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Termos Desconhecidos:
Câncer – acima de 50 anos/idosos em sua maioria
Linfonodos:
- Inflamatórios: dói, móvel, não é fixo, consistência fibroelastica
- Câncer: fixo, duro, indolor
Perdeu 10kgs – pesou 50kgs
Febre
Sudorese noturna
Suspeita diagnóstica: tuberculose
Anatomopatológico: resultado da biópsia
Todo câncer tem Ki 67 – índice proliferativo: poder de proliferação, ou seja, quanto menor o Ki 67, menor a
proliferação.
DHL: Presente dentro das células que são responsáveis pelo metabolismo da glicose no organismo.
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Extra!
Os distúrbios mieloides clonais são causados por mutações adquiridas em células medulares multipotenciais ou em
progenitores celulares muito precoces. As diferentes mutações podem resultar em fenótipos que variam de leve prejuízo, nos níveis
habituais das células sanguíneas, prejuízo funcional insignificante, com poucas consequências na longevidade, até citopenias graves
e morte em dias se o distúrbio não for tratado.
Na PV (policitemia vera) ou na TE (trombocitose essencial), a maturação dos progenitores gera células quase normais em
aparência e função, mas com contagens no sangue excessivas (eritrócitos na PV e plaquetas na TE). Além disso, é comum a
sobreposição de características nos diferentes distúrbios mieloides, como trombocitose em PV, TE, MP e LMC.
Esses achados evidenciam a imprevisibilidade da capacidade de diferenciação das células mutantes multipotenciais não
havendo explicações genéticas conhecidas para isso. Relações estreitas entre a alteração citogenética e o fenótipo ocorrem apenas
em poucas circunstâncias, e, mesmo estas, são imperfeitas, como, por exemplo, o cromossomo Filadélfia em que ocorre a
translocação t(9,22)(q34;q11)(BCR-ABL; p210) com a leucemia mieloide crônica e a t(15;17)(q22;q21)(PML-RARa ) com a
leucemia promielocítica aguda.
Classicamente, os distúrbios mieloproliferativos geram síndromes características com manifestações clínicas e laboratorias
bem definidas, e é possível agrupar a maioria dos pacientes em designações diagnósticas clássicas (Tab. 58.2).
Entretanto, esses distúrbios são reunidos porque a doença pode desenvolver-se de diferentes formas e porque distúrbios
híbridos são comumente observados. Além disso, mutações do gene JAK2 parecem ter um papel na formação de todos os distúrbios
(exceto da LMC).
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mais séries. O número de blastos na medula óssea é normal ou aumentado, mas sempre <20%. A
organomegalia é incomum.
Neoplasias Linfoides
As neoplasias linfoides são derivadas de células que se desenvolvem geralmente em linfócitos T
(citotóxicos, helper, regulatórios) ou linfócitos B (linfócitos ou plasmócitos).
Historicamente, as neoplasias linfoides que envolvem o sangue ou a medula óssea (leucemia) têm sido
classificadas separadamente daquelas que se apresentam como uma massa (linfoma). Entretanto, hoje se
considera que qualquer “linfoma” pode apresentar-se como ou desenvolver um quadro leucêmico, e qualquer
“leucemia” pode ocasionalmente apresentar-se com uma lesão em massa.
Na classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico das várias neoplasias linfoides
depende não da localização anatômica das células tumorais, mas da célula de origem do tumor, avaliado por
morfologia, imunofenótipo e achados genéticos.
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Nas leucemias linfoides agudas a proliferação e o acúmulo de linfoblastos na medula óssea determinam
a supressão da hematopoese normal, que resulta em anemia, neutropenia e plaquetopenia. Além disso, a
infiltração extramedular resulta em esplenomegalia, hepatomegalia, linfoadenopatia, e no comprometimento
de meninges e gônadas.
A Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) é uma doença acumulativa de linfócitos B CD5+ na medula
óssea, sangue periférico e órgãos linfoides. Outras doenças linfoproliferativas crônicas devem ser
consideradas no diagnóstico diferencial da LLC, incluindo as leucemias prolinfocíticas, a tricocitoleucemia,
as leucemias de Linfócitos Grandes Granulares (LGL) e a fase leucêmica dos linfomas da zona marginal,
linfoma da zona do manto, linfoma centrofolicular e o linfoma linfoplasmocitoide.
As neoplasias de células plasmocitárias representam a proliferação clonal de plasmócitos e
plasmoblastos e são, geralmente, acompanhadas de proteinemia monoclonal. O mieloma múltiplo
compromete predominantemente a medula óssea de forma generalizada, sendo pouco comum que se
dissemine, invadindo o sangue periférico e outros órgãos. Ao contrário, a leucemia plasmocítica infiltra desde
o seu início a medula óssea e o sangue periférico. Raramente os plasmocitomas podem ter apresentação inicial
localizada, ocorrendo de forma solitária nos ossos ou em tecidos moles. Na gamopatia monoclonal essencial
(benigna) existe pico monoclonal ou proteínas de Bence- -Jones urinárias sem a evidência de neoplasia de
linfócitos B ou plasmócitos. Entretanto, o seguimento desses pacientes revela que anualmente 1% dos casos
progride para neoplasia. Existem ainda algumas doenças que exibem gamopatia monoclonal, mas a
apresentação clínica varia desde uma forma linfomatosa até leucemia. Nesse grupo estão incluídas a
macroglobulinemia de Waldenström e as doenças de cadeias pesadas.
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Fonte: ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Tratado de Hematologia © EDITORA ATHENEU São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, 2014.
As Células Mieloides
À medida que as células sanguíneas se desenvolvem, diferentes “famílias” se ramificam das células-
tronco formadoras de sangue. A linha celular mieloide representa uma dessas famílias e suas células são
aquelas que surgem das células progenitoras mieloides e se tornarão as seguintes células sanguíneas adultas
específicas:
• Basófilos;
• Neutrófilos;
• Eosinófilos;
• Monócitos (presentes no sangue);
• Macrófagos (presentes em diferentes tecidos);
• Eritrócitos ou hemácias(glóbulos vermelhos);
• Plaquetas.
Assim, cada um dos tipos de células acima representa o produto final ou o resultado do crescimento
na família mieloide.
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De acordo com a American Cancer Society, a maioria dos pacientes com leucemia mieloide aguda
(LMA) tem muitos glóbulos brancos imaturos no sangue, chamados de blastos, diminuindo a produção de
glóbulos vermelhos (Anemia) ou plaquetas suficientes (plaquetopenia – cursando com sangramentos). Esses
glóbulos brancos imaturos – que são células formadoras de sangue normalmente não encontradas no sangue
circulante e nesse caso específico são células doentes,ou seja, não funcionam como glóbulos brancos
maduros normais e impedem a mielopoiese adequada.
A maioria dos pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) tem muitos glóbulos brancos em
diferentes fases de maturação, portanto mais diferenciadas que a LMA. Algumas dessas células brancas
imaturas também podem estar presentes, porém em menor número do que na LMA.
Tanto na leucemia mieloide aguda quanto na crônica, a contagem de células sanguíneas pode sugerir
leucemia, mas um diagnóstico definitivo requer biópsia da medula óssea e outros testes medulares e
genéticos. Por exemplo, na fase crônica da leucemia mieloide crônica (LMC), há uma superprodução
aberrante de células mieloides maduras. Na leucemia mieloide aguda (LMA), há um acúmulo rápido e
anormal de progenitores mieloides imaturos na medula óssea e no sangue.
Uma maior compreensão dos mecanismos por trás da diferenciação mieloide pode ser importante
para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para essas doenças.
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Linfoma de Hodgkin
LH pode ser definido como neoplasia de origem linfoide caracterizada por proliferação de células
neoplásicas de morfologia variável, denominadas Células de Reed-Sternberg (CRS), imersas em substrato
celular característico, de aspecto inflamatório. Suas características morfológicas e clínicas, bem como sua
resposta à terapêutica, vão transformá-lo em uma das mais bem estudadas neoplasias linfoides.
O linfoma de Hodgkin (LH) é um tipo singular de linfoma que, por diversas razões, tornou-se um
modelo da abordagem diagnóstica e terapêutica em hemato-oncologia. O estadiamento clínico nessa doença
é um bom indicador prognóstico e um elemento fundamental a considerar na escolha do tratamento. As duas
principais modalidades terapêuticas, a radioterapia e a quimioterapia, tiveram os seus princípios estabelecidos
inicialmente no linfoma de Hodgkin. Devido a essa sólida fundamentação e às suas características biológicas,
o linfoma de Hodgkin tornou-se um dos melhores exemplos de neoplasia curável, quando abordada
corretamente.
I) Epidemiologia
Estima-se que, em 2010, houve aproximadamente 8.500 casos novos LH nos Estados Unidos da
América e 1.300 mortes pela doença. Essa incidência representa aproximadamente 12% dos casos de linfomas
não Hodgkin e 1% do total das neoplasias malignas. Os dados de registro de câncer nos EUA indicam
estabilidade na taxa de incidência entre 1975 e 2006, em contraste com o aumento na taxa de incidência de
linfomas não Hodgkin no mesmo período.
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Importante: Alguns estudos recentes sugerem que a transição de uma economia agrícola para uma
industrial é acompanhada de uma mudança no perfil epidemiológico do linfoma de Hodgkin.
O fator etiológico mais estudado e mais provavelmente implicado na etiologia do linfoma de Hodgkin
é o vírus Epstein-Barr (EBV).
Nos EUA e na Europa ocidental, as células do linfoma de Hodgkin contêm o EBV em
aproximadamente 20 a 50% dos casos.
No Brasil, apesar dos poucos estudos disponíveis, a prevalência parece ser de aproximadamente 50%
em adultos e 80% em crianças. A positividade é maior nos casos de celularidade mista. Nos casos positivos,
o EBV é monoclonal, o que indica que a célula foi infectada antes de sua transformação neoplásica.
A infecção é latente, com a expressão das proteínas EBNA- 1, ENBA-2 e LMP-1. Esta última exerce
uma atividade transformadora sobre as células B, e sua expressão parece conferir vantagem proliferativa às
células infectadas.
Dados epidemiológicos e sorológicos sugerem que o EBV desempenha um papel na patogenia do
linfoma de Hodgkin: o antecedente de mononucleose infecciosa, confirmado através de sorologia, confere um
risco três vezes maior de linfoma de Hodgkin, e esse linfoma ocorre nos mesmos grupos socioeconômicos que
apresentam um risco elevado de mononucleose.
Parece haver também um componente genético na etiologia do linfoma de Hodgkin, indicado pela
ocorrência de agregação familiar e de uma incidência duas a três vezes mais elevada em judeus. A incidência
em irmãos gêmeos monozigóticos é maior do que em gêmeos dizigóticos. Essas evidências apontam para uma
base puramente genética da agregação familiar. Entretanto, em vista da baixa incidência do linfoma de
Hodgkin, a agregação familiar observada representa um risco muito baixo de que um familiar de um paciente
com linfoma de Hodgkin venha a desenvolver a doença.
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O envolvimento da medula óssea ocorre em 3 a 15% dos pacientes. A maioria desses pacientes
apresenta sintomas constitucionais. A disseminação para os ossos também ocorre em 5 a 15% dos pacientes,
mas não tem a mesma gravidade do envolvimento da medula óssea. Caracteriza-se por dor óssea e pelo aspecto
radiográfico, que pode ser lítico, blástico ou misto. Os ossos mais acometidos são a coluna vertebral, a pelve,
arcos costais, fêmur e esterno.
Áreas extralinfáticas raramente envolvidas no linfoma de Hodgkin incluem a pele, o trato
gastrintestinal e o sistema nervoso central. Essas áreas são mais comumente envolvidas em linfomas não
Hodgkin e em pacientes com linfoma de Hodgkin associado à infecção pelo HIV. A compressão medular é a
principal forma de envolvimento do sistema nervoso, e embora tenha se tornado rara, requer menção pela
gravidade e pela necessidade de intervenção terapêutica imediata. A coluna torácica é a mais comumente
acometida, e a dor é o primeiro sintoma. Fraqueza muscular, alterações sensoriais e disfunção esfincteriana
são sinais indicativos de compressão medular grave.
Alterações hematológicas. Anemia de doença crônica, de moderada intensidade, pode ser encontrada
em pacientes com doença avançada e sintomas constitucionais.
Ocasionalmente, alguns pacientes apresentam anemia grave, que pode estar relacionada à infiltração
extensa da medula óssea, à fibrose medular, ao hiperesplenismo ou, raramente, a uma anemia hemolítica
Coombs-positiva.
A elevação da Velocidade de Hemossedimentação (VHS) correlaciona-se com diversos indicadores de
progressão da doença: o número de áreas linfoides envolvidas, a presença de sintomas sistêmicos e a presença
de grande massa. A persistência de VHS elevada após o tratamento pode ser evidência de doença residual.
Pacientes com linfoma em atividade também podem apresentar leucocitose neutrofílica, eosinofilia e
trombocitose. Neutrofilia e linfopenia estão associadas a um pior prognóstico. A eosinofilia é usualmente
discreta, mas pode ser acentuada, sobretudo em pacientes com prurido. Outras manifestações raras incluem
neutropenia autoimune, síndrome hemofagocítica e púpura trombocitopênica trombótica.
Importante: O diagnóstico diferencial entre o linfoma de Hodgkin e os linfomas não Hodgkin só pode
ser definido pelo patologista. Entretanto, algumas características clínicas que ajudam a diferenciar o linfoma
de Hodgkin dos linfomas não Hodgkin:
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Fonte: ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Tratado de Hematologia © EDITORA ATHENEU São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, 2014.
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Corresponde a 3% de todas as neoplasias malignas. Os LNH originam- -se principalmente das células
B e com menos frequência das células T e NK e não contêm células de Reed- -Sternberg. O LNH é três vezes
mais comum do que o LH. Diferentemente do LH, 40 a 50% dos casos apresentam lesão torácica e podem não
necessariamente acometer linfonodos, sendo seu comprometimento extranodal maior do que no LH.
O tipo mais frequente é o linfoma difuso de grandes células B, que representa 31% de todos os linfomas
não Hodgkin em todo o mundo. O próximo tipo em frequência é o linfoma folicular, que representa 22% dos
casos. É relativamente mais frequente na América do Norte e na Europa Ocidental e menos frequente na Ásia.
Tipos mais incomuns, representando cada um entre 5 e 10% de todos os linfomas não Hodgkin, são os linfomas
de zona marginal extranodal/ MALT, os linfomas de células T periféricas, o linfoma linfocítico de células
pequenas e o linfoma de células do manto. Outros tipos representam, cada um, menos de 2% de linfomas não
Hodgkin observados nos Estados Unidos.
A incidência do LNH aumenta com a idade. Entretanto, também acomete adultos jovens,
especialmente o linfoma difuso de grandes células B. Os LNH na infância diferem dos que ocorrem no adulto.
Nas crianças, são comuns os linfomas difusos divididos em linfomas linfoblásticos (30%), principalmente
originados do linfócito T, e os linfomas não linfoblásticos (70%).
Enquanto o LH tem mantido incidência estável com redução da mortalidade pelos avanços no
tratamento, o LNH tem aumentado sua incidência em virtude de fatores que aumentam o risco: exposição a
altas doses de radiação, deficiência de imunidade relacionada com doenças genéticas hereditárias, uso de
drogas imunossupressoras (doenças autoimunes e transplantes de órgãos), infecções virais pelo HIV (aumenta
40 a 100 vezes o risco) e EBV, transfusão de sangue e aspectos mais gerais que podem vir a ser considerados
como industrialização e estilo de vida.
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Os linfomas não Hodgkin derivam de células do sistema imune em diversos graus de diferenciação. A
transformação das células a partir do sistema imune normal em um linfoma reflete o aparecimento de
anormalidades genéticas específicas. Em muitos casos, os estudos citogenéticos identificam translocações
cromossômicas que sustentam o desenvolvimento ou a progressão de um linfoma. Na maioria dos casos de
LNH, a ativação de proto-oncogenes é a principal anormalidade, mas, às vezes, translocações cromossômicas
levam a fusões gênicas que codificam proteínas quiméricas. Além disso, alguns casos estão associados à
deleção de genes supressores do tumor. Anormalidades genéticas específicas estão associadas a alguns
subtipos específicos de linfoma não Hodgkin. Tem-se tornado claro que o microambiente do tumor, a partir
de células do sistema imunitário do hospedeiro, é importante para a sobrevivência das células do tumor e a
resposta à terapia.
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linfadenopatia que ocorre em locais como o mediastino ou o retroperitônio causa sintomas locais de
compressão que levam o paciente ao médico. Dor torácica, tosse, síndrome da veia cava superior, dor
abdominal ou lombar, compressão de medula óssea e sintomas de insuficiência renal, entre outros, são
característicos.
Em geral os linfomas não Hodgkin estão associados a sintomas sistêmicos que podem levar ao
diagnóstico. Os mais frequentes são os sintomas B: febre, sudorese noturna e perda de peso inexplicável. Esses
sintomas sem uma causa óbvia devem levar o médico a considerar o diagnóstico de linfoma. Outros sintomas
menos característicos incluem fadiga, que está frequentemente presente no momento do diagnóstico caso o
paciente seja questionado cuidadosamente, e prurido.
Essencialmente os LNH podem comprometer qualquer órgão no corpo, e o mau funcionamento desse
órgão pode causar sintomas que auxiliam no diagnóstico. São exemplos os sintomas neurológicos com linfoma
cerebral primário; respiração curta com linfomas MALT no pulmão; dor epigástrica e vômitos com MALT
gástrico ou linfomas difusos de grandes células do tipo B; obstrução intestinal em linfomas no intestino
delgado; massas testiculares com linfomas difusos de grandes células B; e lesões cutâneas em linfomas
cutâneos. Muitos linfomas envolvem a medula óssea e, ocasionalmente, causam mieloftise (mielofibrose
secundária) extensa e insuficiência da medula óssea. Esses pacientes podem apresentar infecções, hemorragias
e anemia.
Os LNH também se manifestam com uma série de anormalidades imunológicas. Por exemplo, anemia
hemolítica autoimune e trombocitopenia imune podem ser as manifestações iniciais do linfoma não Hodgkin,
especialmente no linfoma linfocítico de células pequenas/leucemia linfocítica crônica, mas também em outros
subtipos, incluindo o linfoma difuso de grandes células B. As neuropatias periféricas, frequentemente
associa das a uma superprodução de proteína monoclonal, podem ser observadas em diversos subtipos,
porém são mais características do linfoma linfoplasmocítico e também são vistas na síndrome POEMS
(polineuropatia, organomegalia, endocrinopatia, proteína M, sinais cutâneos [skin]). As complicações
neurológicas paraneoplásicas dos linfomas não Hodgkin estão relacionadas com a polineuropatia
desmielinizante, a síndrome de Guillain-Barré, a disfunção autonômica e a neuropatia periférica. Síndromes
paraneoplásicas associadas ao linfoma não Hodgkin afetam pele (p. ex., pênfigo), rins (p. ex.,
glomerulonefrite) e diversos sistemas orgânicos (p. ex., vasculite, dermatomiosite e icterícia colestática).
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Diagnóstico
A avaliação do paciente com suspeita de LNH deve ser cuidadosa e realizada de maneira sistemática:
• Anamnese cuidadosa e exame físico
• Biópsia para estabelecer o diagnóstico
• Avaliação laboratorial
◊ Medula óssea
◊ Qualquer outro local suspeito, se os resultados da biópsia modificarem a terapia
Como distinções patológicas sutis podem alterar o tratamento, a questão mais importante no tratamento
do linfoma não Hodgkin é estabelecer um diagnóstico preciso. As biópsias por punções de agulha fina podem
ocasionalmente ser utilizadas para um diagnóstico primário, se a amostra for tratada de forma adequada, mas
dificilmente são um bom meio de diagnosticar um linfoma, pois impossibilitam determinar o subtipo
específico do diagnóstico de um linfoma não Hodgkin. Na maioria das vezes necessita-se (e prefere-se)
realizar uma biópsia excisional para o diagnóstico inicial; uma outra biópsia deve ser realizada se não houver
material suficiente. O diagnóstico diferencial inclui: linfoma de Hodgkin, infecções virais, carcinoma
metastático, condições autoimunes, sarcoidose, entre outros.
Embora uma ampla variedade de fatores do paciente (p. ex., idade, sintomas, nível de LDH) e fatores
tumorais (p. ex., magnitude, padrão de expressão gênica, taxa de proliferação) possa afetar os resultados do
tratamento, dois sistemas de prognóstico podem ajudar na escolha da terapia e determinação de um
prognóstico preciso.
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O International Prognostic Index (IPI) é o método mais amplamente utilizado para prever o resultado
do tratamento e a sobrevida. O IPI é baseado em cinco fatores adversos (idade >60 anos, desempenho ≤2,
nível de LDH sérico elevado, dois ou mais locais extranodais da doença, estágio III ou IV de Ann Arbor), que
são somados para dar a pontuação. Esse índice foi desenvolvido para pacientes com linfoma agressivo difuso,
mas pode ser utilizado para prever o resultado do tratamento com qualquer subtipo.
Em pacientes jovens, um índice abreviado que considera apenas o estado de desempenho reduzido, o
nível elevado de LDH sérico e o estágio clínico alto pode ser aplicado. Como os pacientes com linfoma
folicular raramente têm um estado de desempenho reduzido ou um grande número de locais extraganglionares,
foi desenvolvido um índice alternativo denominado Follicular Lymphoma International Prognostic Index
(FLIPI) que substitui mais de quatro áreas nodais de envolvimento e uma hemoglobina inferior a 12 g/dL
como critérios de teste, e prediz um pouco melhor o resultado do tratamento no linfoma folicular.
Fonte: SanarFlix
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extranodal por ocasião do diagnóstico, sendo os locais mais comuns representados pelo trato gastrintestinal e
pela medula óssea, observados, cada um, em 15 a 20% dos pacientes. Praticamente qualquer órgão pode ser
acometido, tornando obrigatória a realização de biópsia diagnóstica. Por exemplo, o linfoma difuso de grandes
células B do pâncreas apresenta um prognóstico muito mais favorável que o carcinoma pancreático, porém
passa despercebido sem a realização de biópsia. O linfoma difuso de grandes células B primário do cérebro
está sendo diagnosticado com crescente frequência. Outros subtipos incomuns de linfoma difuso de grandes
células B, como o linfoma pleural com efusão e linfoma intravascular, são difíceis de diagnosticar e associados
a prognóstico muito mais reservado.
O Quadro 15.11 mostra a avaliação inicial de pacientes com linfoma difuso de grandes células B. Após
cuidadosa avaliação para estadiamento, cerca de 50% dos pacientes apresentam doença nos estágios I ou II,
enquanto cerca de 50% exibem linfoma disseminado. A biópsia de medula óssea revela comprometimento por
linfoma em cerca de 15% dos casos, sendo o comprometimento medular por pequenas células mais frequente
que aquele com grandes células.
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Os fatores prognósticos associados a esse subtipo de linfoma foram propostos originalmente em 1993,
antes do início do uso do Rituximabe. Por isto, Sehn et al. realizaram um grande estudo aplicando o Índice de
Prognóstico Internacional (IPI) original nos pacientes que haviam utilizado Rituximabe e o renomeou de R-
IPI. Diversos autores, baseados em outros estudos, recusaram adotar esses critérios revisados ainda
considerando que o IPI clássico seja o melhor marcador clínico-laboratorial prognóstico a ser utilizado. O
Índice Prognóstico Internacional (lPI) considera o estágio clínico (III e IV), Desidrogenase Lática (DHL)
elevada, idade > 60 anos, performance status (ECOG) ≥ 2 e envolvimento de mais de um sítio extranodal
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como fatores de mau prognóstico. O IPI ajustado à idade é usado em pacientes ≤ 60 anos e considera três
fatores de risco (estágio, DHL e performance status) (Tabela 56.3).
Fonte: ZAGO, M. A.; FALCÃO, R. P.; PASQUINI, R. Tratado de Hematologia © EDITORA ATHENEU São Paulo, Rio de
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