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Cerambycidae

família de coleópteros

Os Cerambicídeos (Cerambycidae), comument e denominados de serra-pau compreendem


uma família de inset os pert encent es à ordem Coleopt era. Est a é uma das maiores famílias de
besouros, possuindo mais de 25.000 espécies descrit as.[1] Apresent am muit íssimas e variadas
formas, cores e t amanhos e exist em em t odos os cont inent es, excet o apenas na Ant árt ida,
predominando nas áreas t ropicais. Em sua maioria, vivem ent re as plant as, sendo algumas
espécies exclusivament e arborícolas. Dent re est as, algumas são consideradas pragas
pot enciais, causando danos ao cult ivo de diferent es t ipos de frut as, grãos e at é mesmo no
cult ivo da madeira (t ais como o de Pinus ).
Cerambycidae

Batus barbicornis

Classificação científica
Reino: Animalia

Filo: Arthropoda

Classe: Insecta

Ordem: Coleoptera

Subordem: Polyphaga

Infraordem: Cucujiformia

Superfamília: Chrysomeloidea

Família: Cerambycidae
Latreille, 1802

Subfamílias

Anoplodermatinae
Apatophyseinae
Cerambycinae
Dorcasominae
Lamiinae
Lepturinae
Necydalinae
Parandrinae
Prioninae
Spondylidinae
Est es besouros geralment e t êm como caract eríst ica not ável as longas ant enas art iculadas
que possuem, em muit os casos, t endo mais que o dobro do t amanho do próprio corpo do
inset o. Apesar da grande maioria das espécies não serem muit o vist osas, o format o int rigant e
somado às grandes dimensões que det erminadas espécies at ingem, chamam a at enção de
colecionadores ligados à área da Ent omologia ou mesmo de amadores em t odo o mundo.
Graças a essa procura, algumas espécies exót icas t êm sido vít imas do t ráfico de animais
silvest res - o que com o apoio do desmat ament o e da dest ruição de seus habit at s nat urais,
t êm colocado um grande número de espécies em risco considerável de ext inção.

Características
Os t amanhos e cores dos cerambicídeos variam muit o de acordo com a espécie. Enquant o
alguns exemplares são diminut os, out ros figuram ent re os maiores inset os do mundo, como é
o caso do Titanus giganteus da Florest a Amazônica. Exemplares dest a espécie alcançam
quase 20 cent ímet ros de compriment o.[2]

Out ras grandes espécies de cerambicídeos amazônicos são a Macrodontia cervicornis (que
at inge 16 cent ímet ros de compriment o) [2] e t ambém o Acrocinus longimanus (que at inge 15
cent ímet ros de compriment o),[3] sendo ambos igualment e muit o conhecidos por sua beleza
singular. Apenas os besouros do gênero Dynast es rivalizam em t amanho com t ais
cerambicídeos.
Morfologia

1. olho composto 8. abdome


2. cabeça 9. Veia Costa
3. pronoto 10. Veia Subcosta
4. élitro 11. Veia Radial
5. escutelo 12. Veia Media
6. Mesonoto 13. Veia Cubital
7. Metanoto 14. Veia Anal

Como ocorre em prat icament e t odos os inset os, os besouros cerambicídeos adult os
possuem um corpo dividido em t rês t agmas: cabeça, t órax e abdome.

Cabeça
Est ão present es na maioria das espécies de cerambicídeos olhos compost os relat ivament e
grandes (em especial, quando comparados com os de out ras famílias de besouros. O par de
ant enas que possuem quase sempre é muit o comprido, em muit os casos as ant enas são t ão
longas quant o o próprio corpo do besouro, caract eríst ica principalment e dos machos.[4]
Tórax
O prot órax dos cerambicídeos é geralment e mais est reit o que o rest o do corpo do inset o. É
comum algumas espécies possuírem t ubérculos ou espinhos nas lat erais do prot órax.
Possuem t rês pares de pernas ligadas ao t órax, sendo que em algumas subfamílias (t ais como
Prioninae) apresent am uma série de espinhos dist ribuídos pelas pernas.[4]

Abdome
Possuem élit ros muit o bem desenvolvidos, em alguns casos são espinhosos no ápice. As asas
são igualment e bem desenvolvidas, porém, exist em gêneros com asas at rofiadas ou
inexist ent es. O abdome possui cinco divisões chamadas de esternitos , embora alguns machos
de det erminadas espécies possam apresent ar at é seis desses segment os.[4]

Hábitos

Espécie de cerambicídeo que se


alimenta do pólen das flores.

Os indivíduos adult os são fit ófagos, vivendo em meio às árvores ou plant as das quais se
aliment am suas larvas. Algumas espécies permanecem sobre as flores, se aliment ando de
pólen. Out ras se aliment am de frut os maduros que se rompem ao cair no solo. Os indivíduos
adult os não cost umam ser nocivos aos veget ais, com exceção apenas daqueles conhecidos
popularment e como "serradores" ou "serra-paus".[5] Cont udo, só at acam árvores vivas que
apresent em alt erações nas suas condições fisiológicas.[6] [7]
Árvore derrubada por serra-pau em
Araçariguama, no estado de São Paulo

Est es besouros, apesar do t amanho que podem possuir, voam muit o bem. Não raro são
capt urados à quilômet ros de dist ância de sua mat a de origem, em muit os casos, por serem
at raídos por luzes fort es provenient es de casas, acampament os ou de cidades circunvizinhas.
A grande maioria dos cerambicídeos, quando capt urados, produzem um ruído est rident e bem
caract eríst ico result ant e do esfregament o da superfície inferior do pronot o cont ra a face
superior do mesonot o, part es essas t ransversais e finament e enrugadas.[5]

Reprodução

Câmaras abertas por larvas de


cerambicídeos num tronco de
árvore.

Os cerambicídeos deposit am os seus ovos nos galhos ou t roncos de plant as hospedeiras


vivas, mort as ou já abat idas, dependendo da espécie. Desses ovos saem, algum t empo
depois, larvas (ou brocas), cujo comport ament o pode variar segundo o grupo a qual
pert encem. Algumas vivem em t úneis ou galerias que elas próprias const roem na ent recasca
(part e mais int erna da casca de uma árvore), às vezes circundando-a; out ras perfuram na
madeira t úneis mais ou menos alongados, longit udinais e de secção elípt ica, t odavia não t ão
achat ada quant o as galerias dos Buprest ideos.[5]
Exemplos de espécies da
família

1. Arhopalus cubensis
2. Arhopalus hispaniolae
3. Arhopalus pinetorum
4. Arhopalus rusticus
5. Arhopalus syriacus

Referências

1. "cerambycoidea.com", em artigo
intitulado: "RECENT RECORDS OF
RARE AND NEW FOR UKRAINIAN
CARPATHIANS SPECIES OF
LONGHORN BEETLES (http://web-jap
an.org/kidsweb/archives/cool/99-07-
09/beetles.html) ". Acessado em 27
de Agosto de 2011.

2. LIMA, A DA COSTA. "Insetos do


Brasil (http://www.acervodigital.ufrrj.
br/insetos/insetos_do_brasil/conteud
o/tomo_09/21_cerambycidae.pdf) ",
Tomo 9, página 67.

3. "cerambycoidea.com", em artigo
intitulado: "Sexual Selection and
Sexual Dimorphism in the Harlequin
Beetle Acrocinus longimanus (http://
horizon.documentation.ird.fr/exl-doc/
pleins_textes/pleins_textes_7/b_fdi_
55-56/010023131.pdf) ". Acessado
em 27 de Agosto de 2011.
4. LIMA, A DA COSTA. "Insetos do
Brasil (http://www.acervodigital.ufrrj.
br/insetos/insetos_do_brasil/conteud
o/tomo_09/21_cerambycidae.pdf) ",
Tomo 9, páginas 67-70.

5. LIMA, A DA COSTA. "Insetos do


Brasil (http://www.acervodigital.ufrrj.
br/insetos/insetos_do_brasil/conteud
o/tomo_09/21_cerambycidae.pdf) ",
Tomo 9, páginas 70-71.

6. G.P., Hosking, (1973). «Zyleborus


saxeseni, its life-history and flight
behaviour in New Zealand» (http://ag
ris.fao.org/agris-search/search.do?re
cordID=US201303276554) . New
Zealand journal of forestry science
(em English). ISSN 0048-0134 (http
s://www.worldcat.org/issn/0048-013
4)

7. Gomes Gonçalves, Marcos Paulo.


«Relationship Between
Meteorological Conditions and
Beetles in Mata de Cocal» (http://ww
w.scielo.br/scielo.php?script=sci_abs
tract&pid=S0102-778620170004005
43&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt) .
Revista Brasileira de Meteorologia.
32 (4): 543–554. ISSN 0102-7786 (ht
tps://www.worldcat.org/issn/0102-7
786) . doi:10.1590/0102-
7786324003 (https://dx.doi.org/10.1
590%2F0102-7786324003)
Ver também

Dynastinae

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title=Cerambycidae&oldid=65107403"

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