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Sínteses

Introdução ao Universo celular hematológico

 As células conversam com o nosso organismo com uma linguagem própria;


 Há uma necessidade de se possuir um conhecimento profundo sobre diversas áreas e
exames para um diagnóstico mais assertivo aumentando a taxa de sobrevivência do
paciente pelo uso de uma medicação correta;
 Todas as alterações morfológicas são necessárias laudar para uma possível mudança de
tratamento ou surgimento de novos tratamentos;
 O pulmão (alvéolos) também produzem plaquetas.

Novos horizontes da neurofibromatose tipo 1

 Uma doença genética multissitêmica que causa uma enfermidade neurocutânea hereditária;
 Uma síndrome dominante;
 Há uma grande dificuldade em avaliar o nível de malignização dessa neurofibromatose;
 Em sua maioria são nódulos benignos;
 Depois de trinta anos da descoberta do gene responsável pela doença, todos os critérios
para diagnostico foram revisados incorporando, assim, novas disfunções para um
diagnostico assertivo.

Beta Talassemia

 Essa disfunção é dividida em duas hipóteses para a sua predominância:


o A origem e a vantagem seletiva das mutações se devem a regiões onde a incidência
da malária era maior, como nos países mediterrânicos;
o O movimento migratório facilitou essa disseminação para outras localidades do
globo, entre eles o tráfico de escravos.
 A maior porcentagem da doença ao redor do mundo se localiza na Ásia com 50% dos
casos, além disso os casos de heterozigose se predominam na Europa, principalmente na
Itália, Chipre e Grécia;
 Todas as manifestações clínicas ou hematológicas são dependentes de algum tipo de
mutação para seu diagnostico;
 Por enquanto, a única cura possível é por transplante de medula óssea, contudo há casos
onde esse tratamento se torna inviável;
Fisiopatologia moleculares: oportunidades terapêuticas em Leucemia mieloide aguda

 Todo câncer é uma doença genética causada por alterações moleculares e em no quesito
tecidual é composta por células neoplásicas e não neoplásicas;
 Na hematopoese acontece um alto grau de regeneração das células tronco, as restringindo
em uma única linhagem;
o É organizada de forma hierárquica, partindo de uma célula tronco primitiva até os
elementos hematopoiéticos terminais;
 Na leucemia mieloide aguda as alterações podem ser classificadas em duas classes:
o As mutações de classe 1 garantem a proliferação em larga escala e uma maior
resistência pela vantagem de sobrevivência;
o As mutações de classe 2 são responsáveis pela parada da diferenciação e a
subsequente apoptose, tendo desta forma um acúmulo de células mieloides.
 A NPM1 é a célula de maior mutação nos casos de leucemia mieloide aguda.

Análise Fisiopatológica do Mieloma Múltiplo

 Na hematopoese normal a célula tronco recebe um estímulo e se diferencia em dois grupos:


o Progenitor mieloide;
o Progenitor linfoide, especificamente os do grupo B.
 No contexto neoplásico a hematopoese vai aumentar a quantidade de linfócitos B
diferenciados em plasmócitos reduzindo a quantidade de células de outros tipos tais como
neutrófilos e monócitos;
o Linfócitos B possuem marcadores de superfície específicos;
o A maturação desse linfócito tem seu início a partir das células pró-B, expressando-
se em três genes.
 A fisiologia do mieloma múltiplo se trata de uma neoplasia progressiva incurável onde
haverá proliferação desregulada e clonal de plasmócitos na medula óssea, que produzem e
secretam imunoglobulinas monoclonal ou fragmento da proteína M;
 Essa disfunção se manifesta clinicamente com:
o Anemia normocítica e normocrômica;
o Insuficiência renal;
o Supressão da hematopoese
o Aumento na quantidade de osteoclastos e células que vão secretar enzimas que
degradam a matriz óssea, causando lesões óssea;
o Um risco aumentado de infecções devido a redução da imunidade humoral;
o Hemácias com aspecto de empilhamento exagerado;
o Incidência em homens, em afrodescendente e em adultos de idade avançada.

Manifestações hematológicas no Lúpus eritematoso sistêmico

 O Lúpus é uma doença inflamatória crônica;


 O fator que mais influência na manifestação da doença é as alterações hematológicas;
 Afeta diversos sistemas do organismo, sendo autoimune, caracterizada pela presença de
autoanticorpos;
 Possui crises e remissões;
 Polimórfica, ou seja, apresenta várias manifestações clínicas;
 Sua ocorrência é devido a fatores genéticos associados a fatores ambientais, tais como a
ingestão de alguns medicamentos e a luz ultravioleta;
 A avaliação laboratorial auxilia no diagnóstico de alterações hematológicas tais como:
o Leucopenia;
o Linfopenia;
o Plaquetopenia;
o Anemia hemolítica;
o Alterações no sentimento urinário.
 O diagnóstico é fundamentado pela presença de pelo menos 4 dos 11 critérios como:
o Rash Malar: Eritema fixo, plano ou elevado, nas eminências malares, geralmente
não afeta a região nasolabial;
o Rash Discoide: Placas eritematosas elevadas, onde ocorre a cicatrização atrófica
das lesões antigas;
o Fotossensibilidade: Rash cutâneo, resultado de reações incomuns ao sol;
o Úlceras orais;
o Artrite;
o Serosite;
o Alteração renal;
o Alteração neurológica;
o Alteração imunológica
o Alteração hematológica;
o Anticorpos antinuclear;
 As anormalidades hematológicas são muito comuns e podem ser o primeiro sinal/sintoma,
estando correlacionada a intensidade da doença;
 Anemia Crônica: diminuição da secreção de eritropoetina, levando a uma eritropoiese
devido a diminuição da oferta de ferro na medula óssea;
o Desequilíbrio de ferro;
o Inibição da hematopoese;
o Encurtamento da sobrevivência das hemácias;
o Diminui a produtividade e qualidade de vida do afetado.
 Anemia por deficiência de ferro: perda sanguínea crônica proveniente do trato
gastrointestinal ou a sangramento menstrual excessivo;
o Hemácia microcítica e hipocrômica.
 Anemia hemolítica autoimune: ocorre a destruição dos glóbulos vermelhos pelos
autoanticorpos podendo ser de forma subida ou ir ocorrendo devido ao desenvolvimento da
doença;
o Hemácias reconhecidas pelos macrófagos, destruídas e por isso são retiradas de
circulação;
o O paciente pode apresentar também icterícia, esplenomegalia e cor anêmica.
o

Bioética no uso de animais e modelos de pesquisas pré clínicas

 Os animais em suma são necessários para a representação de como alguma


doença e suas características ou medicamento vão reagir em seres humanos;
 Nos primórdios do uso animal em pesquisa não tinha nenhum tipo de
regulamentação, utilizando-os como uma máquina biológica sem levar em
consideração o sofrimento que poderia estar sendo causado;
 Os animais atualmente são obtidos de biotérios:
o Biotério é um local adequado para criação e desenvolvimento desse animal
que segue uma legislação padronizada garantindo o menor sofrimento
possível a esse ser.
 Existe três tipos de biotérios:
o Biotério de criação: Um ambiente adequado para criação e reprodução deles;
o Biotério de manutenção: Nesse ambiente ocorre a reprodução de sangue,
tecidos e células e até órgão que poderão ser utilizados em outras
pesquisas;
o Biotério de experimentação: onde de fato os animais serão utilizados no
experimento.
 A linha experimental hipotética-produtiva funciona em quatro etapas:
o Observação;
o Hipótese;
o Resultado;
o Conclusão.
 São utilizados em 80% das pesquisas ratos e camundongos por compartilharem
90% do genoma humano.

Banco de sangue e sua essencialidade nas patologias hematológicas

 Patologias que necessitam de transfusões de sangue:


o Paciente oncológicos, principalmente de concentrado de plaquetas;
o Anemia falciforme;
o Anemia Profunda;
o Hemorragia grave;
o Queimaduras de 3° grau;
o Hemofilia (deficiência nos fatores de coagulação);
o Após transplante de medula ou de outros órgãos.
 Hemomix: Homogeneizar a bolsa de sangue;
 Sangue total: Bolsa que ainda não foi fraccionada;
 O fracionamento origina os hemocomponentes:
o CP- Concentrado de plaquetas;
o CH- Concentrado de hemácias;
o Crio- Crioprecipitado;
o PFC- Plasma fresco congelado.

Uso de plasma convalescente e imunoterapia passiva no tratamento do Covid-19

 Houve uma evolução no diagnostico laboratorial em conjunto com a evolução terapêutica;


o Marcadores de inflamação;
o Exames de imagem e teste sorológicos;
o Alterações hematológicas e de coagulação;
o Marcadores musculares, cardíacos, renais e hepáticas;
o Estudos maciços e consolidação dos achados laboratoriais;
 Infecção por covid Período de convalescência (produção e aumento do título de
anticorpos para o vírus no individuo imunizado) Utilizado em outras pessoas para
tratamento;
 Tratamento de baixo risco;
 Diminuição da carga viral;
 Melhora o quadro clínico em paciente graves;
 Obtenção por plasmaférese possui um maior rendimento, sem comprometer outros
hemocomponentes.

Diagnostico microscópico das anemias

 O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelos vasos sanguíneos;


 É um dos três componentes do sistema circulatório;
 Composição:
o Glóbulos vermelhos;
o Leucócitos basófilo;
o Leucócitos eosinófilo;
o Leucócito neutrófilo;
o Plaquetas;
o Monócito;
o Plasma;
o Linfócito.
 Funções:
o Transporte de cases, nutrientes, metabólicos, metabólicos hormônios e secreções;
o Regulação hídrica;
o Regulação térmica;
o Regulação iônica;
o Regulação da pressão;
o Hemostasia;
o Imunidade.
 Medula óssea: aspecto esponjosos, devido a células e fibras reticulares, formando colônias
de precursores mieloides ou linfoides;
o Sua função principal é a hematopoese;
o Único órgão linfoide primário e secundário.
 Hemácias: responsáveis pelo transporte de CO2 e O2;
o Tem o prazo de vida de 120 dias;
o São destruídas no fígado e baço.
 Na separação do sangue:
o Plasma: é formado a partir da ingestão de água, alimentos e da difusão e da troca
líquido dos sistemas do organismo;
o Se dá a separação com fatores de coagulação;
o Soro: sem os fatores de coagulação.
 O sangue é dividido em três:
o Venoso;
o Arterial;
o Capilar.
 Hematopoese: é a formação das células sanguíneas nos tecidos hematopoiéticos;
 Célula tronco hematopoiético: Célula hematopoiéticas multidocências: Passam pelo
processo de diferenciação e transformam-se em seis tipos de células sanguíneas: Glóbulos
vermelhos, basófilos, neutrófilos, monócitos, eosinófilos e plaquetas.
 Células Linfóciticas: Passam pelo processo de diferenciação e transformam-se em três tipos
de células sanguíneas: Linfócitos T, Linfócitos B e Células NK (Natural Killer).
 Eritograma: avaliar pelos índices hematimétricos:
o Macrocitose;
o Normocitose;
o Microcitose.
 Coloração: inferir conteúdo hemoglobínico através da coloração eritróide:
o Hipocromia;
 Suas ocorrências:
 Anemia ferropriva;
 Talassemias Alfa e Beta;
 Anemia sideroblástica.
o Normocromia;
o Hipercromia.
 Microcitose
 Suas ocorrências:
o Deficiência de ferro;
o Talassemias Alfa e Beta;
o Anemia sideroblástica;
o Anemias por doenças crônicas.
 Macrocitose
 Suas ocorrências:
o Deficiência de vitamina B12 e folatos;
o Hepatopatias;
o Alcoolismo;
o Síndrome mielodisplásica;
o Anemia aplástica;
o Anemias hemolíticas com reticulócitose.
 Megalocitose
 Sua ocorrência:
o Anemia megaloblástica por deficiência de fator intrínseco.
 Dimorfismo
 Suas ocorrências:
o Deficiência mista ou multicarencial de ferro, vitamina B12 e folatos;
o Anemia sideroblástica;
o Pós transfusão;
o Como resposta terapêutica na deficiência de ferro.
 Acantócito
 Suas ocorrências:
o Abeta lipoproteinemia;
o Cirrose hepática e hematopatias;
o Deficiência de tocoferol no RN;
o Esplenectomizados.
 Equinócitos
 Suas ocorrências:
o Deficiência de ácidos graxos;
o PH elevado do corante;
o Insuficiência renal;
o Hepatopatias.
 Células fragmentadas
 Suas ocorrências:
o Púrpura trombocitopêrnica trombótica;
o Válvulas cardíacas;
o Próteses arteriais;
o Lesões térmicas e químicas;
o Insuficiência renal.
 Esferócitos
 Sua ocorrência:
o Anemia hemolítica.
 Eliptócitos
 Sua ocorrência:
o Maioria das anemias (Leptócitos).
 Dacriócitos
 Suas ocorrências:
o Síndrome mielodisplásica;
o Talassemia beta menor,
o Anemia megaloblásticas.
 Estomatócitos
 Sua ocorrência:
o Hematopatias.
 Policromasia
 Suas ocorrências:
o Reticulocitose por anemia hemolítica;
o Resposta terapêutica.
 Reticulocitose
 Suas ocorrências:
o Anemias hemolíticas agudas e crônicas;
o Resposta terapêutica a anemias em geral.
 Pontilhados basófilos
 Suas ocorrências:
o Talassemia beta maior;
o Intoxicação por chumbo;
o Hepatopatias (alcoolismo);
o Uso de drogas citotóxicas;
o Anemia megaloblástica.
 Anemia microcítica
 Suas ocorrências:
o Deficiência de vitamina B12 e folatos;
o Anemia aplástica;
o Anemia hemolíticas;
o Anemia hemorrágica aguda;
o Hipotiroidismo.
 Classificação etiológica das anemias:
o Hemorragias;
o Hemolíticas hipoproliferaivas;
o Secundaria a outras doenças.
 Inclusões eritrocitárias
 Inclusões parasitarias: os eritrócitos podem conter hematozoários da malária.
 Exemplos:
o Plasmodium vivax
o Plasmodium falciparum
o Trypanossima cruzi
 Ossos produtores de sangue em adultos;
o Crânio;
o Mandíbula;
o Vertebras;
o Esterno;
o Costela;
o Ilíaco.
 Fatores da eritropoiese:
o Eritropoietina: atua no estímulo da eritropoiese;
o Vitamina B12 e folatos: atua na síntese de DNA para reprodução de proeritroblastos;
o Ferro: atua na síntese de hemoglobina e na maturação dos eritrócitos.

Transplante de células tronco hematopoiéticas

 Na infância 90% dos ossos produzem sangue enquanto na idade adulta cai pra 50% e na
velhice para 30%;
 Auto renovação: pool infinito de células tronco pluripotentes;
 Diferenciação: mudança na célula tronco para se transformar em células linfoides e
mieloides;
 Capacidade de repovoar tecido danificado:
o Capaz de repovoar uma medula óssea danificada por irradiação ou quimioterapia;
 Transplante de células tronco hematopoiética
o Transferência de CTH por enxerto;
o Objetivo: Corrigir defeitos da medula óssea.
 Doenças neoplásicas malignas:
o Leucemias;
o Linfomas;
o Mieloma Múltiplo;
o Mieloproliferativas.
 Doenças não malignas:
o Hemoglobinopatias;
o Anemia aplástica;
o Síndrome mielodisplásicas;
o Imunodeficiências;
o Doenças autoimunes.
 Autólogo: retira medula do próprio paciente e reimplanta nele novamente;
 Se utiliza após um tratamento intensivo de quimioterapia;
 Melhora do prognostico.
 Alogênico: De um doador compatível ao paciente necessitado (receptor);
 “Cura” (livre da doença) ou melhora do prognostico.
 Doadores em potencial:
o Irmãos HLA idênticos;
o Voluntário não relacionado HLA idênticos; Alogênico
o Sangue do cordão umbilical;
o Gêmeos idênticos – Singênico;
o Próprio – Autólogo.
 CTHs são raras no sangue periférico é necessário a mobilização da medula para o sangue
periférico;
 Estímulos para mobilizar:
o Quimioterapia;
o Fatores de crescimento hematopoiético;
o Inibidores de receptores de quimiocinas.
 Coleta feita por meio de AFÉRESE;
 Decisão individualizada: pacientes, doadores e instituição;
 Célula progenitoras do sangue periférico: doença hematológica avançada ou alto risco;
o Reduz o risco de recaída.
 Medula óssea: doença hematológica com risco padrão;
 Reduz o risco de DECH crônica.

Citogenética aplicada ao diagnóstico de leucemias

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