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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
HEMATOLOGIA CLÍNICA

ALUNOS: ANA CAROLINA, JOÃO GUILHERME, JOÃO MARCOS, KARINA HELEN E MARIA ALICE
PROFª: DRAª BETÂNIA LUCENA DOMINGUES HATZLHOFER
INTRODUÇÃO Linfóide: aguda ou crônica
A leucemia está entre o grupo de doenças
malignas e se caracteriza pela proliferação
anormal de células hematopoiéticas
mielóides ou granulocíticas na medula Mielóide: aguda ou crônica
óssea.

Leucemia Mielóide Aguda


Doença clonal do tecido hematopoiético,
sendo caracterizada pelo acúmulo de
células imaturas. Gerando quadro de:
Neutropenia
Plaquetopenia
Anemia
QUADRO
CLÍNICO
Petéquias

A anemia que muitas vezes acompanha o


diagnóstico determina sintomas como
Fadiga, fraqueza e palidez.
** Casos de angina, insuficiência cardíaca
FISIOPATOLOGIA
Fatores ambientais: exposição a alta frequência de radiação
ionizante, exposição a benzeno, agentes quimioterápicos e
inalação crônica de fumaça de cigarro

Associados muitas vezes com mutações que bloqueiam a


maturação da célula progenitora ou que anulam sua dependência
a fatores de crescimento

Resultante do acúmulo de mutações que modificam em algum


ponto seu sistema de sinalização celular

Um sinal (ligante) interage com um receptor e o ativa;


esse receptor ativado está relacionado com a maquinaria
celular produzindo um segundo sinal que leva a uma
mudança no padrões de expressão gênica ou na
atividade funcional de outras proteínas.
FISIOPATOLOGIA
A patologia da LMA podem ser agrupado em classes:

1)Alterações que afetam os fatores de transcrição mieloide que


controlam a diferenciação hematopoéticas;
2)Mutações dos genes que resultam na ativação anormal das funções
das proteínas que atuam na transdução de sinais intracelulares,
resultando em vantagens proliferativas e/ou resistência à apoptose .

Ocorre um fenômeno de translocação, como consequência disso


haverá a perda de função e bloqueio da diferenciação das células
de origem mielóide.
Formação de genes híbridos contendo sequência de 2 genes
diferentes= Oncoproteínas hibridas
Acumulo de células imaturas
Há uma proliferação anormal, expansão

clonal, diferenciação alterada e uma
diminuição da apoptose que levam a
substituição dos elementos sanguíneos
normais por células malignas
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A OMS

Fonte: Fundamentos em Hematologia, 2008.


TRATAMENTO
Indução Medidas de Suporte*
Pode ser dividido em duas etapas:
Consolidação

Tratamento da leucostase
Quando um paciente diagnosticado, têm um número
elevado de células leucêmicas, provocando problemas na
circulação sanguínea

A quimioterapia pode levar alguns dias para reduzir esse


excesso de células leucêmicas

Leucoferese pode ser realizada antes da quimioterapia

Este tratamento reduz as taxas sanguíneas


1) Indução

Objetivo de diminuir o número de células


leucêmicas tanto quanto possível
Depende da idade e do estado de saúde geral do
paciente
Pacientes com menos de 60 anos envolve o
tratamento com dois medicamentos
quimioterápicos
Esquema 7 + 3(citarabina + antraciclina)
Destrói a maioria das células normais da medula
óssea, assim como as células leucêmicas, o que
pode levar a uma diminuição das taxas sanguíneas
Indução da remissão geralmente não destrói todas
as células leucêmicas
2) Consolidação 3)Medidas de Suporte

Objetivo de destruir quaisquer células leucêmicas Transplantes de Sangue


remanescentes Antimicrobianos
Hidratação
Para pacientes mais jovens, as principais opções Suporte psicológico
para a terapia de consolidação são:
1)Vários ciclos de químio com doses elevadas de
citarabina
2)Transplante alogênico de células-tronco + quimio
3)Transplante autólogo de células-tronco + quimio

Blastos com Bastonetes de Auer


DIAGNÓSTICO
Solicitação do Hemograma
No quadro de leucemia apresenta resultados:
Anemia normocítica e normocrômica
Plaquetopenia
Leucocitose
Número considerável de células primitivas
sem diferenciação (+ de 20% de blastos)

Fonte: Atlas de Hematologia LACES,


Bastonetes de Auer 2018
São compostos de mieloperoxidases e enzimas
lisossomais.
Agrupamento de grânulos azurófilos
Formato arredondado:
Corpos de Phy
Mielograma - verifica o funcionamento da medula óssea

No quadro de leucemia apresenta resultados:


Medula hipercelular
Diferenciação de células entre:
- Mieloblastos com bastonetes de Auer
1. Promielócitos
2. Monoblastos
3. Promonócitos (Leucemia monocítica)
4. Megacarioblastos (Leucemia megacariocítica)

1. 2. 3. 4.
Imunohistoquímica
Principio de funcionamento clássico

Aplicações no estudo de neoplasias, doenças infecciosas e doenças degenerativas


Permite o estabelecimento de prognósticos e a indicação terapêutica
Imunohistoquímica

Reconhecimento de subtipos

Leucemias Agudas → diferenciação das leucemias linfoides e mieloides


CD34, TdT, MPO, CD68 (KP-1) e CD68R
(PGM-1), glicoforina A, CD61, CD42b,
CD20, PAX5, CD79a, CD3 e CD1a

Classificação FAB

ZERBINI, 2011
Citometria de fluxo
Permite a avaliação de populações celulares normais e neoplásicas
Oferece objetividade, sensibilidade, rapidez e precisão na análise
Permite identificar o estágio de maturação da célula

Aguda ou crônica

Origem da célula

Importante na monitorização
pós-tratamento da LMA para
detecção de doença residual
mínima
Citometria de fluxo

CD13, CD14 ou CD33

SILVA, 2010
Escolha terapêutica
Citogenética Definição de prognóstico
Detecção posterior de doença
Análise cromossômica residual, recaída evolução clonal.
avaliação abrangente do genoma através de
estudos numéricos e estruturais

Hibridação in situ por fluorescência (FISH)


a abordagem direcionada a bandas
específicas dos cromossomos e mais rápida.

Avaliação de deleções,
translocações, inversão, Subtipo de LMA
perda ou alterações
cromossômicas
Citogenética
Análises cromossômicas - Bandas em metáfase

75% dos portadores de LMA apresentam alterações de cariótipo


t(15;17)
t(8;21)
inv(16),
alterações envolvendo 11q23,
trissomia 8, 21
monossomia 7, 5
perda do X ou Y
Citogenética
FISH Rapidez
Sensibilidade
Detecção de sequências específicas de DNA ou
Especificidade
RNA diretamente nos cromossomos de células
isoladas.

Alterações cromossômicas, alterações


mínimas recorrentes, alterações
específicas nos cromossomos, através
de amostras de sangue ou da medula
óssea
Imunofenotipagem

Classificação das células quanto


ao antígeno de superfície
Linhagem
Estágio de desenvolvimento

Citometria de fluxo distingue


clones de leucemia por
características fenotípicas
Moléculas de superfície
celular alteradas
Marcadores de CD
REFERÊNCIAS
ALVES DA CRUZ, H.; KARINA LANG, D. EXAMES LABORATORIAIS E ASPECTOS CELULARES NO DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIA
MIELÓIDE AGUDA: UMA REVISÃO DA LITERATURA. REVISTA DE EXTENSÃO E INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNISOCIESC, v. 9, n. 2, 5
nov. 2022.

FARIAS, Isabela Cristina C.;DOS SANTOS, Évila Paulino; DO SANTOS Berenice Gomes B. LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA E O
TESTES UTILIZADOS PARA CONCLUSÃO DO DIAGNÓSTICO: REVISÃO DE LITERATURA. VIII Congresso Interdisciplinar da Fasete
- CONINFA

Fundamentos em hematologia / A. V. Hoffbrand, P. A. H. Moss, J. E. Pettit ; tradução: Renato Failace. [Porto Alegre]: Artmed,
2008.

SILVA, Elizangela Ferreira da. Identificação de células leucêmicas por citometria de fluxo utilizando lectinas conjugadas. 2010.

MARTINS, Daniele Minguini; GAGLIANI, Luiz Henrique. Importância da citometria de fluxo no diagnóstico diferencial das
leucemias. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 5, n. 8, p. 5-24, 2013.

ZERBINI, Maria Cláudia Nogueira. Exame imuno-histoquímico na biópsia de medula óssea: uma importante ferramenta
complementar à morfologia. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 47, p. 635-642, 2011.

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