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ANATOMIA
FÍGADO 1
Recessos subfrênicos são extensões superiores entre o diafragma e a face
diafragmática do fígado (cavidade peritoneal). São divididos em direito e
esquerdo devido o ligamento falciforme
A face diafragmática - exceto na área nua do fígado (que está em contato direta
com o diafragma) - é coberta por um peritônio visceral
FÍGADO 2
Fissura sagital direita é formada anteriormente pela fossa da vesícula biliar e
posteriormente pelo sulco da veia cava
Omento menor encerra a tríade portal (ducto colédoco, artéria hepática e veia
porta)
LOBOS HEPÁTICOS
FÍGADO 3
O fígado é dividido em dois lobos anatômicos e dois acessórios (possui relação
secundária com o órgão)
FÍGADO 4
O lobo caudado não possui posição caudal, mas pode dar origem ao
processo papilar alongado, que estende-se para a direta - entre a VCI e a
porta do fígado - unindo o lobo caudado com o hepático direito
O lobo caudado também pode ser visto como um fígado à parte, pois sua
vascularização é independente da tríade portal e sua drenagem é feita por
veias hepáticas. Ele pode receber ramos portais, tanto da veia porta direita,
como da esquerda, bem como ramos das artérias hepáticas direita e
esquerda. A drenagem venosa se dá diretamente na veia cava infeior,
independente das outras veias hepáticas
DIVISÃO FUNCIONAL
FÍGADO 5
O parênquima hepático, apesar de parecer contínuo internamente, possui um
subdivisão independente funcionalmente: parte direita do fígado (ou lobo portal
direito) e parte esquerda (ou lobo portal esquerdo) - essa segmentação se dá com
base na divisão primária da tríade portal em ramos direito e esquerdo
Cada parte recebe seu ramo primário da artéria hepática e veia porta, sendo
drenada por seu próprio ducto hepático
O fígado também pode ser dividido em oito segmentos, sendo cada um deles
irrigados independentemente pro um ramo secundária ou terciário da tríade portal
FÍGADO 6
Segmento VII
(posterossuperior) Segmento II (laterosuperior) e
Lateral -
e VI III (lateroinferior)
(posteroinferior)
Segmento VIII
Segmento IV (medial
(anterossuperior)
Medial superior) e Lobo quadrado -
eV
(medial inferior)
(anteroinferior)
Possui uma irrigação dupla (vasos aferentes): uma venosa dominante e uma arterial
menor
A artéria hepática representa apenas 20% a 25% do sangue recebido pelo fígado, é
distribuído inicialmente para estruturas não parenquimatosas, sobretudo os ductos
biliares intra-hepáticos
FÍGADO 7
FÍGADO 8
FÍGADO 9
A art. hepática é um ramo do tronco celíaco e pode ser dividida em art. hep.
comum > art. hep. própria
A veia porta do fígado é curta e larga, responsável por levar 75% a 80% do
sangue sendo formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica,
posteriormente ao colo do pâncreas
FÍGADO 10
A veia porta divide-se em veia hepática direita, intermédia e esquerda,
sendo responsáveis pela drenagem dos segmentos adjacentes
As veias hepáticas são formadas pela união das veias coletoras, que
drenam para as veias centrais do parênquima hepático e abrem-se na VCI
Diversas doenças podem ocasionar uma hipertensão portal, onde o fluxo da veia
porta fica comprometido e ocorre o aumento da pressão em todo o sistema venoso
1. Ascite
Em cirróticos, o aumento da pressão hidrostática nos vasos esplâncnicos
associado à diminuição dapressão oncótica, secundária à hipoalbuminemia,
resulta em extravasamento do fluido para a cavidadeperitoneal
2. Circulação colateral
3. Esplenomegalia
FISIOPATOLOGIA CIRROSE
4. As células de Kupfer, ao sofrerem injúrias por uma série de toxinas (o que inclui
álcool, drogas, medicamentos), passam a secretar uma série de citocinas
inflamatórias. Essas citocinas agem agora nas células de Ito as quais
normalmente produzem Vit. K, mas que sob estímulo das citocinas passam a
sintetizar colágeno.
FÍGADO 11
HISTOLOGIA
O hepatócito é a unidade responsável pela formação da bile e pelas múltiplas
funções hepáticas
Os hepatócitos, no fígado humano, geralmente apresentam de 20 a 30 µm de
diâmetro, são células poliédricas, dotadas de um núcleo central com cromatina
descondensada, contendo 1-2 nucléolos evidentes no seu interior; ainda
FÍGADO 12
apresentam um citoplasma amplo e eosinofilico, devido principalmente ao grande
número de mitocôndrias
O peritônio que envolve o fígado é um epitélio simples pavimentoso, e abaixo dele
encontra-se uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado (cápsula de
Glisson)
FÍGADO 13
Todos os nutrientes absorvidos (exceto quilomícrons) no TGI são transportados para
o fígado, havendo a conversão em produtos de armazenamento (p. ex., glicogênio)
pelos hepatócitos
LÓBULOS HEPÁTICOS
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perissinusoidais (células de Ito)
FÍGADO 15
No centro do ácino hepático, existe a veia central (ramo inicial da veia hepática),
que é para os onde os sinusoides hepáticos drenam o sangue recebido pelas
arteríolas e vênulas de entrada e ramos do plexo capilar peribiliar
À medida que o sangue entra nos sinusoides, o fluxo diminui consideravelmente
e se infiltra lentamente na veia central
Existe apenas uma veia central para cada lóbulo clássico e ela aumenta seu
diâmetro conforme avança pelo lóbulo, e quando deixa este, desemboca na veia
sublobular
Múltiplas veias centrais conduzem o sangue para uma única veia sublobular, e
essas se juntam para formar as veias coletoras que, por fim, unem-se para
formar as veias hepáticas direita e esquerda
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Células de Kupffer (macrófagos residentes) estão associados ao endotélio dos
sinusoides, possuindo função de defesa imunológica semelhante aos macrófagos
de outros tecidos
A bile passa pelos canais de Heringe e flui para os ductos biliares (formados por
colangiócitos), os quais se unem para formar os ductos hepáticos
Os canalículos biliares se anastomosam e formam túneis entre os hepatócitos, e
conforme estes atingem a periferia dos lóbulos, fundem-se com os canais de Hering
- canais formados por hepatócitos e colangiócitos (células cúbicas baixas)
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FISIOLOGIA
1. Metabolismo de carboidratos
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A glicose captada é armazenada na forma de glicogênio
GLICOGENESE
Depois de sua captação para o interior da célula, a glicose pode ser utilizada
imediatamente para liberar energia ou pode ser armazenada sob a forma de
glicogênio
Essa conversão permite o armazenamento de grandes quantidades de
carboidratos sem alterar significativamente a pressão osmótica do meio
intracelular, pois concentrações elevadas de monossacarídeos solúveis de baixo
peso molecular alterariam as relações osmóticas entre os líquidos intra e
extracelulares
O fígado tem capacidade para manter as reservas de glicogênio por 12 a 18 horas
de jejum, depois se inicia a depleção desse polissacarídeo
A glicogênese, processo de síntese de glicogênio a partir de moléculas de glicose, é
catalisada pela enzima glicogênio sintetase, que forma a parte linear da cadeia, e
pela amilo-1,4-1,6-transglicosidase, responsável pela formação das ramificações
2. Metabolismo lipídico
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As gorduras ingeridas na dieta são emulsificadas pelos sais biliares no intestino
delgado e as lipases intestinais degradam os triaciltrigliceróis em ácidos graxos,
mono, diaciltrigliceróis e glicerol
Na mucosa intestinal, dentro dos enterócitos, os ácidos graxos são rearranjados em
triaciltrigliceróis e incorporados com o colesterol formando os quilomícrons, que são
transportados no sistema linfático
Os quilomícrons entram no sistema linfático, alcançando o fígado pelas veias e
adentrando nos hepatócitos, onde, ligam-se ao receptor ApoB-48 e a lipoproteína
é endocitada, sendo degradadas em ácidos graxos e glicerol
Os ácidos graxos são posteriormente dessaturados e utilizados para sintetizar
fosfolipídios e colesterol ou são degradados em acetilcoenzima A
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Os fosfolipídios, colesterol e corpos cetônicos são armazenados nos hepatócitos até
sua liberação no espaço de Disse
Os hepatócitos também produzem VLDL (lipoproteínas de densidade muito baixa
que também são liberadas no espaço de Disse) a partir de lipidios e colesterol, e
estas podem sofrer ação da lipoproteína lipase - que remove seus triglicerídeos -
e transformar-se em IDL, e posteriormente em LDL
O fígado é o único órgão que sintetiza albumina, em media 100 a 200 mg/kg de
peso são sintetizados ao dia. A albumina é a proteína sérica mais abundante e é
responsável por 80% da pressão oncótica plasmática, além de funcionar como
transportadora de várias drogas, hormônios e bilirrubina indireta, e ser um
parâmetro útil na avaliação hepática
No fígado, uma importante função da albumina é a captação de metais livres (p.
ex., Fe que é capaz de induz alterações no O2 a fim de possibilitar formação de
radicais livres)
Outras proteínas transportadoras também são produzidas: ceruplasmina (liga-se
ao cobre, reduzida na doença de Wilson), transferrina e ferritina (ligam-se ao
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ferro, aumentadas na hemocromatose hereditária), haptoglobina (transporta
grupo heme), transcobalamina (transportador de vitamina B12), lipoproteínas
(transportadores de colesterol, triglicerídeos, sais biliares, vitamina E) e
transportadores de hormônios
NO fígado também sintetiza proteínas que participam do processo de coagulação
sanguínea: fator I (fibrinogênio), II (protrombina), V, VII, IX, X, XII e XIII, além de
produzir a maioria dos anticoagulantes, como antitrombina III, proteína C e proteína
S
As proteínas de fase aguda (que aumentam sua quantidade em situações de
inflamação e infecção) como haptoglobina, ferritina, fibrinogênio, a1-glicoproteína
ácida, proteína-C-reativa, além de vários componentes do complemento são
sintetizadas no fígado
Aminoácidos digeridos são utilizados para a produção de neurotransmissores,
fosfolipideos, coenzimas, ou para o ciclo da ureia, mas também é possível que
torne-se Acetil-CoA e seja utilizado para obtenção de energia ou transformado em
ácidos graxos e depositados em tecido adiposo
O que direciona o AcetilCoA é a dieta do individuo, pois, aquele que consome
maior quantidade de proteína, se faz necessário o armazenamento desse
excesso em triglicerideo
4. Metabolismo da amônia
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O fígado é o principal órgão responsável pela
metabolização da amônia incorporando-a na forma de glutamina ou produzindo
ureia (ciclo da ureia)
Cerca de 80% da amônia contida no sangue venoso portal são depurados no
fígado, seja através do ciclo da ureia nos hepatócitos periportais (zona I) ou da
metabolização em glutamina nos hepatócitos centrolobulares (zona III)
O trato digestório é responsável pela maior parte da amônia que chega ao fígado,
seja pela ação das ureases da flora bacteriana do intestino grosso ou pelo
metabolismo dos aminoácidos, especialmente a glutamina, pelos enterócitos que
apresentam elevada concentração de glutaminase - e, por isso, liberam uma grande
quantidade de amônia
6. Bilirrubina
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A ruptura das hemácias libera a hemoglobina, que é fagocitada de imediato
pelos macrófagos em muitas partes do organismo, especialmente pelas células
de Kupffer, no fígado, e pelos macrófagos no baço e na medula óssea
https://rmmg.org/artigo/detalhes/104
A bilirrubina e seus metabólitos são importantes também pelo fato de fornecerem
cor para a bile, para as fezes e, em uma extensão menor, para a urina. Por isso,
quando ocorre um acúmulo da bilirrubina na circulação devido uma doença
hepática, icterícia é umas das principais manifestações clínicas
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No intestino grosso, a bilirrubina é hidrolisada por bactérias e forma o
urobilinogênio (uma substância incolor e altamente insolúvel), que tem uma
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parte oxidada e forma urobilina e estercobilina (responsáveis pela típica cor
marrom das fezes)
8. Metabolismo xenobioticos
Alguns compostos já podem ser eliminados nessa fase, sem precisar passar
para a fase 2, desde que seja inativo e polarizado para que possa ser
transportado pela urina ou bile
glicuronidação
Proteína relacionada com múltiplos fármacos (MRP2)
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HEMACROMATOSE
O ferro da dieta é encontrado sob duas formas: orgânica e inorgânica, sendo que
uma dieta normal possui de 13mg a 18mg de ferro, porém somente 1mg a 2mg são
absorvidos
O ferro possui uma habilidade essencial de receber e doar elétrons para,
principalmente, a formação da molécula heme
Normalmente, o ferro é eliminado do organismo pelas secreções corpóreas,
descamação das células intestinais e epidermais ou sangramento menstrual
A utilização e armazenamento deste mineral no organismo é controlado pelo
hormônio peptídico hepcidina, que é sintetizado no fígado e detectável no sangue e
urina
Hepcidina atua inibindo a absorção intestinal de ferro e estimulando a liberação
desse mineral por macrófagos e enterócitos
A hemacromatose é uma doença causada pelo acúmulo de ferro em diferentes
órgãos, mas principalmente no fígado. Pode ocorrer de duas maneiras:
primária/hereditária (causada devido mutações no gene HFE) ou
secundária/adquirida (essa sendo causada decorrente de uma ingestão excessiva
de ferro ou transfusões crônicas de sangue)
Principais complicações são: cirrose hepática, diabetes mellitus, hiperpigmentação
da pele, atrofia e disfunção do miocárdio
Na HH, a hepcidina tem sua síntese reduzida, o que leva ao aumento da absorção
intestinal de ferro e liberação deste pelos macrófagos - ocasionando o acúmulo
progressivo e prejudicial ao organismo
Na forma adquirida, existe relação com doenças pré-existentes, que requerem
múltiplas transfusões sanguíneas ou fatores ambientais (p. ex., consumo excessivo
de álcool)
METABOLISMO DO FERRO
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Nas vilosidades do epitélio duodenal encontra-se o HFE, que ligado a beta2-
microglobulina e ao receptor de transferrina, administram a quantidade de DMT1,
definindo qual a quantidade de ferro que deverá ser absorvida
MANIFESTAÇÕES
1. Hemocromatose hereditária
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Geralmente, a doença se manifesta pós os 40
anos em homens e após os 50 anos em mulheres; dificilmente os sintomas
clínicos
se manifestam antes dos 20 anos
Essa elevada absorção faz com que os estoques de ferro permaneçam igual ao
mesmo tempo em que esse mineral começa a aparecer na circulação na forma
livre com consequente depósito em órgão como fígado, pâncreas, coração,
baço e hipófise
2. Hemacromatose adquirida
FÍGADO 29
isto pode acarretar numa sobrecarga de ferro
DIAGNÓSTICO
Os exames de sangue ferritina sérica e transferrina e, quando necessário, exames
de imagens como uma biópsia do fígado podem ser confirmatórios
TRATAMENTO
FÍGADO 30
transplantes de fígado onde o receptor recebe um
órgão pequeno para suas necessidades ou quando
para preservar a VCI de um doador vivo, utiliza-se a
técnica de pyggback
hipertensao portal pode causar encefalopatia hepatica e disturbios de coagulacao
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