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do Fígado
e Vias
Biliares
SUMÁRIO
FÍGADO.............................................................................................................. 3
1. Introdução ..........................................................................................................3
4. Divisão anatomofunional.....................................................................................8
1. Introdução ........................................................................................................18
5. Inervação ..........................................................................................................21
Referências.........................................................................................................................22
FÍGADO
1. INTRODUÇÃO
O fígado é a maior víscera da cavidade abdominal, ocupando uma porção subs-
tancial da porção superior dela. Preenche a maior parte do hipocôndrio direito e do
epigástrio, podendo se estender até o hipocôndrio esquerdo. O fígado aumenta de
tamanho acompanhando o desenvolvimento do indivíduo até os 18 anos e, a partir da
meia-idade, ocorre diminuição gradual do peso do fígado. Ao longo da vida o fígado
apresenta uma cor marrom avermelhada, mas essa cor pode variar a depender da
quantidade de gordura, sendo a obesidade a causa mais comum do excesso de gor-
dura no fígado, adquirindo uma cor mais amarelada à medida que o teor de gordura
aumenta.
2. ANATOMIA DE SUPERFÍCIE,
FACES, REFLEXÕES PERITONEAIS E
RELAÇÕES
O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome,
onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. O fígado normal situa-se pro-
fundamente às costelas VII a XII no lado direito e cruza a linha mediana em direção à
papila mamária esquerda.
O fígado tem uma face diafragmática convexa (anterior, superior e algo posterior)
e uma face visceral relativamente plana, ou mesmo côncava (posteroinferior), que
são separadas anteriormente por sua margem inferior aguda, que segue a margem
costal direita, inferior ao diafragma.
A face diafragmática do fígado é lisa e tem forma de cúpula, onde se relaciona
com a concavidade da face inferior do diafragma, que a separa das pleuras, pul-
mões, pericárdio e coração. Existem recessos subfrênicos — extensões superiores
da cavidade peritoneal — entre o diafragma e as faces anterior e superior da face
diafragmática do fígado. Os recessos subfrênicos são separados em recessos direi-
to e esquerdo pelo ligamento falciforme, que se estende entre o fígado e a parede
anterior do abdome. A parte do compartimento supracólico da cavidade peritoneal
imediatamente inferior ao fígado é o recesso sub-hepático.
Se liga!
Na cirurgia - A secção do ligamento triangular esquerdo permite que o lobo he-
pático esquerdo seja mobilizado para a exposição da parte abdominal do esôfa-
go e dos pilares do diafragma.
Na cirurgia – Cuidado ao seccionar o omento menor, pois pode haver uma
artéria hepática aberrante esquerda passando em sua extremidade medial, po-
dendo ser identificada por uma pulsação no omento menor próximo da fissura
umbilical.
A porta do fígado é uma fissura profunda da face inferior do fígado, situada entre
o lobo quadrado na frente e o processo caudado atrás e contém a veia porta, a ar-
téria hepática, plexos nervosos, ductos hepáticos direito e esquerdo e alguns vasos
linfáticos, sendo que todas essas estruturas estão envoltas por uma cápsula fibrosa
perivascular, conhecida como cápsula de Glisson, uma bainha de tecido conjuntivo
frouxo que rodeia os vasos que passam pelos canais portais no interior do fígado
(peritônio visceral) e é contínua com a cápsula hepática fibrosa. Há um denso agru-
pamento de vasos, que servem de suporte para o tecido conjuntivo, e o parênquima
hepático logo acima da porta do fígado são muitas vezes chamados de placa hilar.
A face visceral do fígado também é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesí-
cula biliar e na porta do fígado — uma fissura transversal por onde entram e saem os
vasos (veia porta, artéria hepática e vasos linfáticos), o plexo nervoso hepático e os
ductos hepáticos que suprem e drenam o fígado. Ao contrário da face diafragmática
lisa, a face visceral tem muitas fissuras e impressões resultantes do contato com ou-
tros órgãos.
Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, for-
mam a letra H na face visceral. A fissura sagital direita é o sulco contínuo formado
anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava.
A fissura umbilical (sagital esquerda) é o sulco contínuo formado anteriormente pela
Além das fissuras, as impressões na face visceral (em áreas dela) refletem a rela-
ção do fígado com:
4. DIVISÃO ANATOMOFUNIONAL
Baseada na divisão do fígado realizada por Couinaud, o fígado é dividido em oito (e
subsequentemente nove) segmentos funcionais tendo como base a distribuição dos
ramos da veia porta e a localização das veias hepáticas no parênquima. Outros estu-
diosos utilizam o sistema biliar como ponto de referência para divisão do fígado.
O fígado é dividido em quatro divisões portais pelos quatro ramos principais da
veia porta, tendo as divisões lateral direita, medial direita, medial esquerda e lateral
esquerda. As três principais veias hepáticas passam entre essas divisões como veias
intersetoriais, que também são chamados de fissuras portais. Cada divisão está sub-
dividida em segmentos (geralmente dois) com base no seu suprimento por divisões
terciárias das bainhas vasculares biliares.
5. SUPRIMENTO VASCULAR DO
FÍGADO
O fígado, como os pulmões, tem irrigação dupla (vasos aferentes): uma venosa
dominante e uma arterial menor. A veia porta traz 75 a 80% do sangue para o fígado.
O sangue porta, que contém aproximadamente 40% mais oxigênio do que o sangue
que retorna ao coração pelo circuito sistêmico, sustenta o parênquima hepático (célu-
las hepáticas ou hepatócitos) . A veia porta conduz praticamente todos os nutrientes
absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. A exceção são os
lipídios, que são absorvidos pelo sistema linfático e passam ao largo do fígado. O
sangue da artéria hepática, que representa apenas 20 a 25% do sangue recebido pelo
fígado, é distribuído inicialmente para estruturas não parenquimatosas, sobretudo os
ductos biliares intra-hepáticos.
Entre a fissura
Drena para a veia
III umbilical e a fissura
hepática esquerda
esquerda
Entre a fissura
Drena para a veia
IV umbilical e a fissura
hepática intermédia
principal
Parte do segmento
Subdivisão do
IX que é posterior ao
segmento I
segmento VIII
VEIA
MESENTÉRICA
SUPERIOR + VEIA
ESPLÊNICA
Veia porta
VCI VCI
A artéria hepática, um ramo do tronco celíaco, pode ser dividida em artéria he-
pática comum, do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal, e artéria
hepática própria, da origem da artéria gastroduodenal até a bifurcação da artéria he-
pática. Na porta do fígado, ou perto dela, a artéria hepática e a veia porta terminam
dividindo-se em ramos direito e esquerdo; esses ramos primários suprem as partes
direita e esquerda do fígado, respectivamente. O ramo direito quase sempre se divi-
de em ramos anterior e posterior, sendo que o ramo anterior irriga os segmentos V
e VIII, e o posterior irriga os segmentos VI e VII, e, com frequência a divisão anterior
envia ramos para o segmento I e para a vesícula biliar. A artéria hepática esquerda
irriga os segmentos IV, III e II do fígado.
Artéria
gastroduodenal
ARTÉRIA Artéria hepática
HEPÁTICA comum
Artéria gástrica
direita
V, VII, I e
Ramo anterior
vesícula biliar
Ramo direito
1. INTRODUÇÃO
A árvore biliar é composta por ductos que coletam a bile do parênquima hepático
e a transportam até a parte descendente do duodeno. De maneira geral, ela é dividida
em: intra-hepática e extra-hepática. Os ductos intra-hepáticos têm origem nos cana-
lículos biliares maiores, que se reúnem e formam os ductos segmentares, os quais
se fundem próximo da porta do fígado, dando origem aos ductos hepáticos direito
e esquerdo. A porção extra-hepática é constituída pelos ductos hepáticos direito e
esquerdo, pelo ducto hepático comum, pelo ducto cístico, pela vesícula biliar e pelo
ducto colédoco.
2. VESÍCULA BILIAR
É um divertículo em forma de cantil, com fundo cego, ligado ao ducto colédoco
por intermédio do ducto cístico, estando, geralmente, preso à face inferior do lobo
hepático direito por tecido conjuntivo. No adulto, ela tem cerca de 7 – 10 cm de com-
primento e uma capacidade de armazenamento de até 50 mL. No geral, está em uma
fossa rasa no parênquima hepático, sendo coberta pelo peritônio. É descrita como
um órgão constituído por: fundo, corpo e colo, sendo que o colo está na extremidade
medial, perto da porta do fígado e quase sempre está preso a ele por uma conexão
curta coberta por peritônio, o mesentério, o qual, no geral, contém a artéria cística. Na
extremidade lateral, o colo se alarga para formar o corpo da vesícula biliar, conhecido
também como bolsa de Hartmann.
4. SUPRIMENTO VASCULAR E
DRENAGEM LINFÁTICA
• Artéria cística: De forma geral, tem origem na artéria hepática direita, passando
posterior ao ducto hepático comum e anterior ao ducto cístico, até alcançar a fa-
ce superior do colo da vesícula biliar e se dividir nos ramos superficial e profundo.
Essas artérias se anastomosam na superfície do corpo e do fundo. Ela dá origem
a vários ramos finos que irrigam os ductos hepáticos comum e lobar, além da par-
te superior do ducto colédoco.
• Veias císticas: Raramente a drenagem da vesícula biliar é feita por uma única
veia cística, de forma que, geralmente existem várias veias pequenas. As veias
que se originam da face superior do corpo e do colo estão no tecido areolar en-
tre a vesícula biliar e o fígado, e penetram no parênquima hepático para drenar
para as veias portas segmentares. O resto das veias forma uma ou duas veias
5. INERVAÇÃO
Tanto a vesícula biliar quanto a árvore biliar extra-hepática são inervadas por ra-
mos do plexo hepático. A parte retroduodenal do ducto colédoco e o músculo liso
da ampola hepatopancreática também são inervados por ramos menores dos ramos
pilóricos dos vagos.
Sanar
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