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do Baço
SUMÁRIO
1. Definição e função...............................................................................................3
2. Anatomia descritiva.............................................................................................3
3. Anatomia topográfica..........................................................................................7
Referências.........................................................................................................................17
1. DEFINIÇÃO E FUNÇÃO
O baço consiste em uma massa oval, localizada na parte superolateral do
quadrante abdominal esquerdo, e que recebe proteção da parte inferior da caixa
torácica. Participa do sistema de defesa do corpo, sendo um local no qual há a proli-
feração de linfócitos e também onde ocorre a vigilância e resposta imune.
Atua basicamente na identificação, na remoção e na destruição de hemácias anti-
gas e de plaquetas fragmentadas, bem como na reciclagem de ferro e globina. Apesar
dessas funções, ele não é caracterizado como um órgão vital.
2. ANATOMIA DESCRITIVA
Possui uma cápsula serosa mais exterior que consiste em uma camada de peritô-
nio visceral, que circunda todo o baço, com exceção do hilo esplênico, constituindo a
sua túnica serosa.
Logo abaixo desta, o baço possui uma cápsula fibrosa, que consiste na túnica pro-
priamente dita desse órgão, formada por tecido fibroso, responsável por manter os
componentes da polpa esplênica em seus devidos lugares.
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A cápsula fibrosa forma trabéculas conforme adentra o parênquima do baço, con-
duzindo vasos sanguíneos que entram e saem pelo parênquima, além de formar uma
rede de sustentação para as células que formam a polpa esplênica, como vasos, ner-
vos e células do sistema imunológico.
Normalmente, o baço contém muito sangue, o qual é expelido periodicamente pa-
ra a circulação por ação do músculo liso presente em sua cápsula e nas trabéculas.
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Figura 2: Faces do baço.
Fonte: Vector Tradition/Shutterstock.com
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Figura 3: Anatomia sinusoidal.
Fonte: Autoria Própria
VISCERAL
DIAFRAGMÁTICA
POSTERIOR INFERIOR
CÁPSULAS HILO
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3. ANATOMIA TOPOGRÁFICA
Sabendo que a cavidade abdominal possui uma variedade de órgãos, músculos,
vasos venosos, arteriais e linfáticos, é muito importante compreender a relação entre
eles. Quanto ao baço, já mencionamos que ele está localizado no quadrante supero-
lateral esquerdo do abdome. Logo, pensando nessa região, vamos analisar as rela-
ções do baço nos planos anterior, posterior, medial, lateral, superior e inferior.
No plano inferior, observamos a íntima relação do baço com a flexura esquerda do
cólon, a qual serve de apoio para o órgão em questão, conectando-se a ele por meio
do ligamento esplenocólico (ou frenocólico).
Lateral e superiormente, o baço se relaciona com a face visceral esquerda do
diafragma.
Anterior e medialmente ao baço, temos o estômago. Ele toca a parede posterior
do estômago, estando unido à sua curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico.
Em uma vista medial e posterior, o baço está relacionado ao rim esquerdo, o qual
gera uma impressão na face de contato do órgão, uma concavidade que se encaixa
no formato do rim, ligando-se a ele por meio do ligamento esplenorrenal.
Posteriormente ao baço, tem-se a parte esquerda do diafragma, que o separa da
pleura, do pulmão e, com o recesso costodiafragmático, das costelas de IX a XI.
Normalmente, o baço não se estende para além da margem costal esquerda, a não
ser que esteja aumentado.
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Figura 4: Relação baço, cólon, costelas, diafragma e cauda do pâncreas.
Fonte: Macrovector/Shutterstock.com
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Hora da revisão! Lembrar que a palpação do baço é feita com
o paciente em decúbito lateral direito com a perna esquerda flexionada, es-
tando o examinador à esquerda do paciente (é a única em que essa posição é
adotada), com uma mão no dorso e a outra se aprofundando na região corres-
pondente ao baço do paciente.
4. IRRIGAÇÃO, DRENAGEM E
INERVAÇÃO DO BAÇO
A irrigação arterial do baço se dá principalmente por meio da artéria esplênica,
que é o maior ramo do tronco celíaco. Além disso, já comentamos da íntima relação
do baço com o estômago, de modo que uma parte do seu suprimento sanguíneo
advém de ramos tributários das artérias gástricas curtas e das artérias da região
gastroepiploica.
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Figura 6: Tronco celíaco e seus ramos
Fonte: robypangy/Shutterstock.com
A inervação do baço é feita por meio dos nervos esplênicos, que são ramos do
plexo celíaco, bem como pelo gânglio celíaco esquerdo e pelo vago homolateral,
sendo distribuídos ao longo dos ramos da artéria esplênica, possuindo principalmen-
te a função vasomotora.
Sabendo disso, faz sentido que as fibras nervosas terminem ao redor de vasos
sanguíneos e no músculo não estriado da cápsula e das trabéculas esplênicas.
Essas fibras são predominantemente simpáticas, majoritariamente noradrenérgicas
e vasomotoras, sendo relacionadas à regulação do fluxo sanguíneo através do baço.
Função vasomotora
Segmentos vasculares
Plexo celíaco Fibras simpáticas noradrenérgicas
Ramificações esplênicas
Drenagem venosa
Veias esplênicas
Veias pancreáticas
Veia porta
tributárias
FACES
MARGENS
HILO
PÂNCREAS
NERVOS ESPLÊNICOS ESTÔMAGO
GÂNGLIO CELÍACO ANATOMIA FLEXURA ESQUERDA DO
NERVO VAGO DESCRITIVA CÓLON
ANATOMIA
INERVAÇAO
TOPOGRÁFICA
BAÇO
DRENAGEM
IRRIGAÇÃO
LINFÁTICA
VEIA ESPLÊNICA
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