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FÍGADO hepática, ducto colédoco e veia porta) e no

leito da vesícula biliar. Ela está diretamente


O fígado é um órgão grande e essencial, relacionada a várias estruturas anatômicas,
encontrado no quadrante superior direito do que incluem:
abdome. Ele é um órgão acessório ● duodeno
multifuncional do trato gastrointestinal, e realiza ● vesícula biliar
as funções de desintoxicação, síntese de ● flexura hepática
proteínas, produção bioquímica e ● cólon transverso
armazenamento de nutrientes, dentre outras. ● rim direito
Função ● glândula suprarrenal (glândula adrenal).
Desintoxicação, síntese de proteínas, produção A superfície diafragmática também é recoberta
da bile, armazenamento de nutrientes, por peritônio, exceto na área nua.

ta
metabolismo da bilirrubina.
Anatomia Drenagem linfática
Lobos: direito, esquerdo, caudado, quadrado Sistema superficial: vasos linfáticos do tecido
Superfícies: diafragmática, visceral conjuntivo subseroso
Sistema profundo: vasos linfáticos dentro do

tis
Ligamentos: coronário, triangular esquerdo,
falciforme, redondo e venoso parênquima hepático.
Fissuras e recessos: porta hepatis (fissura
central), recesso subfrênico, recesso
hepatorrenal.
Ba
zia

A drenagem linfática é realizada principalmente


Existem quatro lobos anatômicos no fígado, por linfonodos hepáticos, que podem ser
que são subdivididos em segmentos menores, encontrados ao redor da porta hepática. Dali
de acordo com seu suprimento sanguíneo. O eles continuam para os linfonodos celíacos, e
lobo direito é o maior dos quatro, sendo o lobo eventualmente drenam para a cisterna do quilo.
Lu

esquerdo menor e achatado.


O lobo caudado se encontra entre a fissura do Vascularização
ligamento venoso e a veia cava inferior, Funcional: veia porta
enquanto o lobo quadrado está localizado entre Nutritiva: artéria hepática
a vesícula biliar e a fissura do ligamento Drenagem: veia hepática -> veia cava inferior
redondo do fígado. A parte esquerda do fígado, -> átrio direito.
que é conhecida como fígado funcional,
contém todos os lobos, exceto o lobo direito. O fígado é um órgão especial, no sentido de
As duas principais superfícies do fígado são a que ele recebe mais sangue venoso do que
superfície diafragmática e a superfície visceral. arterial, devido ao fato de auxiliar na eliminação
A última é recoberta por peritônio, exceto na de substâncias tóxicas do sangue. A maior
região da passagem da tríade portal (artéria parte do suprimento sanguíneo é levado ao

Luzia Batista
órgão pela veia porta, enquanto o restante é Ligamento triangular esquerdo – é uma
levado pela artéria hepática. mistura do ligamento falciforme e do omento
As veias hepáticas são responsáveis pela menor.
drenagem venosa do fígado, sendo formadas Ligamento falciforme – não é de origem
pela união das veias centrais do fígado, e embriológica, mas uma dobra peritoneal a
drenam diretamente para a veia cava inferior, partir da parede abdominal superior, desde o
logo antes de sua passagem pelo diafragma. umbigo até o fígado. Apresenta o ligamento
redondo do fígado em sua borda livre.
Inervação Ligamento redondo do fígado – É um
Plexo hepático, plexo celíaco remanescente fibroso da veia umbilical que
Notas clínicas ainda se estende da porção interna do umbigo
Insuficiência hepática, cirrose, hipertensão até o fígado.
portal, colestase, carcinoma hepatocelular. Ligamento venoso – também é um

ta
O suprimento nervoso do fígado vem do plexo remanescente embrionário, nesse caso, do
hepático, que segue ao longo da artéria ducto venoso da circulação fetal. Quando o
hepática e da veia porta. O fígado recebe ainda bebê está no útero, o ducto venoso leva o
fibras simpáticas do plexo celíaco e fibras sangue da veia umbilical até a veia cava.

tis
parassimpáticas dos troncos vagais anterior e
posterior. A porta hepática é a fissura intraperitoneal
central do fígado, que separa os lobos caudado
e quadrado. Ela funciona como entrada e saída
de vários vasos e outras estruturas
Ba
importantes, incluindo a veia porta, a artéria
hepática, o plexo nervoso hepático, os ductos
hepáticos e os vasos linfáticos.

O recesso subfrênico, que é dividido pelo


ligamento falciforme do fígado, é o plano que
separa ofígado do diafragma.
zia

O recesso hepatorrenal encontra-se na região


inferior direita do fígado e o separa do rim,
anteroinferiormente, e da glândula suprarrenal,
póstero inferiormente.
Lu

Ligamentos
Existem cinco ligamentos que se relacionam
diretamente com o fígado:

Ligamento coronário - formado por dobras


do peritônio a partir da superfície inferior do
diafragma, conectando esta estrutura ao
fígado. Ele possui uma camada anterior e uma
posterior.

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SISTEMA RESPIRATÓRIO com o coração, a veia cava superior, a veia
cava inferior, a veia ázigos e o esôfago. As
Os pulmões são os nossos dois órgãos impressões destas estruturas podem ser vistas
respiratórios. Eles encontram-se lateralmente na superfície medial do pulmão.
no interior das cavidades pleurais do tórax. A
árvore brônquica conduz ar para dentro e para
fora dos pulmões.

ta
tis
Ba
Por outro lado, o pulmão esquerdo possui
somente dois lobos; superior e inferior, e 8
segmentos pulmonares. Os lobos são
separados por uma única fissura oblíqua. A
superfície mediastinal do pulmão esquerdo
demonstra impressões das seguintes
estruturas: o coração, o arco aórtico, a aorta
Cada pulmão possui uma base, um ápice, duas torácica e o esôfago.
zia

superfícies (costal e mediastinal) e três


margens (anterior, posterior e inferior). A base Inervação pulmonar
encontra-se sobre o diafragma, enquanto o Os pulmões e a pleura visceral são supridos
ápice se projeta em direção à abertura torácica pelo plexo pulmonar anterior e pelo plexo
superior. A face medial é de grande interesse, pulmonar posterior, que, como indiciado por
pois contém o hilo pulmonar. O hilo pulmonar é seus nomes, se encontram anteriormente e
Lu

uma passagem para a artéria pulmonar, duas posteriormente à bifurcação traqueal.


veias pulmonares e o brônquio principal, além
de nervos e vasos linfáticos. A fonte de inervação simpática para o plexo é o
tronco simpático, enquanto a fonte
Os dois pulmões não são idênticos. O pulmão parassimpática é o nervo vago. Eles atuam de
direito possui três lobos: inferior, superior e maneira sincronizada,com a estimulação
médio. Estes lobos se subdividem, emitindo 10 simpática levando à broncodilatação, e a
segmentos broncopulmonares, que são as parassimpática levando à broncoconstrição.
unidades funcionais do tecido pulmonar. Os
lobos pulmonares direitos são separados por
duas fissuras: oblíqua e horizontal. A superfície
mediastinal do pulmão direito está em contato

Luzia Batista
Drenagem linfática dos Pulmões Anatomia do Pulmão
A linfa dos pulmões drena para os linfonodos
traqueobrônquicos, que se encontram ao redor Base, ápice, duas superfícies (costal,
dos brônquios principais e lobares, e ao longo mediastinal), três bordas (anterior, posterior,
das laterais da traqueia. Eles se estendem de inferior)
dentro dos pulmões através do hilo e O hilo contém a artéria pulmonar, as duas veias
mediastino posterior. Os vasos dos linfonodos pulmonares, o brônquio principal, as artérias
traqueobrônquicos se unem com os vasos dos brônquicas, as veias brônquicas, os nervos e
linfonodos parasternais e braquiocefálicos, os vasos linfáticos.
formando os troncos broncomediastinal direito
e esquerdo. Estes troncos eventualmente Inervação
drenam para o ângulo venoso ou para o ducto Simpática: Tronco simpático
torácico. Parassimpática: Nervo vago

ta
Drenagem linfática: Linfonodos (gânglios)
Circulação Pulmonar traqueobrônquicos

Sistemas circulatórios no pulmão

tis Circulação pulmonar: ventrículo direito ->


tronco pulmonar -> duas artérias pulmonares ->
capilares pulmonares -> pulmões -> quatro
veias pulmonares -> átrio esquerdo
Ba
Circulação brônquica: artérias brônquicas
(surgem da aorta torácica) e veias (drenam
para as veias pulmonares ou ázigos).

Traqueia e brônquios
zia

A traqueia é o início da árvore respiratória. Ela


Árvore traqueobrônquica
é um tubo musculocartilagenoso que se
Traqueia (C2-T4/5) -> brônquios principais
estende desde a cartilagem cricóide, ao nível
(direito e esquerdo) -> brônquios lobares
de C2, até a sua bifurcação ao nível de T4/T5.
(secundários) -> brônquios segmentares
As cartilagens em forma da letra "C" nas quais
(terciários) -> bronquíolos condutores ->
consistem as paredes anterior e lateral da
bronquíolos terminais -> bronquíolos terminais
traqueia mantém seu lúmen constantemente
Lu

-> bronquíolos respiratórios.


aberto e disponível para a condução do ar,
enquanto a parede posterior é muscular.
Pleura
Traqueia
A pleural parietal está em contato com as
A traquéia se bifurca nos brônquios principais
paredes da cavidade torácica e do mediastino.
direito e esquerdo, com cada brônquio
A cavidade pleural é preenchida por fluido para
passando pelo hilo de seu respectivo pulmão.
reduzir o atrito.
O brônquio principal direito é maior e possui
A pleura visceral adere ao tecido pulmonar.
um curso mais vertical que o direito, este é o
motivo pelo qual as partículas estranhas
aspiradas vão preferencialmente para o
brônquio direito e atingem o pulmão direito.

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Depois de entrar no parênquima pulmonar, os árvore brônquica conduz ar para dentro e para
brônquios principais se ramificam e emitem as fora dos pulmões.
próximas gerações de brônquios Cada pulmão possui uma base, um ápice, duas
sucessivamente menores, conduzindo ar superfícies (costal e mediastinal) e três
profundamente para os pulmões: margens (anterior, posterior e inferior). A base
encontra-se sobre o diafragma, enquanto o
Brônquio (secundário) lobar; um para cada lobo ápice se projeta em direção à abertura torácica
pulmonar (três para o pulmão direito e dois superior. A face medial é de grande interesse,
para o pulmão esquerdo). pois contém o hilo pulmonar. O hilo pulmonar é
Brônquio (terciário) segmentar; um para cada uma passagem para a artéria pulmonar, duas
segmento broncopulmonar, que por definição veias pulmonares e o brônquio principal, além
são os segmentos pulmonares supridos pelos de nervos e vasos linfáticos.
brônquios segmentares e ramo segmentar Os dois pulmões não são idênticos. O pulmão

ta
associado da artéria pulmonar. Os brônquios direito possui três lobos: inferior, superior e
segmentares sofrem múltiplas divisões, médio. Estes lobos se subdividem, emitindo 10
eventualmente resultando nos bronquíolos. segmentos broncopulmonares, que são as
Os muitos bronquíolos de condução; a unidades funcionais do tecido pulmonar. Os

tis
terminologia varia de brônquio para bronquíolo lobos pulmonares direitos são separados por
quando a estreita passagem aérea não possui duas fissuras: oblíqua e horizontal. A superfície
cartilagem de suporte. mediastinal do pulmão direito está em contato
Bronquíolos terminais; os ramos finais e com o coração, a veia cava superior, a veia
menores ramos da via de condução aérea, cava inferior, a veia ázigos e o esôfago. As
Ba
transição para os bronquíolos respiratórios. impressões destas estruturas podem ser vistas
Bronquíolos respiratórios; dão origem aos na superfície medial do pulmão.
ductos alveolares. Por outro lado, o pulmão esquerdo possui
somente dois lobos; superior e inferior, e 8
Pleura parietal segmentos pulmonares. Os lobos são
separados por uma única fissura oblíqua. A
A pleura é uma bolsa serosa que consiste nas superfície mediastinal do pulmão esquerdo
zia

camadas parietal e visceral. A pleura parietal demonstra impressões das seguintes


está em contato com as paredes da cavidade estruturas: o coração, o arco aórtico, a aorta
torácica e o mediastino, enquanto a pleura torácica e o esôfago.
visceral se adere ao tecido pulmonar.
O espaço entre estas duas camadas é Os pulmões e a pleura visceral são supridos
chamado de cavidade pleural. Ele é preenchido pelo plexo pulmonar anterior e pelo plexo
com cerca de 20 mililitros de líquido seroso, pulmonar posterior, que, como indiciado por
Lu

que ajuda a reduzir a fricção durante a seus nomes, se encontram anteriormente e


respiração. A função da pleura também é posteriormente à bifurcação traqueal.
contribuir com o sistema de pressão que
permite a expansão e colapso dos pulmões A fonte de inervação simpática para o plexo é o
durante a respiração. Você pode aprender tudo tronco simpático, enquanto a fonte
sobre a cavidade pleural no link abaixo. parassimpática é o nervo vago. Eles atuam de
maneira sincronizada,com a estimulação
Cavidade pleural simpática levando à broncodilatação, e a
parassimpática levando à broncoconstrição.
Os pulmões são os nossos dois órgãos
respiratórios. Eles encontram-se lateralmente Drenagem linfática dos pulmões
no interior das cavidades pleurais do tórax. A

Luzia Batista
Vasos e gânglios linfáticos dos pulmões. O sistema circulatório nutritivo dos pulmões se
A linfa dos pulmões drena para os linfonodos refere à circulação brônquica. As artérias
traqueobrônquicos, que se encontram ao redor brônquicas fornecem oxigênio ao tecido dos
dos brônquios principais e lobares, e ao longo pulmões, suportando a função primária de
das laterais da traqueia. Eles se estendem de troca gasosa dos mesmos. As 4 artérias
dentro dos pulmões através do hilo e brônquicas se originam da aorta torácica:
mediastino posterior. Os vasos dos linfonodos artéria brônquica direita, duas artérias
traqueobrônquicos se unem com os vasos dos brônquicas esquerdas e artérias brônquicas
linfonodos paraesternais e braquiocefálicos, superiores. Por outro lado, as veias brônquicas
formando os troncos broncomediastinais direito drenam o tecido pulmonar para o átrio direito
e esquerdo. Estes troncos eventualmente através das veias pulmonares ou ázigos.
drenam para o ângulo venoso ou para o ducto
torácico. Alvéolos

ta
Os pulmões possuem dois sistemas
circulatórios: funcional e nutritivo. O sistema
circulatório funcional, ou pulmonar, consiste em

tis
duas artérias pulmonares e quatro veias
pulmonares. As artérias pulmonares se
originam do tronco pulmonar, e levam sangue
desoxigenado do ventrículo direito para os
pulmões. O termo alvéolo vem do latim “alveolus” e se
Ba
Ao se dividir em vasos menores e finalmente refere a uma cavidade oca, bacia ou tigela.
nos capilares pulmonares, elas atingem a Consequentemente, existem diferentes tipos de
superfície respiratória dos pulmões. Por outro alvéolos no corpo humano, mas esse termo é
lado, os pares direito e esquerdo de veias mais frequentemente utilizado para descrever
pulmonares carregam sangue oxigenado dos os pequenos sacos de ar existentes nos
pulmões para o átrio esquerdo do coração. pulmões dos mamíferos, que são
especificamente chamados de alvéolos
zia

Você pode achar que cometemos algum erro pulmonares.


ao dizer que as artérias levam sangue
desoxigenado e as veias levam sangue Os alvéolos pulmonares são sacos parecidos
oxigenado, mas não foi erro. Esta é a dica; com balões preenchidos de ar e localizados
apesar de a definição mais ampla de uma nas extremidades distais da árvore brônquica.
artéria ser um vaso que leva sangue Podem existir até 700 milhões de alvéolos em
oxigenado, e de uma veia ser um vaso que cada pulmão, onde eles facilitam a troca
Lu

leva sangue desoxigenado; na verdade uma gasosa de oxigênio e dióxido de carbono entre
artéria é um vaso que leva sangue em direção o ar inalado e a corrente sanguínea:
à periferia, e uma veia é um vaso que leva
sangue da periferia de volta ao coração. Por Função
causa desta definição, nós temos um exemplo Troca de oxigênio e dióxido de carbono através
único na circulação pulmonar onde uma artéria da membrana respiratória.
carrega sangue desoxigenado e uma veia leva
sangue oxigenado. Esta parte da circulação é Células alveolares
chamada de funcional porque ela não serve Pneumócito tipo I (células alveolares
para suporte nutricional do tecido pulmonar, pavimentosas com uma fina membrana;
mas para o processo de troca de oxigênio e permitem a troca gasosa)
gás carbônico no interior dos pulmões.

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Pneumócito tipo II (repara o epitélio alveolar e nosso muco. Se seus pulmões estiverem
secreta surfactante pulmonar) infectados ou sangrando, os macrófagos
Macrófagos alveolares. também terão a função de fagocitar as
bactérias e as células sanguíneas. Ao final de
Tipos Celulares: cada dia, até 100 milhões de macrófagos
sobem pelo muco e pelos cílios para serem
Pneumócitos tipo I deglutidos no esôfago e digeridos - e é assim
Principal tipo celular encontrado na superfície que os debris pulmonares são removidos.
alveolar, cobrindo cerca de 95% de sua área.
São células finas e largas conhecidas como
células alveolares pavimentosas (tipo I) ou
pneumócitos tipo I. As finas paredes dessas
células permitem uma rápida difusão de gases

ta
entre o ar e o sangue e, portanto, permitem
que a troca gasosa ocorra. Os outros 5% da
área de superfície dos alvéolos são cobertos
por células arredondadas ou cuboidais

tis
chamadas de pneumócitos tipo II ou células
septais. Apesar dos pneumócitos tipo II
cobrirem uma área de superfície menor, eles
estão em número bem maior do que as células
alveolares pavimentosas.
Ba
Pneumócitos tipo II
As células alveolares tipo II (também
conhecidas como pneumócitos tipo II) têm duas
funções: (1) reparar o epitélio alveolar quando
as células pavimentosas são lesionadas e (2)
secretar surfactante pulmonar. O surfactante é
zia

formado por fosfolipídeos e proteínas e reveste


os alvéolos e os bronquíolos menores,
prevenindo que os alvéolos colapsem durante
a variação de pressão que ocorre na exalação.
Sem o surfactante, as paredes do alvéolo
desinflado tenderiam a se colapsar,
juntando-se como folhas de um papel molhado
Lu

e seria muito difícil reinflá-los na próxima


inalação.

Macrófago alveolar
O tipo celular pulmonar mais numeroso é o
macrófago alveolar, que trafega no lúmen dos
alvéolos e no tecido conjuntivo entre eles,
limpando os debris através de fagocitose.
Esses macrófagos “comem” as partículas de
poeira que escapam do muco nas partes mais
altas do trato respiratório, bem como outros
debris que não são capturados e limpos pelo

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SISTEMA URINÁRIO normalmente está em contato com a glândula
● adrenal, que é envolvida por uma cápsula
O sistema excretor, também conhecido como fibrosa e um coxim gorduroso pararrenal. Essa
sistema urinário, é formado pelos rins, pelos glândula também é chamada de glândula
ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra, que suprarrenal, e um fino septo de fáscia a separa
filtram o sangue e, posteriormente, produzem, do rim, de forma que na verdade eles não
transportam, armazenam e eliminam a urina estão em contato direto um com o outro. As
(resíduo líquido) de forma intermitente. glândulas adrenais agem como parte do
sistema endócrino, secretando hormônios tais
Ao eliminar líquidos e resíduos, o sistema como a aldosterona. Sua função difere
urinário regula importantes parâmetros completamente em relação àquela dos rins e
metabólicos, tais como o volume sanguíneo e, do sistema urinário como um todo.
consequentemente, a pressão sanguínea, o pH

ta
do sangue, ao eliminar ácidos e bases, e o Urina
equilíbrio eletrolítico, através de sofisticados
mecanismos de reabsorção e excreção que Muitos subprodutos residuais do metabolismo
dependem das necessidades do corpo. são prejudiciais e são removidos da corrente

tis
sanguínea pela urina. Alguns elementos
Função: Eliminação de resíduos do corpo, presentes na urina são:
regulação do volume sanguíneo, da pressão
sanguínea, do pH do sangue e equilíbrio ● Ureia e creatinina, que são os produtos
eletrolítico através da produção e excreção de finais do metabolismo das proteínas.
Ba
urina.Parte superior (abdominal) ● Medicamentos ou os subprodutos
resultantes de seu metabolismo.
Rins - par de órgãos que filtram o sangue e ● Em algumas doenças, a urina pode
produzem urina; reabsorvem substâncias úteis conter glicose (como no diabetes
(eletrólitos, aminoácidos), eliminam resíduos na mellitus) ou proteínas (doenças renais),
urina (dos alimentos, medicações e toxinas). ambas as quais geralmente não são
excretadas.
zia

Ureteres - tubos que transportam a urina dos ● Um volume considerável de água,


rins até a bexiga urinária. Parte inferior sendo que a quantidade excretada pela
(pélvica)Bexiga urinária - bolsa muscular que urina é estritamente controlada.
armazena a urina, permitindo que a diurese
seja um processo controlado
A produção de urina e o controle de sua
Uretra - tubo que transporta a urina da bexiga composição é uma função exclusiva dos rins. A
Lu

urinária para o exterior do corpo (no sexo bexiga urinária é responsável pelo
masculino tem a função adicional de armazenamento da urina até que seja
transportar o sêmen na ejaculação).] eliminada. Os ureteres e a uretra são
simplesmente tubos para o transporte da urina
Os órgãos urinários superiores (rins e ureteres) para a bexiga urinária, e desta para a parte de
e seus vasos sanguíneos são, primariamente, fora do corpo, respectivamente. Os dois
estruturas retroperitoneais localizadas na ureteres e a uretra formam um trígono da
parede abdominal posterior, isto é, foram bexiga urinária, que indica os três pontos de
originalmente formados como vísceras inserção dessas estruturas na bexiga.
retroperitoneais e ainda permanecem como tal.
O aspecto superomedial de cada rim

Luzia Batista
Relações anatômicas Trajeto: Existem dois ureteres. Cada um é um
tubo muscular de 25-30cm de comprimento,
com um lúmen estreito, que transporta a urina
dos rins até a bexiga urinária, conectando
essas duas estruturas. Os ureteres seguem
inferiormente do ápice das pelves renais nos
hilos renais, passando sobre a abertura pélvica
ao nível da bifurcação das artérias ilíacas
comuns. Eles então seguem ao longo da
parede lateral da pelve para entrar na bexiga
urinária, formando os dois pontos superiores do
trígono da bexiga. As partes abdominais dos
ureteres se aderem firmemente ao peritônio

ta
Cada um dos rins têm uma margem convexa parietal e são retroperitoneais ao longo de todo
lateral e uma margem côncava medial, na qual o seu trajeto.
o seio renal e a pelve renal estão localizados.
Essa margem medial recuada dá ao rim uma

tis
aparência de feijão. Os rins filtram água, sais e Os ureteres normalmente possuem constrições
resíduos do metabolismo das proteínas do de graus variáveis em três pontos ao longo de
sangue, e posteriormente absorvem os seu trajeto dos rins até a bexiga:
nutrientes e elementos químicos de volta para
o sangue. Eles se encontram ● na junção dos ureteres e das pelves
Ba
retroperitoneamente na parede abdominal renais
posterior, um de cada lado da coluna vertebral, ● no ponto onde os ureteres atravessam
ao nível das vértebras T12 - L3. O rim direito é a abertura da cavidade pélvica
discretamente inferior ao rim esquerdo, ● na sua passagem através da parede da
provavelmente devido à sua relação anatômica bexiga urinária
com o fígado, que se encontra antero
superiormente a ele. In vivo, os rins são
zia

vermelhos/amarronzados e medem Circularização e drenagem linfática


aproximadamente 10 cm de comprimento, 5 cm
de largura e 2,5 cm de espessura. A porção abdominal dos ureteres é irrigada
Superiormente, os rins se relacionam com o pelas artérias renais e drenada por veias
diafragma, que os separa das cavidades renais, que por sua vez drenam para as
pleurais e dos 12 pares de costelas.Mais
veias renais ou gonadais (testiculares ou
inferiormente, as superfícies posteriores dos
Lu

ovarianas). Os vasos linfáticos drenam a


rins se relacionam com o músculo quadrado
lombar. O nervo e os vasos subcostais, e os linfa para os linfonodos lombares direito ou
nervos iliohipogástrico e ilioinguinal descem em esquerdo (cavais ou aórticos), e para os
direção diagonal pelas superfícies posteriores linfonodos ilíacos comuns.
dos rins. O fígado, o duodeno e o cólon
ascendente são anteriores ao rim direito. O rim A drenagem linfática das partes pélvicas
direito é separado do fígado pelo recesso dos ureteres é realizada para os linfonodos
hepatorrenal. O rim esquerdo tem relações ilíacos comuns, externos e internos. Sua
anatômicas com o estômago, o baço, o irrigação é feita por ramos variáveis das
pâncreas, o jejuno e o cólon descendente. artérias ilíacas comuns, ilíacas internas e
ovarianas.
Ureteres

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Inervação corpo, enquanto o colo é a região onde o fundo
e as superfícies inferolaterais se encontram
Os ureteres são inervados por plexos inferiormente.
autonômicos adjacentes (renal, aórtico,
hipogástricos superior e inferior). Fibras
aferentes, que conduzem estímulos dolorosos Uretra
dos ureteres, seguem fibras simpáticas em
uma direção retrógrada até os gânglios
espinais e os segmentos T11 - L1 ou L2 da Sexo masculino
medula espinal. A dor uretral geralmente é
referida no quadrante inferior ipsilateral do
abdome, especialmente na região inguinal A uretra do sexo masculino é um tubo muscular
(virilha).

ta
(18-22 cm de comprimento) que transporta a
urina do óstio interno da uretra na bexiga
Bexiga urinária urinária até o óstio externo da uretra, localizado
na ponta da glânde do pênis. A uretra também
A bexiga urinária é uma víscera oca com fortes constitui uma via de saída para o sêmen

tis
paredes musculares caracterizada por sua (esperma e secreções glandulares).
distensibilidade. As paredes da bexiga são
compostas principalmente pelo músculo
detrusor. Nos homens, próximo ao colo da
Sexo feminino
bexiga, as fibras do músculo detrusor formam
Ba
um esfíncter involuntário denominado esfíncter
A uretra feminina (aproximadamente 4 cm de
uretral interno (esfíncter interno da uretra).
comprimento e 6 mm de diâmetro) passa
Esse esfíncter se contrai durante a ejaculação
anteroinferiormente do orifício interno da uretra,
para evitar a ejaculação retrógrada do sêmen
na bexiga urinária, posterior e inferiormente à
para a bexiga. Algumas fibras do músculo
sínfise púbica, até o óstio externo da uretra. A
detrusor seguem radialmente e auxiliam na
musculatura que envolve o orifício interno da
abertura do óstio interno da uretra. Os óstios
uretra na bexiga feminina não é organizada
zia

ureterais e o óstio interno da uretra se


para constituir um esfíncter interno. No sexo
localizam nos ângulos do trígono da bexiga. Ao
feminino, o óstio externo da uretra se localiza
final da micção, praticamente não resta urina
no vestíbulo, anteriormente ao óstio da vagina.
na bexiga de um adulto normal.

Quando vazia, a bexiga urinária é um tanto


Lu

tetraédrica e externamente tem um ápice,


corpo, fundo e colo. Suas 4 superfícies - uma
superior, 2 inferolaterais e uma posterior - são
mais aparentes ao visualizar uma bexiga vazia
e contraída que foi removida de um cadáver,
quando assume o formato de um barco. No
corpo humano, quando vazia, o ápice da
bexiga aponta para a borda superior da sínfise
púbica. O fundo é formado pela parede
posterior e é oposto ao ápice. Entre o ápice e o
fundo há uma parte importante da bexiga, seu

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PÂNCREAS partes descendente e horizontal do duodeno,
que formam um C em torno da cabeça do
O pâncreas tem um duplo papel, pois além de pâncreas. O processo uncinado projeta-se
ser uma glândula exócrina do sistema inferiormente a partir da cabeça do pâncreas e
digestivo, é também uma glândula endócrina estende-se posteriormente em direção à artéria
produtora de hormônios. Ele é um órgão mesentérica superior. Lateralmente à cabeça
retroperitoneal, formado por cinco partes e por encontramos o colo, uma estrutura pequena,
um sistema interno de ductos. O pâncreas é com cerca de 2cm, que conecta a cabeça e
vascularizado pelas artérias pancreáticas, e é corpo do pâncreas. Posteriormente ao colo
inervado pelo nervo vago (NC X), plexo celíaco estão a artéria e a veia mesentéricas
e plexo mesentérico superior. superiores e a origem da veia porta hepática -
formada pela união das veias mesentérica
superior e esplênica.

ta
Este órgão é incrivelmente potente, e seu
funcionamento desregulado e excessivo pode
resultar na sua autodigestão, enquanto sua O ducto pancreático principal (de Wirsung)
insuficiência pode levar ao coma. atravessa todo o parênquima pancreático,
desde a cauda até à cabeça. Ele se junta ao

tis
O pâncreas é um órgão alongado de ducto biliar, na cabeça do pâncreas, para
aproximadamente 15 cm que se localiza formar o ducto hepatopancreático, também
obliquamente na parede abdominal posterior, conhecido como ampola de Vater, que
ao nível dos corpos vertebrais de L1 e L2. A desemboca na parte descendente do duodeno,
através da papila duodenal maior. O fluxo
Ba
sua posição oblíqua faz com que seja
impossível visualizá-lo em sua totalidade através da ampola de Vater é controlado por
usando apenas um corte transversal. O um esfíncter muscular liso, chamado esfíncter
pâncreas está em contato com diversas de Oddi (hepatopancreático), que também
estruturas, uma vez se estende por várias previne o refluxo de conteúdo duodenal para o
regiões abdominais (epigástrica, hipocôndrio ducto hepatopancreático. As partes terminais
esquerdo e umbilical). dos ductos pancreático principal e biliar
também têm esfíncteres, que desempenham
zia

A cabeça é a porção medial e expandida do um papel importante no controle do fluxo dos


pâncreas. Ela fica em contato direto com as fluidos pancreático e biliar. Além do ducto
partes descendente e horizontal do duodeno, principal, o pâncreas também contém um ducto
que formam um C em torno da cabeça do acessório (de Santorini). Ele se comunica com
pâncreas. O processo uncinado projeta-se o ducto pancreático principal ao nível do colo
inferiormente a partir da cabeça do pâncreas e pancreático, e desemboca na parte
descendente do duodeno através da papila
Lu

estende-se posteriormente em direção à artéria


mesentérica superior. Lateralmente à cabeça duodenal menor.
encontramos o colo, uma estrutura pequena,
com cerca de 2cm, que conecta a cabeça e
corpo do pâncreas. Posteriormente ao colo
estão a artéria e a veia mesentéricas
superiores e a origem da veia porta hepática -
formada pela união das veias mesentérica
superior e esplênica.

A cabeça é a porção medial e expandida do


pâncreas. Ela fica em contato direto com as

Luzia Batista
Função um posterior que se projetam ao longo das
respectivas faces do colo do pâncreas, onde
O pâncreas é um órgão único, pois possui formam as arcadas pancreaticoduodenais
tanto funções endócrinas como exócrinas. A responsáveis por vascularizar cada face
sua função exócrina inclui a síntese e a
liberação de enzimas digestivas no duodeno. A Por sua vez, o corpo e a cauda do pâncreas
sua função endócrina envolve a liberação de são irrigados pelas artérias pancreáticas, que
insulina e glucagon na corrente sanguínea, se ramificam a partir das artérias esplênica,
dois importantes hormônios responsáveis pela gastroduodenal e mesentérica superior. A
regulação do metabolismo da glicose, dos artéria esplênica é a mais relevante para a
lípidos e das proteínas. vascularização dessas zonas do pâncreas.

As glândulas exócrinas pancreáticas sintetizam A veia pancreatioduodenal anterior superior

ta
e liberam nos ductos pancreáticos enzimas desemboca na veia mesentérica superior,
digestivas inativas, chamadas de zimogênios. enquanto a veia pancreaticoduodenal anterior
Ao atingir o duodeno, os zimogênios são posterior desemboca na veia porta hepática.
ativados por enzimas proteolíticas, tornando-se Tanto a veia pancreaticoduodenal anterior

tis
peptidases, amilases, lipases e nucleases inferior como a veia pancreaticoduodenal
ativas, que atuam para digerir ainda mais os posterior inferior drena na veia mesentérica
alimentos que entram no intestino delgado superior, enquanto as veias pancreáticas
provenientes do estômago. drenam o sangue venoso do corpo e da cauda
do pâncreas na veia esplênica.
Ba
A função endócrina do pâncreas é
desempenhada pelas ilhotas pancreáticas de Inervação
Langerhans. Essas glândulas endócrinas
secretam hormônios diretamente na corrente O pâncreas recebe inervação involuntária
sanguínea, e possuem três tipos celulares através do sistema nervoso autônomo (SNA). A
principais: alfa, beta e delta. Não se preocupe, sua inervação parassimpática provém do nervo
você não vai precisar de aprender todo o vago (NC X), e a sua inervação simpática, dos
zia

alfabeto grego para saber as funções do nervos esplâncnicos maior e menor (T5-T12).
pâncreas! Resumidamente, as células alfa Os dois tipos de fibras autônomas seguem até
liberam glucagon, as células beta secretam ao gânglio celíaco e plexo mesentérico
insulina e as células delta produzem superior, projetando-se, por fim, no pâncreas.
somatostatina. Esses hormônios são
fundamentais para a regulação não só do
metabolismo da glicose, mas também das
Lu

funções gastrointestinais.

Vascularização

O pâncreas recebe o seu suprimento


sanguíneo de várias fontes. O processo
uncinado e a cabeça do pâncreas são
vascularizados pelas artérias
O pâncreas recebe inervação involuntária
pancreaticoduodenais superior e inferior, ramos
através do sistema nervoso autônomo (SNA). A
das artérias gastroduodenal e mesentérica
sua inervação parassimpática provém do nervo
superior, respectivamente. Cada artéria
vago (NC X), e a sua inervação simpática, dos
pancreaticoduodenal tem um ramo anterior e

Luzia Batista
nervos esplâncnicos maior e menor (T5-T12).
Os dois tipos de fibras autônomas seguem até
ao gânglio celíaco e plexo mesentérico
superior, projetando-se, por fim, no pâncreas.

Drenagem linfática

ta
tis
A linfa do corpo e da cauda do pâncreas é
Ba
drenada nos linfonodos pancreáticos e
esplênicos, localizados ao longo da artéria
esplênica; enquanto a linfa da cabeça
pancreática é drenada nos linfonodos pilóricos.
Subsequentemente, a linfa é transportada para
os linfonodos celíacos ou mesentéricos
superiores.
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Luzia Batista
SISTEMA LINFÁTICO Assim como o plasma sanguíneo, a linfa é
formada principalmente por água. Os outros
O sistema linfático é um sistema de vasos e componentes são proteínas, lipídeos, glicose,
órgãos especializados cuja principal função é íons e células. Dependendo de onde a linfa é
transportar a linfa dos tecidos para a corrente produzida, a sua composição pode variar (ex.:
sanguínea. a linfa produzida no sistema gastrointestinal é
rica em gordura). O corpo de um indivíduo
O sistema linfático é considerado parte tanto do saudável produz em média 2 litros de linfa por
sistema circulatório como do sistema imune, e dia, mas essa quantidade pode variar muito em
mesmo assim é negligenciado em alguns condições patológicas.
livros-texto. As funções do sistema linfático
complementam as funções dos vasos Capilares linfáticos
Os capilares linfáticos são componentes do

ta
sanguíneos, já que ele regula o balanço hídrico
no corpo e filtra os patógenos do sangue. sistema linfático. Esses vasos linfáticos
menores coletam o fluido intersticial dos
tecidos e se organizam em redes chamadas de
plexos linfáticos. Os plexos convergem para

tis
formar vasos linfáticos maiores, que levam a
linfa para longe dos tecidos, em direção à
corrente sanguínea.

Também existem tipos especiais de capilares


Ba
linfáticos chamados de vasos lácteos. Esses
capilares absorvem nutrientes do intestino
delgado.

Vasos linfáticos
A linfa segue então para vasos linfáticos Os vasos linfáticos são divididos em dois
maiores até chegar ao seu destino final: a grandes grupos: vasos linfáticos superficiais e
zia

corrente sanguínea. Em seu trajeto, ela passa profundos. Os vasos superficiais se localizam
por órgãos linfóides repletos de células imunes na camada subcutânea da pele, onde eles
que monitoram a presença de patógenos na coletam a linfa das estruturas superficiais do
linfa. corpo. Eles tendem a seguir a drenagem do
sistema venoso e drenam para os vasos
A linfa é um fluido amarelo claro que está linfáticos profundos. Os vasos linfáticos
presente na maior parte dos tecidos do corpo e profundos transportam a linfa dos órgãos
Lu

é o resultado da filtração do plasma. O plasma internos. Ao contrário dos vasos superficiais, os


sanguíneo se difunde através das paredes vasos profundos são acompanhados pelas
porosas dos capilares para dentro dos tecidos, artérias. Essas artérias estão em contato com
para nutri-los. Após esse processo, a maior as paredes dos vasos linfáticos profundos,
parte desse fluido é reabsorvida de volta aos transmitindo a eles sua pressão e ajudando o
vasos sanguíneos, enquanto cerca de 10% fica fluxo da linfa.
dentro do tecido. Essa quantidade de fluido
residual é chamada de fluido intersticial. Os vasos eferentes se esvaziam nos troncos
Quando o fluido intersticial é absorvido pelos linfáticos. Os troncos linfáticos são nomeados
capilares linfáticos ele se torna a linfa. de acordo com a região do corpo que drenam.
Existem quatro pares de troncos linfáticos:
lombar, broncomediastinal, subclávio e jugular.

Luzia Batista
Existe ainda um tronco linfático único intestinal, para o timo, onde completam sua
que drena a linfa da maior parte dos órgãos do diferenciação.
trato gastrointestinal para a cisterna do quilo, a
origem dilatada do ducto torácico.
Esse processo de desenvolvimento de ambos
Os troncos linfáticos convergem então em dois os tipos de linfócitos é chamado de
ductos linfáticos: o ducto linfático direito e o desenvolvimento antígeno-nativo. Após esse
ducto torácico. desenvolvimento inicial, os linfócitos entram na
corrente sanguínea e são levados até os
● O ducto linfático direito coleta a linfa do tecidos conjuntivos e os órgãos linfóides
membro superior direito e do lado secundários.
direito da cabeça e do tórax.
● O ducto torácico é um grande vaso que

ta
coleta a linfa do restante do corpo. Os órgãos linfóides primários são o local de
formação e desenvolvimento dos linfócitos.
Existem dois órgãos linfóides primários: a
Os ductos linfáticos drenam a linfa nas veias medula óssea e o timo. A medula óssea

tis
subclávias direita e esquerda, que terminam na contém as células-tronco que dão origem aos
veia cava superior. linfócitos. As células B se desenvolvem
totalmente na medula óssea, enquanto as
Linfonodos células T também se originam de
células-tronco na medula óssea, mas migram
Ba
Os linfonodos são órgãos linfóides secundários para o timo, onde completam sua
distribuídos por todo o corpo, agrupados de diferenciação.
acordo com a região do corpo em que eles se
encontram (ex.: linfonodos axilares, pélvicos,
mediastinais). Um humano adulto possui em Esse processo de desenvolvimento de ambos
média 450 linfonodos, a maioria no abdome. os tipos de linfócitos é chamado de
desenvolvimento antígeno-nativo. Após esse
zia

Órgãos linfóides e imunidade desenvolvimento inicial, os linfócitos entram na


corrente sanguínea e são levados até os
De acordo com sua função e estrutura, os tecidos conjuntivos e os órgãos linfóides
órgãos linfóides são divididos em dois grupos: secundários.
primários e secundários.

Órgãos linfóides primários Funções


Lu

Os órgãos linfóides primários são o local de Os vários componentes do sistema linfático


formação e desenvolvimento dos linfócitos. possuem diversas funções cruciais na
Existem dois órgãos linfóides primários: a manutenção da homeostase corporal, que
medula óssea e o timo. A medula óssea incluem: manutenção da balanço de fluidos,
contém as células-tronco que dão origem aos transporte de grandes moléculas e vigilância
linfócitos. As células B se desenvolvem imunológica.
totalmente na medula óssea, enquanto as
células T também se originam de
células-tronco na medula óssea, mas migram

Luzia Batista
O equilíbrio de fluidos é mantido pela
drenagem do líquido intersticial, que continua
nos tecidos após ter ocorrido o fluxo capilar. Se
não for regularmente drenado, esse fluido pode
se acumular e gerar edemas. A linfa também
transporta moléculas que são muito grandes
para se difundir pela parede capilar, como
proteínas e lipídeos. É por isso que o intestino
delgado possui uma vasta drenagem linfática,
já que é o local onde os lipídios e as proteínas
são absorvidas durante a digestão. Os órgãos
linfáticos abrigam numerosas células do
sistema imune que avaliam o conteúdo da linfa

ta
antes dela fluir para o sistema venoso. Se uma
partícula estranha for detectada, as células
imunes iniciam uma resposta para destruir o
patógeno e prevenir a infecção e o dano.

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Luzia Batista

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