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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
TERAPIA NUTRICIONAL APLICADA Á TERCEIRA IDADE .................................. 1
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5
A quem chamamos de pessoa idosa?................................................................................ 6
TERAPIA NUTRICIONAL APLICADA Á TERCEIRA IDADE .................................. 7
A SENESCÊNCIA INFLUENCIA O ESTADO NUTRICIONAL E O
METABOLISMO? ........................................................................................................... 7
Quando aplicar A triagem nutricional na senescência? .................................................... 8
Quais são os objetivos da TN ........................................................................................... 9
Quando e de Que forma A TN está indicada?................................................ 10
Quais são as indicações de TN oral na senescência?...................................................... 11
Quando e em Que situações está recomendada A TN enteral (TNE) na
senescência? .......................................................................................................... 12
Há indicação de realizar gastrostomia na senescência? Quando?......... 13
Há particularidades mais observadas no Idoso em relação às
indicações e à evolução da TN? ........................................................................ 14
Há contraindicações à TN na senescência? ............................................................ 14
Quando A TN deve ser interrompida na senescência ..................... 14
O Que é síndrome da fragilidade (SF) ou frailty syndrome (FS)? ................................. 15
Qual o papel da nutrição na SF? ....................................................................... 15
Medidas associadas ao preparo das refeições diárias ..................................................... 16
Cuidados na compra dos alimentos................................................................. 18
Cuidados no armazenamento dos alimentos ................................................ 19
Cuidados com a higiene pessoal e durante o manuseio de alimentos .. 20
Procedimentos de rotina ..................................................................................... 20
Cuidados no preparo das refeições ................................................................. 21
Fazer as refeições em local agradável............................................................. 23
Incentivar a higienização das mãos antes das refeições ........................... 23
Distribuir a alimentação diária em cinco ou seis refeições ....................... 23
Estimular o entrosamento social nos horários das refeições .................. 24
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Desestimular o uso de sal e açúcar à mesa ................................................... 24
Orientar a pessoa idosa a comer devagar, mastigando bem os
alimentos.................................................................................................................. 25
Cuidar bem da saúde bucal, favorecendo o prazer à mesa ....................... 25
Estimular a busca e o consumo da água entre as refeições ..................... 26
Estar atento à temperatura de consumo dos alimentos ............................. 26
Saborear refeições saudáveis ............................................................................ 27
Disfagia e senescência: Existe Algum papel da avaliação
fonoaudiológica? ................................................................................................... 28
Disfagia e senescência: existe correlação? ..................................................................... 28
O uso de complexos vitamínicos e de minerais está indicado na senescência? ............. 29
Referências. .................................................................................................................... 31
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INTRODUÇÃO
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A quem chamamos de pessoa idosa?
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TERAPIA NUTRICIONAL APLICADA Á TERCEIRA
IDADE
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das papilas gustativas, principalmente as de predomínio dos sabores ácido e
amargo); olfato alterado; saúde oral prejudicada (o que dificulta o consumo de ali-
mentos mais fibrosos e calóricos); dificuldade em mastigar e deglutir; redução do
fluxo salivar; saciedade precoce; e deficiência de zinco. Fatores psicossociais (iso-
lamento social, depressão e demência) e econômicos também interferem na inges-
tão alimentar. Ainda, as mudanças fisiológicas naturais da senescência interferem
no apetite, no consumo e na absorção dos nutrientes.
Recomendação
Na senescência redução na ingestão de alimentos devido à diminuição
da taxa metabólica basal, da atividade física e da composição corporal.
Pacientes idosos estão sob risco nutricional, portanto, devem ser sub-
metidos à triagem para identificar aqueles que requerem avaliação nutricional for-
mal, a fim de desenvolver plano de terapêutica nutricional. Idade e estilo de vida
devem ser considerados como parâmetros para avaliar o estado nutricional de ido-
sos.
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A triagem nutricional é um instrumento sensível e fundamental para se-
lecionar, numa população de idosos enfermos, aqueles que necessitam de avalia-
ção nutricional completa e de TN mais imediata e agressiva.
A triagem deve fazer parte da avaliação geriátrica completa tanto am-
bulatorial como hospitalar. É ferramenta rápida, baseada em questões simples, e
que permite destacar sinais de alerta quanto ao estado nutricional, sendo capaz de
direcionar intervenções que devam ser desenvolvidas pelos profissionais da área
da saúde.
Recomendação
A triagem nutricional na senescência deve ser aplicada em todos os
pacientes, independentemente do estado nutricional.
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de forma individualizada, podem contribuir para evitar e/ou retardar as consequên-
cias da senescência.
Recomendação
Ofertar energia, proteínas e micronutrientes em quantidade suficiente,
para que haja manutenção ou melhora do estado nutricional.
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Recomendação
A TN está indicada quando ocorrer: desnutrição; risco nutricional; in-
gestão oral inadequada (aceitação inferior a 60% da oferta ideal); perda de peso
superior a 5% em três meses ou maior que 10% em seis meses; índice de massa
corporal (IMC) abaixo de 20 kg/m2.
Recomendação
Pacientes que estão sob risco ou já com desnutrição podem se benefi-
ciar com o uso de terapia oral para manutenção ou melhora do estado nutricional e
da sobrevida. Esta proporciona aumento da oferta energética, de proteínas e de
micronutrientes.
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Quando e em Que situações está recomendada A TN enteral
(TNE) na senescência?
As pessoas com quadros clínicos ou cirúrgicos ou em cuidados inten-
sivos que estão desnutridos ou em risco de desnutrição e com ingestão oral inade-
quada e que apresentem trato gastrointestinal acessíveis devem ser alimentada
através de um tubo no estômago, a menos que haja disfunção gastrointestinal su-
perior.
Nos casos de pacientes em estado terminal, nutrição enteral deve ser
avaliada individualmente.
Estas situações envolvem também aspectos éticos e antropológicos no
sentido mais amplo da palavra, o diálogo entre a família, o paciente e o médico
assistente deve preponderar sobremaneira. Em cuidados paliativos, a atuação mul-
tiprofissional é essencial para que o paciente tenha qualidade de vida e sobrevida
digna.
O idoso deve ser abordado, antes de tudo, como um ser humano que
tem suas necessidades e expectativas. Assim, em determinadas situações as jus-
tificativas para a utilização ou não de uma TN mais agressiva extrapolam os conhe-
cimentos puramente biológicos.
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Recomendação
A TNE está indicada quando não há possibilidade em atingir por via
oral as necessidades nutricionais. Assim, a opção será o uso de nutrição enteral
por dispositivo nasogástrico, nasoentérico, gastrostomia ou jejunostomia. Esta si-
tuação deve ser mantida até que as condições gerais do doente se restabeleçam
desde que este não esteja em fase terminal da doença.
Recomendação
Há indicação de realizar gastrostomia em pacientes idosos com disfa-
gia neurológica devendo-se dar preferência à GPE ao invés de cateter nasoenteral,
para nutrição enteral de longa duração. A gastrostomia está associada a menores
falhas de tratamento e melhora do estado nutricional. Indica-se, ainda, a GPE
quando o uso de nutrição enteral por cateter nasoenteral for superior a quatro se-
manas.
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Há particularidades mais observadas no Idoso em relação às in-
dicações e à evolução da TN?
Há contraindicações à TN na senescência?
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O Que é síndrome da fragilidade (SF) ou frailty
syndrome (FS)?
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Assim, pode-se dizer que a dieta deve conter quantidade apreciável de nozes, pei-
xes, óleo de oliva, carne, leite, legumes e vegetais. Álcool (vinho) em quantidades
adequadas e exercícios com exposição solar regular são benéficos.
Recomendação
A SF é caracterizada como a presença de:
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de acidentes e danos à saúde, principalmente para quem já se encon-
tra em idade mais avançada, e, ao mesmo tempo, permite atender aos princípios
de uma alimentação saudável.
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Cuidados na compra dos alimentos
A consulta aos rótulos de alimentos deve ser feita como rotina pelas
pessoas para selecionar alimentos mais saudáveis. Uma leitura atenta permite
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verificar se há, entre os ingredientes, sal (sódio), açúcar, gorduras, glúten, fenila-
lanina, bem como a quantidade de calorias e nutrientes presentes em cada por-
ção, a composição nutricional de produtos diet e light, entre outras informações.
A partir de 2006, tornou-se obrigatório no Brasil que todas as indús-
trias de alimentos declarem em seus produtos a quantidade de energia e os teo-
res de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras
trans., fibra alimentar e sódio.
Outras oportunidades para esclarecimentos podem surgir, por exem-
plo, em um diálogo com outras pessoas no local de compra; ao entrar em contato
com o fabricante por meio do serviço de atendimento ao consumidor – SAC; pela
busca de um veículo confiável de informação, como o Disque Saúde (0800 61
1997, serviço de tele atendimento gratuito do Ministério da Saúde) ou em uma
consulta com o nutricionista.
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despensa são outros cuidados que contribuem para a segurança sanitária,
pois dificultam o contato de animais (insetos, roedores, animais domésticos) e
outras sujidades com os alimentos.
Procedimentos de rotina
• Utilizar proteção para os cabelos, como boné ou touca, além de
avental e de sapatos fechados e não escorregadios, pode ajudar a prevenir aci-
dentes e contaminação dos alimentos durante seu preparo.
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• O ato de lavar as mãos frequentemente é essencial para prote-
ger os alimentos que serão consumidos. A higienização frequente de utensílios e
equipamentos usados durante o preparo dos diversos alimentos que compõem
as refeições também é fundamental para prevenir a contaminação.
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• Incentivar preparações com cereais integrais ou o uso de produtos
feitos com farinha integral (pães, bolos, etc.). Outros alimentos ricos em fibras
(frutas, legumes e verduras) devem ser utilizados no cardápio;
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Fazer as refeições em local agradável
O ambiente onde a refeição é consumida deve:
• Estar limpo;
• Ser arejado;
Durante o dia, três refeições básicas devem ser feitas: desjejum, al-
moço e jantar, intercaladas com dois ou três pequenos lanches: colação (lanche
leve pela manhã), lanche da tarde e ceia (lanche noturno leve). Esta distribuição
estimula o funcionamento do intestino e evita que se coma fora de hora.
É importante estabelecer horários regulares para as refeições, com
intervalos para atender às peculiaridades da fisiologia digestiva da pessoa idosa,
considerando que sua digestão é mais lenta. O ajuste dos horários de refeição
contribui para garantir o fornecimento de nutrientes e energia, maior conforto e
apetite para a pessoa idosa.
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Estimular o entrosamento social nos horários das refeições
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Uma mastigação adequada dos alimentos associada aos cuidados
frequentes com a higiene da boca, incluindo a escovação da língua, ajuda a per-
ceber melhor o sabor dos alimentos, evitando o exagero no uso dos temperos.
A adição de outros temperos como cheiro verde, alho, cebola e ervas,
pode ajudar a diminuir a utilização de sal no preparo dos alimentos, contribuindo
para a redução do seu consumo. As pessoas acabam por se acostumar ao sabor
dos alimentos preparados com pouco sal, mas isso leva algum tempo. Essa in-
formação deve ser discutida com a pessoa idosa para ajudá-la na redução do
consumo de sal.
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Manter o hábito de visitar regularmente o dentista permite que sejam
verificadas as condições da boca, bem como a funcionalidade das próteses den-
tárias (sua vida útil) e a conduta mais adequada, visando à preservação da capa-
cidade mastigatória e da saúde bucal.
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Devem estar numa temperatura suportável para a pessoa idosa, não
sendo excessivamente quentes, para evitar que queimem a boca.
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Disfagia e senescência: Existe Algum papel da avaliação fonoau-
diológica?
Recomendação
Sim. A abordagem fonoaudiológica faz parte da atuação interdiscipli-
nar.
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as consequências, além de clínicas, podem culminar em exclusão social ou, até
mesmo, do convívio familiar.
Recomendação
Sim. O envelhecimento pode alterar as fases oral, faríngea e esofágica
da deglutição. Mesmo pacientes saudáveis, sem disfagia, podem ter alterações
quando submetidos a exames de avaliação da deglutição.
Há indicação de nutrição enteral precocemente em pacientes idosos,
com disfagia grave de origem neurológica, para assegurar o suprimento nutricional,
além de manter e melhorar o estado nutricional.
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Recomendação
É frequente a baixa ingestão de vitaminas (A, C, D, E, FOLATO) e de
minerais como o cálcio, o iodo e o zinco. A deficiência destes são fatores de piora
do prognóstico.
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Referências.
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10. Guigoz Y, Vellas B, Garry PJ. Assessing the nutritional status of the
elderly: the Mini Nutritional Assessment as parto the geriatric evaluation. Nutr Rev
1996; 54(1Pt 2):S59-S65.
14. Lawson RM, Doshi MK, Ingoe LE, Colligan JM, Barton JR, Cobden
I. Compliance of orthopaedic patients with postoperative
Care 2001;4:21-8.
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20. Rosenberg IH, Miller JW. Nutritional factors in phisical and cognitive
functions of elderly people. Am J Clin Nutr 1992;55:1237S-43S.
21. Stratton RJ, Ek AC, Engfer M, Moore Z, Rigby P, Wolfe R, et al. En-
teral nutritional support in prevention and treatment of pressure ulcers: a systematic
review and metaanalysis. Ageing Res Rev 2005;4:422-50.
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