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2.2 Tempo
2.3 Materiais
Fome
de quê?
Há fomes nesta vida
que não são fome de comida… Se for fome de amor
Teste bolo com cobertura furta cor
Você tem fome de quê?
Se for fome de carinho
Se for de ideia Que tal um belo bifinho?
Coma pão com geleia
Mas se depois de tudo isso,
Se for fome de pensamento a fome continuar,
Tente pastel de vento Invente suas próprias receitas!
O importante é experimentar…
Se for fome de risada
Saboreie uma boa feijoada
Iniciando a conversa...
Introdução
A Educação Infantil, primeira etapa das práticas alimentares saudáveis e
da Educação Básica, tem por finalidade da segurança alimentar e nutricional.
o desenvolvimento integral das crianças Em consonância, o Currículo em Movi-
em seus aspectos físico, emocional, inte- mento da Educação Básica – Educação In-
lectual e social, conforme preconiza a Lei fantil, articula tais conhecimentos em seus
de Diretrizes e Bases da Educação Na- eixos transversais e eixos integradores,
cional n° 9.394/96. As crianças, já na mais compreendendo a diversidade expres-
tenra infância, começam a vivenciar uma sa nas práticas sociais. Segundo Barbo-
série de experiências sociais que envol- sa (2009), as práticas sociais contribuem
vem cuidado, respeito, cooperação, entre para a conquista de autonomia, constitui-
outros aspectos, que se dão em meio as ção de identidade, expressão, diálogo, en-
práticas educativas, isso também, nos tre outros, o que pode ser agregado aos
momentos da alimentação escolar. momentos da alimentação escolar.
Assim, a professora, o
professor e toda equipe pe-
dagógica poderão integrar
tais aprendizagens no PPP
e no planejamento pedagógi-
co, compreendendo as crian-
ças em sua integralidade,
problematizando a rotina das
práticas alimentares, propi-
ciando novos comportamen-
tos e a experimentação de
alimentos que são servidos
na merenda escolar.
Por fim, informamos que o
Nesse sentido, o Marco de Referên- “Projeto Alimentação – Mais do
cia de Educação Alimentar e Nutricio- que Cuidar: Educar, Brincar e Interagir”,
nal (BRASIL, 2012) traz diretrizes que está no catálogo de Programas e Projetos
fundamentam as ações propostas nes- de 2018 da SEEDF no grande tema: Edu-
te guia. Inicialmente, é preciso entender cação para Sustentabilidade e Meio Am-
que a Educação Alimentar e Nutricional biente, abrindo um leque de possibilidades
(EAN) é um campo do conhecimento para transitar no que o tema fomenta, tais
que ultrapassa as barreiras da satisfa- como: a troca do plástico pelo vidro, a ali-
ção das necessidades biológicas, vi- mentação saudável, a criação de hortas
sando promover uma reflexão acerca escolares, separação de lixo, entre outros.
10 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR
Vamos
brincar?
Após cada frase
bater palmas três
vezes.
Quando chegar na
parte das comidas,
só se pode bater
palmas quando
for comida. Caso Pintura Rupestre
a pessoa que
está conduzindo
Além de uma neces- cardápios, as receitas,
a brincadeira
sidade fisiológica de os hábitos, que por sua
fale outra coisa,
ingerir nutrientes para vez, se relacionam ao
como por exemplo
manter o corpo em fun- paladar” (LIMA, NETO e
“pedra”, não pode
cionamento como uma FARIAS, 2015, p. 512).
bater palma.
questão de sobrevivên- As escolhas alimen-
cia e de manutenção tares dos seres huma-
A brincadeira da
da vida, a alimentação nos estão interligadas
comida brasileira
incorpora, também, um às possibilidades de
Domínio público
comportamento cultu- alimentos disponibiliza-
ral, pois o ato de comer dos pela natureza do
Vai começar
é um dos elementos de seu meio circundante,
A brincadeira
constituição da identida- bem como, aos aspec-
Da comida
de humana. “A nature- tos econômicos, ao tra-
Brasileira.
za produz os alimentos, balho e ao uso da terra,
Arroz,
mas a cultura faz surgir ao conhecimento sobre
Feijão,
códigos importantes, as plantas, aos modos
Macarrão,
como por exemplo, as de produção, preparo e
Pão...
diferentes opções de consumo dos alimentos.
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 11
2.1 Espaço
• Verificar a versatilidade dos ambiente como
refeitório: sala de atividades, pátio, sala mul-
tiuso, como espaço possível para o momen-
to da alimentação escolar, com arrumação ou
adaptação diária.
• Liberar corredores para o trânsito seguro
das crianças entre a mobília, caminho curto
e sem obstáculos entre a bancada de servi-
2.2 Tempo
• Estabelecer horários específicos volta-
dos para a alimentação como: preparo dos
alimentos, distribuição da merenda escolar,
higienização e organização do espaço, con-
tabilizando no planejamento pedagógico, vi-
sando o envolvimento das crianças e a qua-
lidade do tempo e da organização da rotina.
• Prever horários de início e término da
Jardim de Infância 116 Sul
Utensílios para
acondicionamento:
1) Cubas gastronômicas com tam-
pa em 2 tamanhos (baixa e alta)
Utensílios para o
autosservimento:
1) Colheres, escumadeiras, con-
chas e jarras em inox.
Por fim, ao tratarmos da organi-
zação do tempo, do espaço e do
material, é importante compreen-
der que esses aspectos precisam
ser geridos com o objetivo de con-
tribuir para as aprendizagens das
crianças, favorecendo a dinâmica
da rotina. Lembrando que, para as
crianças pequenas, a oportunida-
de da repetição da atividade pos-
sibilita a experiência prática.
Imagens: Acervo DIINF
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MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR
f) Equipe de limpe-
za e conservação:
Zelar pela organi-
zação e limpeza do
ambiente antes e de-
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ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR
j) Entrevistas m) Reuniões
Realizar entrevistas com a equipe de Realizar reuniões com os familia-
merendeiras e merendeiros da Unidade res para apresentar o projeto e infor-
Escolar. Além disso, outros profissio- mar as ações pedagógicas a serem
nais podem ser convidados para serem realizadas para implementação da
entrevistados, tais como: nutricionistas troca dos utensílios e a introdução da
e profissionais da gastronomia. prática do autosservimento.
o) Hora da leitura
Ler diferentes gêneros textuais,
tais como: histórias, contos, poemas,
trava-línguas, parlendas, músicas, no-
tícias de jornais, como um convite ao
diálogo com o mundo dos alimentos e
das refeições.
p) Registro
Registrar as diversas atividades
Jardim de Infância 303 Sul
Controle
de Quebras, Escola: Ano:
Avarias e Perdas
Onde Utensílio
O que Responsável
ocorreu? (caneca,
ocorreu? (merendeiro/
Data do (cozinha/ prato,
(quebra/ Quantidade criança/
ocorrido refeitório/ cumbuca,
avaria/ professor/outro
outro - outro -
perda) servidor)
especificar) especificar)
Avaliação
Relato de experiência
Brinca-
deira do
paladar Centro de Educação Infantil 310 do Recanto das Emas
Principais ações:
• Reuniões com os pais para apresentar os novos
Experimente fazer utensílios de vidro e inox que seriam utilizados pelas
a brincadeira do crianças. Neste momento, passamos tranquilidade e
paladar. discutimos a questão higiênico-sanitária que os no-
É bem simples. vos utensílios agregam para hábitos alimentares mais
Pegue alguns saudáveis.
alimentos e um
pano para vendar • Teatro no pátio da escola que contou com a pre-
os olhos das sença de toda comunidade escolar e um boneco con-
crianças. feccionado pelas Coordenadoras Intermediárias da
Pegue os Educação Infantil do Recanto das Emas, em que o
alimentos com boneco conversava com as crianças e usava os uten-
colheres e coloque sílios, explicando, ludicamente, a utilização e os cui-
na boca das dados que elas deveriam ter para a preservação e,
crianças para para não sofrerem nenhum acidente.
que elas possam
• Em sala de aula, as professoras realizaram uma
adivinhar o que
atividade com as crianças para apresentar os novos
é e, também,
especificar utensílios que seriam utilizados por elas.
algumas • Aos poucos, os utensílios foram introduzidos na
características, rotina da Unidade Escolar, fazendo com que as crian-
tais como: se ças ficassem bastante curiosas de qual seria utilizado
é doce, azedo, naquele dia. Percebemos que foi bastante tranquilo e
amargo ou sem nenhum acidente ao longo do processo de im-
salgado. plementação do projeto.
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MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR
Referências
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BRASIL. Presidência da República. dizagem, institucional e em larga es-
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de Prevenção de Riscos Ambientais. Educação Continuada para o Pro-
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ção Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de BRASIL. Presidência da República.
dezembro de 1996. Estabelece as di- BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Resolução/CD/FNDE nº26, de 17 de
retrizes e bases da educação nacio- Educação do Distrito Federal. Porta- junho de 2013. Dispõe sobre o aten-
nal. Brasília, 23 de dez. de 1996. ria n. 265, de 16 de agosto de 2016. dimento da alimentação escolar aos
Institui a Política de Educação Patri- alunos da educação básica no âmbito
BRASIL. Ministério do Desenvolvi- monial da Secretaria de Estado de do Programa Nacional de Alimenta-
mento Social e Combate à Fome. Educação do Distrito Federal. Brasí- ção Escolar - PNAE. Brasília, 17 de
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mentar e nutricional para as políticas
públicas. Brasília: MDS, Secretaria BRASÍLIA. Secretaria de Estado de BRASIL. Ministério da Saúde. Guia
Nacional de Segurança Alimentar e Educação. Catálogo de Programas alimentar para a população brasilei-
Nutricional, 2ª Ed. 2012. e Projetos da Secretaria de Estado ra. 2 ed. Brasília, 2014.
de Educação do Distrito Federal.
BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Brasília, 2018.