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CAPÍTULO XVIII

Ordem CORRODENTIA118

184. Caracteres. - Insetos, em geral, pequenos, tendo,


no maximo, 15 mm. de comprimento, de côr esbranquiçada,
acinzentada ou parda-olivacea; algumas especies das regiões
tropicais apresentam côres vivas e maculas ou desenhos ca-
racterísticos, principalmente na cabeça e nas asas; apteros ou
alados, neste caso com 4 asas desiguais, as anteriores maiores
que as posteriores; cabeça com uma bossa frontal mais ou
menos saliente. Desenvolvem-se por p a u r o m e t a b o l i a .

185. Anatomia externa. - Cabeça relativamente gran-


de, hipognata, apresentando a prefonte (post-clypeus, de al-
guns autores) notavelmente saliente. Olhos, em geral, gran-
des, mais desenvolvidos nos machos que nas femeas; ás vezes,
porém, reduzidos a alguns omatidios (Troctes). Ocelos (3)
presentes nas formas aladas. Antenas filiformes ou monili-
formes, de 13 a 50 segmentos. Aparelho bucal mandibulado,
de tipo altamente especializado e caracteristico. Mandibulas
denteadas, assimetricas, tendo, perto da base, uma area mas-
tigadora corrugada. Maxilas com a galea normal, palpo gran-
de, de 4 segmentos e palpifero bem saliente no estipe; na parte
interna de cada galea ha um sulco longitudinal, no qual des-
lisa uma peça esclerosada, geralmente dilatada e denteada no
apice, em forma de cinzel, com a base repousando no faringe.

118 Lat. corrodens, que corroe.


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Tais peças (apendices estiliformes), caracteristicas da ordem


Corrodentia 119 pois não são encontradas no aparelho bucal
de mais nenhum inseto, são consideradas pela maioria dos au-
tores como lacinias altamente especializadas; podem proje-
tar-se fora da boca numa extensão consideravel, funcionando
mais como peças perfurantes. Labium muito curto, provido
de glossa e paraglossas completas, porém reduzidas; palpos
labiais vestigiais ou muito pequenos com um ou dois segmen-
tos; hipofaringe bem desenvolvido, provido de um par de lobos
esclerosados (superlinguae, maxillulae ou paragnathas). No
assoalho do faringe ha o esclerito post-oral do hipofaringe, de
BADONNEL (esclerito esofagiano, de SNODGRAS), homologo a
uma estrutura semelhante que se observa em Mallophaga.

Fig. 157 - Psocus sp. (× 6).

Torax com protorax pequeno, nas formas aladas escondi-


do por uma projeção do mesotorax; metatorax pequeno, quasi
sempre fundido com o mesotorax, formando um verdadeiro

119
Dai o nome Copeognatha, dado a estes insetos, de kopeus, cinzel e gna-
thos, maxilas.
CORRODENTIA 337

pterothorax. Pernas subiguais, ambulatorias, ás vezes, porém,


as posteriores com os femures notavelmente dilatados na parte
proximal (Troctes). Tarsos de 3 ou 2 articulos nas formas

Plp, palpo maxilar (por baixo vêm-se os apendices estilifor-


fronte; Ge, genae; Md, mandibula; Oc, oceIo; Pclp, post-clypeus;
Fig. 158 - Cabeça de Psocus sp.; á esquarda, vista de face.
á direita, vista de perfil; Aclp, ante-clypeus; Ant, antena; Fr,

mes); Vx, vertex.

adultas; nas formas jovens, porém, sempre dimeros; pretarso


com um par de garras e, entre elas, geralmente um empo-
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dium de forma variavel nas especies. Asas (4) membranosas,


desiguais, as anteriores sempre maiores que as posteriores, em
repouso dispostas em telhado sobre o abdomen, ás vezes re-
vestidas de escamas; tais escamas, longitudinalmente estria-
das, podem cobrir outras partes do corpo, e, como nos Lepi-
dopteros, d a r origem a belas côres e s t r u t u r a i s . As asas p o d e m
f a l t a r c o m p l e t a m e n t e ou serem mais ou m e n o s reduzidas. E m
algumas especies as anteriores são desenvolvidas sendo, po-
rém, as posteriores atrofiadas ou representadas por espansões
do tegumento, quasi invisiveis (Psoquilla). Asas anteriores,
f r e q u e n t e m e n t e com p t e r o s t i g m a esclerosado.

Fig. 169 - Cabeça de Psocus sp., vista de trás; o labium (Pgl + Pll)
acha-se voltado para o buraco ou foramen ocipital, afim de se poder
vêr as superlinguae; Ga, galea; Hphy, hipofaringe; Le, lacinia; Lm,
labrum; Md, mandibula; Pgl, paraglosa; Pll, palpo labial; Plm, palpo
maxilar; Slin, superlinguae.

O sistema de nervação, em ambas as asas, é caracteris-


tico. Todavia, como observou ENDERLEIN (1908) e como tam-
bem verifiquei em Psoquilla, notam-se variações considerareis,
CORRODENTIA 339

não somente nas asas de 2 indivíduos da mesma especie, como


nas de um mesmo indivíduo.
Multas especies, providas de asas bem desenvolvidas, qua-
si nunca delas se utilizam; geralmente correm ou saltam, mes-
mo quando perseguidas.
Abdomen de 9 a 10 segmentos, desprovido de cércos dis-
tintos. Genitalia do macho apenas desenvolvida. Femeas sem
ovipositor.

186. Anatomia interna. - Tubo digestivo com longo eso-


lago terminando, no começo do abdomen, numa dilatação for-
mada pelo papo e proventriculo; mesenteron fortemente cur-
vado em U, que se continua num curto proctodaeum; com
4 tubos de Malpighi. Sistema glandular representado prin-
cipalmente por 2 pares de glandulas tubulosas, de estrutura
diferente, que se estendem até a cavidade abdominal; a glan-
dula mais longa, ventral, segundo RIBAGA, secreta a saliva e a
mais curta o fio de seda com que estes insetos tecem a cober-
tura dos ninhos.
Sistema traqueal, segundo RIBAGA, com 3 pares de es-
tigmas toracicos e um par em cada um dos 6 primeiros uro-
meros.
Sistema nervoso altamente concentrado; além da massa
ganglionar cefalica (ganglios cerebroides e infra-esofagianos),
ba apenas os seguintes centros ganglionares: um protoracico,
um meso-toracico e um abdominal, este parcialmente situa-
do no metatorax.
Testículos simples ou lobulados; em relação com o canal
ejaculador ha um par de grandes vesículas seminais e outro
de glandulas de mucus que secretam o envoltorio dos esper-
matoforos. Ovarios representados por 3 a 5 ovariolos; ovidu-
tos muito curtos; em relação com a vagina, uma pequena es-
permateca globulosa.

187. Desenvolvimento. - Os ovos são dispostos isolada-


mente ou em massas de alguns ou muitos ovos (80 a 90). Em
varias especies, a femea, depois de pôr uns 10 ovos, cobre-os
com substancia escrementicial, que, depois de seca, fica com
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o aspecto de um minusculo salpico de lama. Em quasi todos


os casos, porém, feita a postura, ela protege os ovos com uma
teia de fios de seda. O d e s e n v o l v i m e n t o realiza-se r a p i d a m e n -
te ( n u m mez a p r o x i m a d a m e n t e ) , por p a u r o m e t a b o l i a , h a v e n -
do de 4 a 6 estadios de f o r m a s jovens. As técas alares s u r g e m
depois da 2ª muda.

188. Habitos e importancia economica. - Quasi nada se


sabe respeito á biologia das especies que vivem em nosso ter-
ritorio.
As especies desta ordem alimentam-se de materia orga-
nica de origem-vegetal ou animal. Muitas são fungivoras.
As especies da subordem Parapsocida, em geral apteras,
com um pouco mais de 1 mm. de comprimento e de aspecto
pediculoide, são frequentemente encontradas em papeis e li-
vros velhos, nestes elas roem a goma do lombo. Não raro tam-
bem se as encontra nas coleções de insetos mal cuidados, que
podem ser por elas totalmente arruinadas. Algumas especies
da citada subordem, como Troctes divinatorius (Müller) e Tro-
giurn pulsatorium (L.) vulgarmente conhecidas na Europa,
pela designação - "relogio da morte", foram introduzidas
pelo homem nas demais regiões da terra. Aliás, a primeira es-
pecie recebeu o nome cientifico divinatorius, correspondente
áquele nome vulgar, por se acreditar que, á noite, produzisse
ruídos ritmados, como o tic-tac de um relogio, interpretados
pelos supersticiosos como aviso de morte proxima de qualquer
pessoa da casa. Tais ruídos, provavelmente apêlos sexuais da
femea, foram verificados por SOLOWIOW (1924) e PEARMAN
(1928), somente em Trogium pulsatorium e são produzidos
quando o inseto bate a parte saliente do esternito pregenital
de encontro a superfície em que repousa. As especies de Tro-
ctidae são tambem encontradiças em péles de mamiferos e en-
tre as penas das aves. Possivelmente aí se criam e se alimen-
tam, como os Malophagos, de peliculas do tegumento e de ou-
tras produções epiteliais.
Ha tempos enviaram-me para determinar exemplares de
um Psocideo, apanhados, no Rio de Janeiro, "em um muro
caiado". Tendo verificado tratar-se de uma especie de Pso-
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quilla (=Psocinella Banks, 1900 - Axinopsocus Enderlein,


1904), p u d e t a m b e m o b s e r v a r n e s s e s e x e m p l a r e s t o d o s os c a -
racteres de Vulturops termitorum Townsend, 1912, especie
tipo do genero Vulturops, por sua vez tipo da subfamilia VuI-
turopinae. Tambem Vulturops floridensis Corbett & Hargrea-
ves, 1915, me parece identico a especie descrita por TOWNSEND.
Os nossos exemplares, apanhados no mesmo local e na mesma
ocasião, exibem nas asas as variações notaveis que se pode
ver na fig. 161, aliás já assinaladas por ENDERLEIN (1908)
para a Psoquilla microps.

Fig. 160 - Asas de Psocus sp. (Fam. Psocidae); Ap, areola postica;
P t, p t e r o s t i g m a .

As especies da subordem Eupsocida são habitualmente


vistas na face inferior das folhas das plantas ou sobre o tron-
co d a s a r v o r e s , e m n i n h o s m a i s o u m e n o s p o p u l o s o s , c o b e r t o s
p o r u m véo o u t e l a de fios de s e d a . Ás v e z e s t a i s n i n h o s s ã o
bastante grandes e deles emigram, como numa enxamagem,
as f o r m a s a l a d a s , q u e p o u s a m g r e g a r i a m e n t e n o s t r o n c o s d a s
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arvores, cobrindo-os numa grande extensão ENDERLEIN des-


creveu os habitos de Archipsocus brasilianus End., 1907, ob-
servado no Pará pelo Dr. HAGMANN, e BORGMEIER (1928) O ni-
nho de Epipsocus borgmeieri Karny, 1926.
As especies que se encontram sobre plantas ou são sa-
profagas ou micofagas, aí vivendo sem prejudica-las. Even-
tualmente, dizem os autores, podem transportar esporos de
fungos parasitos, sendo portanto prejudiciais. Porém, como
tambem eventualmente podem devorar Coccideos, em ultima
analise não se as deve considerar como insetos realmente da-
ninhos. Têm sido, todavia, observados danos de alguma im-
portancia, em milho e outras sementes, causadas por especies
de Corrodentia. Assim, na Baía, segundo BONDAR, O Archip-
socus brasilianus prejudica as plantas do genero Citrus. Eis o
que êle escreveu respeito a e s t a especie:

"Os ovos de côr amarella luzidia, são alongados, de um


terço de millimetro de comprimento. São depositados em gru-
pos de algumas dezenas ou centenas, um perto de outro, nas
folhas verdes ou mortas, envolvidos na teia. As larvas ecloem
poucos dias depois da desova, e logo apparecem activas, cor-
rendo com ligeireza entre as teias e nas folhas.
O insecto alimenta-se principalmente das partes mortas
da planta, que elle carcome. Verifica-se frequentemente que
os brotos envoltos em teia, não se desenvolvem, por serem
tambem carmomidos pelo insecto, pelo menos, parcialmente.
É preciso dizer-se que as lesões causadas pelas mandibulas
do insecto em caso algum justificam a morte rapida das fo-
lhas e dos galhos envoltos na teia. A influencia do insecto
é, antes mecanica, indirecta. A folhas presas pelas teias, re-
torcidas em posições forçadas, apertadas umas contra as ou-
tras, morrem asphyxiadas, ou antes queimadas pelo calor,
pois recebendo a luz solar, condensam a temperatura nas
bolas entre as teias, que impedem a circulação do ar.
A doença manifesta-se em todas as aurantiaceas, com
maior intensidade nos limoeiros e nas cidreiras. No Estado
da Bahia observamos esta enfermidade nos laranjaes da ca-
pital, no vale do rio Iguape como tambem no Sul do Estado.
Além das aurantiaceas o insecto é encontrado frequentemen-
te nos troncos de oitizeiros, não acarretando entretanto da-
mnos visíveis, pois não envolve as folhas, limitando-se a fazer
suas teias nos troncos.
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Tratamento - O modo de combater este insecto consiste


em passar a vassoura de piassava nos troncos e ramos gros-
sos, envolvidos em teia. A vassoura é melhor embebel-a com
carbolineum Kaukmann a 3% na agua, ou emulsão de ke-
rozene, ou solução de Nosprasit. Os ramos finos limpam-se,
retirando-se as folhas mortas e emboladas e os galhos seccos.

Fig. 161 - Variações no sistema de nervação de Psoquilla sp. (Fam.


Psoquillidae); as 2 asas da esquerda são de um mesmo exempIar; a da
direita, de outro exemplar apanhado no mesmo local e na mesma oca-
sião, tem o aspecto observado em Vulturops.

Feita esta limpesa, pulveriza-se abundantemente a arvo-


re, com jacto forte de pulverisador, applicando-se uma solu-
ção de emulsão de kerozene e sabão, ou Nosprasit, em agua
a dois por cento. Este ultimo insecticida, além de matar os
insectinhos pelo contacto directo, actuará tambem, envene-
nando-lhes o alimento".

189. Classificação. - Ha cerca de 400 especies descritas


desta ordem, das quais perto de 200 são da região neotropica.
A ordem, segundo TILLYARD (1923), compreende 2 sub-
irdens Parapsocida e Eupsocida, que se distinguem pelos se-
guintes caracteres:
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Asas anteriores com Cu 2 e 1A divergentes; antenas com 15


a 47 segmentos, raramente com outro numero; tarsos sem-
pre de 3 segmentos .................................................................. Parapsocida.

Fig. 162 - Asa anterior de Caeciliidae.

Asas anteriores com Cu 2 e 1A convergentes ou encontran-


do-se no apice; antenas com 13 artículos raramente com
outro numero; tarsos dimeros ou trimeros ................. Eupsocida

Fig. 163 - Asa anteror ide Thyrsophoridae (x 11).

A subordem Parapsocida compreende as familias: Phyl-


lipsoeidae, Perientomidae, Lepidopsocidae, Psoquillidae, Tro-
giidae, Troctidae, Archipsocidae.
Á subordem Eupsocida pertencem as familias: Mesopso-
cidae, Myopsocidae, Caeciliidae, Psocidae, Amphientomidae e
Thyrsophoridae.
Excetuando as familias Perientomidae e Archipsocidae, da
subordem Parapsocida e a arcaica família Amphientomidae da
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subordem Eupsocida, as demais familias têm representantes


na região neotropica. Peculiar a esta região é a familia Thyr-
sophoridae, altamente especializada, com os mais belos e
conspicuos representantes da ordem, alguns dos quais podem
atingir 15 mm. de comprimento, com 22 a 25 mm. de enverga-
dura de asas. Apresento a seguir a chave para distinção das
famílias como se acha no livro de BRUES & MELANDER (1932).

1 Tarso de tres artículos (Trimera) .......................................................................... 2


1' Tarso de dois artículos (Dimera) ..................................................................... 10

2(1) Torax composto de 3 partes distintas; mesotorax separado


do metatorax por uma sutura; geralmente alados, rara-
mente com as asas reduzidas ou ausentes ............................... 3
2' Torax composto de 2 partes; mesotorax e metatorax fundi-
dos e sem sutura entre si; asas geralmente ausentes,
quando presentes, sem nervuras em forquilha; segundo
segmento dos palpos sem orgãos sensoriais claviformes
..................................................................... Troctidae 120 (Liposcelidae)

3(2) Asas presentes protorax muito menor que o mesotorax 4


3' Asas anteriores ausentes ou muito pequenas e sem nervu-
ras; asas posteriores ausentes; protorax maior que o me-
sotorax ........................................... Trogiidae (Atropidae 121; Lepidillidae)

4(3) Asas bem desenvolvidas, com nervação completa .............................. 5


4' Nervação das asas incompleta, asas anteriores ovais ou ar-
rendondadas e muito espessadas; nervuras geralmente
muito largas; asas posteriores reduzidas ou ausentes; sem
escamas ............................................................................. Psoquillidae 122

5(4) Segundo ramo de Cu e lA da asa anterior encontrando-se


ou aproximando-se uma da outra no apice ........................................ 7
5' Segundo ramo de Cu e lA da asa anterior divergindo para
o apice ou pelo menos não se aproximando uma da ou-
tra; corpo e asas revestidos de pêlos ou escamas; asas
mais ou menos ponteagudas; antenas com mais de 13
segmentos ................................................................................................... 6

120 Gr. troctes, comedor, roedor.


121 De Atropos, nome de uma das Parcas (Mitologia).
122 Gr. psoco, ou trituro, roo.
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Fig. 164 - Pedaços de folhas com pequenas colonias de Psoci-


deos da familia Caeciliidae, protegidos por fios de seda.; numa
das folhas vê-se urna postura no ponto indicado pela seta, (for-
temente aumentado).
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6(5') Asas posteriores com uma celula muito estreita, fechada na


base entre M e Cu; escamas das asas simetricas, igual-
mente curvadas nos 2 lados; antenas de 20 a 25 ar-
tículos ............................................................................................ Perientomidae
6' Asas posteriores sem uma celula fechada; escamas das asas
geralmente asimetricas; antenas com 26 a 47 segmen-
tos ......................................................................... Lepidopsocidae (Empheriidae)

7(5) Antenas de 13 segmentos ........................................................................ 8


7' Antenas de 22 a 25 segmentos; corpo e asas sem escamas; M
bi ou trifurcada; protorax visível de cima Phyllipsocidae

8(7) Corpo e asas sem escamas; apenas uma nervura anal na


asa anterior ............................................................................................... 9
8' Corpo e asas escamosos; 2 nervuras anais na asa ante-
rior ........................................................................................ Amphientomidae

9(8) Parte apical de Cu na asa anterior curvando-se fortemente


para diante em direção a M, porém sem toca-la; especies
muito pequenas ........................................................................... Mesopsocidae
9 Curvatura de Cu na asa anterior tangenciando M ou fun-
dindo-se com ela numa pequena distancia; especies
maiores .......................................................................................... Myopsocidae

10(1') Protorax bem desenvolvido, visível de cima, asas reduzidas


na femea; bem desenvolvidas no macho, porém com a
nervação incompleta .......................................................................... Archipsocidae
10' Protorax muito pequeno, invisivel de cima ...................................................... 11

Fig. 165 - Troctes divinatorius (Müller) (Fam. Troctidae)


(De O s b o r n , A g r i c . E n t o m . 1916, Fig. 4 4 ) .

123
Lt. caecus, cego
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11(10') Porção apical de Cu da asa anterior não se curvando for-


temente para diante ou, no caso de se curvar, não tangen-
ciando M .......................................................................................... Caeciliidae 123
11' Porção apical de Cu curvando-se para diante, tocando ou
fundindo-se com M numa pequena distancia ........................................................ 12
12(11') Segundo ramo do sector radial (R 4+5 ) fundindo-se com M
ou a ela ligado por uma nervura transversa; 3° e 4°
segmentos antenais alongados, mais espessos e mais den-
samente pilosos que os articulos seguintes; especies gran-
des ......................................................................................................... Thyrsophoridae 124
12' Segundo ramo do sector radial (R 4+5 ) livre de M; 3º e 4°
segmentos antenais semelhantes aos apicais .......................................... Psocidae

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124
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CORRODENTIA 349

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