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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

AMAZONAS – IFAM
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA, AMBIENTE E ALIMENTOS –
DQA
CAMPUS MANAUS CENTRO
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM QUÍMICA NA FORMA INTEGRADA
COMPONENTE CURRICULAR BIOLOGIA

As principais
patologias/doenças do
sistema respiratório,
digestório e cardiovascular

1
MARIANA ACHÃO CABRAL
REBECA VOLPE RIEBE

As principais patologias/doenças do sistema respiratório, digestório e


cardiovascular.

MANAUS/ AM
Abril – 2023 2
MARIANA ACHÃO CABRAL
REBECA VOLPE RIEBE

As principais patologias/doenças do sistema respiratório, digestório e


cardiovascular.

Trabalho de pesquisa apresentado ao componente curricular


de Biologia cujo docente responsável é o Prof. Dr. Anderson
Paulo, sendo requisito para obtenção de nota para composição
da média bimestral no corrente ano letivo.

MANAUS/ AM
Abril – 2023 2
Sumário

1. Introdução ......................................................................................................................................................................... 5
Objetivo Geral ......................................................................................................................... 6
Objetivos Específicos .............................................................................................................. 6
2. Doenças Respiratórias ................................................................................................................................................. 7
Bronquite................................................................................................................................. 7
Asma ....................................................................................................................................... 9
Pneumonia ............................................................................................................................ 11
Rinite alérgica ....................................................................................................................... 14
3. Doenças Digestivas ......................................................................................................................................................16
Gastrite .......................................................................................................................................................................................16
Refluxo gastrointestinal ......................................................................................................................................................18
Cirrose hepática......................................................................................................................................................................20
4. Doenças Cardiovasculares ........................................................................................................................................23
Hipertensão ..............................................................................................................................................................................23
Infarto Agudo do Miocárdio ..............................................................................................................................................24
Insuficiencia Cardíaca ..........................................................................................................................................................25
Endocardite ..............................................................................................................................................................................26
5. Conclusão.........................................................................................................................................................................28
6. Referências Bibliográficas ........................................................................................................................................29

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1. Introdução

O presente trabalho trata-se da apresentação de exemplos de algumas das


principais patologias/doenças do sistema respiratório, digestório e cardiovascular.
Muitas delas são cometidas pela falta de atenção a simples cuidados cotidianos, indo
desde uma má escovação dos dentes a um consumo excessivo de alimentos ricos em
gorduras, sais e açúcares. Por causa disso, essas enfermidades possuem uma alta
taxa de mortalidade no mundo, sendo que a maior parte dessas mortes ocorrem nos
países mais pobres, onde a tendência é aumentar.
Há umas que podem ser curadas e outras que podem ser controladas
mediante tratamentos, portanto, faz-se importante a realização dos exames de rotina,
visto que os mesmos avaliam de, modo geral, a saúde do paciente e permitem a
detecção de possíveis complicações, aumentando suas chances de sucesso nos
tratamentos. Durante o período pandêmico o número de óbitos por doenças
cardiovasculares aumentou, principalmente, porque a população deixou de fazer seus
exames, cirurgias e procedimentos foram suspensos, pela falta de prática de
atividades física, o próprio coronavírus, entre outros fatores.
As doenças cardiovasculares são as que mais matam no território nacional,
representando cerca de 30% das mortes ( 400 mil óbitos por ano). Além disso, cerca
de 14 milhões de pessoas no Brasil apresentam algum problema vinculado a este
sistema. O ataque cardíaco é a principal doença por trás dessas mortes, sendo mais
presentes em homens, a partir dos 35 anos, quando comparamos com as mulheres
que tendem a apresentar depois dos 45 anos.
No Brasil, 30% da população sofre por algum tipo de problema respiratório.
Entre eles os mais comuns são a rinite e a asma; que são doenças que prejudicam a
população de modo que afetem a realização das suas tarefas diárias, comprometendo
a produtividade, o desempenho, a concentração e a aprendizagem. Nem sempre são
levadas a sério, sendo tratada como uma mera gripe que logo passará, mas as
pessoas esquecem que se o sistema imunológico estiver comprometido o corpo
apresentará uma maior vulnerabilidade a doenças e não consegue combatê-las
Em 2018 11,9% das mortes foram causadas por alguma doença no sistema
digestivo, cerca de 156.000 óbitos, sendo assim a sexta causa de morte no Brasil. As
chances de desenvolver problemas nesse sistema são maiores nos homens em
virtude do consumo de bebidas alcoólicas. Também é nesse sistema que temos a
segunda maior causa de óbitos infantis, a diarréia, a qual mata cerca de 1,5 milhões
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de crianças por ano.

Justificativa

A motivação primeira deste trabalho é apresentar onze doenças que podem


acarretar problemas aos sistemas respiratório, digestório e cardiovascular, além de
espalhar informações relacionadas a suas características e também o perigo que
apresentam para a saúde humana caso não sejam tratados ou identificados
anteriormente por diagnóstico, já que muitas dessas doenças podem ser fatais caso
não tratadas devidamente.
Sendo assim, o principal motivo é visar melhor atenção antes dágua
coletada para a população, sempre tento cuidado para que o tratamento seja favorável
para não causar nenhuma contaminação.

Objetivo Geral

Demonstrar a importância do conhecimento de doenças nos órgãos dos


sistemas digestório, respiratório e cardiovascular, bem como suas características.

Objetivos Específicos

Evidenciar o potencial de contaminação de cada doença;


Esclarecer sobre seus malefícios para os seres humanos;
Evidenciar as características para o tratamento de cada doença;

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2. Doenças Respiratórias

Bronquite

A bronquite se caracteriza por uma inflamação na área dos bronquíolos


pulmonares, que são os canais que transportam o ar com oxigênio até os alvéolos
pulmonares, onde são realizadas as trocas gasosas. Essa inflamação se desenvolve
a partir do momento que os cílios que revestem a parte interna dos brônquios a modo
de que os mesmos param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. O
acúmulo dessa secreção faz com que os bronquíolos fiquem inflamados e contraídos.
A bronquite pode ser aguda ou crônica. A diferença entre as duas se dá
pela duração e pelo agravamento das crises. Sendo assim, as de duração menor são
as agudas, que podem desaparecer em uma ou duas semanas, enquanto que, na
crônica, a infecção é permanente e se manifesta por três meses ou mais por pelo
menos dois anos seguidos.
A bronquite crônica não é contagiosa, já que normalmente não acontece
como consequência de infecções. Dessa forma, não há risco de contaminação quando
se está próximo ao paciente portador da doença. O diagnóstico desse tipo de
bronquite normalmente é feito pelo pneumologista, que avalia os sintomas, o histórico
de saúde e pode realizar exames específicos, como ausculta pulmonar, espirometria,
broncoscopia ou raio X do tórax, por exemplo.
A infecção que precede a bronquite aguda é mais comum durante o inverno
e pode acontecer de formas diversas, podendo aparecer por conta de um vírus ou
uma bactéria. Os vírus mais comuns são: Adenovírus, Influenza, Coronavírus e
Rotavírus. Já as bactérias: Chlamydia pneumoniae, Bortella pertussis, Mycoplasma
pneumoniae. Secundariamente, o Pneumococos também pode invadir a árvore
brônquica. Além disso, as crises podem ser desencadeadas também por:

• Tabagismo;
• Produtos de Limpeza;
• Queima orgânica;
• Gases tóxicos - comumente relacionados à indústria pesada;
• Poluição.

A bronquite crônica pode ser uma extensão da bronquite aguda, mas assim
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como ela, o principal responsável pelo seu agravamento é o cigarro, tanto que é
conhecida como “tosse dos fumantes”. Esse tipo de bronquite pode aumentar o risco
de outras infecções respiratórias, como a pneumonia. Ambos os tipos de bronquite
trazem a tosse como sintoma principal. Na bronquite aguda, ela pode ser seca ou
produtiva, enquanto que na crônica, ela é sempre produtiva e a expectoração clara no
início, pode tornar-se amarelada e espessa com a evolução da doença. Alguns
dos sintomas se referem a:
• cansaço;
• chiado no peito (sibilos);
• desconforto no peito;
• falta de ar;
• febre, quando há infecção associada;
• inchaço nos tornozelos, pés e pernas, devido a um maior esforço
cardíaco;
• infecções respiratórias frequentes, como gripes ou resfriados;
• lábios arroxeados devido ao baixo nível de oxigênio;
• tosse com expectoração de muco.
O tratamento da bronquite aguda é assintomático, autolimitante e visa o
alívio de febres, dores no corpo e a fluidificação da secreção para facilitar a
eliminação. Ainda assim, não há um tratamento específico para combater infecções
virais. São utilizados vaporizadores, analgésicos e descongestionantes para aliviar os
sintomas, além disso, é necessário ter uma boa hidratação e evitar a exposição aos
agentes nocivos.
A bronquite crônica não tem cura, mas os sintomas podem ser amenizados.
Alguns tratamentos impedem a piora do quadro e aliviam os desconfortos da doença,
como o uso de:
• Antitussígenos;
• Medicamentos inalatórios;
• Fisioterapia respiratória.
Além disso, também é preciso interromper imediatamente a exposição aos
agentes sabidamente nocivos, como o uso do cigarro. Por serem mais suscetíveis a
outras infecções pulmonares, portadores da bronquite crônica devem ser vacinados
contra a gripe e contra a pneumonia.

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Asma

A asma é uma vertente da bronquite, tanto que também é conhecida como


“bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”, que acomete os pulmões e inflama
os brônquios. Também está caracterizada no estreitamento dos brônquios (canais que
levam ar aos pulmões) que dificulta a passagem do ar provocando contrações ou
broncoespasmos. As crises comprometem a respiração, tornando-a cada vez mais
difícil e complicada. Quando os bronquíolos inflamam, segregam mais muco, o que
aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais difícil do que inspirar, uma
vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando sensação de sufoco
Os conhecimentos iniciais sobre a doença eram restritos, mas com os
avanços da medicina nas últimas décadas, passou-se a conhecer melhor suas
causas, mecanismos envolvidos, surgindo novos medicamentos e tratamentos. No
entanto, apesar de todos os progressos, a asma ainda hoje é uma doença
problemática e que pode levar à morte. A asma é muito frequente, afetando
aproximadamente 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Na vida de algumas
delas, a condição possui menor impacto. Já para outras, a doença pode interferir nas
atividades diárias.

• TIPOS DE ASMA

Asma alérgica: A asma alérgica (ou induzida por alergia) é um tipo


frequente de asma que é desencadeada ou piorada por fatores alérgicos (poeira,
ácaros, pelos de animais, cheiros fortes, pole e mofo especialmente). Correspondem
a 90% dos quadros de asma em crianças e 60% em adultos.
Asma Brônquica: É um sinônimo para asma. Trata-se da inflamação
crônica dos brônquios com inchaço, estreitamento e dificuldade para a passagem do
ar.
Asma crônica: Outro sinônimo para asma ou asma brônquica. O termo
asma crônica significa que a doença é de longa duração e seus momentos de piora
são chamados de crises de asma ou crises de sibilância.
Asma não alérgica: Mais frequente em adultos, ocorre em resposta a
fatores externos como exercícios físicos, estresse, ansiedade, ar frio ou seco.
Bronquite asmática: Bronquite e asma são doenças diferentes. A asma,
como explicado acima, é um processo inflamatório das vias aéreas que pode ter
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origem alérgica ou não, mas que não tem um agente infeccioso envolvido. A bronquite
é uma inflamação das vias aéreas, brônquios, por um processo infeccioso, ou seja
viral e/ou bacteriano.
Fatores que podem exacerbar as crises asmáticas:
• Ácaros
• Fungos
• Pólen ( primavera)
• Fezes de baratas
• Mudanças de temperaturas
• Exercício físico
• Estresse e ansiedade
• Pelo de animais
• Ar frio e seco
O tratamento para a doença baseia-se nas medidas de higiene do
ambiente, uso de medicamentos e vacinas para alergia. A maioria dos pacientes com
asma é tratada com dois tipos de medicação: (1) medicação chamada controladora
ou de manutenção, que serve para prevenir o aparecimento dos sintomas e evitar as
crises de asma e, (2) medicação de alívio ou de resgate, que serve para aliviar os
sintomas quando houver piora da asma. As medicações controladoras reduzem a
inflamação dos brônquios, diminuem o risco de crises de asma e evitam a perda futura
da capacidade respiratória. O uso correto da medicação controladora diminui muito
ou até elimina a necessidade da medicação de alívio.
Bombinha é a maneira como popularmente são chamadas todas as
medicações que devem ser inaladas (aspiradas) no tratamento da asma. Esse nome
vem dos primeiros dispositivos que surgiram e ainda existem. No entanto, a bombinha
quer dizer o recipiente que é utilizado para armazenar os diferentes tipos de
medicamentos.

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Pneumonia

Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, órgãos duplos


localizados um de cada lado da caixa torácica. Pode acometer a região dos alvéolos
pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes,
os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Na doença, pode ocorrer o acúmulo
de líquido ou pus na cavidade entre as pleuras, membrana dupla muito fina formada
pela pleura visceral e pela pleura parietal, o levando a um derrame pleural. Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela é a maior responsável pelas mortes de
crianças menores de 5 anos: mais de 1 milhão em todo o mundo.
As pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso
ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde
ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias
que possam impedir o contato do ar com o sangue. Diferentes do vírus da gripe, que
é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser
transmitidos facilmente. Sendo assim, existem três tipos de pneumonia: a bacteriana,
a viral e a fúngica.

▪ Pneumonia bacteriana

A pneumonia bacteriana é causada pela bactéria Streptococcus


pneumoniae. Outros tipos de bactérias como Haemophilus influenzae, Klebsiella
pneumoniae, Staphylococcus aureus, Legionella pneumophila também podem
ocasionar a doença. Nas pneumonias bacterianas, devem-se usar antibióticos.
Atualmente, amoxicilina, azitromicina e claritromicina são os medicamentos mais
recomendados no tratamento das pneumonias comunitárias que comprometem
pessoas previamente saudáveis. No caso de pacientes idosos, crianças pequenas ou
quando a doença apresenta sinais graves de comprometimento nos pulmões, rins,
pressão arterial alterada e dificuldade respiratória, a internação hospitalar pode ser
necessária.

▪ Pneumonia viral

A pneumonia viral é causada pelo vírus Influenza A ou B, que é o causador


da gripe. Outros vírus respiratórios podem também causar pneumonia, assim como o

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vírus da varicela e do sarampo. Na maior parte das vezes, quando a pneumonia é
causada por vírus, o tratamento inclui apenas antitérmicos e analgésicos para aliviar
os sintomas, podendo ser necessários medicamentos antivirais nas formas graves da
doença.

▪ Pneumonia fúngica

A pneumonia fúngica ocorre com maior frequência em pacientes


imunodeficientes. Alguns fungos são transmitidos por via respiratória e podem causar
pneumonia, tais como: Histoplasma capsulatum, que causa a histoplasmose,
Coccidioides immits, que causa a coccidioidomicose, e Blastomyces dermatitidis, que
causa a blastomicose.Nas pneumonias causadas por fungos, utilizam-se
medicamentos específicos. É muito importante saber que, se não tratada, a
pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, causando até a morte.

▪ Fatores de risco para pneumonias

• Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de


agentes infecciosos;
• Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa
do aparelho respiratório;
• Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por
vírus e bactérias;
• Gripes mal cuidadas;
• Mudanças bruscas de temperatura.

Os sintomas mais comuns da pneumonia, num panorama geral, são:

• Tosse seca ou com catarro ou pus;


• Dores agudas no peito ou nas costas;
• Febre;
• Calafrios;
• Dificuldade ou dor ao respirar;
• Falta de ar;

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• Arritmia cardíaca;
• Respiração acelerada;
• Fadiga;
• Sudorese.

O tratamento depende do micro-organismo causador da doença. Nas


pneumonias bacterianas, devem-se usar antibióticos. Atualmente, amoxicilina,
azitromicina e claritromicina são os medicamentos mais recomendados no tratamento
das pneumonias comunitárias que comprometem pessoas previamente saudáveis. Na
maior parte das vezes, quando a pneumonia é causada por vírus, o tratamento inclui
apenas antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas, podendo ser necessários
medicamentos antivirais nas formas graves da doença. Nas pneumonias causadas
por fungos, utilizam-se medicamentos específicos. É muito importante saber que, se
não tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, causando até a
morte.

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Rinite alérgica

Rinite é uma doença inflamatória das mucosas do nariz, desencadeada


pela reação imunológica do corpo a partículas inaladas consideradas estranhas
(chamadas de alérgenos), como poeiras, pelos de animais e odores fortes. Pode ser
alérgica ou não alérgica e, em ambos os casos, os sintomas são parecidos. No Brasil,
cerca de 30% dos adolescentes e 26% das crianças apresentam sintomas de rinite
alérgica, segundo dados do The International Study of Asthma and Allergies in
Childhood (ISAAC). O estudo ainda revelou que o país é um dos que tem o maior
número de pessoas com rinite ou asma no mundo.
Entre outras atribuições, o nariz é responsável pela proteção inicial contra
substâncias tóxicas e irritantes (alérgenos) que inalamos. Existe um complexo
mecanismo de defesa para impedir que essas substâncias alcancem os pulmões. Faz
parte dessa resposta a obstrução nasal, que provoca o bloqueio da passagem do
agente agressor, além de espirros e coriza. Essa reação é normal e todas as pessoas,
ao entrarem em contato com algumas substâncias tóxicas, apresentam tais sintomas.
Em alguns casos, porém, essa reação é exagerada e duradoura,
caracterizando a rinite alérgica, enfermidade crônica provocada pelo contato com
alérgenos.
▪ Alguns fatores que podem agravar a rinite são:

Ácaros: microrganismos altamente alérgenos que se desenvolvem em


ambientes escuros e úmidos, locais que acumulam poeira doméstica, em pelos de
animais de estimação, colchões, roupas de cama e banho, entre outros.
Mofo e bolor: assim como os ácaros, os fungos também preferem lugares
úmidos para se proliferarem. São comumente encontrados nas paredes, nos tetos e
em móveis de madeira.
Pólen: os agentes alérgenos ficam suspensos no ar durante a primavera,
mas também podem estar presentes em qualquer época do ano na presença de flores.
Mudanças bruscas de temperatura: são comuns no Brasil,
principalmente na região Sudeste, que apresenta trocas repentinas de temperatura,
independente da estação.
Produtos de limpeza: o cheiro forte de produtos de higiene pode causar a
irritação dos olhos e do nariz, facilitando o desenvolvimento da alergia.
Os sintomas mais comuns que correspondem à inflamação surgem após o
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contato direto com o agente, que podem fazer com que as crises alérgicas durem
muito tempo. São eles:
• Irritação no nariz, na boca, nos olhos, na garganta, na pele ou em
qualquer outra região
• Problemas com odores
• Coriza
• Espirros
• Lacrimejamento nos olhos
• Congestão nasal
• Tosse
• Diminuição da audição e do olfato
• Dor de garganta
• Olheiras
• Olhos inchados
• Fadiga e irritabilidade
• Cefaleia

Os tratamentos contra a rinite alérgica são feitos a partir da higiene


ambiental, do uso de medicamentos ou pela aplicação de vacinas contra crises
alérgicas. Anti-histamínicos (antialérgicos), descongestionantes nasais e
corticosteróides são os medicamentos mais usados com objetivo de melhorar a
respiração nasal e evitar ou amenizar as crises. A higiene ambiental se refere à
limpeza de objetos que podem armazenar ácaros e poeira que provocam alergia,
como carpetes, cortinas, colchões, bichos de pelúcia.
Vacinas antialérgicas são uma opção para casos em que não houve
melhora com as medicações e como alternativa para casos em que não se pode evitar
contato com o alérgeno. Ela está indicada se o teste cutâneo ou sanguíneo comprovar
o alérgeno.
Nesse tratamento, são aplicadas injeções ou gotas sublinguais com
quantidades controladas da substância para que o organismo deixe de ser hiper-
reativo a ela. O objetivo é que, no passar do tempo, as crises se reduzam e a pessoa
consiga até suspender as medicações.

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3. Doenças Digestivas

Gastrite

A gastrite se trata de uma inflamação aguda ou crônica que acomete o


revestimento mucoso das paredes internas do estômago. A inflamação pode ser
causada por vários fatores, como infecções, estresse decorrente de doenças graves,
lesões, alguns medicamentos e distúrbios do sistema imunológico. Ela pode ser
gastrite aguda, surgindo de repente, ou gastrite crônica, que demora para ser tratada
e evolui aos poucos. Ela também pode ser chamada de gastrite enantematosa.
Gastrite pode acometer toda a mucosa estomacal, ou parte dela. Pode
provocar inflamação intensa, sem destruir o revestimento do estômago, ou resultar
numa inflamação leve, mas acompanhada de lesão na parede do órgão e perda da
mucosa estomacal. Denominada gastrite erosiva, esse tipo pode provocar a formação
de úlceras e sangramentos.

Causas:

• Uso prolongado de medicamentos como aspirina ou anti-inflamatórios;


• Consumo de álcool;
• Hábito de fumar;
• Infecção pela bactéria Helicobacter pylori;
• Gastrite autoimune – ocorre quando o sistema imune produz anticorpos
que agridem e destroem as células gástricas do próprio organismo.

Sintomas:

• Dor de estômago intensa;


• Azia;
• Indigestão;
• Sensação de estufamento;
• Perda de apetite;
• Náusea e vômito;
• Presença de sangue nas fezes e no vômito.

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O tratamento da gastrite tem de levar em conta a causa da doença. Como
existe associação entre Helicobacter pylori e gastrite, se tratarmos apenas a segunda
sem combater o primeiro, a probabilidade de a doença reaparecer aumenta. No
entanto, ela diminuirá bastante, se os dois tratamentos ocorrerem simultaneamente.
O uso de ácido acetilsalícilico, anti-inflamatórios e álcool deve ser evitado,
porque essas substâncias funcionam como fatores de risco para a doença. A
medicação pode ser ministrada por via oral e os resultados obtidos costumam ser
bastante satisfatórios.

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Refluxo gastrointestinal

Refere-se ao retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago


para o esôfago. Os alimentos mastigados na boca passam pela faringe, pelo esôfago
(um tubo que desce pelo tórax na frente da coluna vertebral) e caem no estômago,
situado no abdômen. Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se abre
para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir que o suco
gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para
receber uma substância que é absurdamente irritante.
Crianças pequenas podem apresentar episódios de refluxo em virtude da
fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o esôfago. Na
maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente.

Sintomas:

• Azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode


atingir a garganta;
• Dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina
e do infarto do miocárdio;
• Tosse seca;
• Doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e
asma.

Causas:

• Alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago e que


deveria funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos;
• Hérnia de hiato provocada pelo deslocamento da transição entre o
esôfago e o estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica;
• Fragilidade das estruturas musculares existentes na região.

Fatores de risco:

• Obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a


pessoa emagrece;
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• Refeições volumosas antes de deitar;
• Aumento da pressão intra-abdominal;
• Ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate,
molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O clínico inclui a administração


de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram a
motilidade do esôfago. Paralelamente, o paciente recebe orientação para perder peso,
evitar alimentos e bebidas que agravam o quadro, fracionar a dieta, não se deitar logo
após as refeições e praticar exercícios físicos. A cirurgia pode ser realizada de
maneira convencional ou por laparoscopia e está indicada nos casos de hérnia de
hiato, para os pacientes que não respondem bem ao tratamento clinico ou quando é
necessário confeccionar uma válvula antirrefluxo. Ela é sempre um procedimento
adequado, quando a repetição do refluxo gastroesofágico provoca esofagite grave,
uma vez que a acidez do suco gástrico pode alterar as células do revestimento
esofágico e dar origem a tumores malignos.

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Cirrose hepática

Cirrose é a distorção disseminada da estrutura interna do fígado que ocorre


quando uma grande quantidade de tecido hepático normal é permanentemente
substituída por tecido cicatricial não funcional. O tecido cicatricial se desenvolve
quando o fígado é danificado repetida ou continuamente. A cirrose já foi considerada
irreversível, mas evidências recentes sugerem que, em alguns casos, ela é reversível.
A cirrose hepática tem várias causas. O alcoolismo e a hepatite C são as
mais frequentes em nosso meio.
Doença hepática alcoólica: Para muitas pessoas, a cirrose é sinônimo de
alcoolismo. Na verdade, o abuso de álcool crônico é apenas uma de suas causas. A
cirrose hepática alcoólica geralmente se desenvolve depois de mais de uma década
de etilismo pesado. A quantidade de álcool que pode danificar o fígado varia muito de
pessoa para pessoa. Em mulheres, beber tão pouco quanto duas a três doses de
bebida por dia tem sido considerado suficiente para desenvolver a doença. Em
homens, três a quatro doses. É importante lembrar que não há relação entre
embriaguez e dano hepático. Ou seja, o fato de a pessoa não ficar embriagada não
significa que seu fígado não esteja sofrendo.

A cirrose hepática tem várias causas. O alcoolismo e a hepatite C são as


mais frequentes.

Hepatite crônica C: É uma das causas mais frequentes de cirrose, ao lado


da doença hepática alcoólica. A infecção por este vírus causa inflamação e danos de
forma lentamente progressiva ao fígado, o que após vários anos pode levar à cirrose.
Hepatites crônicas B e D: O vírus da hepatite B é provavelmente a causa
mais comum de cirrose se considerarmos o mundo inteiro. É frequente principalmente
no Oriente. A hepatite B, como a C, causa inflamação e danos que ao longo dos anos
pode levar à cirrose. O vírus da hepatite D é mais um vírus que infecta o fígado, e
ocorre somente em pessoas que já possuem o vírus B.
Hepatite autoimune: Este tipo de hepatite é causado por problemas no
sistema imune.

Doenças herdadas: Deficiência de alfa-1 antitripsina, hemocromatose,


doença de Wilson, galactosemia e doenças do armazenamento do glicogênio estão
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entre as doenças herdadas que interferem com a maneira como o fígado produz,
processa e armazena enzimas, proteínas, minerais e outras substâncias de que o
corpo necessita para funcionar adequadamente.
Esteato-hepatite não alcoólica: Na esteato-hepatite, há um acúmulo de
gorduras no fígado. Isto pode inflamá-lo e levar à formação de tecido fibroso – que,
com o tempo, pode levar à cirrose. Este tipo de hepatite parece estar associado com
diabetes, obesidade e excesso de colesterol no sangue, entre outras condições.

Obstrução dos ductos biliares: Quando os ductos que levam a bile para fora
do fígado estão bloqueados, a bile fica estagnada e pode danificar o tecido hepático.
Em bebês, esta obstrução é mais comumente causada por atresia biliar, uma doença
na qual os ductos biliares estão ausentes ou danificados. Em adultos, a causa mais
frequente é a cirrose biliar primária, uma doença na qual os ductos se tornam
inflamados, bloqueados e fibrosados. A cirrose biliar secundária pode acontecer
depois de uma cirurgia de vesícula biliar, se os ductos forem inadvertidamente
lesados.
Drogas, toxinas, e infecções: Reações intensas a medicamentos,
exposição prolongada a toxinas presentes no meio ambiente, e congestão hepática
prolongada (por exemplo em casos de insuficiência cardíaca) podem levar à cirrose.
Outras doenças que podem provocar cirrose
• Hemocromatose.
• Doença de Wilson.
• Deficiência de alfa 1 antitripsina.
• Fibrose cística.
• Colangite esclerosante primária.
• Hepatite por drogas ou medicamentos.

Alguns sintomas relacionados a cirrose são:

• Cansaço
• Perda do apetite
• Perda de peso
• Baqueteamento
• Icterícia

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• Esteatorreia
• Desnutrição
• Eritemas
• Coceira generalizada
• Desgaste muscular (atrofia)
• Contratura de Dupuytren
• Angioma aracneiforme
• Aumento das glândulas salivares nas bochechas.
• Neuropatia periférica
• Ginecomastia, atrofia testicular, diminuição da quantidade de pelo nas
axilas em homens

Não existe cura para a cirrose. O dano no fígado é quase sempre


permanente, e é improvável que volte a ficar normal. O tratamento inclui corrigir ou
tratar a causa, como o consumo excessivo de álcool, o uso de um medicamento ou
droga, exposição a uma toxina, hemocromatose ou hepatite crônica. Tratar as
complicações à medida que se desenvolvam. Algumas vezes, transplante de fígado
A melhor abordagem é interromper a cirrose nos seus estágios iniciais
corrigindo ou tratando a causa. Tratar a causa, em geral, previne danos adicionais e,
por vezes, o quadro clínico da pessoa melhora.

22
4. Doenças Cardiovasculares

Hipertensão

A Hipertensão é uma doença relacionada com o aumento da pressão


sanguínea. Ocorre quando a pressão ultrapassa ou é igual à 140/90 mmHg (ou 14 por
9). Ela faz com que o coração tenha de trabalhar mais para a transferência correta do
sangue pelo corpo.
Algo interessante é que na maioria dos casos ela é herdada dos pais, mas
há outros fatores que podem contribuir para seu desenvolvimento, como o fumo, a
obesidade e o consumo excessivo de sal. Além disso, sua incidência é maior em
diabéticos e suas chances de desenvolvimento aumentam com a idade.
Seus sintomas geralmente se manifestam quando a pressão sobe e
envolvem tonturas, dores no peito e dores de cabeça.
A única maneira de diagnosticar a hipertensão é medindo a pressão
regularmente. Recomenda-se, para pessoas com mais de 20 anos, uma checagem
por ano, e duas vezes para quem tem histórico na família.
É uma doença sem cura que pode ser tratada e controlada. São os médicos
que orientarão os pacientes a respeito de qual método seguir. Alguns medicamentos
que podem ser receitados são a Bosentana, a Ambrisentana e a Brinzolamida.
Para prevenir recomenda-se uma alimentação saudável e balanceada,
procurar manter-se no peso ideal, evitar fumar, praticar exercícios físicos, evitar
alimentos ricos em gorduras, entre outros.

23
Infarto Agudo do Miocárdio

Mais conhecido por ataque cardíaco, ocorre quando há a obstrução da


artéria coronária que irá promover a morte das células do músculo cardíaco por falta
de oxigênio. Geralmente essa obstrução dá-se por causa do surgimento de um
coágulo em um vaso com aterosclerose (trata-se de uma placa formada pelo acúmulo
de gordura), de forma que o fluxo sanguíneo pare repentinamente, assim não
ocorrendo a oxigenação das células do miocárdio.
Como a principal causa é a aterosclerose, o colesterol em excesso será o
principal fator contribuinte para seu desenvolvimento. Também podemos citar outros
problemas como tabagismo, hipertensão, obesidade, diabetes e o estresse.
Importante citar que pessoas diabéticas ou com histórico de familiares que infartaram,
são mais propícias a desenvolver o ataque cardíaco.
Seus sintomas incluem palidez, suor excessivo e alteração na frequência
cardíaca. Além disso, promove uma forte dor no peito que dará uma sensação de
peso, desconforto e aperto sobre o tórax. Nos idosos pode haver falta de ar. Ainda há
casos de pessoas assintomáticas. Seu diagnóstico é dado por uma análise clínica e
através de exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e cateterismo.
Se não tratado imediatamente a pessoa vai a óbito. O principal tratamento
consiste em desentupir a artéria entupida. Esse desentupimento pode ocorrer através
da angioplastia coronária (onde um cateter-balão será inserido, por meio de uma
punção arterial, e direcionado até o local do entupimento da artéria.) ou fibrinolíticos
(neste caso ocorre a dissolução do coágulo, no entanto pode causar hemorragias e
por isso só é indicado quando a angioplastia não é possível ser realizada). Somado a
isso, pode vir o uso de medicamentos para evitar a formação de novos coágulos,
prevenir arritmias e controlar o colesterol.
Para prevenir o infarto do miocárdio basta ter uma alimentação equilibrada,
praticar exercícios físicos, não fumar e se atentar ao controle dos fatores de risco; a
diabetes, o colesterol alto e a hipertensão.

24
Insuficiencia Cardíaca

Ocorre quando o coração não está bombeando sangue o suficiente para as


necessidades do corpo, de modo que possa causar refluxo de sangue nas veias e
pulmões, redução do fluxo sanguíneo e acúmulo de fluidos nos tecidos do corpo.
Em geral, trata-se de uma doença desenvolvida como consequência do
agravamento de outras doenças que agridem o coração (tais como valvulopatias e
miocardite), visto que elas tendem a enfraquecer sua capacidade de bombear sangue.
Mas também pode ser causada por diabetes, hipertensão, alguns tratamentos para
câncer e alcoolismo. Os idosos são os que possuem mais chances de se desenvolver.
Entre seus sintomas temos falta de ar, inchaço dos pés e pernas, falta de
energia, sensação de cansaço, dificuldade de dormir, entre outros. Importante
ressaltar que em muitos casos esses sintomas costumam aparecer gradualmente,
podendo levar dias ou meses, logo, é importante ter atenção.
O diagnóstico é realizado por um cardiologista, que através de queixas do
paciente sobre os sintomas citados irá solicitar exames, como eletrocardiograma, raio-
x de tórax e ecocardiograma, para confirmar as suspeitas e saber sobre o grau de
gravidade. Até os 50 anos os homens são os mais propensos a desenvolver essa
doença, mas aos 60 anos as chances se igualam para ambos sexos.
Para tratar a insuficiência cardíaca pode-se realizar a Terapia de
Ressincronização Cardíaca (onde implanta-se um dispositivo no coração que envia
pulsos elétricos para ajudar as câmaras inferiores do coração a baterem em um
padrão mais sincronizado), adquirir um estilo de vida mais saudável, realizar o uso de
medicamentos (como betabloqueadores, anticoagulantes e diuréticos), ou realizar
uma cirurgia cardíaca (dependendo do caso um transplante de coração pode ocorrer
ou uma troca de válvulas).
A prevenção engloba cuidados com a alimentação, atenção às quantidades
de açúcar e gordura consumidos, controle do peso, prática de atividades físicas, não
fumar, evitar o estresse, entre outros.

25
Endocardite

A endocardite é uma doença que afeta o endocárdio, que irá inflamar o


revestimento do tecido que reveste o interior do coração, especialmente as válvulas.
Pode ser classificada em infecciosa (quando é causada por microrganismos que
através do sangue chegam ao coração) e em não infeciosa
A endocardite não infecciosa também é conhecida por endocardite
trombótica não infecciosa, ela é uma consequência de outros problemas de saúde,
como o lúpus eritematoso sistêmico, febre reumática, traumas físicos, câncer de
pulmão, estômago e pâncreas, tuberculose, pneumonia, entre outros, que podem
produzir lesões nas válvulas do coração e que produzem trombos, podendo até
mesmo atingir outros órgãos. Possui baixa ocorrência.
A endocardite infecciosa ou endocardite bacteriana, ocorre quando
microrganismos chegam, através do sangue, até uma válvula do coração ou a outra
área danificada do endocárdio e se instalam nesses locais. Eles passarão a produzir
vegetações que com o tempo poderão comprometer o coração, podendo até mesmo
causar uma insuficiência cardíaca. Levados pela corrente sanguínea, esses
microrganismos podem afetar outros órgãos.
A endocardite bacteriana é associada a um microrganismo que o sistema
imunológico não conseguiu combater. Esse agente entrou no corpo através de alguma
lesão no corpo, seja ela grande ou pequena e independente do local. Por exemplo:
uma pessoa realizou um procedimento odontológico e houve uma lesão na gengiva,
essa lesão será uma porta para as bactérias que estão na boca da pessoa entrarem
na corrente sanguínea e atingirem seus órgãos. Idosos, crianças ou pessoas com
doenças autoimunes têm maior risco de desenvolver a doença.
Os sintomas da endocardite surgem gradualmente e podem levar um
tempo para serem percebidos, de modo geral os mais comuns são; suor em excesso
e mal-estar geral, palidez, inchaço nas pernas, pés e abdominais, febre alta, calafrios,
suores noturnos indicativos da bacteremia, dor nos músculos, nas articulações e no
peito, dentre outros.
O diagnóstico é feito com um cardiologista. Os exames geralmente
solicitados incluem hemocultura, ecocardiograma, tomografia computadorizada e
ressonância magnética.
Para o tratamento da endocardite pode-se realizar uma cirurgia cardíaca (a
depender da gravidade), ou através do uso de antibióticos como a penicilinas e o
26
aminoglicosídeo (por um mês e meio, em doses altas por via venosa ou endovenosa).
O médico ainda pode receitar anti-inflamatórios, remédios para febre e, em alguns
casos, corticoides para aliviar os sintomas.
A principal forma de prevenção é através da higiene bucal, evitando que
haja um acúmulo excessivo de biofilme, escovando os dentes, usando enxaguante
bucal e fio dental. Há casos em que o próprio sistema imunológico consegue se livrar
dos agentes, então, é importante estar com a imunidade em dia, e para isso
recomenda-se uma alimentação saudável e balanceada e a prática de exercícios
físicos.

27
5. Conclusão

O trabalho apresentou doze das principais doenças que atacam os


sistemas cardiovascular, respiratório e digestivo, bem como, suas causas, nomes,
sintomas, como faz-se o diagnóstico, tratamento e prevenção. Sendo as principais
causas das mesmas a má alimentação, em especial as que contém excessivamente
açúcar, gorduras e sal, ressalta-se que o tabagismo pode aumentar em 10% o número
de mortes, e a falta da prática de exercícios físicos, que procura o sedentarismo.
Observa-se então a importância de desenvolver bons hábitos alimentares
que incluem alimentos de diversos tipos e variedade de verduras e a realização da
prática de exercícios físicos, o Ministério da Saúde recomenda 30 minutos de
atividade física diária. Essas são as principais formas de prevenir doenças nesses
sistemas e que também afetam positivamente outras partes do corpo, como
crescimento e renovação dos tecidos, e garantem uma melhoria na qualidade de vida
das pessoas. Para montar uma dieta saudável recomenda-se a procura por um
nutricionista. O governo disponibiliza gratuitamente em seu site o Guia Alimentar para
a População Brasileira, onde é possível obter informações que vão desde uma
alimentação saudável ao preparo e manipulação dos alimentos. O objetivo do mesmo
é a promoção da saúde e da boa alimentação, de uma forma que contribua para a
prevenção do surgimento de futuras complicações à saúde.

28
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