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Quelimane
2023
IRANETE JACINTO VALTER
MARQUISINHO JAIME
VALDIMIRO LOPES
Quelimane
2023
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Índice
1.Introdução...............................................................................................................................................
1.1. Histórico da doença e práticas preventivas.........................................................................................
2.Objetivo...................................................................................................................................................
2.1. Geral....................................................................................................................................................
2.2. Específico............................................................................................................................................
3.Fundamentação teórica...........................................................................................................................
3.1. Acompanhamento Nutricional............................................................................................................
3.1.1. Avaliação Nutricional......................................................................................................................
3.1.2. Educação Nutricional.......................................................................................................................
3.1.3. Indicações para suporte nutricional.................................................................................................
3.1.4. Avaliações de seguimento................................................................................................................
3.2. Educação Nutricional para Crianças HIV-Positivas...........................................................................
3.2.1. Necessidades de Energia..................................................................................................................
4. Outras doenças crônicas não transmissíveis..........................................................................................
4.1. Hábitos Alimentares............................................................................................................................
4.2. Alimentação inadequada como factor de risco...................................................................................
4.3. Promoção da saúde.............................................................................................................................
Conclusão.................................................................................................................................................
Referências bibliográficas........................................................................................................................
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1.Introdução
1.1. Histórico da doença e práticas preventivas
O HIV/SIDA, que pode ser definido como o Vírus da Imunodeficiência Humana, ou
mesmo, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma das epidemias mais devastadoras da
era moderna. Este vírus foi identificado pela primeira vez em 1983, mas teve sua origem
provavelmente remonta às décadas anteriores na África.
Ele ataca o sistema imunológico humano, enfraquecendo a capacidade do corpo de
combater infecções. A fase avançada da infecção pelo HIV, foi reconhecido na década de
1980, quando se tornou evidente que a doença levava a uma série de infecções oportunistas
mortais. Desde então, o HIV/SIDA teve um impacto global significativo, levando a esforços
de pesquisa, prevenção e tratamento em todo o mundo.
De acordo com OGUNTIBEJU et al. 2007, devido a vários factores todos os indivíduos
com infecção VIH possuem um elevado risco de ficarem desnutridos, o que é preocupante
pois, segundo vários estudos de investigação intensiva, sabe-se que as deficiências
nutricionais estão associadas com o desenvolvimento gradual a infecção por VIH para a fase
de SIDA.
Por outro lado, muitos dos problemas nutricionais que ocorriam nos indivíduos
infectados antes do aparecimento do tratamento anti-retrovírico altamente activo, ainda
persistem actualmente, nomeadamente, a perda de peso e o wasting. (SHEVITZ et al. 2001)
Estes têm sido considerados por vários investigadores como factores de risco
independentes para a progressão do VIH e ocorrência de mortalidade, o que também leva a
que sejam considerados factores inquietantes.
SHEVITZ diz ainda que além destas complicações surgiram novos problemas
nutricionais, que se têm revelado progressivamente comuns, por exemplo, a lipodistrofia,
hiperlipidemia e a resistência à insulina.
Dado que os indivíduos infectados têm maior risco de contraírem doenças com origem
alimentar e/ou na água, a higiene alimentar torna-se outra questão importante.
2.Objetivo
2.1. Geral
Desenvolver a compreensão sobre a Educação Nutricional para indivíduos que vivem
com HIV e outras doenças crônicas.
2.2. Específico
Analisar o acompanhamento nutricional;
Educação nutricional para crianças HIV-Positivas;
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Deve ser tida em atenção a possível existência de limitações, por exemplo, a neuropatia
periférica e a fadiga, que podem estar relacionadas com problemas nutricionais,
nomeadamente, anemias, alterações da vitamina B12, deficiência e toxicidade de vitamina
B6.
d) Parâmetros da ingestão alimentar
De acordo com POLO et al. 2006, a avaliação da ingestão alimentar analisa aspectos
quantitativos e qualitativos, abordando questões como:
Análise da composição da dieta actual em termos de micro e macronutrientes;
Recolha de informação relativamente a mudanças alimentares perceptíveis;
Recolha de informação relativa a intolerâncias/alergias alimentares;
Recolha de informação relativa a práticas e preferências alimentares dependentes de
aspectos culturais e étnicos;
Identificação de limitações no acesso aos alimentos e/ou na sua preparação;
Identificação de limitações no acesso a alimentos e água microbiologicamente
seguros;
Recolha de informação relativa ao uso de suplementos de micro e/ou macronutrientes;
Para uma estimativa apropriada da ingestão alimentar tanto o método de recolha das
24h anteriores como o de recolha da história alimentar são adequados. Note-se que, devido ao
facto de actualmente ainda não existir cura para a SIDA, os indivíduos que vivem com VIH
podem ser particularmente susceptíveis a informações fraudulentas ou infundamentadas
relacionadas com a nutrição. Por esta razão, o profissional de saúde deverá avaliar qualquer
uso de produtos relacionados com a nutrição considerados fraudulentos ou da moda e
fornecer informação baseada na investigação corrente e princípios de nutrição seguros.
e) Outros parâmetros a avaliar
VINING et al. 2009 diz que, adicionalmente à avaliação nutricional, vários outros
aspectos devem ser debatidos com o paciente. Nomeadamente, deverão abordar-se aspectos
relacionados com a organização de vida do paciente, práticas culturais bem como condições
socioeconómicas. Esta abordagem permitirá ao profissional de nutrição ajudar mais
efectivamente o paciente, no sentido de desenvolver um plano nutricional ajustado. Esta
abordagem deve também ser realizada em conjunto com a equipa de cuidados de saúde.
O profissional de nutrição deverá também ter em consideração aspectos psicológicos
relacionados com o estado nutricional, por exemplo, a história de distúrbios alimentares ou
preocupações com a imagem corporal.
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infecções. Neste sentido, deve ser consumida uma grande variedade de cada grupo de modo a
obter diferentes vitaminas e minerais.
5. Utilizar gorduras e óleos bem como alimentos açucarados e açúcar
As gorduras sólidas e líquidas, bem como o açúcar são boas fontes de energia e podem
ajudar a aumentar o peso corporal. Por outro lado, aumentam o sabor dos alimentos
estimulando assim o apetite.
As gorduras incluem por exemplo, a manteiga, a margarina, azeite de confecção, natas e
maionese. Também se encontram em abacates, sementes oleaginosas (girassol, amendoim e
sésamo), carne e peixes, queijos e coalhada. Os açúcares e alimentos açucarados incluem o
mel, compotas, açúcar de mesa, bolos e bolachas.
Porém refira-se que apesar dos açúcares de adição constituírem uma boa fonte de
energia não são ricos noutros nutrientes, pelo que o seu consumo deve ser como
complemento de outros alimentos e não em substituição destes.
6. Beber quantidades abundantes de água segura e limpa
O consumo de água deve ser diário e abundante, especialmente, em situações de muito
calor, durante o trabalho, períodos de suores, diarreia, vómitos ou febre. Adicionalmente, esta
também pode provir de, por exemplo, sopas, hortaliças e frutas.
Dado que o chá ou café diminuem a assimilação de ferro, o consumo destes com
alimentos que contenham este mineral deve ser evitado.
Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas também deve ser limitado, não só
porque podem interagir com a medicação mas também porque eliminam a água do
organismo.
3.1.3. Indicações para suporte nutricional
Existem situações em que os pacientes não conseguem consumir de forma intencional a
quantidade adequada de energia e proteínas, por conseguinte, nestes casos é indicada a
administração de alimentação entérica. No entanto, tal como ocorre noutras patologias, em
determinados pacientes (por exemplo, com má absorção) a nutrição entérica também não é
possível.
Assim, a nutrição parentérica constitui a única alternativa. Aquando da decisão de
administrar suporte nutricional em pacientes com SIDA o raciocínio nutricional base é o
mesmo que é utilizado noutras doenças crónicas, bem como os pressupostos em que se
baseia, nomeadamente, que os défices nutricionais podem alterar a função imunitária e o
estado funcional geral do paciente; e que podem ocorrer melhorias no estado de desnutrição.
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Galiza et al., (2008, p.3) definem ainda que ‘’saber alimentar-se conforme suas
necessidades significa comer para viver e não viver para comer’’.
Segundo GOMES, 2015, no setor da alimentação existe uma intensificação e grande
investimento na venda de produtos que não são recomendados para uma alimentação
saudável, produtos ricos em sódio, açúcar, gorduras e calorias. Esses produtos acabam
gerando um lucro muito alto e um retorno alto para as grandes empresas, desse modo vão
surgindo mais empresas novas neste ramo, a população geralmente é dominada pela
preferência a esses alimentos prazerosos. Praticamente permanece uma grande disputa entre
capitalismo e a proteção, prevenção e tratamento na área da saúde, é um assunto
extremamente complexo e isso acontece em todo o mundo, por isso é algo tão preocupante,
os países podem ter culturas diferentes, mas todos parecem estar seguindo para o mesmo
caminho.
4.3. Promoção da saúde
Na promoção da saúde GALISA et al. 2008 apresenta a ideia de que uma das principais
formas de prevenção é a educação alimentar e nutricional, ela é necessária em todas as fases
da vida, na infância, na adolescência, na fase adulta e na gravidez. Por mais que alimentar-se
pareça algo fácil, a maioria das pessoas não tem conhecimento suficiente sobre os riscos que
a alimentação desequilibrada pode ocasionar, o poder aquisitivo tem relação nas escolhas dos
alimentos e essa questão é bastante complicada, porque ter uma renda maior não é sinal de
fazer escolhas certas. O papel da educação nutricional é auxiliares indivíduos ou grupos de
acordo com a sua realidade, também é preciso desmistificar a publicidade, uma grande
influência no dia a dia através das mídias disponíveis.
De acordo com os autores MAHAN e RAYMOND, 2018, a nutrição adequada tem
grande importância nos períodos como crescimento, desenvolvimento e envelhecimento. Já é
reconhecido há algum tempo que os efeitos dos bons hábitos alimentares desde a infância
diminuem o desenvolvimento de doenças, por isso para a prevenção existe a necessidade de
um foco maior na fase de gestação e infância, para que os indivíduos tenham no futuro maior
consciência das suas atitudes e com bom comportamento alimentar continuem buscando
suprir as necessidades de nutrientes apropriados para o seu corpo, dessa maneira também são
capazes de ir passando de geração em geração esses bons hábitos.
ALVARENGA et al. 2019 também diz que outra forma de prevenção que já é
evidente devido aos seus impactos é a atividade física, então o incentivo deveria partir não só
de nutricionistas e educadores físicos, e sim de médicos e outros profissionais da saúde, para
que um estilo de vida ativo não se submeta apenas a academias, por exemplo, e sim com
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outras atividades como ir caminhando até o trabalho, praticar um esporte diferente que seja
mais prazeroso. Dessa maneira pode ser possível quebrar barreiras com mais facilidade em
relação a atividade ser vista com interesse apenas em busca de aparência.
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Conclusão
A intervenção nutricional em pacientes que vivem com VIH/SIDA é fundamental, pois
esta contribui para três aspectos essenciais: atrasar a progressão da doença; melhorar a
qualidade de vida dos indivíduos; e aumentar o tempo de vida destes.
Porém, a intervenção nutricional deverá ter início logo após o diagnóstico de VIH
positivo, pois os efeitos da infecção por VIH no estado nutricional ocorrem aquando do
começo da infecção, possivelmente, mesmo antes do indivíduo saber que está infectado.
Estes efeitos podem ser consequência de vários factores, os quais influenciam as
necessidades nutricionais do paciente VIH positivo, (POLO et al. 2006). No entanto, vários
estudos apontam a baixa ingestão energética juntamente com um aumento das necessidades
energéticas como os principais factores contribuintes para a perda de peso e wasting
associados à infecção VIH.
Neste contexto, dada a importância da intervenção nutricional, esta não deverá ser vista
como uma terapia alternativa, mas sim como uma terapia adjuvante, essencial para optimizar
o tratamento médico da doença.
Pergunta extra
Porque é que a província da Zambézia, apesar de alta produção de cereais, oleoginosas
e frutas apresenta grandes taxas de desnutrição crónica em crianças?
R.: As altas taxas de desnutrição crônica em crianças, apesar da produção agrícola de cereais,
oleaginosas e frutas na província da Zambézia, podem ser atribuídas a diversos factores
interligados, incluindo:
- Subidas constantes de preço dos alimentos;
- Pobreza;
- Práticas inadequadas de alimentação e cuidados infantis;
- Infraestrutura precária e acesso limitado a serviços de saúde;
- Factores culturais e sociais;
- Subidas constantes de preço dos alimentos;
- Falta de acesso a uma dieta nutritiva.
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Referências bibliográficas
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10. MAHAN, K,; RAYMOND, J. Krause alimentos, nutrição e dietoterapia. 14.ed. Rio de
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