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E DIETÉTICA
CÁLCULOS NUTRICIONAIS
E DIETÉTICA
Batatais
Claretiano
2019
© Ação Educacional Claretiana, 2018 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Cálculos Nutricionais e Dietética
Versão: ago./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 100 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 11
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 12
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 13
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 13
Conteúdo
Considerando que o nutricionista, deva calcular cardápios em sua prática pro-
fissional em diferentes áreas da nutrição. A disciplina aborda os estudos dos
macronutrientes: carboidratos, lipídios e proteínas, as Integrações das vias
metabólicas, estudos das vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis, minerais e
água. Requerimento energético: necessidades e recomendações de energia,
componentes do gasto energético, fórmulas para a determinação do gasto
energético. Métodos para determinação de necessidades energéticas e nutri-
cionais nos diferentes grupos etários. Elaboração e cálculo de cardápios para
indivíduos sadios. Utilização de softwares para cálculos nutricionais. A disci-
plina será um campo para capacitação do profissional nutricionista para pla-
nejamentos de cardápios em coletividade e individualmente, atendendo as
demandas nutricionais, tanto energética, como de macro e micronutrientes.
Bibliografia Básica
CUPPARI, L. Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2. ed. Barueri: Manole, 2005. (Guia de
Medicina Ambulatorial e Hospitalar).
MAHAN, K. L.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição e
dietoterapia. 13. ed. Rio de Janerio: Elsevier, 2012.
OLIVEIRA, J. E. D.; MARCHINI, J. S. Ciências nutricionais: aprendendo a aprender. 2. ed.
São Paulo: Sarvier, 2008.
Bibliografia Complementar
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação
saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
MARCHIONI, D. M. L.; SLATER, B.; FISBERG, R. M. Aplicação das Dietary Reference
Intakes na avaliação da ingestão de nutrientes para indivíduos. Revista de Nutrição,
Campinas, v. 17, n. 2, p. 207-216, abr./jun. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.
br/pdf/rn/v17n2/21133>. Acesso em: 6 maio 2019.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
MONTE, C. M. G. et. al. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília:
Ministério da Saúde, 2002.
PADOVANI, R. M. et al. Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos
nutricionais. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 6, p. 741-760, nov./dez. 2006.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v19n6/09.pdf>. Acesso em: 6 maio 2019.
PASSMORE, R. Manual das necessidades nutricionais humanas. São Paulo: Atheneu, 2004.
SANTANA, H. M. M.; MAYER, M. B.; CAMARGO, K. G. Avaliação da adequação
nutricional das dietas para emagrecimento veiculadas pela internet. ConScientiae
Saúde, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 99-104, jul. 2003. Disponível em: <https://www.redalyc.
org/articulo.oa?id=92900215>. Acesso em: 12 mar. 2019.
SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia. 2.
ed. São Paulo: Roca, 2010.
Palavras-chave –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Gasto Energético. Requerimentos Energéticos. Recomendações Dietéticas.
Cálculos Nutricionais. Cálculo de Cardápio.
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos,
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-
ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade
e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-
rios, para efeito de avaliação.
1. INTRODUÇÃO
Sejam bem-vindos ao estudo de Cálculos Nutricionais e
Dietética! Esta obra tem como objetivo permitir que o futuro nu-
tricionista realize os cálculos necessários para elaborar cardápios
em sua prática profissional em diferentes áreas da Nutrição.
Estudaremos as integrações das vias metabólicas dos ma-
cronutrientes, as vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis, mine-
rais e água. Também será trabalhado o requerimento energéti-
co: necessidades e recomendações de energia, componentes do
gasto energético, fórmulas para a determinação do gasto ener-
gético e os métodos para determinação de necessidades ener-
géticas e nutricionais nos diferentes grupos etários. A disciplina
será um campo para capacitação do profissional nutricionista
para planejamentos de cardápios em coletividade e individual-
mente, atendendo as demandas nutricionais, tanto energética,
como de macro e micronutrientes.
Além de discutirmos tais conteúdos, seremos levados fre-
quentemente a refletir sobre a prática do nutricionista. Algumas
sugestões serão dadas, mas é de grande importância a capacida-
de de meditar sobre esses temas.
Por exemplo, a obesidade é causada pela combinação
de predisposição genética e estilo de vida (inatividade física e
a alimentação inadequada), resultando em balanço energético
positivo, o que significa, em última instância, aumento do peso
corporal. Sendo assim, a compreensão dos métodos apropria-
dos para avaliação do gasto energético torna-se necessária. O
estudo deste conteúdo pretende conscientizá-lo da importância
do nutricionista no planejamento e na avaliação de cálculos de
cardápios e das necessidades nutricionais de cada indivíduo.
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Caloria (Kcal): indicação de um equivalente energéti-
co; unidade de energia (calor) necessária para elevar
a temperatura de um litro de água em um grau sob
pressão atmosférica ao nível do mar.
2) Gasto energético: consumo de energia pelo organismo,
que varia em intensidade. É classificado como basal, se
se refere ao consumo em repouso físico e mental a tem-
peratura de 20°C, e como total, se representa a soma
do gasto energético basal, da ação dinâmica específica
dos alimentos e das atividades em geral. Varia de acor-
do com idade, sexo, peso, altura e superfície corporal.
3) Necessidade estimada de energia (EER): necessida-
des energéticas de indivíduos saudáveis para manter o
peso corporal compatível com a boa saúde.
4) Necessidade nutricional: quantidade de energia e nu-
trientes contidos em alimentos que um indivíduo deve
ingerir para a manutenção de todas as suas necessida-
des fisiológicas.
5) Planejamento nutricional: estratégia que se baseia na
necessidade estimada de energia de um indivíduo e na
divisão entre as refeições diárias.
6) Quilojoule (KJ): energia capaz de deslocar em um me-
tro um quilo, com a força de um Newton. Uma quiloca-
loria (Kcal) equivale a 4,184 quilojoules (KJ).
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUPPARI, L. Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2. ed. Barueri: Manole, 2005. (Guia de
Medicina Ambulatorial e Hospitalar).
DUTRA-DE-OLIVEIRA, J. E.; MARCHINI, J. S. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier,
2003.
Objetivos
• Conhecer a alimentação adequada a cada etapa da vida.
• Aprender a elaborar cardápios adequados a cada etapa da vida, calculando
o requerimento energético e nutricional para indivíduos saudáveis.
• Compreender a avaliação do gasto energético diário de indivíduos sadios.
• Distinguir recomendação e necessidade energética.
Conteúdos
• Requerimento energético: necessidades e recomendações de energia, compo-
nentes do gasto energético, fórmulas para a determinação do gasto energético.
• Macronutrientes e integração das vias metabólicas.
• Comitês internacionais para estabelecimento de recomendações
nutricionais.
• Conceitos e componentes do gasto energético.
• Estimativa das necessidades de energia.
15
UNIDADE 1 – MACRONUTRIENTES E REQUERIMENTO ENERGÉTICO
3) Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizon-
tes teóricos. Coteje-os com esta obra e discuta esta unidade com seus co-
legas e com o tutor.
1. INTRODUÇÃO
“Se não forem fornecidos alimentos em quantida-
de suficiente para suprir as necessidades corpo-
rais, o organismo perde vigor. Se a alimentação é
suspensa a vida se extingue” Leonardo da Vinci
(1452-1519)
19
. 43 .
© CÁLCULOS NUTRICIONAIS E DIETÉTICA
UNIDADE 1 – MACRONUTRIENTES E REQUERIMENTO ENERGÉTICO
Energia Digerível
kcal/g
Energia perdida CH LP PT Álcool
nas fezes
4,0 9,0 5,2 7,10
Energia Metabolizavel
Energia perdida na kcal/g
urina
CH LP PT Álcool
4,0 9,0 4,0 7,0
Figura 3 Energia bruta, digerível e metabolizável dos macronutrientes.
Pré-escolares e escolares
Até os 6 meses de idade o leite materno é exclusivo, não
necessitando de mais nenhum tipo de alimento. Na fase em que a
criança inicia a ingestão de alimentos, a alimentação é importan-
te para seu crescimento e desenvolvimento, e seus hábitos nessa
fase serão refletidos na sua vida adulta (FERREIRA et al., 2016).
3) De 7 a 12 meses:
(89 x peso da criança [kg] – 100) + 22
(kcal para a deposição energética)
1) De 13 a 35 meses:
(89 x peso da criança [kg] – 100) + 20
(kcal para a deposição energética)
1) AF = 1 – Sedentário.
2) AF = 1,11 – Baixo ativo.
3) AF = 1,25 – Ativo.
4) AF = 1,48 – Muito ativo.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Considere uma menina de 8 anos, 36 kg, 1,35 m, pouco ativa. Calcule seu
gasto energético segundo a FAO/OMS (1985) e IOM (2002).
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) Segundo a OMS, eutrofia: TMB = 1.309 Kcal .
Segundo o cálculo do IOM, NEE = 2.014,54 Kcal / dia .
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Várias são as técnicas existentes para avaliação do gasto ener-
gético, sendo elas importantes para saber quantas calorias são gas-
tas para manter as funções vitais e exercer as atividades diárias. O
ser humano alimenta-se para satisfazer duas necessidades básicas:
obter substâncias que lhe são essenciais e adquirir energia para a
conservação dos processos fisiológicos. Para manter todos esses
processos, o organismo consome energia continuamente por meio
do metabolismo oxidativo ou, melhor, do metabolismo energético.
Metabolismo é uma atividade celular altamente dirigida e
coordenada que abrange reações anabólicas (que consomem ener-
gia) e catabólicas (que liberam energia). A taxa de metabolismo ba-
sal (TMB), o efeito térmico da atividade física, o Efeito Térmico do
Alimento (antigamente chamado de ação dinâmica específica) e a
termogênese facultativa (também conhecida como termogênese
adaptativa) são considerados os componentes do gasto energético
de 24 horas. Assim, cada paciente tem necessidades nutricionais
peculiares, variando de acordo com idade, sexo, peso e altura, grau
de atividade física e a natureza das doenças associadas.
Na próxima unidade, estudaremos sobre os comitês inter-
nacionais para o estabelecimento de recomendações nutricio-
nais de macro e micronutrientes. Vamos lá?
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
CARVALHO, F. G. et al. Métodos de avaliação de necessidades nutricionais e consumo
de energia em humanos. Revista Simbio-Logias, v. 5, n. 7, p. 99-120, dez. 2012.
Disponível em: <http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Educacao/Simbio-
Logias/metodos-de-avaliacao-de-necessidades-nutricionais-e-consumo-de-energia-
em-humanos.pdf>. Acesso em: 6 maio 2019.
FONTES, G. A. V.; MELLO, A. L.; SAMPAIO, L. R. (Orgs.). Manual de avaliação nutricional
e necessidade energética de crianças e adolescentes: uma aplicação prática. Salvador:
EDUFBA, 2012. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/16778/1/
manual-de-avaliacao-nutricional-e-necessidade-energetica.pdf>. Acesso em: 6 maio
2019.
MATSUURA, C.; MEIRELLES, C. M.; GOMES, P. S. C. Gasto energético e consumo de
oxigênio pós-exercício contra resistência. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 6,
p. 729-740, nov./dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v19n6/08.
pdf>. Acesso em: 6 maio 2019.
MEIRELLES, F. V. P.; DIONYZIO, R. B. Alimentos: fontes e substâncias essenciais. 2019.
Disponível em: <http://web.ccead.puc-rio.br/condigital/mvsl/Sala%20de%20Leitura/
conteudos/SL_alimentos.pdf>. Acesso em: 6 maio 2019.
MELO, C. M.; TIRAPEGUI, J.; RIBEIRO, S. M. L. Gasto energético corporal: conceitos,
formas de avaliação e sua relação com a obesidade. Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia & Metabologia, v. 52, n.3, p. 452-464, 2008. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/abem/v52n3/a05v52n3.pdf>. Acesso em: 6 maio 2019.
PADOVANI, R. M. et al. Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em
estudos nutricionais. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 6, p. 741-760, nov./dez.
2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v19n6/09.pdf>. Acesso em: 6
maio 2019.
WAHRLICH, V.; ANJOS, L. A. Aspectos históricos e metodológicos da medição e
estimativa da taxa metabólica basal: uma revisão da literatura. Cadernos de Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 801-817, jul./ago. 2001. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v17n4/5287.pdf>. Acesso em: 6 maio 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa: UFV, 2008.
FERREIRA, C. D. et al. Coleção manuais da nutrição. [s.l.]: SANAR, 2016. v. 2.
HARRIS., J. A.; BENEDICT, F. G. A Biometric study of basal metabolism in man. Boston:
Carnegie Institution of Washington, 1919.
______.; ______. A Biometric study of human basal metabolism. PNAS Physiology, v.
4, n. 10, p. 370-373, 1918.
INSTITUTE OF MEDICINE – IOM. Food and Nutrition Board. Dietary reference intakes
for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids
(macronutrients). The National Academies Press, v. 5, p. 107-264, 2002.
______. Dietary reference intakes: applications in dietary assessment. Washington,
D.C.: National Academy Press, 2000.
LONG, C. L. et al. Metabolic Response to Injury and illness: estimation of energy and
protein needs from indirect calorimetry and nitrogen balance. J Parenter Enteral Nutr,
v. 3, n. 6, p. 452-456, dez. 1979.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição e
dietorerapia. 13. ed. Rio de Janerio: Elsevier, 2012.
SARTORELLI, D. S., FLROINDO, A. A., CARDOSO, M. A. Nutrição humana. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Objetivos
• Diferenciar necessidade e recomendação nutricionais.
• Conhecer sobre os comitês internacionais para estabelecimento de reco-
mendações nutricionais.
• Conhecer sobre as recomendações nutricionais.
• Elaborar cardápios adequados a cada etapa da vida, com o devido planeja-
mento para cada necessidade nutricional.
• Avaliar cardápios adequados a cada etapa da vida e recomendação
nutricional.
Conteúdos
• Comitês internacionais para estabelecimento de recomendações
nutricionais.
• Recomendações nutricionais de macro e micronutrientes.
43
UNIDADE 2 – NECESSIDADES E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
3) Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizon-
tes teóricos. Coteje-os com esta obra e discuta esta unidade com seus co-
legas e com o tutor.
1. INTRODUÇÃO
O estudo desta unidade, cabe diferenciar os conceitos de
necessidades nutricionais e de recomendações nutricionais. As
necessidades nutricionais representam valores fisiológicos indi-
viduais requeridos para satisfazer funções fisiológicas normais
e prevenir sintomas de deficiências, são expressas na forma de
médias para grupos semelhantes da população. Recomendações
nutricionais, por sua vez, se referem a quantidades de energia e
de nutrientes que devem conter os alimentos consumidos para
satisfazer as necessidades de quase todos os indivíduos de uma
população sadia. Assim, as recomendações nutricionais baseiam-
-se nas necessidades de 97,5% da população (COZZOLINO, 2009).
Atingir as necessidades nutricionais é um pressuposto de
uma alimentação equilibrada, cujo objetivo é satisfazer as neces-
sidades nutricionais humanas, compreendendo:
1) crescimento;
2) manutenção;
3) reparo tecidual;
4) desgaste orgânico.
Essas necessidades variam de acordo com a idade, sexo,
estatura, peso, estado fisiológico e nível de atividade física.
Parâmetros, guias e referências oficiais são elaborados
considerando a condição de saúde de um indivíduo ou coletivi-
dade, tendo como base as avaliações necessárias ao estabeleci-
mento do estado nutricional. Para elaborar documentos desse
tipo de forma bem-sucedida, deve estar esclarecido muito mais
que a faixa de classificação entre eutrofia e seus extremos con-
trários; é preciso estudar minuciosamente as ingestões de nu-
trientes necessárias, obedecendo as condições fisiológicas e,
2.1. HISTÓRICO
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) ENADE (2007). A tabela a seguir indica a DRI de folato por estágio de vida. A par-
tir dessas informações, e considerando a DRI de folato, assinale a opção correta.
Tabela 1 DRI de folato por estágio de vida.
Figura 3 Ingestão.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
3) c.
4) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Os novos valores de referência da alimentação represen-
tam, sem dúvida, um importante avanço na área de alimentação
e nutrição.
Uma preocupação com a qualidade de vida prevenindo
doenças. Ao mesmo tempo, incorporam para análise de dados
dietéticos, a natureza variável da alimentação.
A constatação que as características da distribuição das
necessidades e a ingestão de nutrientes têm impacto tanto na
avaliação quanto no planejamento da alimentação indivíduos e
grupos.
As DRIs têm sido extensivamente utilizadas pelos profis-
sionais da área de alimentação e nutrição no mundo inteiro, in-
clusive no Brasil. No entanto, cumpre questionar a validade da
utilização de padrões de referência baseado nas necessidades e
ingestão de nutrientes de americanos e canadenses.
Na próxima unidade, continuaremos os estudos a respeito
das recomendações nutricionais em todas as fases da vida.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Alimentação e Nutrição
no Brasil. Brasília: Universidade de Brasília, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/aliment.pdf>. Acesso em: 7 maio 2019.
CARVALHO, C. A. et al. Consumo alimentar e adequação nutricional em crianças
brasileiras: revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 33, n. 2, p.
211-221, mar. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpp/v33n2/pt_0103-
0582-rpp-33-02-00211.pdf>. Acesso em: 7 maio 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUPPARI, L. (Coord.). Guia de nutrição: clínica no adulto. 3. ed. Barueri: Manole, 2014.
FERREIRA, C. D. et al. Coleção manuais da nutrição. [s.l.]: SANAR, 2016. v. 2.
GUIMARÃES, A. F.; GALISA, M. S. Cálculos nutricionais: conceitos e aplicações práticas.
[s.l.]: M. Books, 2008.
VILLELA, N. B.; ROCHA, R. (Orgs.). Recomendações nutricionais. In: VILLELA, N. B.;
ROCHA, R. (Orgs.). Manual básico para atendimento ambulatorial em nutrição.
Salvador: EDUFBA, 2008, p. 13-20.
Objetivos
• Conhecer e aplicar a alimentação adequada a cada etapa da vida.
• Elaborar cardápios adequados a cada etapa da vida, respeitando as ne-
cessidades nutricionais e tendo como referência as recomendações
nutricionais.
Conteúdo
• Recomendações nutricionais de macro e micronutrientes em todas as fa-
ses da vida.
3) Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizon-
tes teóricos. Coteje-os com esta obra e discuta esta unidade com seus co-
legas e com o tutor.
59
UNIDADE 3 – RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NAS DIFERENTES FASES DA VIDA
1. INTRODUÇÃO
Para a elaboração de um plano alimentar, devem-se con-
siderar padrões de referência para a ingestão adequada de nutri-
entes. Estes são classificados em macronutrientes (carboidratos,
proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais).
As recomendações levam em consideração, antes de tudo, o
valor energético total da dieta. Em seguida, temos diferentes fon-
tes, que estabelecem os valores desses nutrientes para cada fase da
vida, pois as demandas diferem nas diversas fases da vida. Ressalta-
se que o consumo irregular de nutrientes podem comprometer o
estado nutricional e acarretar o desenvolvimento de carências ou
excessos nutricionais (GUIMARÃES; GALISA, 2008). Nesta unidade,
apresentaremos os referenciais adequados para cada nutriente na
infância, adolescência, fase adulta e para idosos, com auxílio de va-
lores e tabelas em função do valor energético da dieta.
Compreendendo a faixa aceitável de macronutrientes (Ac-
ceptable Macronutrients of Distribution Ranges – AMDR) para in-
divíduos saudáveis, adultos e idosos, de ambos os sexos, temos:
1) RDA: 0,8 g/kg/dia de proteínas; lipídios não devem ex-
ceder 30% da ingestão calórica total; carboidratos de-
vem corresponder a mais de metade das calorias totais).
2) SBAN: 1 g/kg/dia de proteínas; lipídios devem corres-
ponder a de 20 a 25% da ingestão calórica total; car-
boidratos devem corresponder a de 60 a 70% da inges-
tão calórica total.
3) DRI: 0,8 g/kg/dia de proteínas (como na RDA); não foram
estabelecidos valores de EAR, AI e RDA para lipídios; para
carboidratos, definiu-se consumo foi 130 g/dia (RDA).
4) AMDR: proteínas representam de 10 a 35% das calorias
totais; lipídios, de 20 a 35%; e carboidratos, de 45 a 65%.
lo.br/pdf/rpp/v33n2/pt_0103-0582-rpp-33-02-00211.
pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.
• BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educa-
ção Básica. Alimentação e nutrição no Brasil. Brasília:
Universidade de Brasília, 2007. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/aliment.
pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.
Para aprimorar o conhecimento adquirido e desenvolver
uma visão crítica da importância dos temas estudados, suge-
rimos que você faça os cursos on-line propostos a seguir. Para
acessá-los, consulte a página indicada a seguir:
• REDENUTRI. Inscrição. Disponível em: <http://ecos-
-redenutri.bvs.br/tiki-register.php>. Acesso em: 8 maio
2019.
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1) Guia alimentar para a população brasileira: novos prin-
cípios e recomendações.
2) Estratégias para prevenção de carências de micronu-
trientes no Brasil.
3) Estratégia de fortificação da alimentação infantil com
micronutrientes em pó – NutriSUS.
4) Atenção nutricional à desnutrição infantil.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em re-
2) Considere uma mulher de 29 anos, 61 kg, 1,65m, pouco ativa, com plano
alimentar definido em 2.089,05 kcal/dia segundo FAO. Determine suas re-
comendações de macro e micronutrientes.
3) Considere um homem de 37 anos, 79,8 kg, 1,74m, ativo, com plano ali-
mentar definido em 3.070,02 kcal/dia segundo IOM. Determine suas reco-
mendações de macro e micronutrientes.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) Proteínas: 68,72 g.
Carboidratos: 251,98 g.
Lipídeos: 61,08 g.
Fibras: segundo Quadro 1, recomenda-se, para crianças de 4 a 8 anos, do
sexo feminino, uma quantia de 25 g/dia.
Vitaminas e Minerais: conferir no Quadro 2, para crianças entre 4 e 8 anos.
2) Proteínas: 109,8 g.
Carboidratos: 339,54 g.
Lipídeos: 32,48 g.
3) Proteínas: 199,5 g.
Carboidratos: 383,75 g.
Lipídeos: 81,90 g.
Fibras: segundo Quadro 5, recomenda-se para adultos de 19 a 50 anos, do
sexo masculino, uma quantia de 38 g/dia.
Vitaminas: conferir no Quadro 6, para pessoas de 31 a 50 anos do sexo
masculino.
Minerais: conferir no Quadro 7, para pessoas de 31 a 50 anos do sexo
masculino.
4) Proteínas: 85 g.
Carboidratos: 357,52 g.
Lipídeos: 68,16 g.
Fibras: recomenda-se o consumo adequado de 30 g/dia para o sexo
masculino.
Vitaminas: conferir no Quadro 8, para pessoas de 51 a 70 anos do sexo
masculino.
Minerais: conferir no Quadro 9, para pessoas de 51 a 70 anos do sexo
masculino.
5. CONSIDERAÇÕES
As necessidades e recomendações nutricionais foram esta-
belecidas e adaptadas à população brasileira, segundo relatado
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Alimentação e Nutrição
no Brasil. Brasília: Universidade de Brasília, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/aliment.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUPPARI, L. (Coord.). Guia de nutrição: clínica no adulto. 3. ed. Barueri: Manole, 2014.
FERREIRA, C. D. et al. Coleção manuais da nutrição. [s.l.]: Sanar, 2016. v. 2.
GUIMARÃES, A. F.; GALISA, M. S. Cálculos nutricionais: conceitos e aplicações práticas.
[s.l.]: M. Books, 2008.
INSTITUTE OF MEDICINE − IOM. Food and nutrition board. Dietary reference intakes
for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids
(macronutrients). The National Academies Press, v. 5, p. 107-264, 2002.
VILLELA, N. B.; ROCHA, R. (Orgs.). Recomendações nutricionais. In: VILLELA, N. B.;
ROCHA, R. (Orgs.). Manual básico para atendimento ambulatorial em nutrição.
Salvador: EDUFBA, 2008, p. 13-20.
Objetivos
• Compreender o estudo e a necessidade dos macro e micronutrientes.
• Conhecer as necessidades e recomendações de energia.
• Aplicar fórmulas para a determinação do gasto energético.
• Elaborar e calcular cardápios para indivíduos sadios.
• Entender e utilizar softwares para cálculos nutricionais.
Conteúdo
• Planejamento e cálculo de cardápio.
3) Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizontes
teóricos. Coteje-os com esta obra e discuta esta unidade com seus colegas
e com o tutor.
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© CÁLCULOS NUTRICIONAIS E DIETÉTICA
UNIDADE 4 – PLANEJAMENTO E CÁLCULO NUTRICIONAL DE CARDÁPIOS
1. INTRODUÇÃO
Planejar, calcular e avaliar programas alimentares são ati-
vidades inseridas no cotidiano da vida profissional dos nutricio-
nistas. O termo “dieta” pode ser definido como um plano ou
programa alimentar a ser seguido por um indivíduo, de forma
que atenda a todas as recomendações de consumo de nutrien-
tes durante um período de tempo determinado em condições de
saúde definidas (FAUSTO, 2003).
A prescrição de uma dieta implica o controle quantitativo
e qualitativo dos alimentos e dos nutrientes que um indivíduo
irá ingerir (FAUSTO, 2003). A alimentação de indivíduos e/ou de
grupos populacionais pode ser sistematizada, de modo a garan-
tir o acesso a todos os nutrientes de que o organismo humano
necessita.
O planejamento tanto da alimentação destinada a gru-
pos populacionais específicos como de dietas individuais deve
ter como base o padrão alimentar dos indivíduos envolvidos, de
modo a causar o menor impacto psicológico possível e garantir a
adesão à alimentação ou à dieta planejada.
Segundo Silva e Martinez (2008), o cardápio também pode
ser chamado de menu, carta ou lista; é a relação das preparações
ou listagem de pratos que compõem uma refeição ou lista de
preparações de um dia ou de um intervalo de tempo determina-
do. Leva em consideração métodos nutricionais e habilidade nas
técnicas dietéticas dos alimentos, com o propósito de cumprir
com as Leis da Alimentação Saudável, as quais discutiremos a
seguir.
A alimentação saudável está diretamente ligada ao equi-
líbrio e à variedade da dieta. Para que o corpo e a mente fun-
Devemos evitar:
1) Tipos de carnes variados com repetições na forma de
preparo.
2) Preparações gordurosas e com molhos servidos em
um curto espaço de tempo.
3) Alimentos da mesma cor, consistência ou de composi-
ção igual ou semelhante.
4) Saladas de folhas sensíveis, como espinafre e couve,
em dias consecutivos a feriados ou segunda-feira.
5) Mesmo cardápio para clientelas de padrões diferen-
tes, pois devemos ter consciência das preferências de
cada um e, no caso de um estabelecimento que atende
todos os padrões, é preciso oferecer preparações de
aceitação geral.
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 4.
• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula,
localizado na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina
para abrir a lista de vídeos.
• Caso você adquira o material, por meio da loja virtual, receberá também um
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante
do material.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Considere como referências de proporções de ingestão calórica total 50-
60% de carboidratos, 30-35% de lipídeos e 10-15% de proteínas. Em uma
dieta de 2.000 kcal, qual a distribuição dos nutrientes em gramas?
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) A dieta deve conter 300 g de carboidrato, 66,7 g de lipídeo e 50 g de
proteínas.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezados alunos, chegamos ao final dos estudos desta
obra, entretanto, o trajeto em busca de conhecimento não para
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Leis da alimentação. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/mod/
resource/view.php?id=1627702>. Acesso em: 8 maio 2019.
Sites pesquisados
BRASIL. Ministerio da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Guia alimentar para população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_
populacao_brasileira_2ed.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO – SESC. Sesc Piracicaba. Mesa Brasil. Elaboração de
cardápios. Piracicaba: Sesc, 2013. Disponível em: <https://mesabrasil.sescsp.org.br/
media/1152/elaboracao-cardapios.pdf>. Acesso em: 8 maio 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAUSTO, M. A. Planejamento de dietas e da alimentação. São Paulo: Revinter, 2003. v. 2.
FERREIRA, C. D. et al. Coleção manuais da nutrição. [s.l.]: Sanar, 2016. v. 2.
SILVA, S. M. C. S.; MARTINEZ, S. Cardápio: guia prático para a elaboração. 2. ed. São
Paulo: Roca, 2008.