da obtidos bons resultados no controle des-
cicio da c:u\tura cultura
ta praga.
LIrlomy. WiD8CIor ele 1'Iotaca ...... DeIcIe allfllÜDllljlO Est~
."". folhal _fo1bu "'oftMldo Folha lAnai FoIhaI lnIdal da
cicio da cultura cultura
PERCEVEJOS
".". Dalflcaos Ap6If-.çIo Nw. PoIha NIo E COCHONILHAS
- dosfnIDI
Pndoa
Ma\toa
frutoa detaaIIIudo
'** Pndoa

a-m. - . DlllJ8caos Ap6I fcJnuçII;I Frutos NIafu Polia NIo Algumas espécies como : Acroleucus
"'- frutos dosfndol Adultos Fndoa detaaIIIudo
coxalis (Hemiptera Lygaeidae), Phthia
01ryt,.. Caulao
l'eIonejo
UDINIec:Imento l'IaDtaa 8CIu1taa Folha
NInfa I'II/JIIlDferlo NIo picfa e Corecoris fuscus (Hemiptera, Co-
c,.tIúco" lWDdado AduItoa daa folhal detanDlnado
daa ÍlI8III reidae), Corythaica cyathicollis, C mo-

--- Call1aO nacha e C passiflora (Hemiptera, Tin-


01ryt,..,. Percewjo NiDf.. I'II/JIIlDferio NIo
..lidado _lec:Imeato Plmtu8CIultu FoIhaI A4u1toa daafolha cIetennInado
gidae) e duas espécies de cochonilhas:
daafolbu
Orthezia insignis e O. praelonga (Ho-
OJryt'" Percewjo CaUllo NiIf.. I'II/JII werio NIo
moptera, Coccidae) causam danos ao
IIIIINIecIIMDto PImtaa aduItaI PoIha
paI/fItn Nadado
cleafolbu
A4u1tOl daa folhal eletermlaado pimentão e à pimenta (Quadro 5).

DIIIIIOc:a ..
Acroleucus coxalis
ACft1IIuau ~
_ _ e Cru- Nilfa
-'11 l'eIonejo FnatlficaçIo Frutos A4uItoa Folha çIodos A distribuição destes insetos está
tos da pilMnta ftutOl
restrita ao Brasil e Argentina. Seus prin-
Ort_1tr NIo cIeWrmJ. NIo cipais hospedeiros são a pimenta e a erva-
Coc:boaIIba PIantu~tu FoIhaI Nilfa FoIIII
iIu4PUr nado determinado
de-santa-maria, das quais sugam as se-
,...,..
Ortltcltr Coc:bOIIIIba NIo daterml-
nado
P1mtu adultu FoIhaI N1nfu Folha NIo
determinado
mentes dos frutos. O adulto é um perce-
vejo de coloração geral marrom-escura
FOIIta: Campos.tTabmIúu(1980); CrllZltaJ(1980a); Cruzet aJ (1980); GaIIo(1979); Reaoeta\(l94S) e Siln(19SS). ou preta, sem brillio, e mede 6,5-8,5 mm
de comprimento. A fêmea faz a postura
66 Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 10 (113) maio/ 1984
Pimentão e Pimenta
de até 40 ovos em grupo, na página in- ção branca com um prolongamento tu- FEDERAL, Brasília, DF. Subsídios pan
ferior das folhas. Os ovos eclodem após biliforrne curvo voltado para cima. receituário agronômico; pimentão. s.n.t.
30 p.
sete dias de incubaçlo e as ninfas pas- Controle
sam a se dispersar a partir do segundo GALLO, D. Manual de entomologia agríCOla.
A ocorrência de percevejos e cocho- São Paulo, Agronômica Ceres, 1978. p.
ínstar à procura de alimento. 438-42.
nilhas é bastante irregular. Em geral
A inserção do aparelho bucal no
através das práticas culturais e pela apli- GUAJARÁ, M. da S. & ALVES, R.C.P.
fruto da pimenta faz com que estes pon- Nova ocorrência de Synbrotica bruchi
cação dos pesticidas recomendados para
tos apresentem-se de cor preto-brilhan- (Bowditch, 1911) (CoI., Chrysomelidae)
outras pragas do pimentlo e da pimenta,
te, quando o fruto está verde. No fruto em pimentão (Olpsicum annuum L.) In:
obtém-se sucesso no controle destes CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTO-
maduro, as manchas Sllo de cor marrom- insetos. MOLOGIA, 6., Campinas, Sociedade
clara. Ninfas e adultos preferem se ali- Brasileira de Entomologia, 1980. p. 78.
mentar dos frutos ainda verdes, rara-
mente atacando-os quando maduros.
Isto é justificado pelo fato de que o te-
C
'---=-----
REFERÊNOAS ) LISBÃO, R.S.; BERNARDI, J.B.; LOR-
DELLO, R.R.A. & FLECHTMANN,
C.H.W. Observações sobre o comporta-
ARAÚJO, M.T.; MAlTOS, J.K. de. A. & mento de cultivares de pimentão (Capsi-
gumento da semente endurece, à medida CRUZ, J.L. Cultivares de pimentão cum annuum L.) e paprilca (Olpsicum
que o fruto entra em processo de matu- (Capsicum annuum L.) e o vírus Y da sp) com relação ao ataque de ácaros raja-
ração. A picada de alimentação do inse- batatinha. R. Oleric., Santa Maria, 14 : do (Tetranyehus umeae Koch). Ecossis-
141-2, 1974. -- tema,! :3-5, 1976.
to provoca secundariamente um tipo de
podridão do fruto. BONDAR, C.A. A broca da pimenta malague- MACHADO, V.L.R. ; OLIVEIRA, A.M. de,
ta Heüipus destructor Bhn. Oláe. Quit., CRUZ, C. de A. da & COELHO, R.G.
Phthia picta 24(4):297-8,1921. Comportamento de populações do pul-
Ninfas e adultos deste inseto estão CAMPOS, H.R. de. Instruções para a CUltun gão Myzus percieae em duas cultivares de
pimentio. Rio de Janeiro - PESAGRO ;
associados com. diversas solanáceas nas da pimenta hortícola. Campinas, institu-
Rio, 1982.4 p. (PESAGR0-Rio. Comu-
quais se alimentam dos frutos. Ao suga- to Agronômico, 1967. 11 p. (Instituto
Agronômico, Campinas, Boletim, 180). nicado técnico, 120).
rem o suco dos frutos, provocam a de-
CAMPOS, T.B. & TAKEMATSU, A.P. Ocor- MURAIAMA, S.J. Cultura de pimentões no
preciação destes, além de facilitarem, Brasil. Rio de Janeiro, Ministério da
rência de díptero minador em dive-rsas
posteriormente, a colonização de fungos culturas no Estado de São Paulo, Lirio· Agricultura Serviço de Informação Agrí-
ou insetos. Isto leva os frutos a murcha- myza huidobrensis Blanchard 1926 (Dip- cola, 1948. 52 p.
tera, Agromyzidae). O Biológico, São
rem e apodrecerem. Os adultos medem Paulo, 48(2) :39-41,1982. NAGAI, h. Melhoramento de pimentão (Ozp.
15-18 rnm de comprimento, têm colora- sicum annuum L.) visando resistência ao
ção geral escura, olhos vermelhos proe- CASALI VICENTE, W.D. Pitnentio e pimen- vírus Y. Hort. bru., ! (2) : 3-9, 1983.
ta (Olpsicum sp.); bibliografia brasileira
minentes e pronoto amarelo-averme- comentada. Viçosa, UFV, 1970. 53 p. OLIVEIRA, M.A. de & PIRES, E.V.D. Con-
lhado. (Série técnica. Boletim, 23). tribuição ao controle à broca da pime!!ta
Corecoris fuscus (Capsicum annuum L.) In: REUNIAO
COSTA, A.S., CARVALHO, A.M.B. & KITA- DE FITOSSANIT ARIST AS DO BRA-
Os adultos desta espécie confun- JIMA, E.W. Risca do tomateiro em São SIL, 10., Rio de Janeiro, 1966. Anais.
Paulo, causada por estirpe do vírus Y. Rio de Janeiro, Minsitério da Agricultu-
dem-se com o barbeiro, medem 23- Bragantia, 19(67):1111-28,dez. 1960. ra, 1966. p. 63-72.
28 rnm e têm o corpo achatado com
CRUZ, C. de A. da; OLIVEIRA, A.M. de & PASCHOAL, A.D. Ácaros fitófagos encontra-
coloração variável, escura ou amarela. GONÇALVES, C.R. Levantamento da dos em plantas olerícolas. O Solo, Pira-
Os segmentos das antenas, pernas e pro- larva minadon Liriomyza spp. em plan- cicaba,64 : 15-27,1972.
noto são bastante pilosos. tas cultivado e silvestres no Estado do
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, PESA- REGO, C. do V., GOMES, J.G. & ALVIM,
Corythaic8 spp GRO-Rio, 1980a 3p. (PESAGRO-Rio, G.B. Doenças e pragas das plantas de
Rio de Janeiro, Comunicado técnico, 68). horta.. Rio de Janeiro, Ministério da
As ninfas e adultos destas espécies Agricultura, 1945. p. 146-73.
formam colônias numerosas na página CRUZ, C.A.; OLIVEIRA, A.M. de & GON-
ÇALVES, C.R. Ocorrência do predador SI LV A, P. Uma praga na pimenteira na Ba-
inferior das folhas, sugando, a seiva con- Curimus eoerulens Muls. (Col, Coccineli- hia : Aeroleucus coxalis-Stal. 1860. (In-
tinuamente e causando o depaupera- dae) em culturas olerícolas no Estado do secta-Hem. - lygaeidae) B. Inst. Biol.
mento das plantas. Este tipo de lesão Rio de Janeiro. In: CONGRESSO BRA- Bahia, Salvador ~ (1) : 40-59, 1955.
SILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 6., Cam-
provoca o aparecimento de manchas pinas, 1980. Resumo. Campinas, Socie- iI-STEMA~ de produção para a cultura do pi-
amarelas localizadas na face superior das dade Brasileira de Entomologia, 1980b. mentão no Estado do Rio de Janeiro.
folhas que posteriormente evoluem para p. 77. Teresópolis, EMBRAPA, s.d. 41 p.
(EMBRAPA. Circular, 111).
o secamento e morte (das folhas e das CRUZ, C. de A.; OLIVEIRA, A.M. de & GON-
plantas). ÇAlVES, R.C. Larva minadora da fo- SISTEMA de produção para a cultura do pi-
lhagem (Liriomyza spp.) em olerícolas mentão Zona da Mata-MG. Muriaé, MG,
Orthezia spp no Estado do Rio de Janeiro. In : CON- EMATER/MG, 1978. 41 p.
GRESSO BRASILEIRO DE OlERI- (EMBRATER, Sistema de Produção, Bo-
Estas cochonilhas ocorrem espora- CULTURA, 20., Brasília, 1980. Resumo. letim, 155).
dicamente nas culturas. As fêmeas têm Brasflia, EMBRAPA/EMBRATER/SOB ,
corpo ovalado, cor verde-escura ou cin- 1980 c. p. 132. TOLEDO, A.A. Contribuição para o estudo
Neoleucinodes elegantalis Guén, praga
za, e o comprimento pode alcançar 1- EMPRESA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E do tomate. O Biológico, 14 (5) : 103-
2 mm. No dorso observa-se uma secre- EXTENSÃO RURAL DO DISTRITO 8,1948.

Informe Agropecuário, Belo Horizonte,!Q (113) maio/19M 67

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