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ANATOMIA CIRÚRGICA DO FÍGADO E VIAS BILIARES

INTRODUÇÃO

- Fígado = maior orgão interno e maior glândula do corpo


humano com até 1,5 quilos.
- Com exceção dos lipídios, toda substância absorvida pelo
canal alimentar é recebida primeiro pelo fígado.

A CIRURGIA HEPÁTICA:
• Anatomia morfológica.
• Anatomia funcional (Couinaud).
• Volume e qualidade de tecido remanescente.
o Menor perca de parênquima hepático saudável
- Conhecimento adequado da anatomia morfológica e
funcional do fígado é indispensável para o cirurgião.
MECANISMO DE FIXAÇÃO
- Métodos de imagem podem auxiliar o cirurgião (USG intra
operatória, TC, RNM, arteriografia). VEIA CAVA INFERIOR: unido a veia cava inferior pelas veias
supra-hepáticas. Seu principal meio de fixação.
TOPOGRAFIA LIGAMENTO FRENO-HEPÁTICO: zona de aderências frouxas
entre a face posterior do fígado e a face diafragmática.
- Localizado no HCD, abaixo do diafragma e protegido pelo LIGAMENTOS PERITONEAIS: Falciforme / Redondo;
gradil costal. Coronário; Triangulares;
- Envolvido por uma cápsula fibrosa – peritônio (CÁPSULA
DE GLISSON).

NÃO APRESENTA LOCALIZAÇÃO FIXA:

OMENTO MENOR: une fígado a curvatura menor do


estomago e a primeira porção duodenal. Borda direita os
seus folhetos envolvem os elementos do pedículo hepático.
Parte flácida: não passa estruturas importantes VEIAS SUPRA-HEPÁTICAS:
Ligamento hepatoduodenal: passa os elementos da tríade - Esquerda: se situa entre os setores anterior e posterior
portal do lobo esquerdo. Tronco e curto e posterior, as vezes com
a parte superior extraparenquimatosa.
ANATOMIA FUNCIONAL - Intermédia: formada pela união dos ramos direito e
esquerdo, na parte média do fígado, na altura do hilo
- Couinaud em 1957 porém vem sendo estuda desde 1898 hepático.
por Cantlie. - Direita: desemboca na borda direita da veia cava. Drena os
- Baseia-se na organização da menor unidade funcional do setores anterior e posterior do fígado direito.
parênquima.
- Cada lóbulo hepático possui irrigação arterial / portal,
drenagem venosa e ductos biliares independentes.
- A tríade portal segue pelo parênquima hepático envolvida
pela capsula de Glisson, recebendo nome de pedículo
glissoniano.

FISSURAS:
Dividem os territórios que contém os pedículos.
- Fissura principal: plano que passa pela veia supra-hepática
intermédia. Vai do ponto medial do leito da vesícula até a
borda esquerda da veia cava inferior.
- Fissura direita: plano que passa pela veia supra-hepática
direita. Divide o fígado direito em anterior e posterior. Passa
DIVISÃO DOS PEDÍCULOS GLISSONIANOS: entre a borda direita da veia cava e o ponto médio entre
- Ramo direito da veia porta: Curto, se divide em ramos de leito da vesícula e borda direita do fígado.
segunda ordem anterior e posterior. Separados pela fissura Fissura esquerda: Corresponde ao trajeto da veia supra-
direita. Depois se divide em ramos de terceira ordem hepática esquerda. Da borda esquerda da veia cava até o
superior e inferior. ponto médio do lobo esquerdo.
- Ramo esquerdo da veia porta: longo, grande trajeto extra-
hepático. Se divide em três ramos (de segunda ordem), um
posterior e dois anteriores (direito e esquerdo). Fissura
esquerda passa entre o ramo posterior e anterior.
SEGMENTAÇÃO HEPÁTICA: - Habitualmente a artéria hepática própria se apresenta
- A divisão dos pedículos glissonianos e a interposição das mais medialmente (lado esquerdo da veia porta); Vias biliares
veias supra-hepáticas, permite uma fragmentação do fígado mais laterais (segue na borda direita da veia porta); Veia
em 08 segmentos independentes. porta mais posteriormente.
o Dividido verticalmente pelas fissuras e
horizontalmente pelos ramos da veia porta

TRIANGULO DE CALOT: utilizado para identificar estruturas


ELEMENTOS DO PEDÍCULO importantes durante a cirurgia, é limitado por: Ducto cístico,
ducto hepático comum, borda inferior do fígado.
- Posicionado na parte inferior direita do omento menor. • importante para não acometer a artéria hepática
- Elementos: veia porta, artéria hepática, vias biliares extra- direita
hepáticas.

- SISTEMA PORTA é formada pelas tributarias: mesentérica


superior, mesentérica inferior e veia esplênica
- Veia porta é formada por: mesentérica superior e veia
esplênica. Na altura da vertebra L2 e na região do colo do
pâncreas

RESSECÇÕES HEPÁTICAS

- Artéria hepática proveniente do tronco celíaco


MANOBRA DE PRINGLE: Esta técnica permite o acesso individual dos pedículos de
- Oclusão temporária da tríade cada um dos segmentos do fígado, com segurança e risco
portal (artéria hepática, ducto mínimo, maximizando a preservação do parênquima hepático.
biliar comum e veia porta) Permite a ressecção de qualquer segmento hepático, em
localizada no ligamento qualquer combinação, ampliando, desta maneira o arsenal
hepatoduodenal terapêutico do cirurgião hepático.
- Clampeamento atraumatico do pediculo hepatico
importante para realizar hepatectomia e conter
hemorragias REDE LINFÁTICA

ACESSO GLISSONIANO:

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