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CAPÍTULO XII

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Ordem DERMAPTERA

126. Caracteres. - Os insetos desta ordem são facilmen-


te reconhecidos pela presença de uma pinça cornea na extre-
m i d a d e do a b d o m e n .
Em geral são de pequeno porte, variando o comprimento,
nas especies, de 2,5 a pouco mais de 40 mm. Corpo estreito,
atenuando-se ou dilatando-se para a parte posterior, mais ou
menos deprimido na maioria das especies e, quasi sempre, de
tegumento fortemente esclerosado e brilhante, de côr parda
mais ou menos escura, apresentando, em algumas especies,
partes amareladas ou, mais raramente, de outras côres.

127. Anatomia externa. - Cabeça, em geral, cordiforme,


horizontal, prognata, livre. Olhos compostos bem desenvolvi-
dos; ocelos ausentes. Aparelho bucal mastigador, semelhante
ao dos Ortopteros. Antenas filiformes ou quasi moniliformes,
de 10 a 50 segmentos, variando este numero, numa mesma
especie, á proporção que o inseto se desenvolve.
Torax com os tergitos mais desenvolvidos que os esterni-
tos; protorax livre, pronotum, o mais desenvolvido dos tergi-
tos dorsais, com bordos laterais cortantes; mesonotum, em al-
gumas especies (Pygidicrana) com um scutellum triangular
ou semi-orbicular, saliente como nos coleopteros e perfeita-

90 Gr. derma, pele; pteron, asa.


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mente visivel na base dos elitros. Asas, quando presentes, re-


curtos, subquadrados, truncados posteriormente e, quando
reunidos na linha mediana do corpo, formando uma sutura
reta, como nos Coleopteros (elytros) e por um par de veda-
presentadas por um par de apendices anteriores coriaceos;

Fig. 93 - Pygidicrana v-nigrum Serville, 1839 (tamanho natural: cerca de


40 milimetros).

deiras asas, grandes, semi-circulares, membranosas em sua


maior extensão, porém, tendo, na região costal, duas partes
esclerosadas uma distal e outra proximal; esta, mais quitini-
zada que a outra, quando as asas se dobram sob os elitros, fica
sempre exposta atrás do elitro correspondente.
O dobramento das asas nestes insetos faz-se de modo sin-
gular. Além de se dobrarem em pregas de leque, isto é, no
sentido radial, como nos d e m a i s insetos ortopteroides, do-
bram-se, tambem, duas vezes, transversalmente, como nos
Coleopteros. Graças a esta arrumação, as asas destes insetos,
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bastante grandes em relação com os elitros, quando não dis-


tendidas, ficam quasi inteiramente por êles protegidas. Daí
os nomes Euplecoptera e Euplexoptera, aplicados para esta
ordem de insetos.
Os elitros e as asas variam consideravelmente, havendo
muitas especies completamente apteras.
Pernas do tipo cursorio, apresentando, pouco mais ou
menos, as mesmas dimensões em todos os pares. Tarsos tri-
m e r o s e g e r a l m e n t e desprovidos de e m p o d i u m ou a r o l i u m .
Abdomen alongado, aderente, deprimido, exceto em al-
gumas especies (Diplatys, - Cylindrogaster) com os tergitos
e esternitos obliquamente imbricados ou cavalgando uns so-
bre os outros, o que permite uma grande flexibilidade desta
parte do corpo. Ha 11 uromeros, sendo o 1º fundido como o
metatorax e o 11° representado por um pequeno pygidium.
O 1º esternito é sempre invisivel. Nos machos ha 8 esternitos.
visiveis (2-9) e na femea apenas 6 (2-7).
Abaixo do 10° tergito e em relação com o anus, ha, de
cima para baixo, o 11° tergito (pygidium ou placa supra
anal), o metapygidium, que representa o vestigio do 12° ter-
gito e o telson, constituindo estas peças os chamados opistho-
meros, cujo aspecto tem grande importancia na classificação
destes insetos. Femeas com ou sem vestigios das gonapofises
dos e s t e r n i t o s 8 e 9.
No 10° ou ultimo tergito inserem-se os cércos, em forma
de pinça ou forceps, chamados caliperos, mais ou menos des-
envolvidos e quitinizados. Em algumas especies os caliperos
são bastante grandes, podendo mesmo ter comprimento igual
ao do resto do corpo. Em geral, nos machos, têm os ramos
mais longos, incurvados e fortemente denteados e, nas femeas,
mais curtos, paralelos e inermes.
Em algumas especies a pinça dos machos oferece varia-
ções consideraveis no tamanho e na forma, observando-se, as-
sim, além do dimorfismo sexual, um polimorfismo unisexual.
Os caliperos, além de serem armas de defesa e de ataque, fa-
cilitam a arrumação das asas sob os elitros e a aproximação
dos sexos na copula.
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Muitos Dermapteros apresentam, de cada lado do 3° e 4°


urotergitos, um pequeno tuberculo no qual se abre o canal
excretor de glandulas que secretam um fluido fetido.

Fig. 94 - Dermaptero com as asas abertas (X 7,5).

128. Anatomia interna. - Stomodaeum com ingluvia e


proventriculo desenvolvidos; mesenteron sem cégos gastricos.
Tubos de Malpighi mais ou menos numerosos, delgados, alon-
gados e grupados em feixes. Sistema traqueal comunicando
com o exterior mediante 2 pares de espiraculos toracicos e 8
abdominais. Testículos constituidos por um par de foliculos
alongados; vesícula seminal relativamente grande, recebendo
os 2 vasos deferentes e dela partindo um ou 2 canais ejacula-
dores, que terminam num penis simples ou duplo. Ovarios de
aspecto variavel nas duas principais familias.

129. Reproducção. Postura. Desenvolvimento post-em-


brionario. - Na copula o macho, recuando o corpo, procura
levantar, com os caliperos fechados, o abdomen da femea de
modo a aproximar os orificios genitais; quando estes ficam
em contacto, os 2 individuos se dispõem em linha reta, ou
formam um angulo obtuso ou agudo. Ora é a femea que se
desloca arrastando o macho, ora. ocorre o inverso.
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Os ovos são postos no solo ou sob algum abrigo, em lugar


úmido. Deles se originam formas jovens muito semelhante ás
adultas, tambem providas de céreos unisegmentados (ex-
cepto em Diplatys, cujos jovens têm os cércos articulados),
porém, desprovidos de quaisquer apendices alares. Mais tar-
de, depois de algumas transformações, surgem as ninfas, pro-
vidas de técas alares, e finalmente as formas adultas. Reali-
sa-se, assim, o desenvolvimento por paurometabolia.
Nada se sabe respeito ao ciclo evolutivo das especies que
vivem no Brasil.

130. Habitos. Importancia economica. - Desde DE GEER


(1773) que se conhece os habitos da Forficula auricularia L.
um dos mais famosos Forficulideos do mundo.

Fig. 95 - Forficula auricularia L., 1758, no ninho (De Fulton, 1924).

Foi esse autor que, pela primeira vez, referiu o cuidado


com que a Forficula femea trata os ovos e o verdadeiro cari-
nho materno que dispensa para os jovens que deles saem. As
observações DE GEER foram recentemente confirmadas e am-
pliadas por FULTON (1924) e KERVILLE (1931).
Os Dermapteros são insetos de habitos terrestres. Rara-
mente são vistos em atividade durante o dia, e como têm,
como as baratas, um tigmotropismo positivo, ficam então es-
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condidos sob a casca dos troncos, em fendas muito estreitas,


entre pedras ou no solo. Á noite, porém, mostram-se muito
ativos e geralmente vêm aos focos de iluminação. Pousando
no solo, deslocam-se agilmente, quasi sempre com a extremi-
dade do abdomen voltada para cima e com os caliperos bem
afastados, em atitude ameaçadora, porém, para nós inteira-
mente inofensiva.
Conquanto os Dermapteros apresentem, ás vezes, habitos
predadores e canibais, habitualmente se nutrem de substan-
cias vegetais, p r i n c i p a l m e n t e de polen e da pol pa de f r u t a s
já abertas e em decomposição. Frequentemente atacam peta-
los e o u t r a s p a r t e s das flores, t o r n a n d o - s e e n t ã o p r e j u d i c i a i s .
Assim é que a F o r f i c u l a aricularia, especie européa, i n t r o d u -
zida nos E s t a d o s Unidos, t e m aí c a u s a d o g r a n d e s danos a
p l a n t a s h o r t i c o l a s e de j a r d i m . Os N o r t e - A m e r i c a n o s comba-
tem as formas jovens e ninfas espalhando no solo infestado
fragmentos de massa de farinha de trigo envenenada pelo
verde P ar is ou o u t r o a r s e n i c a l . Q u a n d o as n i n f a s p a s s a m p a r a
as flores estas são pulverizadas com uma solução sabonosa de
sulfato de n i c o t i n a a 40 %.

131. Classificação. - Ha na ordem Dermaptera mais


de 900 especies descritas, das quais, perto de 200 são da re-
giâo neotropica. Algumas especies, transportadas de um país
para outro, são hoje cosmopolitas. É o que se verifica com
Anisolabis annulipes (Lucas, 1847), Anisolabis marítima
(Gené, 1832) e Labidura riparia (Pallas, 1773).
Encontrei-as em material colhido na Ilha da Trindade
pelo P r o f . B. BRUNO LOBO.
A ordem, segundo BURR, compreende 3 grandes subor-
dens: Forficulina, Hemimerina e Arixenina. Esta tem apenas
a família Arixeniidae, representada pelo genero unico Arixe-
nia, com 2 especies A. esau Jordan, 1909, de Sarawak e A. ja-
cobsoni Burr, de Java, ambas apteras, de olhos vestigiais e
cércos arqueados e pilosos, porém não corneos como nos de-
mais D e r m a p t e r o s .
A primeira especie citada foi encontrada no saco peitoral
de um morcego e a segunda em guano, numa gruta cheia de
morcegos.
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A subordem Hemimerina, que na chave geral das ordens


de insetos (secçâo 17) está incluida na ordem Dermaptera, é
estudada no capítulo seguinte como u m a ordem á parte.
A subordem Forficulina compreende as familias Pygidi-
cranidae, Labiduridae, Labiidae e Forficulidae.

1 Metapygidium (11º tergito) e telson presentes, sob a forma


de duas pêquenas placas atrás do pygidium; pygidium
(10° tergitol simples, nunca com processos complicados;
aedoegus (penis) duplo ...................................................................................... 2
1' Metapygidium (11º tergito) e telson ausentes ou rudimen-
tares; pygidium bem desenvolvido, frequentemente com
processos complicados; aedoegus simples ................................................................ 3

2(1) Metapygidium (11º tergito) e telson não reduzidos, quasi


tão grandes quanto o pygidium, que é relativamente pe-
q u e n o ; c a b e ç a d e p r i m i d a , t r u n c a d a ou c o n c a v a , p o r é m
não emarginada atrás; femures comprimidos e geralmen-
te carinados .................................................. Fam. Pygidicranidae 91
.......... (superfam. Pygidieranoidea; Pygidicraniales)
2 M e t a p y g i d i u m e telson muito reduzidos, muito m e n o r e s que
o p y g i d i u m que é r e l a t i v a m e n t e m u i t o g r a n d e ; f e m u r e s
não comprimidos ou carinados ........................ Fam. Labiduridae 92
........................................................ (superfam. Labiduroidea; Labidurales)

3(1') Segundo artículo dos tarsos simples, nem lobulado nem di-
latado ....................................................................................... Fam. Labiidae 93
............................................................................... (superfam. Labioidea; Labiales)
Segundo articulo dos tarsos lobulado ou dilatado .............................................
.......................................................................................... Fam. Forfieulidae 94
.......................................................... (superfam. Forficuloidea; Forficulales

Com especies da região neotropica ha as seguintes sub-


famílias: Diplatyinae, Pygidieraninae, Pyragrinae (da famí-
lia Pygidicranidae), Esphalmeninae, Psallidinae, Labiduri-
nae, Parisolabinae, Brachylabinae (da família Labiduridae),
Pericominae, Strongylopsalidinae, Sparattinae, Spongiphori-
nae (da família Labiidae), Anechurinae, Forficulinae, Neolo-

91 Gr. pyge. a parte posterior do corpo (podex); dicranos, biceps forca.


92 Gr. labe, pínça; oura, cauda.
93 Gr. labe, presilha, pinça.
94 Lat. forficula, tesoura pequena.
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bophorinae, Ancistrogastrinae e Opisthocosminae (da famí-


lia Forficulidae).

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Ver outros trabalhos deste autor na bibliografia de Orthoptera
( s e c ç ã o n° 6 8 ) .
R I B E I R O P. M I R A N D A
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