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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

SÂMELLA NAATH OLIVEIRA CARVALHO

RELAÇÃO ENTRE O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA E


COMPULSÃO ALIMENTAR EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE PÓS COVID 19: RISCO
DE OBESIDADE.

BOA VISTA-RR

2023
SÂMELLA NAATH OLIVEIRA CARVALHO

RELAÇÃO ENTRE O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA E


COMPULSÃO ALIMENTAR EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE PÓS COVID 19: RISCO
DE OBESIDADE.

Projeto de Pesquisa em Ciências da Saúde,


apresentada ao Programa de Pós-graduação em
Ciências da Saúde ofertado pela Universidade
Federal de Roraima - UFRR na linha de
pesquisa I: Saúde, Educação e meio ambiente,
como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Mestre em Ciências da Saúde.

Orientador: Prof.° Doutor Ricardo Alves da


Fonseca
Coorientação: Prof.° Doutor Calvino Camargo

BOA VISTA-RR

2023
Resumo

Esse projeto de pesquisa objetiva investigar os impactos causados na saúde mental dos
profissionais de saúde pós COVID-19 verificando a relação entre TAG e Compulsão alimentar e
como a pandemia pôde impactar no desenvolvimento, manutenção e tratamento de quadros de
transtornos alimentares. Metodologia: Propõe-se realizar uma pesquisa do tipo observacional
descritiva e transversal, adotando-se uma abordagem quali-quantitativa e retrospectiva. Incluindo-se
estudos de intervenção publicados a partir de 2020 e que relacionam os quadros de transtornos
alimentares à pandemia por COVID-19, podendo ser analisados cerca de 26 estudos publicados,
sobre a temática nas seguintes plataformas: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Sistema
Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica
(PUBMED). Revisão bibliográfica: O Brasil passou por uma rápida transição nutricional que
culminou na diminuição percentual da desnutrição e despontamento da obesidade como importante
problema de saúde pública. O caráter de sua distribuição e sua progressiva prevalência permitem
caracterizar a obesidade como uma epidemia global. Os profissionais de sa de est o mais expostos
a essas altera es devido s pr prias condi es de seus ambientes de trabalho. Entre as estratégias
para enfrentá-la na população estão o estímulo às atividades físicas, alimentação balanceada e
limitação do tempo de exposição a aparelhos eletrônicos. O distanciamento social imposto pela
epidemia de COVID-19 pode ter acarretado dificuldades para realização das estratégias de
enfrentamento e estimulado as práticas que poderam desencadear ou agravar o excesso de peso,
sendo potencialmente um complicador da epidemia de obesidade cujos reais impactos poderão ser
percebidos posteriormente. Considerações finais: Será que as modificações nos hábitos de vida no
que tange à restrição de atividades devido o isolamento social, alterações da dinâmica alimentar e
aumento do tempo de utilização de eletrônicos, contribuíram para um balanço energético positivo e,
consequentemente, para maior possibilidade de surgimento ou agravamento de sobrepeso e
obesidade nos profissionais de saúde? Os dados apresentados poderão ser úteis na construção de
caminhos possíveis para sustentar o tratamento de indivíduos com transtornos alimentares e
evidenciar o tamanho do desafio enfrentado para levar a cabo os tratamentos que associam a
gravidade dos transtornos alimentares a uma realidade que leva cotidianamente à deterioração da
saúde mental dos brasileiros.

Palavras-chave: Compulsão alimentar, Ansiedade, Obesidade. Adulto. Covid19.










SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………………………..……08

1.2 OBJETIVOS…………………………………………………………………………………………………..08

1.2.1 Geral …………………………………………………………………………….……………………..……….09

1.2.2 Específicos ………………………………………………………………………………………………..…….09

1.3 CAMINHAR METODOLÓGICO…………………………………………………..…………………………10

1.3.1 Tipo de estudo………………………………………………………………………………………….……..…11

1.3.2 Local do estudo……………………………………………………………………..……………………….…..12

1.3.3 Grupo social……………………………………………………………………..………………………………13

1.3.4 Dados e coletas………………………………………………………………………………………………..… 14

1.3.5 Riscos .........

1.3.6 Benefícios....

1.3.7 Dados e análise.....

1.3.8 Aspectos éticos

2. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE HOSPITALAR....

2. 1. ORGANIZAÇÃO HIERÁROUICA..

2.3 EQUIPAMENTOS/MATERIAIS...

2.4 PROFISSIONAIS

3 RECOMENDAÇÕES A PANDEMIA POR COVID-19.

3.1 SITEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE ENFERMAGEM...

4 RESULTADOS...............

4.1 ADAPTAÇÕES HOSPITALARES FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19

4.2 CARACTERIZAÇÃO DE PARTICPANTES DA PESQUISA

4.3 SENTIMENTOS E PERCEPÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA..... 128

4.4 ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA

4.5 ESCALAS DE TRABALHO...

4.6 AVALIAÇÃO DOS PRONTUÁRIOS DOS PACIENTES

4.6.1 Caracterização dos pacientes conforme prontuários……………………………………22

4.7 AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM………………………23

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES………………………………………26


1 INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

Uma grave crise sanitária global foi enfrentada com a emergência do SARS-CoV-2, vírus
com alta taxa de transmissibilidade e responsável pela galopante proliferação da COVID-19 em
todo mundo. Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou Emergência de Saúde
Pública de Importância Internacional, em 30 de janeiro de 2020 (World Health Organization, 2020),
diversos países vêm desenvolvendo pesquisas para avaliar o impacto da pandemia sobre populações
específicas. A doença foi tida como a maior emergência de saúde pública enfrentada pela
comunidade internacional em décadas, com repercussões importantes nos domínios político,
econômico e psicossocial o que requiz, portanto, um trabalho em escala nacional e mundial a fim de
frear seu o ritmo de expansão (World Health Organization, 2020).

A covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2,


potencialmente grave, com disseminação global e com alta transmissibilidade que ocorre por
contato direto (gotículas ou aerossóis) de pessoa infectada ou de forma indireta (superfícies
contaminadas), já o período de incubação pode variar (de 2 a 14 dias) conforme a variante/sub-
variante. No Brasil foram registrados até o momento Alfa, Beta, Gamma, Delta, Ômicron e mais
recentemente a XBB 1.16 ainda não registrada em Roraima (ALEEM; AKBAR SAMAD; VAQAR,
2023; FIOCRUZ, 2023).

Tratou-se de uma pandemia com características ímpares, dada a extensão, velocidade de


crescimento e impacto geral na população e nos serviços de saúde. Além disso, apesar de
atualmente já conhecermos os riscos clínicos, transmissibilidade, infectividade, letalidade e
mortalidade, as sequelas a médio e longo prazo ainda são pouco conhecidas.

Desencadeando uma pandemia que se define pelo aumento de casos mundial de uma
doença, os primeiros registros da covid-19 surgiram em dezembro de 2019 com alerta da
Organização Mundial da Saúde (OMS sobre uma pneumonia ainda desconhecida na cidade de
Wuhan, China, que, em janeiro de 2020 já havia notificado o primeiro caso fora do país origem e
logo se espalhou pelo mundo somando até abril de 2023 o total de 762.201.169 casos confirmados e
6.893.190 óbitos (OMS, 2023).

Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados no Brasil até abril de 2023 cerca de
28.245.551 casos confirmados, sendo destes 60.591 casos novos e incidência de 17758,6/100mil/
hab. e 700.556 mortes acumuladas, sendo 317 novos óbitos com letalidade de 1,9 e mortalidade de
333,4/100mil/hab., decorrentes de complicações causadas pelo novo coronavírus e em Roraima em
referência ao mesmo período os casos acumulados somam 183.408 casos confirmados alcançando
incidência de 30277,3/100mil/hab. casos sendo que 2.191 evoluíram em óbito apresentando
mortalidade de 361,7/100mil hab. (BRASIL, 2023).

O diagnóstico laboratorial conta com duas possibilidades sendo uma molecular RT-PCR
(SWAB) "padrão ouro" e a outra sorológica que detectam a presença de anticorpos, IgA,IgM
podendo ser utilizada várias técnicas. Já os casos clínicos podem variar de assintomáticos (sem
sintomas) e casos sintomáticos que tem classificação variada (leve moderada, grave e severo
conforme os sinais e sintomas apresentados e a depender da intensidade clínica que apresenta cada
indivíduo (CDC, 2021).
As projeções iniciais de demandas avassaladoras de recursos de saúde e subsequentes
mortes relacionadas à doença levaram à adoção de medidas de saúde pública com o intuito de
reduzir a rápida propagação da transmissão interpessoal, que se dá basicamente pelo contato direto
com pessoa infectada, com objetos e superfícies contaminadas e por meio da inalação de aerossóis
contendo o vírus (Bourouiba, 2020; Morawska & Cao, 2020; World Health Organization, 2020b).

Desse modo inicialmente, considerando-se a ausência de imunidade da população e a


inexistência de uma vacina e tratamentos medicamentosos eficazes, a OMS, apoiando-se em
experiências anteriores de controle de neo epidemias virais, orientou a adoção de medidas não
farmacológicas para a contenção da pandemia de COVID-19. Entre tais medidas estão o
distanciamento físico (em várias dimensões chegando até o lockdown completo), medidas de
controle sanitário - como a imposição de quarentena aos casos suspeitos e confirmados de
COVID-19 e seus respectivos contatos - e a recomendação do uso de máscaras e higienização
correta e frequente das mãos (World Health Organization, 2020a, 2020c).

Inicialmente, as estratégias de prevenção adotadas consistiram na orientação ao


distanciamento social, na implementação de medidas restritivas de quarentena e isolamento, bem
como na conscientização acerca das práticas de higiene das mãos e uso de máscaras.

Cabe destacar que tais medidas foram implementadas de modos distintos nos diferentes
países e seus resultados, possivelmente, dependem não apenas dos mecanismos operacionais
utilizados na implementação, como também de aspectos socioeconômicos, culturais e de
características dos sistemas políticos e de saúde. Ressalta-se que no cenário global, até a primeira
semana de junho de 2021 o Brasil tinha sido o segundo país com maior número de óbitos por
COVID-19, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da OMS (World Health Organization,
2021).

Atualmente, as ações de prevenção têm se concentrado na adesão aos esquemas vacinais


disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem descartar a relevância dos cuidados
individuais e coletivos estabelecidos anteriormente (CDC, 2021).

Esse preocupante contexto da pandemia provocada pela COVID-19, gerou alterações


profundas em nossas condições de vida e no modo como nos relacionamos. O medo que se
apresentou com suas mais variadas faces e intensidades, assim como as inseguranças de toda ordem
que emergiram com a pandemia, junto com as perdas de familiares e pessoas queridas entre outros
fatores contribuem para que um contingente significativo da população apresente níveis bastante
elevados de ansiedade, estresse, sentimentos de desamparo e solidão, preocupação e sensação de
falta de controle diante das inúmeras incertezas do momento. Assim sendo, há um potencial
expressivo de incremento de agravos à saúde mental e intensificação dos sintomas em indivíduos
com transtornos mentais pré-existentes (Fiorillo & Gorwood, 2020; Torales et al., 2020; Wang et al.,
2020).

Notavelmente, alguns grupos puderam ser mais vulneráveis aos efeitos da pandemia atual
na saúde mental, sendo desproporcionalmente impactados, dentre os quais se destacam os
transtornos alimentares (Pfefferbaum & North, 2020; Reger et al., 2020). Esses quadros podem ser
definidos, a partir da literatura biomédica, como um conjunto de síndromes clínicas caracterizadas
por graves alterações do comportamento alimentar, por sofrimento e/ou preocupação excessiva com
a forma ou o peso corporal (American Psychiatric Association, 2013).
Também é importante ressaltar que a assistência a indivíduos com transtornos alimentares
foi sendo afetada pela pandemia como consequência da necessidade de se impor restrições para que
se cumprisse o distanciamento físico – o que pode servir como uma razão para evitar serviços de
saúde mental –, pelo risco potencialmente maior de se contrair COVID-19 por estar fisicamente
presente em uma unidade de saúde e, em alguns casos, pelo esgotamento dos recursos de saúde.

Por outro lado, pode-se identificar no contexto de pandemia um potencial de mitigação dos
gatilhos sociais interpessoais relacionados à comportamentos alimentares tidos como desordenados
e insatisfação corporal como consequência, por exemplo, da redução de oportunidades para
comparações sociais baseadas no corpo (Cooper et al., 2020; Saunders et al., 2019).

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho será descrever como a pandemia por
COVID-19 pode impactar no desenvolvimento, manutenção e tratamento de quadros de transtornos
alimentares, analisando o panorama das publicações sobre os transtornos alimentares durante a
pandemia de COVID-19 em periódicos científicos nacionais e internacionais

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Qual o impacto da COVID 19 na saúde mental dos profissionais de saúde com o


aparecimento de TAG e Compulsão alimentar e risco de obesidade em Boa Vista/Roraima pós
pandemia?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Geral

Descrever os impactos causados na saúde mental dos profissionais de saúde pós


COVID-19 verificando a relação entre TAG e Compulsão alimentar e como a pandemia pôde
impactar no desenvolvimento, manutenção e tratamento de quadros de transtornos alimentares?

1.4.2 Específico

Entender o Transtorno de Ansiedade Generalizada nos profissionais de saúde pós pandemia.

Compreender os aspectos da compulsão alimentar e o risco a obesidade.

Discorrer os impactos causados na saúde mental dos profissionais de saúde pós COVID-19.

Avaliar a relação entre TAG e Compulsão alimentar durante a pandemia nesse grupo.

Verificar quais possíveis intervenções poderão ser tomadas, afim de minimizar os impactos
causados pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada e Transtornos alimentares.

1.5 JUSTIFICATIVA
O estudo justifica-se pela necessidade de se avaliar o impacto da pandemia na saúde
mental dos profissionais de saúde com risco de obesidade, que sofrem de transtorno de ansiedade
generalizada e compulsão alimentar.

Conhecer estes indicadores é de vital importância a população brasileira numa análise


preventiva da integralidade da saúde do indivíduo.

É importante conhecer as consequências causadas pela covid-19 que até os dias atuais
ainda interfere na saúde mental da mesma, oferecendo assim dados para o desenvolvimento de
propostas que otimizem o dimensionamento, visando qualidade de vida e contribuindo para
construção de políticas de valorização a prevenção da saúde mental.

Além destes elementos, a experiência profissional da autora deste trabalho, principalmente


no período da pandemia pela covid-19, tornou evidente algumas problemáticas envolvidas na
dinâmica da saúde mental no contexto pandêmico, estimulando-a à uma investigação sobre a
temática, objetivando a sugestão de mecanismos mais eficazes em situações de enfrentamento às
consequências da covid-19, visando oferecer melhores condições aos envolvidos que ainda sofrem
de transtornos ansiosos e transtornos alimentares, resultando em atendimentos mais eficazes a esse
grupo de profissionais.

Assim, a importância de se entender os impactos e seus desdobramentos para o futuro são


essenciais para a adoção de medidas que busquem neutralizar as consequências mais agravantes aos
grupos mais necessitados.

1.6 REFERENCIAL TEÓRICO

1.7 METODOLOGIA

1.7.1 Tipo de estudo

Esta pesquisa poderá ser classificada como observacional, descritiva e transversal do tipo
quali-quantitativa e retrospectiva. Quanto aos procedimentos técnicos, partirá de uma análise
documental com coleta de dados primários em livros de registros de plantão, escalas de serviço dos
recursos humanos, prontuários e anexos.

Uma vez que exauridos os questionamentos via documental, a pesquisa buscará respostas
junto ao grupo social, através de questionário semiestruturado, sendo aplicado aos profissionais que
tiveram em atividade assistencial no HC durante o período pandêmico dentre o período de março de
2020 a março de 2022.

1.7.2 Local do estudo

O estudo será realizado no Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco Rodrigues, localizado
na capital de Roraima, Boa Vista. Inaugurado no ano de 2019, é considerado um Hospital de Apoio
e Retaguarda da estrutura da Secretaria de Estado da Saúde, que presta suporte às Unidades
Hospitalares de média e alta complexidade de referência do Estado de Roraima. É uma unidade de
médio porte, com objetivo de prestar assistência médico-hospitalar a pacientes com idade a partir
dos 13 (treze) anos de idade, bem como atuar como hospital-escola, visando à promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação da saúde aos pacientes do Sistema Único de Saúde - SUS
referenciados das unidades hospitalares de média e alta complexidade de referência do Estado de
Roraima.

1.7.3 Grupo social

Neste estudo trabalharemos com cerca aproximadamente de 30 profissionais os quais


compuseram a escala de saúde com vínculo direto no HC no período proposto, diretamente na
assistência ao bloco destinado a pacientes com covid-19.

1.7.3.1 Critérios de inclusão

Serão incluídos os profissionais de saúde com vínculo institucional ativo no momento da


coleta de dados e que atuaram na unidade de internação covid-19, com idade de 18 a 60 anos, de
ambos os sexos, período entre março de 2020 a março de 2022, pelo período mínimo de 1 ano. Em
relação as fichas cadastrais dos profissionais, serão selecionados aleatoriamente os que estiveram na
linha de frente neste período, nesta mesma unidade.

1.7.3.2 Critérios de exclusão

Serão excluídos da pesquisa profissionais afastados por causa de (férias, licença diversas,
doença etc.), com diagn stico pr vio conhecido de algum transtorno psiqui trico relacionado a TA
(anorexia, bulimia e/ou TCAP) autorrelatado pelo respondente, demais profissionais de saúde que
não compunham as escalas de serviços assistencial aos pacientes covid-19, ou seja, profissionais em
atividades administrativas, indígenas, profissionais de outra nacionalidade e aqueles que já não
mantinham vínculo com esta instituição.

1.7.4 Dados e coletas

O acesso a lista de profissionais que estiveram lotados em serviços assistenciais durante o


período proposto, na unidade covid 19, poderá ser fornecido pelo setor de Recursos Humanos e/ou
Direção do hospital.

Para analisar o qualidade e estilo de vida dos profissionais de saúde quanto aos protocolos
de enfrentamento a pandemia da covid-19, a coleta de dados poderá ser baseada na aplicação
presencial individual, em sala privativa, de um questionário semiestruturado. Na coleta de dados
poderá ser aplicado o Questionário Perfil do Estilo de Vida Individual (QPEVI) de Nahas, Barros e
Francalacci (2000), que contempla 15 questões avaliativas distribuídas em cinco componentes:
alimentação, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e controle do estresse.

Cada item possui uma escala tipo likert de resposta que varia de "0" a "3". Os valores "0" e
"1" estão associados ao perfil negativo de Estilo de Vida, que correspondem respectivamente a "
absolutamente não faz parte do seu estilo de vida" e " às vezes corresponde ao seu
comportamento". As respostas associadas ao perfil positivo são os valores "2" e "3", que
descrevem, respectivamente, " quase sempre verdadeiro no seu comportamento" e " sempre
verdadeira no seu dia-a-dia; faz parte do seu estilo de vida”. Para identificar possíveis sintomas
de ansiedade generalizada nos profissionais de saúde propõe aplicar o Invent rio de ansiedade de
Beck que, foram criados por Beck, no CCT, em 1988. uma escala onde avalia a intensidade dos
sintomas de ansiedade. A mensura o da ansiedade reconhecida como uma das emo es humanas
b sicas de extrema import ncia, j que sintomas de ansiedade, bem como transtornos de
ansiedade, podem ser considerados como constitu do uma das dificuldades principais enfrentadas














pelos seres humanos. O BAI foi constru do para medir sintomas de ansiedade, que s o
compartilhados de forma m nima com os da depress o. O inventario constitu do por 21 itens, que
s o “afirma es descritivas da ansiedade”, e que devem ser avaliados pelo sujeito com refer ncia a
si mesmo numa escala de 4 pontos, que conforme o manual, refletem n veis de gravidade crescente
de casa sintoma: 1 absolutamente n o, 2 levemente n o me incomodou muito, 3 moderadamente foi
muito desagrad vel mais pude suportar, 4 gravemente dificilmente pude suportar.

Os itens inclu dos por Beck e Steer, s o os seguintes: 1 dorm ncia e formigamento, 2
sensa o de calor, 3 tremores nas pernas, 4 incapaz de relaxar, 5 medo que aconte a o pior,6
atordoado ou tonto, 7 palpita o ou acelera o do cora o, 8 sem equil brio, 9 aterrorizado, 10
nervoso, 11 sensa o de sufoca o, 12 tremores nas m os, 13 tremulo, 14 medo de perder o
controle, 15 dificuldade em respirar, 16 medo de morrer, 17 assustado, 18 indigest o ou desconforto
no abd men , 19 sensa o de desmaio, 20 rosto afogueado, 21 suor (n o devido calor). O escore
total resultado da soma dos escores dos itens indiv duos. O escore total permite a classifica o em
n veis de intensidade da ansiedade.

Devido ao elevado número de fichas de cadastro de profissionais, propõe utilizar uma


amostragem. O número fichas poderá ser calculado com auxílio da calculadora amostral Comento,
baseado numa população de cerca de 250 colaboradores, com uma margem de 5% de erro e 95% de
confiança, resultando em cerca de 60 fichas cadastrais, escolhidos aleatoriamente 20 fichas por mês
durante três meses.

1.7.5 Riscos

Existiram riscos mínimos de divulgação dos dados pessoais dos envolvidos e de


constrangimento em responder aos questionamentos, visando minimizá-los, poderão ser tomadas as
seguintes medidas: manter o anonimato dos participantes que responderão ao questionário, não
sendo divulgadas informações individuais e caso ocorresse constrangimento por parte do
participante, este terá o direito de responder ou não. Quanto ao acesso ao cadastro dos dados
pessoais dos profissionais e possíveis prontuários somente o pesquisador terá acesso aos dados das
fichas cadastrais e dos prontuários responsabilizando-se pela utilização de dados especificamente no
que concerne ao roteiro inerente à pesquisa.

Outro risco que poderia ocorrer seria o abalo psicológico e emocional do participante
profissional de saúde, havendo a possiblidade desta ocorrência, nestes casos, o pesquisador poderá
articular assistência e suporte junto ao serviço de apoio psicológico disponível no próprio hospital.
Todos os riscos constam em termo de consentimento e livre esclarecido - TCLE, no entanto, a
pesquisadora abordará pessoalmente o assunto junto aos participantes.

1.7.6 Benefícios

Aos participantes serão expostos como benefícios a produção técnica proposta que
possibilitará melhoria do gerenciamento de pessoas e por consequência melhoria dos serviços, bem
como a contribuição ao meio científico que visa agregar melhorias aos serviços prestados a toda e
qualquer população que necessite dos serviços de internação pública, principalmente na situação da
pandemia por covid-19.

1.7.7 Dados e análise












































Os dados serão tabulados em planilha Microsoft Excel 2019 e submetidos a uma análise
estatística descritiva inferencial, utilizando-se gráficos e tabelas. Dessa forma, poderá ser realizados
testes procurando evidenciar possíveis correlações entre as variáveis “transtornos ansiosos e
compulsão alimentar pós covid-19”.

Para analisar os dados dos profissionais com quadros de obesidade, compulsão alimentar,
anorexia, bulimia e de ações ao enfrentamento da pandemia será utilizado questionário
semiestruturado, (questões de 1 a 4) que passaram pela análise de conteúdo de BARDIN, utilizando
a técnica de análise temática ou categorial. Essa técnica consiste em três etapas distintas: pré-
análise, codificação e análise de dados e resultados (BARDIN, 2011).

Será utilizada escala de LIKERT (questão 5), que permitiu ao pesquisador avaliar o nível
de concordância ou discordância dos participantes considerando a escala numérica de 1 a 5, onde a
resposta 1 significa que você discorda totalmente e o número 5, que concorda totalmente tendo a
pontuação 3 um valor neutro (LIKERT, 1932).

Os registros em livros e prontuários visa avaliar se haverão avanços (investimentos em


equipamentos específicos para os processos e assistência da covid-19 que favorecessem a
biossegurança dos profissionais e o bem-estar, e/ou a segurança dos profissionais) ou dificuldades
na assistência tais como: ausência de registros, registros com rasuras e ou incompletos,
intercorrências, acessos, acidentes com perfurocortantes, descontinuidade de processos e cuidados
com a equipe entre outros.

1.7.8 Aspectos éticos

Os profissionais de saúde que serão convidados a participar da pesquisa, reservando-se o


direito de recusa ou aceite realizado mediante preenchimento do Termo de Consentimento e Livre
Esclarecido - TCLE resguardado e informado aos participantes a possibilidade de desistência a
qualquer momento da pesquisa.

Quanto ao acesso das fichas cadastrais dos profissionais e prontuários dos pacientes,
solicitaremos a dispensa do TCLE aos pacientes. A dispensa do uso de TCLE solicitada apenas para
pacientes se fundamentou por ser um estudo descritivo retrospectivo, que empregou apenas
informações de prontuários clínicos com informações referentes à assistência e cuidados ao paciente
e dados pessoais de profissionais de saúde, considerando que todos os dados serão manejados e
analisados de forma anônima, sem utilizar qualquer dado que possa identificar o profissional e
paciente, com resultados apresentados de forma estatística descritiva e inferencial, o que
impossibilitará a identificação individual e se tratando de um estudo não intervencionista (sem
intervenções clínicas) e sem alterações/influências na rotina/tratamento do participante de pesquisa,
e consequentemente sem adição de riscos ou prejuízos ao bem-estar dos mesmos.

Considerando período retrospectivo, a dificuldade de contato/localização dos profissionais,


até mesmo o desfecho de cada caso (óbito). Ressalta-se que não será utilizado nenhum dado que
possa acarretar em identificação do profissional, portanto, o responsável pela Unidade de Internação
onde será realizada a pesquisa, faz se necessário autorizar a coleta de dados e a pesquisadora deste
estudo comprometeu-se a utilizar os dados provenientes deste, apenas para os fins descritos e a
cumprir todas as diretrizes e normas regulamentadoras descritas na Res. CNS N° 466/12, e suas
complementares, no que diz respeito ao sigilo e confidencialidade dos dados coletados, conforme já
apresentado no Termo de Concordância e Compromisso de Uso de Banco de Dados.
Por se tratar de dados primários individuais e acesso a informações sob sigilo o projeto
será submetido para apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Roraima
- UFRR, segundo Resolução n° 466/2012, tendo início da coleta de dados somente a partir da
aprovação pelo CEP-UFRR que possivelmente ocorrerá em 22 de janeiro de 2024 e após o
consentimento da gestão do hospital em participar da proposta que trouxe a pesquisa, assim como o
aceite dos participantes.

Orçamento

Cronograma

Referencias Bibliográficas

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