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Tutoria – Segunda Tutoria Bárbara Jeovanna

Compreender a Classificação das Neoplasias Hematológicas (OMS 2016)


♣ Na doença de Hodgkin a extensão anatômica, muito
Introdução
mais do que os quatro tipos histológicos (predominância
linfocitária, depleção linfocitária, celularidade mista e
♣ As doenças neoplásicas hematopoiéticas podem
esclerose nodular), tem importância prognóstica e na
comprometer
escolha do tratamento.
→ Linhagens linfoide
→ Linhagens mieloide Linfomas Não Hodgkin
→ Macrófagos
♣ Caracterização: grupo heterogêneo de doenças
→ Precursores dos macrófagos (mastócitos)
clonais das linhagens T, B ou NK
♣ As doenças que comprometem diversas linhagens
♣ Origem: podem originar-se em qualquer órgão do
diferem não apenas quanto ao seu quadro
sistema linfoide (linfonodos, timo, baço, pele ou tecido
citomorfológico, mas também em relação aos aspectos
linfoide associado ao sistema digestivo) ou então ter
clínicos, evolução e resposta ao tratamento
origem extralinfoide como o pulmão, o cérebro, a tireoide,
Neoplasias Linfoide ou as gônadas.
Leucemias Linfoides Agudas
♣ Origem: linfócitos da linhagem T, B ou NK
♣ Essas células originais podem estar em diferentes ♣ Ação: proliferação e o acúmulo de linfoblastos na
estágios de diferenciação medula óssea
♣ Origem das Leucemias Agudas: precursores linfoides ♣ Consequências: supressão da hematopoese normal,
primitivos que resulta em anemia, neutropenia e plaquetopenia.
♣ Origem das Leucemias Linfoides Crônicas e o Mieloma ♣ Além disso, a infiltração extramedular resulta em
Múltiplo: linfócitos mais diferenciados esplenomegalia, hepatomegalia, linfoadenopatia e no
♣ Leucemias: neoplasias linfoides originadas na medula comprometimento de meninges e gônadas.
óssea ♣ Observação: linfoblasto é uma célula precursora
♣ Linfomas: neoplasias originadas de qualquer outro linfoide imatura.
órgão linfoide ♣ Linfoblastos são encontrados em medulas
ósseas normais, em pequena porcentagem.
Linfoma de Hodgkin
Leucemia Linfocítica Crônica
♣ Caracterização: presença das células malignas de
Reed-Sternberg e células de Hodgkin, em um substrato ♣ Conceito: doença acumulativa de linfócitos B CD5+
celular apropriado ♣ Localização: medula óssea, sangue periférico e
♣ Comprometem, em 80% dos casos, os linfonodos órgãos linfoides.
cervicais. ♣ Diagnóstico Diferencial: leucemias prolinfocíticas, a
tricocitoleucemia, as leucemias de Linfócitos Grandes

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Granulares e a fase leucêmica dos linfomas da zona ♣ Conceito: grupo que não mostram uma evidência clara
marginal, linfoma da zona do manto, linfoma de definição de linhagem
centrofolicular e o linfoma linfoplasmocitoide. ♣ Exemplos: doenças que não expressam marcadores
Neoplasias de Células Plasmocitárias específicos de qualquer linhagem ou outras que
apresentam marcadores concomitantes de mais de uma
♣ Caracterização: proliferação clonal de plasmócitos e linhagem.
plasmoblastos
Doenças Mieloproliferativas Crônicas
♣ São, geralmente, acompanhadas de proteinemia
monoclonal. ♣ Exemplos: leucemia mieloide crônica clássica Ph+
Mieloma Múltiplo (BCR/ ABL1+), a leucemia neutrofílica crônica, a leucemia
eosinofílica crônica/síndrome hipereosinofílica, e as
♣ Órgão Acometido: medula óssea de forma mastocitoses.
generalizada ♣ Mutações somáticas adquiridas da JAK2 mostraram
♣ Pouco comum que se dissemine, invadindo o sangue ter papel fundamental na patogênese das doenças
periférico e outros órgãos. mieloproliferativas crônicas BCR-ABL1 negativas.
Leucemia Plasmocítica Mielofibrose Primária
♣ Caracterização: infiltração desde o seu início a medula ♣ Conceito: proliferação neoplásica da linhagem mieloide
óssea e o sangue periférico. que apresenta fibrose de medula óssea acompanhada de
esplenomegalia.
Neoplasias Mieloides ♣ A proliferação de fibroblastos é reacional
♣ Causa: liberação local de citocinas por megacariócitos
♣ Causas: mutação de uma célula progenitora anormais.
pluripotencial que mantém a capacidade, embora de
maneira imperfeita, de diferenciação e maturação para Policitemia Vera e Trombocitopenia
cada uma das linhagens mieloides. ♣ Fator Essencial: proliferação neoplásica resulta na
♣ Consequências: o clone neoplásico suprime a formação de células com características morfológicas e
multiplicação e a diferenciação das linhagens normais, funcionais muito próximas das normais, porém em
levando habitualmente à anemia, neutropenia e número excessivo.
plaquetopenia, que são reversíveis. ♣ Uma característica das doenças mieloproliferativas é
Leucemias Mieloides Agudas a possibilidade de evolução de uma doença para outra e
a presença de quadros hematológicos mistos.
♣ Caracterização dos Blastos Leucêmicos: apresentam
características morfológicas e imunofenotípicas das Mastocitoses
células eritroides, monocíticas, megacariocíticas ou de ♣ Doenças raras
mieloblastos ou promieloblastos. ♣ Caracterização: infiltração anormal de mastócitos na
♣ Anormalidades genéticas recorrentes os estudos pele, medula óssea, sangue, linfonodos, fígado, baço e
citogenético ou molecular são essenciais para o trato gastrointestinal.
diagnóstico. ♣ Apresentação Clínica: doença indolente, passando
Leucemias Agudas de Linhagem Ambígua pelas mastocitoses associadas a doenças hematológicas,

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e chegando a formas agressivas como a leucemia de ♣ Diagnóstico: feito com a demonstração da proteína
mastócitos. S100 e do CD1a nos histiócitos e pela presença dos
grânulos de Birbeck na microscopia eletrônica.
Síndromes Mielodisplásicas
♣ Tratamento: a forma localizada é controlada com
♣ Caracterização: hematopoese ineficiente tratamento local e a generalizada com poliquioterapia.
♣ Compartilham uma propensão a citopenias, medula ♣ A maioria dos casos de sarcoma histocítico
hiperplástica (raramente hipocelulares) e alterações compromete sítios extranodais, mais comumente a pele,
displásicas em uma ou mais séries. o trato intestinal e tecidos moles.
♣ O número de blastos na medula óssea é normal ou ♣ Raros pacientes têm a forma generalizada,
aumentado, mas sempre < 20%. comprometendo a medula óssea, linfonodos, fígado e
♣ A organomegalia é incomum. baço, e pode ser confundida com linfomas.
♣ Os demais subtipos são ainda mais raros.
♣ Diagnóstico Diferencial: feito pelas características
Neoplasias da Linhagem Histocística e morfológicas, imunofenotípicas e genéticas do tumor.
Dendrítica
Classificação OMS
♣ Tumores extremamente raros
A classificação da Organização Mundial da Saúde
♣ Estruturas Acometidas: linfonodos ou tecidos de
partes moles. (OMS) para os tumores do tecido hematopoético e
♣ Fundamentalmente existem células dendríticas linfoide (4ª edição, 2008) representa uma revisão
derivadas da linhagem mieloide e células dendríticas atualizada da 3ª edição, publicada em 2001, que tem o
derivadas do mesênquima. mérito de ser a primeira classificação de consenso desse
♣ O primeiro tipo inclui as células de Langerhans, as tipo de neoplasias malignas. Os objetivos da nova
intersticiais e as plasmocitoides.
classificação incluem revisão de critérios, nomenclatura e
♣ As células derivadas do mesênquima são as células
definições das doenças descritas na 3ª edição, assim
dendríticas foliculares e as células reticulares
fibroblásticas. como inclusão de novas entidades, algumas definitivas e
outras provisórias, por não terem definição
Tumores Histocíticos
suficientemente clara nesse momento.
♣ Os tumores histiocíticos são proximamente O princípio da classificação da OMS se mantém desde
relacionados com tumores monocíticos a classificação Revised European-American Classification
♣ Muitas vezes, é difícil diferenciar entre um infiltrado of Lymphoid Neoplasms (REAL) de 1994, representando
leucêmico monocítico de um sarcoma histiocítico.
uma lista de neoplasias definidas por um conjunto de
♣ Exemplos: as doenças hitocíticas clonais incluem a
parâmetros clínicos, morfológicos, imunofenotípicos e
histiocitose de células de Langerhans, o sarcoma
histiocítico, o sarcoma de células dendríticas outros genéticos, variando a importância de acordo com cada
tumores raros e o xantogranuloma juvenil disseminado. entidade, sem que nenhum seja considerado gold
Histiocitose de Células de Langerhans standard.
♣ Localização: pele, nos ossos ou em qualquer outro A tradução da nomenclatura das entidades descritas
órgão, ou ser generalizada. na classificação da OMS se reveste de importância para
que seja utilizada por patologist+as, hematologistas e

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oncologistas de forma padronizada na língua portuguesa. III. NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS/
Isso se tornou mais relevante à medida que a MIELODISPLÁSICAS (NMP/MD)
classificação foi se consolidando universalmente, • Leucemia mielomonocítica crônica (LMMC)
passando a ser reconhecida como uma linguagem comum • Leucemia mieloide crônica atípica BCR-ABL1
entre todos os especialistas relacionados com essa área negativa (LMC, BCR/ABL1 neg)
da medicina. Uma proposta de padronização terminológica • Leucemia mielomonocítica crônica juvenil (LMMCJ)
em língua portuguesa para a 3a edição foi publicada em • Neoplasia mieloproliferativa/mielodisplásica
2002. inclassificável (NMP/MD-I)
I. NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS • Anemia refratária com sideroblastos em anel
• Leucemia mieloide crônica BCR-ABL1 positiva associada à intensa trombocitose (ARSA/T)
(LMC/BCR-ABL1+) IV. SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS (SMD)
• Leucemia neutrofílica crônica (LNC) • Citopenia refratária com displasia (de uma
• Policitemia vera (PV) linhagem ou unilinear) (CR)
• Mielofibrose primária (MFP)  Anemia refratária (SMD/CR-AR)
• Trombocitemia essencial (TE)  Neutropenia refratária (SMD/CR-NR)
• Leucemia eosinofílica crônica, sem outras  Trombocitopenia refratária (SMD/CR-TR)
especificações (LEC, SOE) • Anemia refratária com sideroblastos em anel
• Mastocitose (SMD/ARSA)
 Mastocitose cutânea (MC) • Citopenia refratária com displasia (de múltiplas
 Mastocitose sistêmica indolente (MSI) linhagens ou multilinear) (SMD/CR-DML)
 Mastocitose sistêmica agressiva (MSA) • Anemia refratária com excesso de blastos
 Mastocitose sistêmica associada à doença (SMD/AREB)
clonal hematológica de linhagem não • Síndrome mielodisplásica associada a del (5q) isolada
mastocitária (MS-DCHNM) (SMD/5q-)
 Leucemia de mastócitos (LM) • Síndrome mielodisplásica, inclassificável (SMD/I)
 Sarcoma de mastócitos (SMA) • Síndrome mielodisplásica pediátrica (SMD-P)
 Mastocitoma extracutâneo (MEC)  Citopenia refratária pediátrica (SMD-P/CR)
• Neoplasia mieloproliferativa inclassificável (NMI) V. LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) E NEOPLASIAS
II. NEOPLASIAS MIELOIDES E LINFOIDES COM DE CÉLULAS PRECURSORAS RELACIONADAS
EOSINOFILIA E ANORMALIDADES DOS GENES PDGFRA, • LMA com anormalidades genéticas recorrentes
PDGFRB OU FGFR1  LMA com t (8;21) (q22; q22); RUNX1-RUNX1T1
• Neoplasias mieloides e linfoides com rearranjo do  LMA com inv. (16) (p13.1; q22); CBFB-MYH11
gene PDGFRA  Leucemia promielocítica aguda (LPMA) com t
• Neoplasias mieloides com rearranjo do gene (15;17) (q22; q12); PML-RARA
PDGFRB  LMA com t (9;11) (p22; q23); MLLT3-MLL
• Neoplasias mieloides e linfoides com anomalias do  LMA com t (6;9) (p23; q34); DEK-NUP214
gene FDFGR1
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 LMA com inv. (3) (q21; q26.2) ou t (3;3) (q21; • Leucemia aguda de fenótipo misto (LAFM)
q26.2); RPN1-EVI1 B/mieloide, SOE
 LMA (megacarioblástica) com t (1;22) (p13; • Leucemia aguda de fenótipo misto (LAFM)
q13); RBM15-MKL1 T/mieloide, SOE
 LMA com mutação de NPM1 • Leucemia/linfoma linfoblástico de células NK (LLL-
 LMA com mutação de CEBPA NK)
• LMA com alterações relacionadas com mielodisplasia VII. NEOPLASIAS DE CÉLULAS LINFOIDES
(LMA/MD) PRECURSORAS
• Neoplasias mieloides relacionadas com terapia (NM- • Leucemia/linfoma linfoblástico B (LLL-B)
T)  Leucemia/linfoma linfoblástico B, SOE '’’
• Leucemia mieloide aguda, SOE (LMA, SOE)  Leucemia/linfoma linfoblástico B, com
 LMA com diferenciação mínima [9872/3] anormalidades genéticas recorrentes
 LMA sem maturação o Leucemia/linfoma linfoblástico B com
 LMA com maturação t (9;22) (q34; q11.2); BCR-ABL1
 Leucemia mielomonocítica aguda (LMMA) o Leucemia/linfoma linfoblástico B com
 Leucemia monoblástica (LMoB) e leucemia t (v;11q23); MLL rearranjado
monocítica (LMoC) o Leucemia/linfoma linfoblástico B com
 Leucemia eritroide aguda (LEA) t (12;21) (p13; q22); TEL-AML1(ETV6-
 Leucemia megacarioblástica aguda (LMegA) RUNX1)
 Leucemia basofílica aguda (LBA) o Leucemia/linfoma linfoblástico B com
 Panmielose aguda com mielofibrose (PMA- hiperdiploidia
MF) o Leucemia/linfoma linfoblástico B com
• Sarcoma mieloide (SM) hipodiploidia
• Proliferações mieloides relacionadas com síndrome o Leucemia/linfoma linfoblástico B com
de Down t (5;14) (q31; q32); IL3/IGH
 Mielopoese anormal transitória (D-MAT) o Leucemia/linfoma linfoblástico B com
 Leucemia mieloide associada à síndrome de t (1;19) (q23; p13.3); E2A-PBX1 (TCF3-
Down (D-LMA) PBX1)
• Neoplasia da célula dendrítica plasmocitoide blástica • Leucemia/linfoma linfoblástico T (LLL-T)
(NCDPB) VIII. NEOPLASIAS DE CÉLULAS LINFOIDES B MADURAS
VI. LEUCEMIAS AGUDAS DE LINHAGEM AMBÍGUA • Leucemia linfoide crônica/linfoma linfocítico
• Leucemia aguda indiferenciada (LAI) (LLC/LL)
• Leucemia aguda de fenótipo misto (LAFM) com t • Leucemia prolinfocíticas B (LP-B)
(9;22) (q34; q11.2); BCR-ABL1 • Linfoma B da zona marginal esplênica (LZME)
• Leucemia aguda de fenótipo misto (LAFM) com t • Tricoleucemia (TRL)
(v;11q23); MLL rearranjado • Linfoma/leucemia esplênico de células B,
inclassificável
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 Linfoma esplênico difuso da polpa vermelha, • Linfoma de grandes células B intravascular (LGCB-
de linfócitos B pequenos IV)
 Tricoleucemia variante (TRL-V) • Linfoma de grandes células B ALK-positivo (LGCB-
• Linfoma linfoplasmocítico (LLPL) ALK+)
 Macroglobulinemia de Waldeström (MW) • Linfoma plasmoblástico (LPb)
• Doenças da cadeia pesada (DCP) • Linfoma de grandes células B com origem na D. de
 Doença da cadeia pesada alfa Castleman multicêntrica associada ao HHV-8 (LGCB/DCM-
 Doença da cadeia pesada gama HHV8+)
 Doença da cadeia pesada mu • Linfoma primário de efusões (LPE)
• Mieloma múltiplo (MM) • Linfoma de Burkitt (LB)
• Plasmocitoma solitário do osso • Linfoma de células B inclassificável, com
• Plasmocitoma extraósseo características intermediárias entre o LDGCB e o
• Linfoma da zona marginal extranodal do tecido Linfoma de Burkitt (LBI-LDGCB/LB)
linfoide associado à mucosa (Linfoma MALT) • Linfoma de células B inclassificável, com
• Linfoma da zona marginal nodal (LZMN) características intermediárias entre o LDGCB e o
 Linfoma da zona marginal nodal pediátrico Linfoma de Hodgkin (LBI-LDGCB/LH)
(LZMN-P) IX. NEOPLASIAS DE CÉLULAS T E NK MADURAS
• Linfoma folicular (LF) • Leucemia prolinfocítica de células T (LPL-T)
 Linfoma folicular pediátrico (LF-P) • Leucemia linfocítica de células T granulares grandes
• Linfoma centrofolicular primário da pele (LF-Pele) (LLTGG)
• Linfoma de células do manto (LCM)  Doença linfoproliferativa crônica de células
• Linfoma difuso de grandes células B, SOE (LDGCB, NK (DLPC-NK)
SOE) • Leucemia agressiva de células NK (LA-NK)
 Linfoma de grandes células B rico em células [9948/3]
T e histiócitos (LGCB-RTH) • Doença linfoproliferativa sistêmica de células T
 Linfoma difuso de grandes células B do EBV+ da pediátrica (DLPST-EBV+I)
sistema nervoso central (LDGCB-SNC) • Linfoma Hydroa vacciniforme símile (LHV)
 Linfoma difuso de grandes células B da pele, • Leucemia/linfoma de células T do adulto (LLTA)
tipo “da perna” (LDGCB-perna) • Linfoma de células NK/T, tipo nasal (LNK/T-nasal)
 Linfoma difuso de grandes células B EBV- • Linfoma de células T associado à enteropatia (LT-E)
positivo do idoso (LDGCB-EBV + idoso) • Linfoma de células T hepatoesplênico (LT-HE)
• Linfoma difuso de grandes células B associado à • Linfoma de células T subcutâneo paniculite-símile
inflamação crônica (LDGCB-IC) (LT-SPS)
• Granulomatose linfomatoide (GL) • Micose fungoide (MF)
• Linfoma de grandes células B do mediastino (tímico) • Síndrome de Sézary (SS)
(LGCB-Med) • Doenças linfoproliferativas de células T CD30
positivas primárias da pele
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 Papulose linfomatoide (PL) • Sarcoma histiocítico (SH)
 Linfoma de grandes células anaplásicas • Histiocitose de células de Langerhans (HCLa)
primário da pele (LGCA-pele) • Sarcoma de células de Langerhans (SCL)
• Linfoma de células T gama-delta primário da pele • Sarcoma de células dendríticas interdigitantes (SCDI)
(LTGD-pele) • Sarcoma de células dendríticas foliculares (SCDF)
• Linfoma agressivo de células T citotóxicas CD8 • Tumor de células reticulares fibroblásticas (TCRF)
positivas, epidermotrópico primário da pele • Tumor de células dendríticas indeterminadas (TCDI)
• Linfoma de células T pequenas/médias CD4 • Xantogranuloma juvenil disseminado (XGJD)
positivas, primário da pele XII. DOENÇAS LINFOPROLIFERATIVAS ASSOCIADAS À
• Linfoma de células T periféricas, SOE (LTP, SOE) IMUNODEFICIÊNCIA (DLP-ID)
• Linfoma de células T angioimunoblástico (LTAI) • Doenças linfoproliferativas associadas à
• Linfoma de grandes células anaplásicas, ALK positivo imunodeficiência primária (DLP-IDP)
(LGCA-ALK+) • Doenças linfoproliferativas associadas à infecção
• Linfoma de grandes células anaplásicas, ALK pelo HIV (DLP-HIV)
negativo (LGCA-ALK-) • Doenças linfoproliferativas pós-transplante (DLP-
X. LINFOMA DE HODGKIN (LH) PT)
• Linfoma de Hodgkin, predominância linfocítica  Lesões iniciais
nodular (LH-PLN) o Hiperplasia plasmocítica
• Linfoma de Hodgkin clássico (LH-C) o DLPT monucleose símile
 Linfoma de Hodgkin clássico, esclerose o DLPT polimórfica
nodular (LHC-EN) o DLPT monomórfica (tipos B, T e NK)
 Linfoma de Hodgkin clássico, rico em linfócitos o DLPT tipo linfoma de Hodgkin
(LHC-RL) clássico*
 Linfoma de Hodgkin clássico, celularidade •. Outras doenças linfoproliferativas associadas à
mista (LHC-CM) imunodeficiência iatrogênica (DLP- IDI)
 Linfoma de Hodgkin clássico, depleção *Essas lesões são classificadas de acordo com a
linfocitária (LHC-DL) leucemia ou o linfoma correspondente e recebem o
XI. NEOPLASIA DE CÉLULAS HISTIOCÍTICAS E código respectivo.
DENDRÍTICAS
Linfoma de Hodgkin e Linfoma de Não Hodgkin (Definição, Epidemiologia,
Fatores de Risco, Quadro Clínico, Classificação Clínica e Estadiamento)
♣ Principais Representantes: linfonodos ou gânglios
Introdução
linfáticos
♣ Os linfomas são diferentes das leucemias linfocítica,
♣ Linfomas: grupo de neoplasias originárias do tecido
linfoide ou linfático

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♣ Caracterização dos Linfomas: eles “nascem” no ♣ Apresenta diversos padrões histológicos
tecido linfoide e, eventualmente, infiltram a medula óssea ♣ Causa: vasta gama de tipos de linfócito e seus
e outros tecidos diversos graus de diferenciação e maturação
♣ Caracterização das Leucemias Linfocíticas: tem ♣ Cada tipo de linfoma não Hodgkin se origina de um tipo
origem na medula óssea e podem acometer os linfonodos específico de linfócito num determinado estágio de
de modo secundário diferenciação e maturação
Medcurso
Tecido Linfoide
Linfoma de Hodgkin
♣ Caracterização: local onde habitam as células
imunológicas
Definição
→ Linfócitos B
→ Linfócitos T ♣ Conceito: neoplasia maligna linfoide clonal
→ Células NK ♣ Localização: restrita, principalmente, aos linfonodos e
♣ Função: gerar resposta imune antígeno-específica órgãos linfoides
♣ Principais Localizações do Tecido Linfático: linfonodos, ♣ Com o passar do tempo e o avanço tecnológico a
amígdalas, timo e baço sobrevida tem aumentado
♣ Eventuais Localizações do Tecido Linfático: mucosas
Epidemiologia
dos tratos gastrintestinal, respiratório e urinário
♣ Os locais eventuais de localização desse tipo de tecido ♣ São diagnosticados cerca de 7500 novos casos a
o apresentam por meio de nódulos ou folículos linfáticos cada ano dos Estados Unidos
♣ Qualquer um desses locais pode ser a origem de um ♣ Os homens são mais acometidos do que as mulheres
linfoma ♣ Corresponde a cerca de 11% de todos os linfomas
Linfomas ♣ Quase tão comum quanto o Mieloma múltiplo
♣ Etiologia desconhecida
♣ Linfoma Ganglionar: linfoma que tem origem em um
Fatores de Risco
gânglio
♣ Linfoma Extranodal: linfoma com origem em tecido ♣ Apresenta distribuição etária bimodal
linfoide de origem não ganglionar → Final da segunda década de vida
♣ Suas causas são desconhecidas → Fase avançada da vida
♣ Hipótese de Causa Mais Aceita: etiologia viral ♣ Agricultores e pessoas que trabalham com madeira
associada a uma resposta imunológica atípica e carne apresentam um risco ligeiramente aumentado de
♣ Alguns linfomas parecem também associados com desenvolver a patologia
imunodeficiências congênitas, AIDS, LES, artrite ♣ Pode haver um pequeno aumento do risco com o
reumatoide e outras doenças desequilíbrio da ligação HLA
♣ Classificação: Hodgkin e não Hodgkin ♣ A doença genética e a ataxia-telangectasia podem
Linfoma de Hodgkin ser complicadas pela doença de Hodgkin (comum em Aids)
♣ Caracterização: presença de células gigantes e ♣ O gêmeo univitelino de uma pessoa acometida tem
multinucleadas (células de Reed-Sternberg) altíssima probabilidade de desenvolver a patologia, algo
Linfomas Não Hodgkin que revela o caráter genético da doença
♣ Demais neoplasias do sistema linfoide ♣ O vírus Epstein-Barr também pode ter influência na
♣ Principais representantes das neoplasias linfoides patogenia do linfoma de Hodgkin

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Manifestações Clínicas ♣ Estágio II: comprometimento de duas ou mais regiões
de linfonodos do mesmo lado do diafragma
♣ Adenopatia indolor localizada no pescoço ♣ Estágio III: comprometimento de regiões de linfonodos
♣ Mediastino comprometido na maioria dos pacientes, no mesmo lado do diafragma
algumas vezes com grandes massas ♣ Estágio IV: comprometimento de local extranodal além
Sintomas B dos designados como “E”, mais de um depósito extranodal
→ Febre (intermitente) em qualquer localização, qualquer comprometimento do
→ Perda brusca de peso fígado ou da medula óssea
→ Sudorese noturna ♣ A: ausência de sintomas
♣ Esses sintomas acometem 20% a 25% dos casos ♣ B: perda de peso inexplicada superior a 10% do peso
♣ Também podemos observar prurido, porém não faz corporal nos últimos seis meses, febre inexplicada
parte dos sintomas B superior a 38º no mês anterior e sudorese noturna
Linfonodos profusa recorrente durante o mês anterior
♣ Início: linfonodos cervicais, mais comumente do lado ♣ X: doença volumosa (massa nodal com diâmetro
esquerdo máximo superior ou igual a 10 cm e massa mediastinal
♣ Avanço para grupos contíguos de linfonodos superior a 1/3 do diâmetro do tórax)
♣ Via de Disseminação: contiguidade ♣ E: comprometimento solitário localizado de tecido
Baço extralinfático, excluindo o fígado e a medula óssea
Manual de Oncologia Harrison
♣ Em geral, é o primeiro local intra-abdominal afetado
♣ Órgão que carece de linfáticos aferentes Definição
♣ Sendo assim, quando comprometido, gera ♣ Conceito: doença linfoproliferativas maligna
disseminação hematogênica
♣ Caracterização do Tecido Afetado: infiltrado reativo
Fígado representado por diferentes tipos celulares
♣ Nunca é afetado, a não ser que o baço seja ♣ Exemplos dos Tipos Celulares: linfócitos B, linfócitos
acometido T, granulócitos, histiócitos, fibroblastos e estroma
Situações Raras ♣ Essas células rodeiam a célula maligna característica
♣ Comprometimento do anel de Waldeyer ou dos da doença (célula de Reed-Sternberg)
linfonodos epitrocleares ♣ A célula de Reed-Sternberg é responsável por 1% a
♣ Comprometimento extranodal 2% da massa tumoral total
♣ Locais Mais Acometidos Nessas Situações: medula ♣ O estudo da Etiopatogenia e origem da doença é
óssea, fígado, pulmão, pleura e pericárdio desafiador devido à escassez da célula neoplásica
Sintomas & Álcool ♣ Origem da Célula de Reed-Sternberg: linfócitos B
♣ Alguns pacientes apresentam dor nos linfonodos
Fatores de Risco
acometidos com o consumo de álcool
♣ Possível Causa: desgranulação dos eosinófilos induzida ♣ Indivíduos imunossuprimidos
pelo álcool → Vírus HIV
Estadiamento → Pacientes que fazem uso de drogas
imunossupressoras
♣ Estágio I: comprometimento de uma única região de ♣ Membros de famílias que já foram diagnosticados
linfonodos ou estrutura linfoide com a patologia

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Classificação ♣ Estádio IV: envolvimento disseminado de um ou mais
órgãos extralinfático, ou ainda, envolvimento de um local
Conferência de Rye extralinfático com envolvimento linfonodal a distância
♣ Histórico: em 1965, na Conferência de Rye, foi (metástase)
proposta uma classificação histopatológica para os Site do Inca
pacientes com linfoma de Hodgkin
♣ Essa classificação é amplamente adotada até os dias Linfoma Não Hodgkin
atuais
♣ Esta classificação divide o linfoma em quatro subtipos Epidemiologia
→ Esclerose nodular ♣ Corresponde a mais de 90% dos casos de linfomas
→ Celularidade mista agressivos
→ Depleção linfocítica ♣ Corresponde a 30% de todos os casos de linfoma
→ Predomínio linfocítico não Hodgkin
Organização Mundial da Saúde ♣ Origem: linfócitos B em transformação blástica dos
♣ Revisou a classificação feita pela conferência centros germinativos que já tiveram contanto antigênico
♣ Principal Modificação: identificação de um subtipo ♣ Idade Média de Apresentação: 64 abis
histológico que apresenta comportamento biológico ♣ Pode ser visto entre os 40 a 70 anos
diferente dos outros subtipos ♣ Predomínio no sexo masculino
→ Linfoma de Hodgkin predomínio linfocitário nodular
Fatores de Risco
Exames Complementares
♣ Para ajudar na classificação, realiza-se o exame de ♣ Etiologia é desconhecida, mas existem alguns fatores
estudo imunohistoquímico no material obtido na biópsia que podem ser considerados de risco
♣ Marcações do Linfoma de Hodgkin Clássico: CD15+, ♣ Imunodeficiência ou outras alterações imunológicas
CD30+, CD3-, CD45-, CD20+ ♣ Fatores predisponentes de anomalias moleculares
♣ Marcações do Linfoma de Hodgkin com Predomínio
Quadro Clínico
Linfocitário Nodular: CD45+, CD20+, CD30-, CD15-, CD3-
Estadiamento Apresentação da Doença
♣ Caracterização: massa linfonodal de crescimento
♣ Classificação Utilizada: Ann Arbor/Cotswolds rápido na região cervical ou no abdome (linfonodos
modificado Retroperitoneais ou mesentéricos)
♣ Estádio I: envolvimento de uma cadeia linfonodal ou ♣ Em 40% dos casos a apresentação é extranodal,
estrutura linfoide (baço, timo, anel de Waldeyer) ou sítio com preferência para o trato gastrintestinal
extralinfático (IE) ♣ Sítios Menos Comuns de Apresentação: testículos,
♣ Estádio II: envolvimento de duas ou mais cadeias cavidade nasal, seios paranasais, tireoide, ossos, glândulas
linfonodais localizadas no mesmo lado do diafragma, que salivares, mama, pele e sistema nervoso central (AIDS)
pode ter contiguidade com um local extralinfático (IIE) Sintomas B
♣ Estádio III: envolvimento de cadeias linfonodais em ♣ Febre superior a 38ºC
ambos os lados do diafragma, que pode estar associado ♣ Sudorese noturna
a um local extralinfático (IIIE) ou envolvimento do baço (IIIS) ♣ Perda ponderal superior a 10% nos últimos meses
ou ambos (IIIES)
Situações Frequentes
♣ LDH sérico elevado
Babie
Tutoria – Segunda Tutoria Bárbara Jeovanna
♣ Caso o envolvimento extranodal não seja visto na → Forma rica em células T/histiócitos
apresentação da doença, é comum que o mesmo ocorra → Granulomatose linfomatoide
no decorrer → Linfoma B intravascular
♣ Possíveis Complicações: compressão traqueal, neural Linfoma B Difuso Imunoblástico
periférica, destruição óssea e medular ♣ Forma mais agressiva do linfoma difuso de grandes
Identificação células
♣ Pelo curso agressivo do linfoma, o paciente logo ♣ Responsável por 10% dos casos
procura o serviço médico ♣ Pior prognóstico do que a forma convencional
♣ Apesar da forte tendência a disseminação, esses ♣ Caracterização: presença de imunoblastos em mais
tumores encontram-se inicialmente localizados (estágios I de 90% das células
e II) em 55% dos casos ♣ Pacientes Comuns: portadores de AIDS
♣ Apesar de muitos casos serem identificados logo no Forma Anaplástica
período de apresentação da doença, o IPI pode ser alto ♣ Células Predominantes: grandes células anaplásicas,
♣ Causas: dosagem alta do LDH e acometimento semelhantes às do linfoma T anaplásico
extranodal ♣ Marcador: CD30 (Ki-1)
♣ Sobrevida: cinco anos após a poliquimioterapia ♣ Comportamento Clínico: típico de um linfoma B de
Índice Internacional de Prognóstico grandes células
Fatores de Bom Fatores de Mau Linfoma B Mediastinal Primário
Prognóstico Prognóstico ♣ Origem: linfócitos B do timo, presentes na camada
Idade até 60 anos Idade acima de 60 anos medular
Estágio I ou II Estágio III ou IV ♣ Responsável por 7% dos linfomas B difusos de
Metástase em apenas Metástase nos linfonodos grandes células
um linfonodo e a distância ♣ Responsável por 2% a 3% de todos os linfomas não
Paciente capaz de Paciente precisa de Hodgkin
realizar suas atividades muita ajuda para realizar ♣ Mais comum em mulheres em idade jovem
diárias normalmente suas atividades diárias ♣ Apresentação: grande massa mediastinal derivada do
LDH normal LDH alto timo com sintomas compressivos traqueais, síndrome da
♣ A cada fator de mau prognóstico é atribuído um veia cava superior ou derrame pleural
ponto ♣ Apresenta melhor resposta a poliquimioterapia
♣ Baixo: 0 ou 1 combinada com a radioterapia local
♣ Intermediário Baixo: 2 ♣ Composição Histológica: infiltrado difuso de grandes
♣ Intermediário Alto: 3 células B (centroblastos) com bandas escleróticas
♣ Alto: 4 ou 5 dividindo “ilhas” linfomatosas
Forma Rica em Células T/histiócitos
Classificação Clínica
♣ Variante de mau prognóstico
♣ O linfoma difuso B de grandes células possui algumas ♣ Acomete indivíduos um pouco mais jovens (idade
variantes média de 50 anos)
→ Linfoma imunoblásticos ♣ Bem mais comum em homens
→ Forma anaplásica ♣ Análise Histológica: em volta dos centroblastos
→ Forma mediastinal primária (grandes células) existem inúmeros linfócitos T pequenos
benignos e alguns histiócitos
Babie
Tutoria – Segunda Tutoria Bárbara Jeovanna
♣ Pode ser confundido com o linfoma de Hodgkin no → Pulmões
subtipo predomínio linfocitário → Pele
♣ Apesar da confusão histológica, o prognóstico do → Líquor
linfoma em questão é muito pior → Sangue
♣ Apresenta-se disseminado em 50% dos casos ♣ Sintomatologia: febre, rash cutâneo e disfunção
♣ A infiltração medular em 40% dos casos neurológica ou cognitiva progressiva
♣ O IPI com escore é alto
Estadiamento
♣ A remissão com a poliquimioterapia se dá em não mais
do que 40% dos pacientes ♣ Estádio I: comprometimento localizado em um grupo
Granulomatose Linfomatoide de linfonodos
♣ Subtipo de linfoma B de grandes células ♣ Estádio IE: comprometimento localizado de um órgão
♣ Também é rico em células T ou região extralinfática
♣ Associações: padrão angiocênrico (em volta dos ♣ Estádio II: comprometimento localizado em dois ou
vasos) e angioinvasivo (lúmen vascular) com áreas de mais grupos separados de linfonodos no mesmo lado do
necrose diafragma
♣ Possível Causa: infecção pelo vírus Epstein Barr ♣ Estádio IIE: comprometimento localizado em um grupo
♣ Costuma ser extranodal de linfonodos, com comprometimento localizado de um
♣ Estruturas de Preferência: pulmão, sistema nervoso órgão ou região extralinfática (incluindo o baço) no mesmo
central e rins lado do diafragma
Linfoma B Intravascular ♣ Estádio III: afetando componentes do sistema linfoide
♣ Sinônimo: angioendoteliomatose maligna (incluindo o baço) em ambos os lados do diafragma
♣ Raro tipo de linfoma B de grandes células ♣ Estádio IIIE: afetando dos componentes do sistema
linfoide em ambos os lados do diafragma, além do
♣ As células neoplásicas se alojam no lúmen dos
comprometimento localizado de um órgão ou de uma
microvasos de vários órgãos
região extralinfática
→ Medula óssea
♣ Estádio IV: comprometimento difuso ou disseminado
→ Sistema nervoso central
de um ou mais órgãos extralinfático com ou sem
→ Rins
comprometimento ganglionar
Linfoma Hodgkin X Linfoma Não Hodgkin

Linfoma de Hodgkin Linfoma Não Hodgkin


Progressão da Doença Início mais frequente em linfonodos A progressão da doença não se faz
cervicais, progredindo necessariamente por contiguidade,
topograficamente no organismo por sendo mais frequentes os casos com
contiguidade acometimento sistêmico
Localização do Tumor Primário Praticamente sempre nos linfonodos. Não é infrequente o acometimento
Acometimentos extranodais significam primário de órgãos extranodais
tumor secundário
Estádio ao Diagnóstico Mais frequentemente I e II Linfomas Indolentes e Altamente
Agressivos: geralmente estádio IV

Babie
Tutoria – Segunda Tutoria Bárbara Jeovanna
Linfomas Agressivos: estádios I, II ou III
Biologia da Célula Neoplásica Origem linfoide B Origem em células B, T ou NK
Histologia As células neoplásicas são a minoria As células neoplásicas se distribuem
em um fundo de células reativas por todo o tecido acometido, com
(linfócitos, plasmócitos, eosinófilos) poucas células inflamatórias reativas
Distribuição Etária Bimodal, com pico de acometimento Distribuição por todas as faixas
em crianças e adultos jovens e um etárias
pico menor nas faixas etárias mais
avançadas

Elucidar os Exames Complementares Utilizados Nessas Neoplasias


♣ Tomografia por emissão de pósitrons (PET) ou
Exames Complementares Para Linfoma
cintilografia com gálio
de Hodgkin
Procedimentos Úteis em Determinadas
♣ Procedimentos obrigatórios Circunstâncias
♣ Biopsia excisional de linfonodo acometido
♣ Tomografia do tórax se a radiografia do mesmo for
♣ Anamnese com atenção para os sintomas B
anormal
♣ Exame físico com registro das dimensões da
♣ Biópsia hepática se houver evidências de
adenopatia e esplenomegalia
comprometimento esplênico ou hepático
Exames Laboratoriais ♣ Cintilografia óssea na presença de dor óssea
♣ Ecocardiografia se houver doença de doença
♣ Hemograma completo pericárdica
♣ Contagem diferencial
♣ Contagem de plaquetas Exames Complementares de Linfoma
♣ Painel bioquímico
Não Hodgkin
♣ Prova de função hepática
♣ Prova de função renal
Histopatológico
♣ Velocidade de hemossedimentação
Exames Radiográficos ♣ Caracterização do Linfoma: infiltração linfocítica de
padrão difuso
♣ Radiografia do tórax PA e lateral ♣ Descrição dos Linfócitos: centroblastos típicos, com
♣ Tomografia computadorizada de abdome e pelve núcleo grande, com três ou mais nucléolos proeminentes
♣ Linfografia bipedal (não amplamente disponível, e justapostos a membrana nuclear
contudo se trata do melhor exame para linfonodos para- ♣ Podemos observar também alguns imunoblastos
aórticos)
Imunofenotipagem
♣ Biópsia
♣ Aspirado bilateral de medula óssea ♣ Este linfoma apresenta os marcadores universais de
♣ Cintilografia com nuclídeos linfócitos B

Babie
Tutoria – Segunda Tutoria Bárbara Jeovanna
→ CD19 ♣ Além desses, este linfoma apresenta o marcador
→ CD20 CD45
→ CD79 ♣ Marcadores Não Apresentados: CD10, CD5 e CD23
Descrever os Critérios Prognósticos Para Linfomas Difusos de Grandes Células B
♣ Pode haver uma conexão viral para desenvolvimento
Introdução
da patologia
♣ Conceito de Linfomas: cânceres originados nas células Possíveis Fatores de Risco
linfoides
♣ Exposição viral (HIV e Epstein Barr)
♣ Existem mais de 60 variedades de linfomas de acordo
com a OMS ♣ Doenças reumáticas autoimunes
♣ Possíveis Origens: células B, células T e células NK
Patologia
♣ Classificação Amplificada: linfomas de Hodgkin e de
não Hodgkin
♣ Execução do Diagnóstico: biopsia excisional com agulha
♣ Dentro dos linfomas de não Hodgkin podemos fazer grossa com revisão hematopatológica das lâminas
subdivisões de acordo com alguns critérios
♣ Resultado do Exame Microscópico: infiltrado difuso de
→ Apresentação clínica grandes células linfoides que modificam totalmente a
→ Histologia arquitetura normal do linfonodo
Dados Epidemiológicos Gerais ♣ Caracterização das Células Neoplásicas: grandes
linfócitos com núcleos mais de duas vezes maiores que
♣ Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, cerca de os núcleos dos pequenos linfócitos
85% dos linfomas têm origem nas células B ♣ Resultado do Exame Histológico: tipos celulares
♣ O linfoma difuso de grandes células B é o subtipo de centroblásticos ou imunoblásticos (sem importância
linfoma de não Hodgkin mais comum na América do Norte clínica)

Epidemiologia Características
♣ Caracterização: proliferação maligna de linfócitos B ♣ A OMS divide o linfoma difuso de grandes células B
em diversos estágios durante o processo normal de em subtipos
maturação das células B → Subtipo de células B ativadas
♣ Corresponde de 30% a 40% dos casos de linfoma → Subtipo centro germinativo de células B
não Hodgkin → Tipo 3
♣ Incidência: 16,5 por cem mil indivíduos ao ano → Linfoma de células B primário do mediastino
♣ Os homens são os mais afetados ♣ Critérios de Classificação: características clínicas,
♣ Os brancos também apresentam maior incidência morfológicas, imunológicas e genéticas
♣ Média de Idade ao Diagnóstico: 67 anos ♣ Genes Mutados: BCL-6, BCL-2, c-Myc
♣ Em grande parte dos pacientes não é possível
identificar fatores de risco evidentes Diagnóstico e Estadiamento
♣ Observação: a transformação de leucemia linfocítica
crônica em linfoma difuso de grandes células B é
conhecida como transformação de Richter

Babie
Tutoria – Segunda Tutoria Bárbara Jeovanna
♣ Sintomatologia: crescimento rápido de linfonodos → Estágios III ou IV no sistema Ann Arbor
(cervicais ou abdominais), febre, sudorese noturna e → Dois ou mais sítios extranodais da doença
perda involuntária de peso
♣ O estadiamento é feito pelo sistema Ann Arbor
♣ Esse sistema foi originalmente desenvolvido para o
linfoma de Hodgkin, porém pode ser usado para este tipo
de estadiamento também
♣ Dados Epidemiológicos: aproximadamente 27% se
apresentam com doença no estágio I e 50% são
Manual de Oncologia de Harrison
diagnosticados com a doença em estágio avançado
Sistema Ann Arbor de Estadiamento
♣ Estágio I: apenas uma cadeia de linfonodos
♣ Estágio II: duas ou mais cadeias de linfonodos do
mesmo lado do diafragma
♣ Estágio III: envolvimento de linfonodos de ambos os
lados do diafragma, com subscrito S (envolvimento do
baço)
♣ Estágio IV: doença disseminada envolvendo órgãos
além dos linfonodos (exceto o baço, pois o mesmo é
considerado tecido linfoide)
♣ Para os estágios I – III, o subscrito E indica
envolvimento de órgãos/sítio extragonadal
♣ A = ausência de sintomas sistêmicos
♣ B = presença de sintomas sistêmicos
♣ X = doença volumosa (> 10 cm de massa linfonodal ou
> 1/3 do diâmetro intratorácico em caso de massa
mediastinal)

Prognóstico

♣ Base: Índice de Prognóstico Internacional


♣ Conceito: sistema de pontuação prognóstica em
cenário de quimioterapia com base em rituximabe para
sobrevida livre de eventos, sobrevida livre de progressão
e sobrevida global
♣ O índice é calculado com base em cinco fatores
clínicos
→ Idade superior a 60 anos
→ LDH sérica acima do valor normal
→ Performance clínica ECOG igual ou superior a 2

Babie

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