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SAÚDE DO ADULTO II
Introdução
As alterações do sistema hematopoético possuem repercussão em todos
os órgãos e tecidos do corpo humano. Os pacientes com distúrbios
hematológicos, em geral, possuem alterações significativas nos exames
laboratoriais, mas com poucos sinais e sintomas. Assim, o enfermeiro pre-
cisa conhecer as principais alterações hematológicas, os termos científicos,
bem como a sua aplicação no cuidado de enfermagem.
Neste capítulo, você vai descrever os principais termos utilizados em
hematologia, a análise e a interpretação das alterações na série branca e
vermelha, vai apresentar a Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) nas alterações da série branca e vermelha e vai elaborar os cuidados
que permeiam a anemia usando essa ferramenta.
2 Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias
medula óssea;
baço;
timo;
tecido linfoide;
fígado;
tubo digestivo;
rins.
Termos Definições
(Continua)
4 Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias
(Continuação)
Termos Definições
(Continua)
Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias 5
(Continuação)
Termos Definições
(Continua)
6 Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias
(Continuação)
Termos Definições
macrocitose ou microcitose;
hipocromia e hipercromia;
policromasia.
Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias 7
microcíticas hipocrômicas;
normocíticas normocrômicas;
macrocíticas hipercrômicas.
Classificação VCM
palidez;
cansaço;
sonolência;
cefaleia;
zumbido no ouvido;
baixo desempenho nas atividades diárias.
Anemias hemolíticas
Existe um outro grupo de anemias que são as hemolíticas. São assim definidas
quando há diminuição da sobrevida do eritrócito, que normalmente é de 110 a
120 dias. Nesse tipo de anemia, além dos sinais e dos sintomas gerais, costuma
haver icterícia e esplenomegalia. As principais são as de origem congênita,
a anemia falciforme, as talassemias, a hemoglobinopatia C e a deficiência de
glicose-6-fosfato desidrogenase, sendo as duas primeiras as mais frequentes
na população.
A anemia falciforme é uma doença hemolítica de caráter autossômico e
recessivo em indivíduos homozigóticos para a hemoglobina S, em que ocorre
uma mutação na posição 6 da extremidade N-terminal do cromossomo 11,
substituindo ácido glutâmico por valina; A HbSS em condições de hipoxia
se polimeriza no formato de foice. A anemia ocorre pela diminuição da heo-
moglobina devido ao aumento de hemólise no baço.
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fraqueza;
dor na língua;
parestesias.
Blastos 78% 0%
Promielócito 3% 3–12%
Mielócito 0% 2–3%
Metamielócitos 2% 0–3%
Bastonetes 5% 1–5%
Segmentados 8% 40–65%
Basófilo 1% 0,0–0,7%
Eosinófilo 1% 0,5–4%
Linfócito 1% 3–17%
Monócito 1% 0,5–15%
fadiga;
nutrição alterada menor do que as necessidades corporais;
perfusão tissular alterada.
Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias 15
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Risco de infecção;
Risco de integridade da pele alterada;
Troca gasosa prejudicada;
Dor aguda;
Mucosas alteradas;
Mobilidade física prejudicada;
Risco de excesso de volume de líquidos.
VCM 83 80–98 fL
HCM 25 27–33 pg
Monócitos 4% 1–7%
Reticulócitos 9% 0,5–1,5%
Orientar o 8, 14, e 20
paciente sobre horas
os sinais de
sangramento
(pulso fraco e
rápido, palidez e
cansaço, queda
na pressão e
náuseas e vômitos
com sangue)
(Continua)
20 Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias
(Continuação)
Acompanhar o 8, 14, e 20
paciente durante horas
a higiene oral,
auxiliando-o,
se necessário
(Continua)
Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias 21
(Continuação)
Monitorar 8, 14,20, 2,
a resposta 8 horas
cardiorrespiratória
a atividades
(taquicardias,
dispneia,
sudorese, palidez
e frequência
respiratória)
Monitorar 8, 12, 16 e
a ingestão 20 horas
nutricional para
garantir recursos
energéticos
adequados
22 Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias
Entre as anemias, a falciforme vem sendo estudada cada vez mais na enfer-
magem, visto os cuidados peculiares de uma anemia crônica, ou seja, de um
paciente que irá viver com as complicações pelo resto da vida. O Brasil possui
uma frequência desse tipo de anemia considerável, estima-se que de 5 a 6% da
população tenha a anemia falciforme. Esses dados nos alertam e evidenciam
a necessidade do olhar do profissional de enfermagem para essa doença (OLI-
VEIRA, 2019). A seguir, será apresentado um caso clínico de anemia falciforme
para compreensão da aplicação da SAE nos cuidados ao paciente com anemia.
PA — 130x80 mmHg;
FC — 115 bpm;
FR — 18 ipm;
T — 36,4oC.
(Continua)
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(Continuação)
Perfusão tissular Perfusão tissular Informar e anotar 8, 10, 12, 14, 16,
periférica periférica se o pulso tibial for 18, 20, 24, 2, 4,
ineficaz menor do que 60 6 e 8 horas
relacionada ao bpm e a pressão
tabagismo e arterial sistólica
evidenciada por em tornozelos
alterações das for menor do
características que 90 mmHg
da pele e da cor
da pele pálida Verificar a 7, 13 e 19 horas
na elevação presença de
do membro cianose periférica
(cor azulada nas
extremidades)
Monitorar 8, 14 e 20
resultados horas
laboratoriais
(hemograma)
Alterações do sistema hematopoético: série vermelha, série branca e anemias 27
Leituras recomendadas
ANDRADE, F. A.; SANTOS, P. S. S.; FREITAS, R. R. Manifestações bucais em paciente com
leucemia mielóide aguda (LMA). Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo, v. 53, n. 2, p. 85–87, 2018.
BARSAGLINI, R. A.; SOARES, B. B. N. S. Impactos de adoecimento de longa duração:
experiência de adultos jovens com Leucemia Mieloide Aguda. Ciência & Saúde Coletiva,
v. 23, n. 2, p. 399–408, 2018.
JOHNSON, M. et al. Ligações entre NANDA, NOC e NIC. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2012.
SOUZA, J. M. et al. Fisiopatologia da anemia falciforme. Revista Transformar, v. 8, n. 8,
p. 162-178, 2016.