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FÁRMACOS QUE

ATUAM NO
SISTEMA
HEMATOPOIÉTICO

DISCIPLINA: FARMACOLOGIA
APLICADA A ENFERMAGEM
PROF. DR. ALEXANDRE
FONSECA
OBJETIVOS DAS AULA

 Sangue  Fatores de crescimento trombopoietico


 Fator estimulante de colônia de
 Hematopoiese granulocitos - macrófagos
 Anemia
 Eritropoietina
 Ferro
 Ácido Fólico
 Vitamina B12
SANGUE
SANGUE

Transporte de oxigênio e
CÉLULAS
ERITRÓCITOS
de gás carbônico.
GLÓBULOS VERMELHOS

LEUCÓCITOS Responsáveis pela


GLÓBULOS BRANCOS defesa do organismo.

Cicatrização de feridas e
PLAQUETAS
reparação de vasos
TROMBÓCITOS sanguíneos.
HEMATOPOIESE

Célula-tronco  Produção de células sanguíneas ocorre


comprometida
nos ossos: da pelve, coluna vertebral,
Célula-tronco
mieloide costelas, crânio e nas extremidades
Célula-tronco
linfoide
leucócitos
proximais dos ossos longos;
 Medula óssea vermelha;
 25% Eritrócitos ~ 4 meses de “vida”.
 75% Leucócitos (neutrófilos tem meia vida
hemácias de 6 horas).
linfócitos
plaquetas
HEMATOPOIESE
HEMATOPOIESE
 O que controla a produção e o desenvolvimento das células sanguíneas?

 Citocinas: peptídeos ou proteínas liberadas de uma célula, que afetam o


crescimento ou a atividade de outra célula.

 Eritropoetina: controla a síntese de eritrócitos (glóbulos vermelhos).

 Fatores estimuladores de colônia (CSFs): Regulam a produção e desenvolvimento

de leucócitos (leucopoiese).

 Trombopoetina (TPO): A trombopoetina (TPO) é uma glicoproteína que regula o


crescimento e a maturação dos megacariócitos, as células progenitoras das plaquetas.
CITOCINAS ENVOLVIDAS NA HEMATOPOIESE
HEMATOPOIESE
 Também necessita de um suprimento adequado de:

 Minerais ( ferro, cobalto e cobre)

 Vitaminas (ácido fólico, vitamina B12, piridoxina, ácido ascórbico e


riboflavina)

Deficiências desses minerais e vitaminas geralmente resultam em anemias


características ou, com menos frequência, em falência geral da
hematopoiese
ANEMIA
 Concentração plasmática de hemoglobina abaixo do normal
 Diminuição dos eritrócitos

 Sintomas:
• Fadiga
• batimentos cardíacos rápidos
• encurtamento da respiração
• Palidez
• tonturas
• insônia
ANEMIA
 Causas
 perda crônica de sangue  deficiências endócrinas
 anormalidades da medula  insuficiência renal
óssea  inúmeras outras doenças
 aumento da hemólise  Nutricional (falta de ferro,
 infecções ácido fólico e vitamina B12)
 tumores  Genética (anemia falciforme)
ERITROPOETINA

Produção
• 90% rins
• 10% no fígado

Hipóxia (baixo nível de oxigênio nos


tecidos)
• Sintetiza eritropoetina
ERITROPOETINA

 Eritropoietina humana (α-epoetina)

 Técnica de DNA recombinante

 Anemia causada: doença renal, vírus da imunodeficiência humana


(HIV), distúrbios da medula óssea e pacientes com câncer
ERITROPOETINA

 α-darbepoetina
 Versão de longa ação da eritropoietina, da qual se difere pela
adição de duas cadeias de carboidratos que aumentam sua
atividade biológica
 Menor depuração e meia- -vida cerca de três vezes maior
 Início de ação demorado não se utiliza em anemia aguda
ERITROPOETINA

 Via intravenosa nos pacientes de diálise renal,


 Via subcutânea é preferida para outras indicações.
 Esses fármacos em geral são bem tolerados
 Efeitos adversos podem incluir aumento da pressão arterial e
artralgia
FERRO

 Armazenado nas células da mucosa intestinal, do fígado, do baço e


da medula óssea como ferritina

 Necessário para produção de hemoglobina


FERRO

 Deficiência resultante de perdas de sangue agudas ou crônicas, da


ingestão insuficiente durante períodos de crescimento rápido em
crianças ou em mulheres grávidas ou com a menstruação intensa.
 Anemia microcítica hipocrômica
 Sintomas: pica (fome de gelo, sujeira, papel, etc.), coiloníquia
(curvatura para cima das unhas dos dedos e artelhos) e dor e
rachaduras nos cantos da boca.
FERRO

 Recomendado 150-180 mg/dia de ferro elementar oral, dividido em


duas ou três doses diárias
 Absorção no duodeno (quantidade necessária)
 A porcentagem relativa de ferro absorvido diminui com o aumento
da dosagem (dividir em doses)
 Sulfato ferroso
FERRO
FERRO

 Efeitos Adversos:

 Oral
 Distúrbios gastrointestinais (dor abdominal, constipação, diarreia)
 Fezes escurecidas
 Parenteral
 Hipersensibilidade fatal
ÁCIDO FÓLICO (FOLATO)

 Ingestão inadequada
• Aumento da demanda ( gestação e lactação)
• Baixa absorção ( patologias intestinais)
• Alcoolismo
• Fármacos que são inibidores da di- -hidrofolato redutase (p. ex.,
metotrexato, pirimetamina e trimetoprima)
ÁCIDO FÓLICO (FOLATO)

 Anemia megaloblástica
 Diminuição da síntese de
purinas e pirimidinas
 Incapacidade do tecido
eritropoiético de produzir DNA
e, por consequência, de se
proliferar
VITAMINA B12

 Cianocobalamina e hidroxocobalamina

 Baixa oferta na dieta

 Má absorção (à insuficiência das células parietais gástricas em produzir fator intrínseco)

 Sintomas: formigamento (com sensação de agulhadas) nas mãos e nos pés, dificuldade
de caminhar, demência e, nos casos extremos, alucinações, paranoia ou esquizofrenia.

 Anemia perniciosa
VITAMINA B12
VITAMINA B12

 Via oral, IM e SC

O tratamento deve continuar por toda a vida do paciente se


ele sofre de anemia perniciosa.

Essa vitamina não é tóxica, mesmo em grandes dosagens


ANEMIA FALCIFORME

 Defeito genético ocasionado por uma mutação na hemoglobina.

 Hemoglobina anormal que cristaliza quando libera seu oxigênio. Essa cristalização deixa os
eritrócitos com uma forma de foice.

 As células falciformes agregam com outras células falciformes, à medida que passam pelos
vasos sanguíneos menores, fazendo as células se aglomerarem e bloquearem o fluxo
sanguíneo para os tecidos.

 Esse bloqueio causa danos nos tecidos e dor por hipóxia.


ANEMIA FALCIFORME

 Hidroxiureia

 Aumenta os níveis de hemoglobina fetal, diluindo, assim, a hemoglobina S


(HbS) anormal.
 Processo demora vários meses.
 A polimerização da HbS é retardada nos pacientes tratados, combatendo as
crises dolorosas causadas pela obstrução dos capilares e a anoxia tissular
causada pela anemia falciforme
 Efeitos adversos: supressão da medula óssea e a vasculite cutânea.
ANEMIA FALCIFORME

 Pentoxifilina

 Aumenta a deformabilidade dos eritrócitos (aumenta sua flexibilidade) e


diminui a viscosidade do sangue
 Diminui a resistência vascular sistêmica total, melhora o fluxo de sangue e
aumenta a oxigenação tissular
 Efeitos adversos são principalmente de natureza gastrintestinal e reduzidos
pela administração com alimento.
ANEMIA FALCIFORME
ANEMIA FALCIFORME
CITOCINAS ENVOLVIDAS NA HEMATOPOIESE
HEMATOPOIESE
FATORES DE CRESCIMENTO TROMBOPOIÉTICOS

 Trombopoietina recombinante

 Estimula predominantemente a megacariocitopoiese


 Aumento do numero de plaquetas
 Fator de crescimento e desenvolvimento dos megacariócitos

humanos recombinantes (rHuMGDF) – bacterias


 Trombopoietina humana recombinante (rHuTPO) – mamíferos
FATORES DE CRESCIMENTO TROMBOPOIÉTICOS

 Interleucina-11
 IL-11 humana recombinante (oprelvecina)
 Apresenta meia-vida de 7 h após injeção subcutânea
 Administração diária possui resposta trombopoiética em 5-9 dias.
 As principais complicações da terapia são retenção hídrica e sintomas cardíacos

associados, como taquicardia, palpitação, edema e dispneia


A oprelvecina foi aprovada para uso em pacientes submetidos à quimioterapia
para neoplasias malignas não mieloides que apresentaram trombocitopenia
grave
FATOR DE ESTIMULAÇÃO DA COLÔNIA DE
GRANULÓCITOS-MACRÓFAGOS
FATOR DE ESTIMULAÇÃO DA COLÔNIA DE
GRANULÓCITOS-MACRÓFAGOS
FATOR DE ESTIMULAÇÃO DA COLÔNIA DE
GRANULÓCITOS-MACRÓFAGOS

 GM-CSF recombinante humano -sargramostim – leveduras


 Estimular a mielopoiese.
 Pacientes submetidos a transplante de medula óssea autóloga.
 Encurta a duração da neutropenia
FATOR DE ESTIMULAÇÃO DAS COLÔNIAS DE
GRANULÓCITOS

 G-CSF humano recombinante – filgrastim- bactéria


 Aumentar a produção de neutrófilos
 Potencializa as funções fagocíticas e citotóxicas dos neutrófilos
 Eficaz no tratamento da neutropenia grave após transplante de células-tronco

hematopoiéticas autólogas e quimioterapia em altas doses


 Neutropenias congênitas Quando utilizado como parte de um
esquema de quimioterapia intensiva, pode
 Mielodisplasia diminuir a frequência de hospitalização
para neutropenia febril, bem como as
 Anemia aplásica interrupções no protocolo de quimioterapia;

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