Você está na página 1de 33

Projeto alimentação

Mais do que cuidar:


educar, brincar e interagir
Equipe Técnica Pedagógico Agilson Carlos de Andrade Arruda
Ana Neila Torquato de Arimatéa Ferreira
Andrea Cardoso Batista
Andréia Pereira de Araújo Martinez
Bárbara Ghesti de Jesus
Cinthia Diniz de Oliveira Barbosa
Daniela Lobato do Nascimento
Débora Cristina Sales da Cruz Vieira
Fernanda Godoy Angelini
Ione da Costa Melo Silva
José de Ribamar Ribeiro Bomfim
Klesia Matias
Leda Carneiro Aguiar
Lucélia de Almeida Silva
Márcia Cabral dos Santos
Michelle Abreu Furtado
Michelle de Oliveira Pinto
Núbia Luiz Cardoso
Patrícia Carneiro Moura
Regina Lúcia Pereira Delgado
Renata Pacini Valls Carvalho
Simone Soares Nogueira
Stephanie Caroline Soares Gurgel
Teresinha Rodrigues Pereira

Nutricionistas responsáveis Elizabeth Rodrigues Benedik


Kelen Cristiane Gonçalves Pedrollo
Liliane D. R. Ximenes Matos
Maria Antônia de A.D. Cherobim
Sumara de Oliveira Santana
Tamara Braz Ribeiral
Vanessa de O. Bezerra Bonfim

Diagramação Laiana Dias - Ascom SEEDF


Sumário

10 Ponto 1- Alimentação como prática cultural

12 Ponto 2 - Adequação do tempo, espaço e materiais


2.1 Espaço

2.2 Tempo

2.3 Materiais

2.4 Características gerais dos utensílios recebidos na unidade escolar

16 Ponto 3 - Participação integrada


18 Ponto 4 - Ressignificar o olhar para a alimentação
20 Ponto 5 - Alimentação saudável
21 Ponto 6 - Propostas de atividades pedagógicas
24 Ponto 7 - Controle de riscos, segurança alimentar e nutricional dos alimentos
27 Ponto 8 - Olhares sobre o patrimônio
28 Avaliação
29 Referências
6 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Jardim de Infância 303 Sul


Para começar...

Fome
de quê?
Há fomes nesta vida
que não são fome de comida… Se for fome de amor
Teste bolo com cobertura furta cor
Você tem fome de quê?
Se for fome de carinho
Se for de ideia Que tal um belo bifinho?
Coma pão com geleia
Mas se depois de tudo isso,
Se for fome de pensamento a fome continuar,
Tente pastel de vento Invente suas próprias receitas!
O importante é experimentar…
Se for fome de risada
Saboreie uma boa feijoada

(Ana Neila Torquato)


PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 7

Iniciando a conversa...

Jardim de Infância 116 de Santa Maria


O Projeto Alimentação – Mais do tico por vidro e inox, cabendo também,
que Cuidar: Educar, Brincar e Interagir, momentos de orientação para troca.
proposto pela Secretaria de Estado de A proposta inicial em 2017 foi imple-
Educação do Distrito Federal (SEEDF), mentar o Projeto em 10 Unidades Esco-
apresenta como finalidade tratar a pra- lares (UE) com características diferen-
tica do autosservimento com o intuito ciadas, para em seguida, ser ampliado
de proporcionar às crianças a oportuni- para as outras 59 UE exclusivas de
dade de tornarem-se mais ativas no ato Educação Infantil da SEEDF.
de alimentar-se como uma possibilida-
de de contribuir para o desenvolvimen- Diante de tal proposta, a parceria entre
to da autonomia infantil. Como forma a Subsecretaria de Educação Básica (SU-
de fomento a alimentação saudável e BEB) e a Subsecretaria de Infraestrutura e
atendendo as recomendações higiê- Apoio Educacional (SIAE) foi imprescindí-
nicos sanitárias, ocorreu a troca dos vel para a fusão dos saberes deste Guia,
utensílios da merenda escolar de plás- que estrutura-se em 8 pontos:
8 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

PONTO 1 – Alimentação como prática cultural


PONTO 2 – Adequação do tempo, espaço e materiais
PONTO 3 – Participação integrada
PONTO 4 – Ressignificar o olhar para a alimentação
PONTO 5 – Alimentação saudável
PONTO 6 – Propostas de atividades pedagógicas
PONTO 7 – Controle de riscos, segurança alimentar e nutricional dos alimentos
PONTO 8 – Olhares sobre o patrimônio

Esses pontos ilustram os aspectos ça, compreendendo-a como um ser de


do cuidar e do educar de modo indis- possibilidades diante das mudanças
sociável na rotina da alimentação es- que ocorrem na hora da alimentação
colar, agregando as linguagens pro- escolar, abrindo-se caminhos para no-
postas no Currículo em Movimento vos olhares acerca da prática pedagó-
da Educação Básica – Educação In- gica, na constituição de aprendizagens
fantil da SEEDF (2014a). pelas crianças e na operacionalização
Ao tratarmos da troca dos utensílios dessa proposta no Projeto Político Pe-
e da prática do autosservimento, é pre- dagógico (PPP), envolvendo toda equi-
ciso refletir sobre a concepção de crian- pe da Unidade Escolar.

Jardim de Infância 303 Sul


PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 9

Introdução
A Educação Infantil, primeira etapa das práticas alimentares saudáveis e
da Educação Básica, tem por finalidade da segurança alimentar e nutricional.
o desenvolvimento integral das crianças Em consonância, o Currículo em Movi-
em seus aspectos físico, emocional, inte- mento da Educação Básica – Educação In-
lectual e social, conforme preconiza a Lei fantil, articula tais conhecimentos em seus
de Diretrizes e Bases da Educação Na- eixos transversais e eixos integradores,
cional n° 9.394/96. As crianças, já na mais compreendendo a diversidade expres-
tenra infância, começam a vivenciar uma sa nas práticas sociais. Segundo Barbo-
série de experiências sociais que envol- sa (2009), as práticas sociais contribuem
vem cuidado, respeito, cooperação, entre para a conquista de autonomia, constitui-
outros aspectos, que se dão em meio as ção de identidade, expressão, diálogo, en-
práticas educativas, isso também, nos tre outros, o que pode ser agregado aos
momentos da alimentação escolar. momentos da alimentação escolar.
Assim, a professora, o
professor e toda equipe pe-
dagógica poderão integrar
tais aprendizagens no PPP
e no planejamento pedagógi-
co, compreendendo as crian-
ças em sua integralidade,
problematizando a rotina das
práticas alimentares, propi-
ciando novos comportamen-
tos e a experimentação de
alimentos que são servidos
na merenda escolar.
Por fim, informamos que o
Nesse sentido, o Marco de Referên- “Projeto Alimentação – Mais do
cia de Educação Alimentar e Nutricio- que Cuidar: Educar, Brincar e Interagir”,
nal (BRASIL, 2012) traz diretrizes que está no catálogo de Programas e Projetos
fundamentam as ações propostas nes- de 2018 da SEEDF no grande tema: Edu-
te guia. Inicialmente, é preciso entender cação para Sustentabilidade e Meio Am-
que a Educação Alimentar e Nutricional biente, abrindo um leque de possibilidades
(EAN) é um campo do conhecimento para transitar no que o tema fomenta, tais
que ultrapassa as barreiras da satisfa- como: a troca do plástico pelo vidro, a ali-
ção das necessidades biológicas, vi- mentação saudável, a criação de hortas
sando promover uma reflexão acerca escolares, separação de lixo, entre outros.
10 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Ponto 1 – Alimentação como prática cultural

Vamos
brincar?
Após cada frase
bater palmas três
vezes.
Quando chegar na
parte das comidas,
só se pode bater
palmas quando
for comida. Caso Pintura Rupestre
a pessoa que
está conduzindo
Além de uma neces- cardápios, as receitas,
a brincadeira
sidade fisiológica de os hábitos, que por sua
fale outra coisa,
ingerir nutrientes para vez, se relacionam ao
como por exemplo
manter o corpo em fun- paladar” (LIMA, NETO e
“pedra”, não pode
cionamento como uma FARIAS, 2015, p. 512).
bater palma.
questão de sobrevivên- As escolhas alimen-
cia e de manutenção tares dos seres huma-
A brincadeira da
da vida, a alimentação nos estão interligadas
comida brasileira
incorpora, também, um às possibilidades de
Domínio público
comportamento cultu- alimentos disponibiliza-
ral, pois o ato de comer dos pela natureza do
Vai começar
é um dos elementos de seu meio circundante,
A brincadeira
constituição da identida- bem como, aos aspec-
Da comida
de humana. “A nature- tos econômicos, ao tra-
Brasileira.
za produz os alimentos, balho e ao uso da terra,
Arroz,
mas a cultura faz surgir ao conhecimento sobre
Feijão,
códigos importantes, as plantas, aos modos
Macarrão,
como por exemplo, as de produção, preparo e
Pão...
diferentes opções de consumo dos alimentos.
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 11

Assim como os demais animais, os de socializar-se, criando vínculo com


seres humanos se alimentavam reti- quem se come e com quem produziu
rando seus alimentos do meio ambien- o alimento, dialogando e trocando ex-
te. Mas com o advento da descoberta periências. Todas essas práticas so-
do fogo, a espécie humana fortaleceu ciais, destacam as questões culturais
o valor cultural ao atribuir o cozimento que envolvem o ato de comer, vincu-
a seus alimentos, utilizando o fogo e ladas às memórias, aos costumes fa-
utensílios criados pelas mãos huma- miliares e às dimensões de identidade
nas. Portanto, foi atribuída à desco- de um determinado povo. “Neste sen-
berta do fogo, “o fato de ter propiciado tido, “o comer” é um ato tanto social
às pessoas e aos grupos juntarem-se quanto político e envolve costumes,
em torno dele para se aquecer, mas diálogos, usos, sabores, odores e até
também, para preparar a comida, dis- mesmo as etiquetas, que correspon-
tribuí-la e ingeri-la. [...], com o tempo, dem às maneiras de comer, que são
foram se tornando encontros cotidia- aprendidas no próprio processo [...]
nos e transformando-se em uma ati- que se dá nos grupos” (LIMA, NETO
vidade socializadora (LIMA, NETO e e FARIAS, 2015, p. 515).
FARIAS, 2015, p. 514). O ato de comer é cultural assim
Em volta da fogueira, na roda, den- como o desenvolvimento da criança,
tro de casa ou fora dela, na cozinha que se dá na cultura. As práticas so-
ou na sala, à mesa ou no sofá, ou em ciais alimentares que a criança realiza
qualquer outro lugar. Usando pratos traduzem as experiências sociais que
de vidro, tigelas de madeira, de barro ela vivencia. O que ela é capaz de fazer
ou até mesmo uma folha. Comendo enquanto se alimenta, está intimamente
usando talheres ou a própria mão. interligado às concepções que a socie-
Participando do processo de prepa- dade constitui em relação às crianças e
ração dos alimentos ou simplesmen- às infâncias. Nesse sentido, este Guia
te, se alimentando quando ele já está surge como uma proposta de provocar
pronto. Comendo sozinho ou acom- reflexões sobre como enxergamos o
panhado. Reunindo-se com as pes- ato de comer e as possibilidades das
soas para comer como oportunidade próprias crianças.

Alimentação medieval Processo conjunto


12 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Ponto 2 – Adequação do tempo, espaço e materiais

A Educação Infantil se constitui em Jardim de Infância 603 do Recanto das Emas


Na intenção de olharmos e refletir-
uma etapa da Educação Básica que mos a prática social do ato de comer,
tem a intencionalidade de contribuir é importante conciliar as diversas
para o desenvolvimento das crianças aprendizagens impressas no fazer
nas mais diversas atividades sociais. A pedagógico da rotina, organizando o
refeição é, mais uma oportunidade de espaço, o tempo e os materiais dis-
realizar práticas educativas, voltando ponibilizados como ferramentas de
o olhar às diversas possibilidades que trabalho educativo.
esse momento propicia.
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 13

2.1 Espaço
• Verificar a versatilidade dos ambiente como
refeitório: sala de atividades, pátio, sala mul-
tiuso, como espaço possível para o momen-
to da alimentação escolar, com arrumação ou
adaptação diária.
• Liberar corredores para o trânsito seguro
das crianças entre a mobília, caminho curto
e sem obstáculos entre a bancada de servi-

Jardim de Infância 116 de Santa Maria


mento e a mesa em que as crianças realizarão
suas refeições.
• Preparar previamente a bancada de servi-
mento na altura das crianças para acomodar as
cubas com os alimentos para o autosservimen-
to com espaço de apoio para o prato enquanto
elas se servem.
• Garantir a higienização diária do ambiente an-
tes e depois do momento da refeição.
• Organizar a movimentação das crianças no momento da refeição, demar-
cando os espaços.
• Propiciar um ambiente tranquilo para a alimentação escolar, oportunizando tro-
cas de experiências e compartilhamentos de práticas saudáveis na convivência
com os pares.

2.2 Tempo
• Estabelecer horários específicos volta-
dos para a alimentação como: preparo dos
alimentos, distribuição da merenda escolar,
higienização e organização do espaço, con-
tabilizando no planejamento pedagógico, vi-
sando o envolvimento das crianças e a qua-
lidade do tempo e da organização da rotina.
• Prever horários de início e término da
Jardim de Infância 116 Sul

distribuição das refeições, de acordo com a


rotina prevista no PPP da Unidade Escolar.
• Criar sistema de rodízio, caso não seja
possível que todas as crianças se alimen-
tem ao mesmo tempo no mesmo espaço.
2.3 Materiais
• Apresentar previamente os novos • Armazenar os resíduos de alimen-
utensílios a serem utilizados na ali- tos (sobra descartada) para compos-
mentação escolar, destacando suas tagem, acrescentando-o ao projeto da
propriedades: tamanho, material, escola, como uma possibilidade de
funcionalidade. trabalho pedagógico.
• Orientar o manuseio dos novos • Zelar pela conservação dos mais diver-
utensílios (garfo, faca e colher de inox; sos materiais existentes no contexto da
pratos, cumbucas e canecas de vidro), Unidade Escolar, substituindo ou conser-
destacando a destreza, autonomia, tando aqueles que estejam danificados.
controle motor, que precisam ser viven- • Trabalhar paulatinamente o manu-
ciados no dia a dia com informações e seio dos novos utensílios: ao se servir,
compartilhamento de experiências. ao andar carregando os utensílios, ao
• Organizar de modo visível e acessí- alimentar-se, ao devolvê-lo, ao empilhá-
vel os pratos, cumbucas, canecas e ta- -lo, pois compreendem atividades mais
lheres a serem utilizados pelas crianças complexas por se tratarem de utensílios
durante a prática do autosservimento. de vidro e inox.

É possível a participação das O cenário descrito, composto


crianças em todas as atividades pelos utensílios e alimentos e orga-
mencionadas, desde que planeja- nizado considerando os espaços e
das pela professora ou professor tempos, deve acontecer harmonica-
com objetivos claros e precisos, mente numa composição que ofere-
trabalhadas gradualmente e pau- ça segurança e responsabilidade en-
latinamente, com intencionalidade tre todos: professoras e professores,
educativa e, sobretudo, compreen- merendeiras e merendeiros, equipe
dendo a criança como um ser de de limpeza e conservação e crian-
possibilidades, que se desenvolve ças, com o suporte da equipe gesto-
em meio às atividades culturais. ra, coordenadoras e coordenadores.
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 15

2.4 Características gerais dos utensílios recebidos na Unidade Escolar


Os utensílios passaram por análise técnica para garantir que a funcionalidade, a
praticidade, a manutenção e a higienização fossem aspectos contemplados. Os
utensílios estão resumidamente descritos abaixo:

Utensílios para o momento


da refeição:
1) Pratos, cumbucas e canecas
com alça em vidro temperado, de
cor transparente;
2) Colher, faca e garfo em inox;

Utensílios para
acondicionamento:
1) Cubas gastronômicas com tam-
pa em 2 tamanhos (baixa e alta)

Utensílios para o
autosservimento:
1) Colheres, escumadeiras, con-
chas e jarras em inox.
Por fim, ao tratarmos da organi-
zação do tempo, do espaço e do
material, é importante compreen-
der que esses aspectos precisam
ser geridos com o objetivo de con-
tribuir para as aprendizagens das
crianças, favorecendo a dinâmica
da rotina. Lembrando que, para as
crianças pequenas, a oportunida-
de da repetição da atividade pos-
sibilita a experiência prática.
Imagens: Acervo DIINF
16 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Ponto 3 – Participação integrada

Jardim de Infância 303 Sul

Jardim de Infância 304


do Recanto das Emas
A Unidade Escolar deve ser colabo- a) Equipe Gestora: Gerir os recursos ad-
rativa, pois todos precisam se envolver quiridos e sua manutenção em parceria
para que essa mudança ocorra peda- com a comunidade escolar. Participar
gogicamente de modo fluido. É impor- das formações da CRE e DIINF/DIAE e
tante que este Projeto esteja inserido compartilhar com a equipe de trabalho,
no Projeto Político Pedagógico (PPP) agregando conhecimentos. Caso ne-
da Unidade Escolar. Assim, ao plane- cessário, fazer intervenções pessoais/
jar o momento da alimentação escolar particulares, acolhendo as sugestões e
a equipe precisa ter clareza dos inves- rompendo as resistências, colocando-se
timentos a serem feitos e das diversas como parceira no fazer pedagógico.
aprendizagens que podem emergir e,
como cada um pode contribuir. Os pa- b) Coordenadora e coordenador Peda-
péis e responsabilidades devem estar gógico(a): Realizar formação continua-
bem definidos e claros, para que tudo da com as professoras e professores,
ocorra de forma tranquila. acompanhar e orientar o trabalho docen-
A participação integrada, portanto, te com vistas a agregar discussões que
diz respeito à forma como cada setor da permeiam o Projeto Alimentação.
Unidade Escolar se coloca em atividade
c) Professoras e professores: Atentar
para a realização da hora da refeição,
para os objetivos de aprendizagens en-
promovendo a articulação entre equipe
volvidos neste momento específico, no
gestora, coordenadores (as), professo-
manuseio dos utensílios, na prática do
ras e professores, nutricionistas, meren-
autosservimento, nas preferências e es-
deiras e merendeiros, equipe de limpeza
colhas, nas relações sociais, bem como,
e conservação e demais profissionais,
agregar outros objetivos privilegiando as
bem como, a participação das famílias.
linguagens na interdisciplinaridade. Con-
Sendo assim, são descritas abaixo versar com as crianças incentivando-as
algumas responsabilidades de cada se- a experimentar a merenda escolar e
tor, nesse contexto: orientando-as para evitar o desperdício
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 17

dos alimentos. Compartilhar as próprias pois da distribuição das refeições, en-


experiências com os demais colegas de tre outros momentos. Esta equipe pode
trabalho para enriquecer o Projeto como ser incentivada a participar, dialogando
um todo, oferecendo alternativas peda- com as crianças sobre a limpeza e con-
gógicas diferentes. servação, de forma a ensiná-las. Essa
relação da equipe com as crianças tem
d) Nutricionistas: Elaborar os cardápios; a intenção de partilhar conhecimentos,
orientar as merendeiras ou merendeiros; para o crescimento de todas e todos.
levantar demandas; transferir gêneros;
fazer recomendações técnicas acerca g) Famílias: Participar das reuniões,
de todo o processo, desde a chegada dos acompanhar a alimentação das crian-
gêneros alimentícios; armazenamento; ças na Unidade Escolar, colocando-se
pré-preparo e preparo; exposição; ser- à disposição para informações relevan-
vimento e porcionamento, participando, tes como intolerâncias, alergias etc. In-
quando possível, do próprio momento da centivar a experimentação de alimentos
refeição, até a gestão de resíduos e des- oferecidos na merenda escolar.
carte. Além disso, a/o nutricionista deve
propor, orientar, acompanhar, monitorar h) CRE-CI/Nutricionistas: Fazer a articu-
e avaliar ações de EAN, em harmonia lação na CRE entre a UNIEB, UNIAE e
com a equipe pedagógica e com as ne- UNIAG para um trabalho na UE sob sua
cessidades da Unidade Escolar. Partici- responsabilidade (CI e nutricionista). Va-
par, colaborar e acompanhar as forma- lorizar o cardápio, reforçar as orientações
ções técnicas e pedagógicas. à equipe de merendeiras e merendeiros.
Acompanhar, promover e participar das
e) Merendeiras e merendeiros: Prepa- formações e para implementação do Pro-
rar as refeições com atenção ao cardá- jeto na Unidade Escolar.
pio, fazer a higienização dos utensílios É imprescindível ter em mente que
de forma correta e segura, primar pela todas as ações realizadas por cada
apresentação adequada das refeições, área citada acima, agindo em unidade
observar a aceitação dos alimentos pelas e respeito mútuo, contribui para que os
crianças, auxiliar no porcionamento ou no objetivos almejados por este projeto
autosservimento com atitude acolhedora. sejam conquistados. Tal postura é um
Nesse contexto, a merendeira ou meren- convite para ressignificar o olhar e a
deiro é, também, um educador, tendo o ação para o momento da alimentação
compromisso de reforçar as práticas cita- escolar, agregando responsabilidades,
das neste Projeto. Participar e colaborar oportunizando uma prática educativa
das formações técnicas e pedagógicas no exercício da pedagogia e da nutri-
com informações e orientações da cozi- ção, concomitantemente.
nha, sua área de conhecimento.

f) Equipe de limpe-
za e conservação:
Zelar pela organi-
zação e limpeza do
ambiente antes e de-
18 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Ponto 4 – Ressignificar o olhar para a alimentação

O Currículo em Movimento da Edu-


cação Básica – Educação Infantil pre-
coniza que a alimentação escolar é,
também, um momento educativo em
que todas as atividades desenvolvidas
envolvem o cuidar e o educar. Assim
como propõe o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), que bus-
ca articular a educação, a saúde e a
qualidade de vida das crianças.
O momento da alimentação na Unida-
de Escolar é oportuno para que as crian-
ças aprendam a manusear os utensílios,
Autora: Alessandra Roscoe utilizem todos os sentidos para conhe-
cerem os alimentos, compreendendo a
necessidade vital dos alimentos para o
funcionamento do corpo humano, discu-
tam sobre o desperdício de alimentos e a
produção de lixo, entre outros. E a forma
como apresentamos às crianças tais co-
nhecimentos revela nossa concepção de
criança, infância e sociedade.
A refeição é um momento de convi-
vência e de novas aprendizagens entre
seus pares, professoras, professores e
profissionais da educação. O uso dos
utensílios e os alimentos que as crian-
Autora: Alessandra Roscoe ças comem, traduzem suas experiên-
cias alimentares para além dos muros
da Unidade Escolar. Portanto, é pre-
ciso planejamento e intencionalidade
educativa que contribuam para que as
crianças, aos poucos, se familiarizem
com os novos utensílios e se aventu-
rem a experimentar novos alimentos
que são servidos na merenda escolar.
Nesse intuito, há que se ressaltar a
natureza do ambiente escolar como es-
Autor: Don e Audrey Wood
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 19

paço de convivência e intensas relações Munidas dessas práticas e experiências,


sociais, que se apresenta como um terre- as crianças demandam outras oportuni-
no fértil para implementação de propos- dades de socialização, inserção cultural,
tas, estratégias e ações que envolvem o aprendizagens e conhecimentos de seu
contexto da alimentação escolar. No que interesse, considerando aspectos sócio-a-
concerne à sua função social, na Unidade fetivo-culturais, que permeiam as tarefas
Escolar, desenvolvem-se processos edu- diversas que contribuem para seu desen-
cativos que articulam ações de naturezas volvimento integral, constituindo-se como
diversas, as quais extrapolam o território sujeito do seu próprio fazer.
escolar (NASCIMENTO, 2011). Implantar a prática do autosservimen-
Portanto, para a valorização da ali- to possibilita trabalhar tais abordagens
mentação em seus aspectos culturais, dentro da rotina alimentar de forma pe-
emocionais, pedagógicos, sociais e dagógica e contínua. E, nesse sentido, o
nutricionais, em relação ao autosservi- porcionamento apresenta-se sob duas
mento e o porcionamento, seguem al- vertentes: a primeira indica a porção de
gumas orientações práticas: alimentos que colocamos no prato e a se-
gunda refere-se à quantidade nutricional
a. Orientar o autosservimento a ser reali- da composição desses os quais são com-
zado pelas crianças, primeiro com a su- postos esses alimentos, ou seja, carboi-
pervisão do adulto, depois, realizando so- drato, proteína, lipídios, minerais etc. Sen-
zinhas, mas sempre com o olhar atento e do assim, oportunizar às crianças a prática
cuidadoso do adulto. do porcionamento, contribui para que elas
pensem acerca de suas necessidades ali-
b. Propiciar, aos poucos, o autosservimen- mentares, algo que é compreendido com
to diário para contribuir com a autoconfian- o passar do tempo.
ça, coordenação motora e visomotora das
crianças, entre outros aspectos.

c. Incentivar as crianças a experimenta-


rem os alimentos que são servidos na me-
renda escolar.

d. Discutir com as crianças a importância


de diminuir o desperdício dos alimentos.
Autor: Jonas Ribeiro
e. Orientar as crianças de que as ou-
tras também irão se alimentar, para
que pensem na partilha do alimento em
meio a prática do autosservimento e do
porcionamento.

f. Respeitar e apreciar o trabalho realizado


pela equipe de merendeiras e merendei-
ros, que se traduz no alimento que é servi-
Autora: Renata Meirelles
do para as crianças.
20 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Ponto 5 – Alimentação saudável

A alimentação saudável é aquela d) Acessível: aquela que possui ali-


que oferece todos os nutrientes, de mentos produzidos de forma susten-
forma equilibrada, provenientes de tável, da cultura local e comercializa-
alimentos in natura ou minimamente dos regionalmente.
processados, para atender às neces-
sidades de manutenção e de funcio- e) Colorida: aquela que é a mais na-
namento regular do corpo humano, turalmente colorida, o que indica que
sem desconsiderar aspectos cultu- possui riqueza de nutrientes.
rais e sociais.
f) Livre de contaminantes: aquela em
São características de uma ali-
que o alimento é sanitariamente segu-
mentação saudável:
ro, ou seja, não apresenta contaminan-
a) Variada: aquela que inclui vários tes (físico, químico e/ou biológico) e que
grupos alimentares, tais como, mas- teve todas as regras de higiene respei-
sas, carnes, leite e derivados, verdu- tadas durante o preparo, sendo arma-
ras e frutas. zenado de forma correta e consumido
no prazo adequado.
b) Equilibrada: aquela que respeita É importante destacar que a discus-
as proporções necessárias de cada são da alimentação saudável precisa
grupo de alimento. permear as atividades educativas da Uni-
dade Escolar, considerando que trata-se
c) Suficiente: aquela que possui as quan- de um conhecimento abordado no Currí-
tidades nutricionais necessárias para culo em Movimento da Educação Básica
cada faixa etária ou condição fisiológica. – Educação Infantil e, também, pela EAN.
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 21

Ponto 6 – Propostas de atividades pedagógicas

Jardim de Infância 304 do Recanto das Emas


Sob a perspectiva da alimentação b) Incentivo a imaginação infantil
como uma temática integradora para as Propiciar momentos para que as
diversas aprendizagens, seguem abaixo crianças realizem brincadeiras de faz
algumas sugestões que a Unidade Es- de conta envolvendo a imaginação a
colar pode considerar para colocar em partir do mundo dos alimentos e das
prática, de forma pedagógica e com in- refeições. Além disso, pode provocar
tencionalidade educativa, o que sugerem elaboração de histórias coletivas, de-
a EAN e o Currículo da Educação Infantil. senhos, pinturas, criação de persona-
gens, lugares e situações com a mes-
a) Incentivo ao protagonismo infantil e ma temática.
às relações sociais
Realizar práticas que possibilitem às c) Apresentação dos utensílios
criança um maior contato com os ali- Fazer a troca dos utensílios aos pou-
mentos, manuseio e exploração de to- cos, apresentar e introduzir cada uten-
dos os sentidos e autonomia em suas sílio por vez. Elaborar com as crianças
escolhas, com atividade de trocas de os combinados relativos ao manuseio
experiências alimentares entre seus dos utensílios.
pares, provocando-as a experimentar
novos sabores, texturas, cheiros etc.
22 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

d) Discussão sobre os alimentos g) Receitas típicas


Realizar atividades que proporcionem Apresentar os alimentos típicos de
às crianças um olhar cuidadoso para a diferentes culturas. Fazer receitas de
origem dos alimentos, como as questões: diferentes contextos culturais. Promo-
de onde eles vem? Quem preparou? ver encontros culturais em que receitas
Como foi preparado? Promovendo a re- típicas possam ser compartilhadas e,
flexão sobre a importância nutricional e assim, ampliar as experiências.
o combate ao desperdício de alimentos.
h) Hortas
e) Passeios temáticos Fazer uma horta com plantação de
Realizar passeios a feiras, merca- vegetais, temperos e ervas, compre-
dos, padarias, entre outros, como uma endendo que se trata de uma atividade
possibilidade de provocar a percepção educativa em que as crianças podem
cultivar os alimentos e acompanhar seu
do entorno da escola, o território da ci-
percusso até eles chegarem à mesa.
dade e os alimentos que são comercia-
Podem realizar a coleta dos resíduos
lizados nesses espaços.
orgânicos para fazer a compostagem
e adubar as hortas. Para as Unidades
f) Cozinha Experimental
Escolares que possuem espaço físico
Vivenciar o fazer culinário, colocan- limitado, pode-se fazer uma horta ver-
do as crianças como coparticipantes do tical, aproveitando diferentes materiais
processo de realização de receitas, na para sua estruturação. Além disso, al-
medida do possível, diante da realidade gumas Unidades Escolares possuem
da Unidade Escolar. árvore frutíferas dentro de seu espaço
Jardim de Infância 304 do Recanto das Emas
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 23

ou nas redondezas, o que permite um buir para a percepção da abrangência


trabalho acerca das frutas da estação, do sistema alimentar e sua presença
entre outras possibilidades. no cotidiano.

i) Mural l) Compartilhando saberes


Apresentar o cardápio da semana/ Pesquisar entre os familiares, quem
mês. Compartilhar receitas. Produzir realiza alguma atividade relacionada
reportagens. Expor fotografias de ativi- ao cultivo ou preparo de alimentos,
dades relacionadas ao projeto e reali- para posteriormente, convidá-los para
zadas na Unidade Escolar. compartilhar saberes e experiências.

j) Entrevistas m) Reuniões
Realizar entrevistas com a equipe de Realizar reuniões com os familia-
merendeiras e merendeiros da Unidade res para apresentar o projeto e infor-
Escolar. Além disso, outros profissio- mar as ações pedagógicas a serem
nais podem ser convidados para serem realizadas para implementação da
entrevistados, tais como: nutricionistas troca dos utensílios e a introdução da
e profissionais da gastronomia. prática do autosservimento.

k) Palestras n) Coordenação Coletiva


Convidar alguns profissionais, tais Realizar formação continuada
como, pediatras, dentistas, preparador nos momentos da coordenação cole-
físico, agrônomos, entre outros, para tiva com toda equipe de profissio-
compartilhar conhecimentos e contri- nais da Unidade Escolar para com-
partilhar saberes e planejar ações
pedagógicas.

o) Hora da leitura
Ler diferentes gêneros textuais,
tais como: histórias, contos, poemas,
trava-línguas, parlendas, músicas, no-
tícias de jornais, como um convite ao
diálogo com o mundo dos alimentos e
das refeições.

p) Registro
Registrar as diversas atividades
Jardim de Infância 303 Sul

educativas desenvolvidas durante a


realização do projeto, visualizando a
possibilidade da confecção de livros
com autoria dos profissionais da Uni-
dade Escolar e, sobretudo, das pró-
prias crianças.
24 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Ponto 7 – Controle de riscos, segurança alimentar e


nutricional dos alimentos

As normas técnicas e legislações sa- Qualquer processo produtivo de alimen-


nitárias aplicadas ao setor de alimentos tos deve obedecer a um fluxo linear, sem
têm como objetivo estabelecer os re- cruzamento de atividades. Vale destacar
quisitos básicos de Boas Práticas e de
que é proibido descongelar alimentos em
Procedimentos Operacionais Padroni-
zados para os locais onde há produção temperatura ambiente, imersos em água
de refeições, a fim de garantir as condi- ou sob água corrente. O descongelamen-
ções higiênico-sanitárias satisfatórias. to deve ser lento e efetuado sob refrigera-
As crianças são consideradas um pú- ção, em temperatura inferior a 5ºC (cinco
blico de risco, pois estão mais suscetíveis graus Celsius). Após o descongelamento,
às Doenças Transmitidas por Alimentos o produto não deve ser recongelado.
(DTA). Vários critérios devem ser segui-
dos com o objetivo claro de garantir a se- Diante dos riscos de contaminação
gurança alimentar das crianças. Segundo dos alimentos por microorganismos, o
o artigo 5º da Instrução Normativa nº 10, artigo nº 51 da Instrução Normativa nº
de 23 de março de 2016, onde cita: 10, destaca as combinações de tem-
po e temperatura que devem ser ob-
Art. 5º Os manipuladores de alimen- servadas e que são suficientes para
tos devem cumprir uma rotina de hi- assegurar a qualidade higiênico-sani-
giene que inclui banho diário, barba tária das preparações.
e bigode raspados e unhas curtas,
limpas, sem esmalte ou base. É per- A limpeza completa da cozinha e dos
mitido o uso de maquiagem leve. utensílios é realizada em duas etapas:
Parágrafo único. É vedada a utiliza- Limpeza com água e sabão neutro e
ção de adornos, como colares, amu-
logo após a sanitização, que é a etapa
letos, pulseiras, fitas, brincos, unhas
e cílios postiços, piercing em áreas que elimina os microorganis-
expostas, relógio, anéis e alianças. mos. A sanitização pode ser
feita com álcool 70% ou
emprego cuidadoso de
Os alimentos expostos às crianças água quente. Ambas
devem estar adequadamente protegidos são etapas
contra poeira, insetos e outras pragas ur- obrigatórias
banas, permanecendo separados de sa- do processo de
neantes, cosméticos, produtos de higiene
higienização de uten-
e demais produtos tóxicos. Os utensílios
sílios, bancadas, cubas.
devem estar devidamente limpos e orga-
nizados de modo que não exista contami- • Prevenção de aciden-
nação no momento do autosservimento. tes e riscos ambientais:
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 25

Visando a preservação da saúde e 5. Observar os calçados e orientar


integridade de todas e todos os envolvi- quanto à cautela ao pisar.
dos, por meio da antecipação, reconhe-
6. Anotar a data do ocorrido, o uten-
cimento, avaliação e consequente con-
sílio quebrado, a quantidade e o contex-
trole da ocorrência de riscos ambientais
to em que foi quebrado.
existentes ou que venham a existir, es-
tabeleceu-se por meio da Portaria nº 7.Passar essa anotação para a equi-
25, de 29 de dezembro de 1994, a Nor- pe gestora da Unidade Escolar para que
ma Reguladora Nº9 – NR9. seja realizado o registro da ocorrência.
Na Norma Reguladora Nº9, conside-
b) Se o utensílio de vidro quebrou na
ra-se risco ambiental os agentes físicos,
cantina:
químicos e biológicos existentes que, em
função de sua natureza, concentração (Lembrando que a orientação muda a
ou intensidade e tempo de exposição, depender do local do acidente).
são capazes de causar danos à saúde. 1. Seguir todos os pontos do item an-
Nesses casos, deverão ser adotadas as terior com exceção do primeiro.
medidas necessárias e suficientes para
2. Observar se o restante da louça
a eliminação, a minimização ou o contro- ou alimentos não foram contaminados
le dos riscos ambientais sempre que fo- com o vidro.
rem verificadas, uma ou mais situações
de perigo, que podem ser identificadas, 3. Lavar novamente os utensílios
nos tópicos abaixo: com cuidado e desprezar o alimento
se necessário.

• Protocolo de acidentes c) Se os utensílios trincarem ou saírem


lascas?
a) Se o utensílio de vidro quebrou Devem ser separados e descarta-
em sala de aula ou em outro dos, pois o uso compromete a segu-
local destinado a realização das rança das crianças e manipuladores
refeições das crianças: de alimentos.
1. Afastar as crianças. • Protocolo de descarte de vidros:
2. Observar se há ferimentos e Dispensar os vidros quebrados em
buscar tratá-los. dois sacos plásticos ou dentro de uma
3. Recolher com cuidado os ca- caixa de papelão e identificar com os
cos de vidro, com auxílio de vas- dizeres: presença de vidro ou contém
soura e pá. vidro quebrado.
4. Acondicionar o vidro Preencher o Termo de Guarda.
em lixo separado dentro de
outro recipiente.
26 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

TERMO DE GUARDA E RESPONSABILIDADE

Projeto Alimentação na Educação Infantil:


Mais do que cuidar: Educar, brincar e interagir

Controle
de Quebras, Escola: Ano:
Avarias e Perdas

Onde Utensílio
O que Responsável
ocorreu? (caneca,
ocorreu? (merendeiro/
Data do (cozinha/ prato,
(quebra/ Quantidade criança/
ocorrido refeitório/ cumbuca,
avaria/ professor/outro
outro - outro -
perda) servidor)
especificar) especificar)

Autora: Christiane Nóbrega

Autora: Solange Cianni


PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 27

Ponto 8 – Olhares sobre o patrimônio

A Portaria nº 265 de agosto de 2016 es- identidade e pertencimento. Tal propos-


tabelece as competências da SEEDF com ta compreende uma dimensão amplia-
a implementação da política de Educação da de patrimônio, em busca do bem-es-
Patrimonial. Estas práticas pedagógicas tar individual e coletivo na relação com
visam conscientizar a comunidade esco- os utensílios, sua utilização e cuidado.
lar – crianças, professoras e professores O patrimônio material, como os bens
e outros profissionais - sobre princípios de de consumo, demanda investimentos pú-
identidade e pertencimento. Isso significa blicos e, no caso do Projeto em questão,
construir um entendimento coletivo sobre tem o objetivo de melhorar a qualidade da
os bens públicos e a preservação do patri- alimentação escolar e as aprendizagens
mônio comum. As diretrizes desta política das crianças pequenas neste momento
refletem o objetivo de legitimar outras for- privilegiado da rotina diária. Dessa forma,
mas de ver o patrimônio. é importante a elaboração de estratégias
Oportunamente, o Projeto Alimenta- de utilização, manutenção e reposição
ção dialoga com a Educação Patrimo- que envolvam a participação e anuência
nial que nos convida a refletir e fazer de toda a comunidade escolar.
esse exercício, promovendo um debate Mobilizados pela experiência de im-
dentro das Unidades Escolares, com plementação de novos utensílios, tra-
intuito de convidar toda comunidade balhando com as áreas da Pedagogia,
escolar para atuarem como agentes do Nutrição e Educação Patrimonial em
cuidar, para cuidar do patrimônio co- consonância, o convite é de que percor-
letivo e dos bens comuns. A adesão a ramos o caminho com clareza, criativi-
essa proposta inova o fazer pedagógico dade e responsabilidade. Acompanhar
em atividades simples e da rotina que de perto as transformações do ambien-
já são realizadas, contudo traz uma in- te, das práticas e da reorganização da
tencionalidade que agrega princípios de rotina, da Unidade Escolar.
28 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Avaliação

Como avaliar? de, o público e a sua participação no


projeto. Os questionários devem ser
Considerando todo o exposto, suge- objetivos, visando a reflexão constan-
re-se ouvir as crianças, as professoras te da prática educativa e, dessa forma,
e professores, as merendeiras e meren-
assegurar que as estratégias utilizadas
deiros, os familiares e todos os demais
para aplicação do projeto garantam a
envolvidos na aplicabilidade do projeto,
ampliação dos tempos e oportunidades
ao longo do processo, ressaltando os
de aprendizagem das crianças.
pontos positivos e os pontos que preci-
sam ser replanejados para que a troca Esses instrumentos avaliativos de-
dos utensílios e a prática do autosservi- vem garantir os pressupostos da avalia-
mento aconteça de modo fluido. ção formativa, aplicada pela Secretaria
de Estado de Educação do DF.
Instrumentos de avaliação: Por fim, esperamos que este docu-
• Reuniões periódicas com os envolvi- mento colabore para o desenvolvimento
dos, com frequência regular, preferen- das atividades pedagógicas para imple-
cialmente nas reuniões sugeridas em mentação desse Projeto em todas as
calendário próprio da Unidade Escolar Unidades Escolares públicas que ofertam
para debates sobre o Projeto Político Educação Infantil durante o ano de 2018.
Pedagógico e avaliações Institucionais. Desejamos muito sucesso neste traba-
• Questionários, elaborados para os lho e aproveitamos para agradecer o em-
diversos segmentos, respeitando a ida- penho e a dedicação de cada participante.
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 29

Relato de experiência

Brinca-
deira do
paladar Centro de Educação Infantil 310 do Recanto das Emas
Principais ações:
• Reuniões com os pais para apresentar os novos
Experimente fazer utensílios de vidro e inox que seriam utilizados pelas
a brincadeira do crianças. Neste momento, passamos tranquilidade e
paladar. discutimos a questão higiênico-sanitária que os no-
É bem simples. vos utensílios agregam para hábitos alimentares mais
Pegue alguns saudáveis.
alimentos e um
pano para vendar • Teatro no pátio da escola que contou com a pre-
os olhos das sença de toda comunidade escolar e um boneco con-
crianças. feccionado pelas Coordenadoras Intermediárias da
Pegue os Educação Infantil do Recanto das Emas, em que o
alimentos com boneco conversava com as crianças e usava os uten-
colheres e coloque sílios, explicando, ludicamente, a utilização e os cui-
na boca das dados que elas deveriam ter para a preservação e,
crianças para para não sofrerem nenhum acidente.
que elas possam
• Em sala de aula, as professoras realizaram uma
adivinhar o que
atividade com as crianças para apresentar os novos
é e, também,
especificar utensílios que seriam utilizados por elas.
algumas • Aos poucos, os utensílios foram introduzidos na
características, rotina da Unidade Escolar, fazendo com que as crian-
tais como: se ças ficassem bastante curiosas de qual seria utilizado
é doce, azedo, naquele dia. Percebemos que foi bastante tranquilo e
amargo ou sem nenhum acidente ao longo do processo de im-
salgado. plementação do projeto.
30 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

Centro de Educação Infantil 3 de Sobradinho


Para A primeira impressão para algu fons profissionais
da Unidade Escolar foi de que seria perigoso mudar

cantar e os utensílios de plástico pelos utensílios de vidro, pois


poderiam quebrar e cortar as crianças. No decorrer
do processo, as vantagens começaram a surgir e

brincar: percebeu-se que com a devida orientação nossos pe-


quenos conseguem manusear os utensílios de vidro.

Nome da Música: Sopa Principais ações:


Grupo: Palavra cantada • Apresentação do Projeto para as crianças no mo-
mento da acolhida por meio da história: Cachinhos
O que que tem na sopa Dourados e os 3 Ursos.
do neném?
O que que tem na sopa • Circuito de Treinamento nas aulas de Educação
do neném? com Movimento: servir 3 alimentos e andar com o
Será que tem prato de vidro até a mesa; jogar lixo na lixeira correta
espinafre? em equipe.
Será que tem tomate? • Início do autosservimento em pratos de plástico.
Será que tem feijão?
Será que tem agrião? • Melhoria do lanche escolar. Antes todos os ali-
É um, é dois, é três... mentos eram misturados (galinhada, macarronada
e baião) e com o projeto passou-se ao servimento
O que que tem na sopa separado e se tornou um lanche mais atrativo. Cada
do neném? professora passou a orientar o servimento, pois antes
O que que tem na sopa as merendeiras que serviam os alunos.
do neném? • Reunião com Pais para apresentação do projeto:
Será que tem farinha?
história Cachinhos Dourados e os 3 Ursos; degusta-
Será que tem balinha!?
ção do macarrão ao molho de beterraba com utensí-
Será que tem
lios de plástico; exposição dos utensílios novos para
macarrão?
comunidade escolar.
Será que tem
caminhão?! • Acolhidas para conscientizar quanto ao desperdí-
É um, é dois, é três... cio e reciclagem do lixo.
• Reforma do Refeitório: diminuição da altura dos
O que que tem na sopa
bancos e mesas do refeitório; forro nas mesas; mesa
do neném?
para disposição das comidas e utensílios para autos-
O que que tem na sopa
do neném? servimento.
Será que tem rabanete? • Pratos decorativos para mostrar o cardápio do dia.
Será que tem sorvete!?
• Apresentação sobre alimentação saudável com as
Será que tem berinjela?
nutricionistas: histórias com fantoches e explicação
Será que tem panela!?
com slides.
É um, é dois, é três...
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 31

Centro de Educação Infantil 304 do Recanto das Emas


Principais ações:
• Apresentação da História: Cardápio
(Giullieny Matos) para as crianças;
Maluco Para cantar
• Apresentação do projeto e dos novos utensílios
para as crianças e para os pais; e imaginar:
• Criação da horta na escola, onde as crianças pu-
deram participar diretamente no plantio, cuidados e Nome da Música: O grande
rabanete
colheita das hortaliças, que foram servidas no lanche. Grupo: Fortuna
• Incentivo ao hábito de alimentação saudável;
O vô foi para horta, plantou
• Incentivo ao autosservimento por parte das crianças; um rabanete
E esperou o tempo passar.
• Orientações com relação ao cuidado com os
Um dia o vô falou: “Já está
utensílios. na hora, vamos colher,
Vamos tirar o rabanete da
Jardim de Infância da 303 Sul terra, vamos comer”.
Puxa e puxa e puxa e puxa
Principais ações: e puxa e puxa e puxa
E puxa e puxa e puxa e
• Formação interna envolvendo os profissionais, puxa e puxa e puxa e puxa.
com o objetivo de pensar as formas de apresentação Mas o rabanete não saia do
do projeto às crianças e aos pais. lugar.
O vô então chamou: “Vovó,
• A implementação junto às crianças foi iniciada com vem me ajudar”.
a utilização do material que já era próprio do contexto A vó puxava o vô. O vô
da UE, ou seja, o material de plástico, para adaptação. puxava o rabanete.
Puxa e puxa e puxa e puxa
• Durante este período, foram coletadas informa- e puxa e puxa e puxa
ções de como as crianças se alimentavam em casa. E puxa e puxa e puxa e
Esse levantamento se deu em rodas de conversa e puxa e puxa e puxa e puxa.
desenhos, em sala de aula, pelos professores. Neste Mas o rabanete não saia do
lugar.
contexto, verificou-se que: quase totalidade das crian- A vó então chamou: “Oh,
ças eram servidas por adultos; elas eram alimentadas minha neta, vem me
em casa com utensílios de plástico; as crianças não ajudar”.
escolhiam os alimentos, os adultos o faziam por elas; A neta puxava a vó.
as crianças normalmente se alimentavam em frente à A vó puxava o vô que
televisão ou em outros espaços, que não à mesa. puxava o rabanete.
Puxa e puxa e puxa e puxa
• Após o levantamento destas informações, sentiu-se e puxa e puxa e puxa
a necessidade de interagir com as famílias a respeito E puxa e puxa e puxa e
das ações em andamento. As famílias foram convida- puxa e puxa e puxa e puxa.
Mas o rabanete não saia do
das para conhecer o projeto de autosservimento. O lugar.
objetivo era sensibilizá-las quanto a necessidade de A neta então chamou:
autonomia das crianças no ato de se alimentarem e “Totó, vem me ajudar”.
que refletissem sobre os hábitos no contexto familiar. Totó puxava a neta.
A neta puxava a vó, que
• Com o andamento do projeto, foi percebida outra puxava o vô, que puxava o
rabanete.
32 PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR

necessidade: compartilhar a origem dos alimentos e


o processo de produção dos mesmos. Assim, foi cria-
Puxa e puxa e puxa e puxa do, concomitantemente, o PROJETO HORTA SUS-
e puxa e puxa e puxa PENSA. As crianças plantavam hortaliças, acompa-
E puxa e puxa e puxa e
nhavam seu desenvolvimento e as colhiam, as quais
puxa e puxa e puxa e puxa.
Mas o rabanete não saia do eram utilizadas na preparação do próprio lanche.
lugar. • Aos poucos foi implementado o uso dos novos
Totó então chamou: “Oh,
utensílios de vidro e inox.
gato, vem me ajudar”.
O gato puxava o Totó.
Totó puxava a neta, que Centro de Educação Infantil 01 de Ceilândia
puxava a vó, que puxava o
vô, que puxava o rabanete. Principais ações:
Puxa e puxa e puxa e puxa
e puxa e puxa e puxa • Viabilizamos a proposta de utilização dos novos
E puxa e puxa e puxa e utensílios para as crianças de forma lúdica, em que
puxa e puxa e puxa e puxa. utilizando o como tema gerador a “Escola de Hérois”.
Mas o rabanete não saia do
lugar. • Apresentamos o herói dos vídeos games, o Super
O gato então chamou: “Oh, Mario Bross, que trouxe em sua caixa de interroga-
rato, vem me ajudar”.
ção, os novos utensílios que seriam usados pelas
O rato puxava o gato.
O gato puxava o Totó, que crianças na hora do lanche. Pensando em todos es-
puxava a neta, que puxava ses aspectos, foi indicada a temática: “Meu herói da
a vó, que puxava o vô, que cozinha e os utensílios mágicos”.
puxava o rabanete.
Puxa e puxa e puxa e puxa • No primeiro momento houve a apresentação dos
e puxa e puxa e puxa utensílios para as crianças por meio do personagem.
E puxa e puxa e puxa e O mesmo introduziu o projeto para as crianças através
puxa e puxa e puxa e puxa. de uma história em que elas perceberam a diferença
E fla... Saiu o rabanete.
O rato pulando cantou: entre os utensílios utilizados e os que elas iriam utilizar.
Eu sou o mais forte, eu sou • Em seguida foi feita uma pesquisa com os pais,
o mais forte.
em que os mesmos mostram satisfação na mudança
E todos sentaram e
juntos jantaram o grande dos utensílios, apesar de ficarem temerosos no que
rabanete. se diz respeito aos utensílios de vidro. Os pais foram
Todo mundo comeu e ainda chamados na escola e conheceram o personagem do
sobrou um pouco para Mario, além de levar um questionário para casa, em
minhoca que passava por
ali.
que eles (os pais e/ou responsáveis) pudessem rela-
Minhoca, minhoquinha, tar o cotidiano dos utensílios utilizados pelas crianças
tão inteligente, diga em casa e enviar fotos desse momento.
sinceramente,
Você acha que o rato era • Após essa etapa, houve várias brincadeiras lúdicas
mesmo o mais forte de toda com as crianças, principalmente, o circuito psicomotor,
aquela gente? em que as crianças puderam manusear os objetos e
O vô falou: “Eu vou a horta, identificar a importância e cuidado ao utilizá-los. Esse
plantar cenoura”.
circuito foi efeito de maneira em que eles podiam, brin-
Vai começar tudo outra
vez... cando, realizar etapas do processo de servir, como por
exemplo, pegar tampinhas de garrafa com o pegador
de macarrão e deposita-las em um prato.
PROJETO
ALIMENTAÇÃO
MAIS DO QUE CUIDAR:
EDUCAR, BRINCAR E INTERAGIR 33

Referências
BARBOSA, M. C. S. Práticas cotidia- Educação do Distrito Federal. Currícu- LIMA, Romilda de Souza; NETO,
nas na educação infantil: bases para lo em Movimento da Educação Bási- José Ambrósio Ferreira; FARIAS,
a reflexão sobre as orientações cur- ca: Educação Infantil. Brasília, 2014a. Rita de Cássia Pereira. Alimentação,
riculares. Brasília: Ministério da Edu- comida e cultura: o exercício da co-
cação, Universidade Federal do Rio BRASÍLIA. Secretaria de Estado de mensalidade. Demetra: Alimentação,
Grande do Sul, 2009. Educação do Distrito Federal. Diretri- Nutrição & Saúde, 2015, 10, 3, p. 501-
zes de avaliação educacional: apren- 522.
BRASIL. Presidência da República. dizagem, institucional e em larga es-
Norma Reguladora n.9. Programa cala. Brasília, 2014b. NASCIMENTO, Alaíde Oliveira do.
de Prevenção de Riscos Ambientais. Educação Continuada para o Pro-
Brasília, 29 de dez. 1994. BRASÍLIA. Secretaria de Estado de fessor do Ensino Fundamental: Nível
Educação do Distrito Federal. Instru- I: Educação Alimentar e Nutricional.
BRASIL. Presidência da República. ção Normativa n. 10. Brasília, 23 de São Paulo, 2011.
Lei de Diretrizes e Bases da Educa- mar. de 2016.
ção Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de BRASIL. Presidência da República.
dezembro de 1996. Estabelece as di- BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Resolução/CD/FNDE nº26, de 17 de
retrizes e bases da educação nacio- Educação do Distrito Federal. Porta- junho de 2013. Dispõe sobre o aten-
nal. Brasília, 23 de dez. de 1996. ria n. 265, de 16 de agosto de 2016. dimento da alimentação escolar aos
Institui a Política de Educação Patri- alunos da educação básica no âmbito
BRASIL. Ministério do Desenvolvi- monial da Secretaria de Estado de do Programa Nacional de Alimenta-
mento Social e Combate à Fome. Educação do Distrito Federal. Brasí- ção Escolar - PNAE. Brasília, 17 de
Marco de referência de educação ali- lia, 16 de ago. de 2016. jun. 2013.
mentar e nutricional para as políticas
públicas. Brasília: MDS, Secretaria BRASÍLIA. Secretaria de Estado de BRASIL. Ministério da Saúde. Guia
Nacional de Segurança Alimentar e Educação. Catálogo de Programas alimentar para a população brasilei-
Nutricional, 2ª Ed. 2012. e Projetos da Secretaria de Estado ra. 2 ed. Brasília, 2014.
de Educação do Distrito Federal.
BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Brasília, 2018.

Você também pode gostar