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RELAÇÕES ENTRE NUTRIÇÃO E SISTEMA abdominal e diafragma). Os nervos, sangue e linfa suprem
PULMONAR E IMPACTO DA DESNUTRIÇÃO todos os tecidos.
ASPIRAÇÃO (KRAUSE)
Cor pulmonale – condição caracterizada pelo aumento do A Cuppari (2014) adiciona ainda anorexia (consumo
ventrículo direito e insuficiência que surge devido ao inferior a 20kcal/kg/dia)
aumento da pressão das artérias pulmonares.
Conduta Nutricional - Objetivos:
Fator causal mais importante – Fumo do tabaco. Facilitar o bem estar nutricional;
Manter boa relação entre massa magra e gordura;
Terapia nutricional Corrigir desequilíbrio hídrico;
Controlar interações droga x nutrientes
De acordo com KRAUSE, a depleção nutricional pode Impedir a osteoporose
ser evidenciada pelo baixo peso corporal para altura e
medidas de dobra triciptal reduzidas. ATENÇÃO – CHEMIN & MURA
A desnutrição é um indicador de mau prognóstico e Recomendação clássica: dieta hiperlipídica, hipoglicídica e
parece relacionar-se com as complicações pulmonares: nomoprotéica. O alto teor de gordura e baixo em carboidrato
grau de obstrução, capacidade de difusão do gás, retenção tem por objetivo minimizar a produção de CO2 e também pode
de CO2, força respiratória e dos músculos respiratórios e ser útil naqueles com desenvolvimento de hiperglicemia
inflamação respiratória ou mediadores bioquímicos como induzida pelo estresse.
hormônios e citocinas.
CALORIAS
As causas da perda de peso são (KRAUSE): É difícil atingir as necessidades de energia, entretanto a
• Aumento das necessidades – hipermetabolismo manutenção do equilíbrio energético é essencial para
• Diminuição do consumo alimentar; preservar as proteínas viscerais e somáticas (KRAUSE).
• Flatulência, saciedade precoce, dificuldade de mastigação Foram observadas necessidades calóricas que variam de 94
e deglutição (dispnéia), anorexia; a 146% do previsto.
• Tosse, secreção, dispnéia, fadiga.
• Aumento do TNF-a - Liberação de citocinas IL-1, IL-2 – CHEMIN & MURA (2011) não estabelece valores,
Aumento do gasto energético. podendo-se utilizar a calorimetria indireta ou a equação de
Harris&Benedict, com distribuição normal dos
A perda de peso nesses pacientes é multifatorial como macronutrientes, sem a necessidade de aumentar o teor de
acabamos de ver, para entendermos melhor o mecanismo lipídios, comparativamente com o de carboidratos.
de perda de peso, observe o esquema abaixo:
CUPPARI (2014) Usar IMC médio 22kg/m2. Uma
Avaliação de pacientes com DPOC equação de estimativa do GEB foi validada para pacientes
com DPOC, onde:
A calorimetria indireta também é útil na avaliação GEB (kcal/dia) = 443,3 + [18,15 x MCM (kg)]
nutricional. Os pacientes com cor pulmonale apresentam
retenção hídrica, mascarando peso e massa magra e a
hemodiluição mascarando os indicadores bioquímicos. ATENÇÃO – CHEMIN & MURA
Cuidado com hipercapnia, pois ocasiona cefaléia matinal e
confusão prejudicando a preparação e ingestão alimentar. No caso de pacientes desnutridos, deve-se aumentar a
densidade energética de 500 a 1000 kcal/dia para auxiliar o
CHEMIN (2011) estratificação pelo IMC e composição ganho de peso. Em caso de obesos, diminuir 500 kcal/dia em
corporal de pacientes com DPOC – IMC – índice de Massa relação ao gasto energético.
Corporal; IMM – Índice de Massa Magra; H – sexo
masculino; M – sexo feminino: A ingestão de cloreto de sódio deve ser limitada, pois o
excesso pode contribuir para retenção hídrica e interferir na
respiração.
Categoria 1: Caquexia – IMC<21 e IMM <16 (H) ou <15 (M)
Categoria 2: Semi-inanição – IMC<21 e IMM ≥16 (H) ou ≥15 Em relação ao suporte nutricional, segundo Chemin & Mura,
(M) têm sido incluídas no suporte ácidos graxos ômega 3 e 6,
Categoria 3: Atrofia muscular – IMC≥21 e IMM <16 (H) ou glutamina, arginina e L-carnitina visando melhora da função
<15 (M) imune, sendo que:
Categoria 4: Eutrofia – IMC≥21 e IMM ≥16 (H) ou ≥15 (M). Uso de L-carnitina é necessária para a metabolização de
ácidos graxos de cadeia longa;
Pode-se substituir parte dos ácidos graxos de cadeia longa
Cuppari (2014) observe que o ponto de corte desses por TCM, que não necessitam de carnitina para
pacientes é diferenciado, sendo considerada depleção oxidação;
quando o IMC<21kg/m2. Atentar-se para o balanceamento de W3 e W6.
MACRONUTRIENTES
Pacientes com suporte nutricional agressivo monitorar Ocorre mutações no gene localizado no braço longo do
esse minerais, pois são co-fatores de ATP. Foi observado cromossoma 7, codifica uma proteína associada a
nesses pacientes diminuição da massa óssea – Cuidado membrana chamada regulador transmembrana de fibrose
com osteoporose – Podem ser necessárias vitaminas K e d cística que regula o transporte de íons nas membranas de
adicionais. células epiteliais, ocasionando distúrbio no transporte
eletrolítico.
Pacientes com Cor pulmonale- Requerem restrição
de sódio e líquido. A secreção de muco anormalmente espesso afeta quase
todas as glândulas exócrinas e ductos, obstruindo-os.
Estratégias alimentares (KRAUSE): Ocorre o comprometimento do trato respiratório, glândulas
Recomendada dieta oral modificada; sudoríparas e salivares, intestino, pâncreas, fígado e trato
Distensão abdominal: evitar alimentos formadores de reprodutivo.
gases, comer devagar;
Estimular exercícios adequados, líquidos e fibras As complicações pulmonares são:
mastigáveis para melhorar funcionamento intestinal; Bronquite aguda e crônica;
Bronquiectasia;
Para aumentar apetite e diminuir a fadiga: Pneumonia;
Repouso antes das refeições; Atelectasia
Escolher alimentos de fácil preparo; Pneumotórax e hemopitise;
Ingerir pequenas porções de alimentos com alta Fases avançadas: Cor pulmonale e infecção por
densidade; Burkholdteria cepacia – mau prognóstico
Fazer uso das medicações fora das refeições;
Assistência na compra e preparação dos alimentos; Pâncreas – 85% dos pacientes com FC tem insuficiência
pancreática
Terapia nutricional enteral:
Via oral ou sonda – aumentar a ingestão calórica Tampões de muco espesso
Considerar a ansiedade do paciente, trabalho e o custo;
Além da aspiração outras complicações da alimentação
noturna devem ser avaliadas (Sono – diminuição no
consumo de oxigênio de 15 a 25%) Quantidade de enzimas pancreáticas
NOVAS TERAPIAS ERGOGÊNICAS NO TRATAMENTO
DA DPOC – CHEMIN & MURA
Insuficiência pancreática
Considera-se o uso de dietas que modulem o Quociente É uma doença bacteriana causada por micobactérias
Respiratório (QR), isto é, que promovam menor produção de especificamente Mycobacterium tuberculosis. A tuberculose
CO2, uma vez que pacientes com LPA ou SARA possuem é encontrada em populações pobres, pessoas que vivem
hipercapnia (retenção de CO2). O QR para os CHO é de em locais fechados e cada vez mais como uma complicação
1,0, para proteínas é 0,82 e para lipídios é 0,71. Isso da AIDS.
significa que dietas ricas em CHO produzem mais CO2.
Nestas infecções são prescritas medicações múltiplas,
Devido ao fato que pacientes com SARA tem risco de principalmente os antibióticos, na TB a isoniazida é comum.
retenção de CO2, um dos objetivos seria produzir a queda ISONIAZIDA – Como o alimento diminui sua
na produção de CO2, logo, uma dieta pobre em CHO e rica absorção ela deve ser ingerida 1h antes ou 2h
em lipídios, produziria queda do QR e traria benefícios para depois das refeições, esgota a B6, interfere no
pacientes com SARA, em especial naqueles em ventilação metabolismo da vitamina D e conseqüentemente
mecânica. A oferta endovenosa de solução de lipídios diminui a absorção de cálcio e fósforo.
também pode economizar proteínas, mas para isso têm que
ser administrados com um mínimo de 500kcal/dia na forma Conduta: Maior ingestão de vitaminas e minerais, aumento
de CHO (cerca de 125g/dia). de quilocalorias, líquidos e monitoração dos exames
laboratoriais.
A suplementação com antioxidantes deve ser avaliada
pelo fato de que níveis séricos baixos de vitamina E e APNÉIA DO SONO (CHEMIN & MURA 2011)
elevados de lipoperóxidos indicativos de dano oxidativo são
comumente encontrados em pacientes com processos É uma condição patológica caracterizada por episódios
inflamatórios agudos. O uso de W3 está associado à síntese de obstrução parcial ou total das vias áreas superiores
de mediadores anti-inflamatórios e o uso de W6-GLA durante o sono, o que resulta em dessaturação da
mostrou menor tempo na ventilação mecânica. oxiemoglobina e despertares, em associação a sintomas
diurnos dos quais o mais significativo é a hipersonolência.
Terapia nutricional com Ácidos Graxos
Este quadro danifica a função e a estrutura respiratória,
A modificação dos lipídios oferecidos através da dieta a ocasionando deterioração fisiológica e patológica,
fim de mediar a resposta inflamatória exacerbada e de criar prejudicando a qualidade de vida, incluindo déficit de
um balanço entre a produção de mediadores pró e anti- atenção, dificuldade de concentração e memória nesses
inflamatórios é uma abordagem recente. pacientes.
MICRONUTRIENTES: