Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monografia
Porto, 2009
ii
Índice
Lista de Abreviaturas.............................................................................................. iv
Resumo ................................................................................................................... v
Abstract .................................................................................................................. vi
Introdução ...............................................................................................................1
tratamento .........................................................................................................2
Hipótese Imunomoduladora..................................................................10
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
iv
Lista de Abreviaturas
IL Interleucina
LT Leucotrienos
PG Prostaglandinas
Th Células T helper
VC Volume de ar corrente
v
Resumo
aumentado na asma. Por outro lado, o desajuste do ratio entre os ácidos gordos
que o organismo está mais susceptível à modulação nutricional e deste modo ter
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
vi
Abstract
countries. Scientific evidence showed that changes in food patterns and the
inflammation, which can stimulate the asthma inflammatory process. On the other
hand, visceral adiposity is widespread in obesity and it’s associated to the loss of
Food habits, in which ingestion of fruit, vegetables and fish are poor may
asthma. On the other hand, the imbalance ratio of polyunsaturated fatty acids n-6
and n-3 can promote the asthmatic inflammation through the formation of
The gestation period and the first years of the organism growth, when the
immunity and the respiratory system are developing, is probably the stage of life in
which the organism is more susceptible to nutrition modulation. All these indicators
suggest that a healthy food pattern, like Mediterranean diet, could protect against
asthma.
Key-Words: Asthma, Obesity, Antioxidants, PUFA n-3, PUFA n-6, Maternal diet,
Mediterranean’s Diet
1
Introdução
perdurar durante dias ou, noutras situações mais graves, conduzir à morte (1).
15% da população europeia seja asmática, sendo que 1/3 dos asmáticos têm
(4)
asma não controlada . Em Portugal, no ano de 2005, a prevalência da asma foi
(5)
de 5,5% . Se se considerar a asma em idade pediátrica, a prevalência é ainda
que sugerem que não existe evidência suficiente para atribuir o contínuo aumento
padrão alimentar das populações, sugerindo uma possível relação entre a asma e
(4, 9)
a alimentação . A forma como a asma está relacionada com a alimentação
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
2
primeiros anos de vida, factores que parecem ser preponderantes para o aumento
diagnóstico e tratamento
estruturais o aumento das células musculares lisas, quer por hipertrofia quer por
asma é o resultado das alterações estruturais que conduzem a obstrução das vias
1
Ver Anexo 1 para mais informação sobre conceitos relacionados com o processo inflamatório.
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
4
Segundo a Global Iniciative for Asthma – GINA a asma pode ser classificada
de alívio (ex: agonistas ȕ2), utilizada nos episódios agudos, tem como objectivo o
Embora a asma seja uma doença crónica é possível ao doente asmático bem
controlado ter uma boa qualidade de vida sem limitações na sua actividade diária.
Factor-Ȗ TNF-Ȗ) que, por sua vez, estão associadas à elaboração de uma
Por outro lado, as citocinas produzidas pelas células Th2 (IL-4, IL-5, IL-6 e IL-
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
6
que em 2015 cerca de 2,3 biliões de adultos tenham excesso de peso e mais de
corporal (IMC) tem efeito dose-dependente no risco de asma, o que já tem sido
(14, 17)
descrito noutros trabalhos . O aumento de uma unidade no IMC representa
7
e pior estado de saúde nos indivíduos asmáticos (19-21), bem como pior controlo da
(21, 22)
asma em geral . Alguns estudos referem, também, que a obesidade se
(19, 20, 22, 23)
associa a asma mais severa , ainda que neste aspecto nem toda a
totalmente esclarecidos.
gordura existente. Para além da função local pensa-se que podem exercer efeitos
produção das células Th2 e suas citocinas no epitélio brônquico (10, 14).
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
8
diminuída(14).
que ocorre durante a asma a induzir a libertação de leptina pelos adipócitos. Este
facto pode ser explicado pela acção do TNF-ĮVREUHRVDGLSócitos, uma vez que,
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
10
Hipótese Imunomoduladora
gorduras vegetais, como o óleo de canola, são ricos em ácido linolénico, um AGPI
11
(29)
n-3 precursor do EPA . Por sua vez, os derivados dos AGPI n-3 e n-6 fazem
Pensa-se que os AGPI n-3 possam modular a inflamação por intermédio dos
Os AGPI n-3 e n-6 dão origem a várias séries de eicosanóides por via da
Os autores defendem que pessoas com ingestão aumentada de AGPI n-6 têm
da produção de PG2 e dos LT4 (9). Por outro lado, o aumento da ingestão de ácido
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
12
AGPI n-3 exercem outras funções por mecanismos ainda não totalmente
produção de citocinas pode ser resultado da regulação dos AGPI n-3 sobre
Os estudos de intervenção com AGPI n-3 são de uma forma geral realizados
óleo de perilla (rico em AGPI n-3) está associada à supressão da produção dos
a suplementação com cápsulas de óleo de peixe (3,2g EPA e 2,0g DHA) conduz à
13
FEV1 avaliado 15 minutos após o exercício. Mais, o autor verifica que os níveis de
corticoterapia, verificam que a suplementação com AGPI n-3 não tem diferenças
tratamento da asma, uma vez que não há melhoria evidente das manifestações
(39)
clínicas da doença medidas objectivamente pelo FEV1 ou pelo PEF . De uma
com óleo de peixe são inconsistentes. No entanto, fica presente que, na maior
parte dos estudos, não há evidência suficiente para a recomendação de AGPI n-3
Hipótese Antioxidante
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
14
o ião hidroxilo – OH- ou outros altamente reactivos como, por exemplo, o ião
Uma vez produzidas, as ERO podem interagir com diversas moléculas, como
(40)
do ácido araquidónico e moléculas de adesão . De facto, as ERO podem
estudos observacionais.
Patel e col. observam que a ingestão de 2 a 4 peças de fruta por dia contribuí
(47)
para um menor risco de asma . Alguns autores propõem que o consumo de
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
16
que a asma em adultos é menos comum em indivíduos que ingerem mais maçãs,
e menos severa nos que bebem mais vinho tinto. Os autores associam estes
(42)
resultados à presença dos flavonóides e do trans-resveratrol no vinho tinto .
anos. As crianças das mães que ingeriam mais de quatro maças por semana
Romieu e col. observam, num estudo com 70 mil professoras, que a asma é
zeaxantina) (26).
Vitamina C
em adultos (53).
Carotenóides
ião superóxido e dos radicais peroxil (43, 45, 52). O efeito protector, especialmente do
ser menos eficiente na neutralização dos oxidantes em geral, quando estes estão
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
18
(50)
em maior concentração . No estudo de Dunstan e col. a suplementação de 9
Vitamina E
pela peroxidação lipídica (9, 45). A vitamina E inibe a produção de IgE (9, 40), suprime
Selénio
geograficamente, mas de uma forma geral, pode-se dizer que os cereais, a carne,
mesmo quando a amostra foi estratificada para fumadores e não fumadores (60).
Flavonóides
alérgicas (42). Pensa-se que podem recapturar o óxido nítrico, inibir a libertação de
ingestão de maçãs e vinho, podem ser justificados à luz dos efeitos dos
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
20
fitoquímico relativamente específico das maçãs) uma vez que o chá e cebolas,
quercitina (62).
revela diferenças entre os dois grupos, quer na ingestão quer nos níveis
com o risco de ter asma. Porém, o mesmo não se verifica para a vitamina C e a
tabaco têm níveis mais elevados de stress oxidativo e níveis mais baixos de
(50, 53)
antioxidantes no soro , sendo estes os que poderão beneficiar mais da
(26)
ingestão de alimentos ricos em antioxidantes . Assim, a título de exemplo, os
tem qualquer melhoria nos níveis de óxido nítrico expirado nem nos isoprostanos,
Alguns estudos propõem que uma dieta pobre em sódio em asmáticos conduz
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
22
músculo liso(66). Deste modo, o músculo liso brônquico parece ter uma
(67)
hipersensibilização aos elevados níveis de sódio . No entanto, os estudos são
incoerentes. Num ensaio clínico a adopção de uma dieta pobre em sódio, durante
mãe e a exposição do feto e da criança nos seus primeiros anos de vida pode
asma não são totalmente claros. Todavia, alguns autores equacionam o papel de
factores epigenéticos, como a metilação do ADN, a título de exemplo (12, 69). Estes
Em modelos animais, uma dieta rica em grupos metil está associada ao aumento
de doenças alérgicas nas vias respiratórias (69). É conhecido que o ácido fólico e a
vitamina B12 promovem a metilação do ADN. Por sua vez, o ácido fólico tem sido
neural na criança. Este é um dado curioso, embora os estudos que avaliam a sua
contribuição para o desenvolvimento da asma sejam, ainda, muito limitados (69, 73).
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
24
provável que os AGPI n-3 a ter efeito o exibam numa fase precoce do
(25, 49,
desenvolvimento, quando a resposta imunológica tipo Th2 não está formada
70, 72, 74)
.
doença atópica e de 85% na redução do risco de síbilos atópicos aos 6 anos (72).
autores sugerem que o período crítico para o efeito óptimo dos AGPI n-3 seja o
25
inadequada ingestão de antioxidantes podem ser mais visíveis no período fetal, (9,
25, 43, 76)
num contexto de diminuição das defesas antioxidantes, aquando do
(77)
primeiro contacto com o antigénio . Alguns estudos propõem que a diminuição
vias respiratórias(70).
de ter síbilos em crianças com dois anos. Estes efeitos são independentes de
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
26
O zinco, por sua vez, parece estar associado à diferenciação das células T
está presente nos alimentos, mas pode ser produzida na pele pela exposição
grávidas e aleitantes. Outro facto que favorece esta hipótese relaciona-se com a
Este receptor está presente nas células B, T e células dendritícas. Pensa-se que,
Três coortes, com amostras superiores a 1200 grávidas, indicam que a baixa
Moore e col. (12), na sua revisão, fazem uma pequena reflexão sobre os resultados
contexto e que não pode ser descurado. O leite materno, para além do seu valor
Growth Factor-TGF-ȕ e que, por sua vez, estimulam o sistema imune da criança a
ovalbumina. Do ponto de vista nutricional, o leite materno contém AGPI n-3 e n-6
(85)
e proteínas como a ȕ-lactoglobulina, a caseína e a globulina bovina-Ȗ . Assim,
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
28
meses, está associado à prevenção da asma e da doença atópica no futuro (80, 85),
E como o consumo de peixe e frutos gordos é elevado, pode também ter efeitos
(88, 89)
imunomoduladores na asma . Por seu lado, o azeite é rico em ácidos gordos
alimentar mais saudável e, de uma forma mais geral, por estilos de vida
saudáveis, ainda que estes parâmetros tenham sido considerados pelos autores
protecção de asma mais severa. O consumo de fruta fresca mostra, apenas, uma
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
30
autores sugerem que as crianças obesas têm um maior risco de asma severa,
principalmente nas raparigas. Por outro lado, a prática de exercício físico, com
uma frequência superior a três vezes por semana, está associada ao menor risco
de asma nos doentes com asma moderada mas não nos doentes com asma
severa (91).
observam uma redução do risco de síbilos e atopia nas crianças em que as mães
descritos e pelos efeitos aditivos entre eles. Há autores, contudo, que afirmam
diagnóstico de asma nestes indivíduos, tal como Aaron verificou num estudo
obesidade e a asma. É pouco provável que neste estudo, com uma amostra tão
elevada, esta associação possa estar mascarada por confundidores. Mais, neste
divisão das amostras em duas classes, elevado IMC> 25 kg/m2 e IMC normal se <
asma.
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
32
Importa, ainda, realçar que na maior parte dos estudos que relacionam a
obesidade com a asma, a classificação da obesidade tem por base o IMC e não
três parâmetros: o primeiro com o facto de o IMC não ser capaz de distinguir entre
Assim, novos estudos nesta área deverão classificar a disposição de gordura, por
Vários estudos referem que a perda de peso resulta na melhoria dos sintomas
(15, 17, 22, 24)
asmáticos , nomeadamente na severidade, uso de medicação, número
(14, 22) (97)
de hospitalizações e controlo da asma . Assim, os asmáticos são um
saúde global.
estudos em que o consumo de peixe é baixo pode estar mascarada pela ingestão
da população.
de peixe e asma têm tendência a enfatizar o papel dos AGPI n-3, mas a relação
pode estar associada a outros nutrientes, como por exemplo o selénio, do qual o
vez, conduz a baixo poder estatístico dos estudos (39). Deste modo, é possível que
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
34
risco desta patologia são um tema que merecem atenção. A dieta mediterrânica
interacção entre os nutrientes, mais do que isso na interacção dos nutrientes dos
(28)
um efeito aditivo dos dois grupos alimentares . A abordagem global do padrão
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
36
Referências Bibliográficas
2. Global Iniative for Asthma. Global Strategy for Asthma Management and Prevention.
http://www.ginasthma.com/Guidelineitem.asp??l1=2&l2=1&intId=1561.
3. Barnes PJ, Jonsson B, Lim SB. The costs of asthma. European Respiratory Journal. 1996;
9:636-42
4. EAACI press office. Individualized treatments are the only efficient way to tackle with
http://www.eaaci.net/site/content.php?artid=1598.
the prevalence of asthma symptoms: phase III of the Internacional Study of Asthma and Allergies
7. Janson C, Anto J, Burney P, Chinn S, Marco Rd, Heinrich J, et al. The European
Community Respiratory Health Survey: what are the main results so far? European Respiratory
8. Seaton A, Godden DJ, Brown K. Increase in asthma: a more toxic environment or a more
9. Devereux G, Seaton A. Diet as a risk factor for atopy and asthma [Review]. J Allergy Clin
10. Hersoug L-G, Linneberg A. The link between the epidemics of obesity and allergic
diseases: does obesity induce decreased immune tolerance? [Review]. Allergy. 2007; 62:1205-13
37
11. Cardinale F, Tesse R, Fucilli C, Loffredo MS, Iacoviello G, Chinellato I, et al. Correlation
between exhaled nitric oxide and dietary comsumption of fats and antioxidants in children with
12. Moore DCBC, Elsas PX, Maximiano ES, Elsas MICG. Impact of diet on the imunological
microenvironment of the pregnant uterus and its relationship to allergic disease in the offspring- a
13. World Health Organization. WHO. [actualizado em: Setembro 2006; citado em: Julho
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/index.html.
14. Shore SA. Obesity and asthma: possible mechanisms. J Allergy Clin Immunol. 2008;
121:1087-93
15. Beuther DA, Sutherland ER. Overweight, obesity and incident asthma - A meta-analysis of
prospective epidemiologic studies [Meta-analysis]. Am J Respir Crit Care Med. 2007; 175:661-66
16. Jartti T, Saarikoski L, Jartti L, Lisinen I, Jula A, Huupponen R, et al. Obesity, adipokines
17. Castro-Rodriguez JA. Relationship between obesity and asthma [Review]. Arch
18. Nystad W, Meyer HE, Nafstad P. Body Mass Index in relation to adult asthma among
19. Vortmann M, Eisner MD. BMI and Health Status Among Adults with Asthma. Obesity.
2008; 16:146-52
20. Accordini S, Corsico A, Cerveri I, Gislason D, Gulsvik A, Janson C, et al. The socio-
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
38
21. Lavoie KL, Bacon SL, Labrecque M, Cartier A, Ditto B. Higher BMI is associated with
worse asthma control and quality of life but not with asthma severity. Respir Med. 2006; 100(4):648
- 57
22. Saint-Pierre P, Bourdin A, Chanez P, Daures J-P, Godard P. Are overweight asthmatics
23. Taylor B, Mannino D, Brown C, Crocker D, Twum-baah N, Holguin F. Body mass index and
24. Mai X-M, Chen Y, Krewski D. Does leptin play a role in obesity-asthma relationship?
25. Vries Ad, Howie SEM. Diet and asthma - Can you change what you or your children are by
vegetable intake and asthma in the E3N study. Thorax. 2006; 61:209-15
27. Antova T, Pattenden S, Nikiforov B, Leonardi GS, Boeva B, Fletcher T, et al. Nutrition and
respiratory health in children in six Central and Eastern European Countries. Thorax. 2003; 58:231-
36
28. Tabak C, Wijga AH, Janseen NAH, Nrunekreef B, Smit HA. Diet and asthma in Dutch
29. Mickleborough TD, Rundell KW. Dietary polyunsaturated fatty acids in asthma-and
30. Nagel G, Linseisen J. Dietary intake of fatty acids, antioxidants and selected food groups
31. Takaoka M, Norback D. Diet among Japanese female university students and asthmatic
symptoms, infections, pollen and furry pet allergy. Respir Med. 2008; 102(7):1045-54
39
32. Chatzi L, Torrent M, Romieu I, -Esteban RG, Ferrer C, Vioque J, et al. Diet, wheeze and
atopy in school children in Menorca, Spain. Pediatr Allergy Immunol. 2007; 18:480-83
dietary supplementation with n-3 fatty acids compared with n-6 fatty acids on bronchial asthma.
34. Mickleborough TD, Lindley MR, Ionescu AA, Fly AD. Protective effect of fish oil
35. Calder PC. n-3 Polyunsaturated fatty acids, inflammation, and inflammatory disease. Am J
36. Tecklenburg SL, Mickleborough TD, Fly AD, Bai Y, Stager JM. Ascorbic acid
37. Hodge L, Salome CM, hughes JM, Liu-Brennan D, Rimmer J, Allman M, et al. Effect of
dietary intake of omega-3 and omega-6 fatty acids on severity of asthma in children. Eur Respir J.
1998; 11:361-65
38. Moreira A, Moreira P, Delgado L, Fonseca J, Teixeira V, Padrao P, et al. Pilot Study of the
effects of n-3 polynsaturated fatty acids on exhaled nitric oxide in patients with stable asthma. J
39. Reisman J, Schachter HM, Dales RE, Tran K, Kourad K, Barnes D, et al. Treating asthma
with omega-3 fatty acids: where is the evidence? A systematic review. BMC Complement Altern
41. Kirkham P, Rahman I. Oxidative stress in asthma and COPD: antioxidants as therapeutic
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
40
42. Shaheen SO, Sterne JAC, Thompson RL, Songhurst CE, Margetts BM, Burney PGJ.
Dietary antioxidants and asthma in adults - population based case-control study. Am J Respir Crit
43. Gao J, Gao X, Li W, Zhu Y, Thompson P. Observational studies on the effect of dietary
44. Hatch GE. Asthma, inhaled oxidants, and dietary antioxidants. Am J Clin Nutr. 1995; 61
(suppl):625S-30S
45. Romieu I. Nutrition and lung health. Int J Tuberc Lung Dis. 2005; 9(4):362-74
fresh fruit rich in vitamin C and wheezing symptoms in children. Thorax. 2000; 55:283-88
47. Patel BD, Welch AA, Bingham SA, Luben RN, Day NE, Khaw K-T, et al. Dietary
48. Boyer J, Liu RH. Apple phytochemicals and their health benefits. Nutrition Journal. 2004;
(3:5)
49. Willers SM, Devereux G, Craig LCA, McNeill G, Wijga AH, El-Magd WA, et al. Maternal
food consumption during pregnancy and asthma, repiratory and atopic symptoms in 5-year-old
50. Hu G, Cassano PA. Antioxidant nutrients and pulmonary function: the third National Health
51. Harik-Khan RI, Muller DC, Wise RA. Serum vitamin levels and the risk of asthma in
52. Rubin RN, Navon L, Cassano PA. Relationship of serum antioxidants to asthma
53. Misso NLA, Brooks-Wildhaber J, Ray S, Vally H, Thompson PJ. Plasma concentrations of
dietary and nondietary antioxdidants are low in severe asthma. Eur Respir J. 2005; 26:257-64
41
Reyes-Ruiz NI, et al. Antioxidant supplementation and lung function among children with asthma
exposed to high levels of air pollutants. Am J Respir Crit Care Med. 2002; 166:703-09
55. Fogarty A, Lewis SA, Scrivener SL, Antoniak M, Pacey S, Pringle M, et al. Oral magnesium
and vitamin C supplements in asthma: a parallel group randomized placebo-controlled trial. Clin
56. Dunstan JA, Breckler L, Hale J, Franklin P, Lyons G, Ching SYL, et al. Supplementation
with vitamin C, E, b-caroteno and selenium has no effect on anti-oxidant status and immune
responses in allergic adults: a randomized controlled trial. Clin Exp Allergy. 2007; 37:180-87
57. Kaur B, Rowe BH, Arnold E. Vitamin C supplementation for asthma. Cochrane Database
58. Wagner JG, Jiang Q, Harkema JR, Ames BN, Illek B, Roubey RA, et al. J-Tocopherol
prevents airway eosinophilia and mucous cell hyperplasia in experimentally incduced allergic
59. Pearson PJK, Lewis SA, Britton J, Fogarty A. Vitamin E supplements in asthma: a parallel
60. Shaheen S, Newson RB, Rayman MP, Wong AP-L, Tumilty MK, Potts JF, et al.
intracellular signalling and inflamation. Ann Ist Super Sanità. 2007; 43(4):394-405
62. Watson RR, Zibadi S, Rafatpanah H, Jabbari F, Ghasemi R, Ghafari J, et al. Oral
administration of the purple passion fruit extract reduces wheeze and cough and improves
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
42
micronutrients/antioxidants and their relationship with bronchial asthma severity. Allergy. 2001;
56:43-49
64. Riedl MA, Saxon A, Diaz-Sanchez D. Oral sulforaphane increases phase II antioxidant
65. Devereaux G. Early life events in asthma-diet. Pediatr Pulmonol. 2007; 42:663-73
66. Pogson ZEK, Antoniak MD, Pacey SJ, Lewis SA, Britton JR, Fogarty AW. Does a low
sodium diet imrove asthma control? a randomized controlled trial. Am J Respir Crit Care Med.
2008; 178:132-38
67. Kim J-H, Ellwood PE, Asher MI. Diet and asthma: looking back, moving forward. Respir
68. Gilliland FS, Berhane KT, Li Y-F, Kim DH, Margolis HG. Dietary magnesium, potassium,
69. Miller RL. Prenatal maternal diet affects asthma risk in offspring. J Clin Invest. 2008;
118:3265-68
70. Devereux G. Early life events in asthma-diet. Pediatr Pulmonol. 2007; 42:663-73
71. Olsen SF, Osterdal ML, Salvig JD, Mortensen LM, Rytter D, Secher NJ, et al. Fish oil
intake compared with olive oil intake in late pregnancy and asthma in the offspring: 16 y of registry-
based follow up from a randomized controlled trial. Am J Clin Nutr. 2008; 88:167-75
72. Romieu I, Torrent M, Garcia-Esteban R, Ferrer C, Ribas-Fitó N, Antó JM, et al. Maternal
fish intake during pregnancy and atopy and asthma in infancy. Clin Exp Allergy. 2007; 37:518-25
73. Ownby DR. Has mandatory folic acid supplementation of foods increased the risk of
74. Hodge L, Salome CM, Hughes JM, Liu-Brennan D, Rimmer J, Allman M, et al. Effect of
dietary intake of omega-3 and omega-6 fatty acids on severity of asthma in children. Eur Respir J.
1998; 11(2):361-5
75. Salam M, Li Y-F, Langholz B, Gilliland FD. Maternal fish consumption during pregnancy
76. Devereux G, Turner SW, Craig LCA, McNeill G, Martindale S, Harbour PJ, et al. Low
maternal vitamin E intake during pregnancy is associated with asthma in 5-year-old children. Am J
77. Seaton A. From nurture to nature - the story of the Aberdeen asthma dietary hypothesis. Q
intake in pregnancy in relation to wheeze and eczema in the first two years of life. Am J Respir Crit
79. Litonjua AA, Rifas-Shiman SL, Ly NP, Tantisira KG, Rich-Edwards JW, Camargo-Jr CA, et
al. Maternal antioxidant intake in pregnancy and wheezing illnesses in children at 2 y of age. Am J
80. Lim RH, Kobzik L. Maternal transmission of asthma risk. Am J Reprod Immunol. 2008;
61:1-10
81. Shaheen SO. Prenatal nutrition and asthma: hope or hype? Thorax. 2008; 63(6):483-85
82. Devereux G, Litonjua AL, Turner SW, Craig LCA, McNeill G, Martindale S, et al. Maternal
vitamin D intake during pregnancy and early childhood wheezing. Am J Clin Nutr. 2007; 85:853-59
83. Camargo-Jr CA, Rifas-Shiman SL, Litonjua AA, Rich-Edwards JW, Weiss ST, Gold DR, et
al. Maternal intake of vitamin D during pregnancy and risk of recurrent wheeze in children at 3 y of
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
44
84. Erkkola M, Kaila M, Nwaru BI, Kronberg-Kippila C, Ahonen S, Nevalainen J, et al. Maternal
vitamin D intake during pregnancy is inversely associated with asthma and allergic rhinitis in 5-
85. Friedman NJ, Zeiger RS. The role of breast-feeding in the development of allergies and
86. Bacopoulou F, Veltsista A, Vassi I, Gika A, Lekea V, Priftis K, et al. Can we be optimistic
87. Majem LS, Cruz JNdL, Trichopoulou A. Dieta Mediterránea. In: Nutrición y salud pública.
88. Batlle Jd, Garcia-Aymerich J, Barraza-Villarreal A, Antó JM, Romieu I. Mediterranean diet
is associated with reduced asthma and rhinitis in Mexican children. Allergy. 2008; 63:1310-16
89. Barros R, Moreira A, Fonseca J, Oliveira JFd, Delgado L, Castel-Branco MG, et al.
Adherence to the Mediterranean diet and fresh fruit intake are associated with improved asthma
diet in pregnancy is protective for wheeze and atopy in childhood. Thorax. 2008; 63:507-13
91. Garcia-Marcos L, Canflanca IM, Garrido JB, Varela AL-S, Garcia-Hernandez G, Grima FG,
et al. Relationship of asthma and rhinoconjunctivitis with obesity, exercise and Mediterranean diet
effect of fruit, vegetables and the Mediterranean diet on asthma and allergies among children in
93. Aaron SD, Vandemheen KL, Boulet LP, McIvor RA, Fitzgerald JM, Hernandez P, et al.
Overdiagnosis of asthma in obese and nonobese adults. CMAJ. 2008; 179(11):1121-31. 2582787.
45
94. Moreira P, Moreira A, Padrão P, Delgado L. Obesity and asthma in the Portuguese
95. Chen Y, Rennie D, Cormier YF, Dosman J. Waist circumference is associated with
pulmonary function in normal-weight, overweight, and obese subjects. Am J Clin Nutr. 2007; 85:35-
39
96. Fantuzzi G, Mazzone T. Adipose tissue and atherosclerosis: exploring the connection.
97. Johnson JB, Summer W, Cutler Rg, Martin B, Hyun D, Dixit VD, et al. Alternate day calorie
restriction improves clinical findings and reduces markers of oxidative stress and inflammation in
overweight adults with moderate asthma. Free Radic Biol Med. 2007; 42:665-74
98. American Heart Association. 2009. [citado em: Julho 2009]. Fish and Omega-3 Fatty Acids.
Ânia Pinheiro
Influência da obesidade e da alimentação no desenvolvimento e controlo da asma
46
Anexos
Esta página foi propositadamente deixada em branco.
Índice de Anexos
Anexo 1
Célula ou Mediador
inflamatório Principais funções
Células T natural killer O aumento da actividade das células nKT conduz a libertação
(nKT) de grandes quantidades de células Th1 e Th2.
Interleucina 6 (IL-6) A IL-6 é uma citocina de fase aguda com efeitos pleiotrópicos.
Prostaglandinas série 2
PGD2 Potente broncoconstrictor, derivado predominantemente de
mastócitos e envolvido no recrutamento de células Th2.
Anexo 2
Representação esquemática da acção dos AGPI n-3 sobre a via de sinal mediada
pelo TLR-4
a6