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CURSO: Licenciatura em Ciências Exatas - IFSC - USP

DISCIPLINA: Biologia 2

Aula Prática 13: DISSECAÇÃO DE AVES

1. Posição taxonômica do animal utilizado nesta aula


Filo: Chordata (animais com notocorda em algum estágio da vida)
Subfilo: Vertebrata (vertebrados: cordados com crânio e vértebras)
Superclasse: Tetrapoda (tetrápodos: vertebrados com quatro patas)
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Phasianidae
Espécie: Coturnix sp. (codorna)

2. Estudo da morfologia externa


Observe a plumagem de um modo geral, atentando-se para as áreas de distribuição das penas
pelo corpo, e identifique as retrizes (penas da cauda) e as rêmiges (penas maiores das asas). Tente
identificar também outros tipos de penas que revestem a pele, como por exemplo os ilustrados na figura
abaixo. Examine uma das penas maiores sob o microscópio estereoscópico e compare sua estrutura com
o esquema e o detalhe da rêmige apresentados na figura.

Diferentes tipos de penas. A. pena de contorno com parte plumácea e parte penácea; B. pluma
do adulto; C. cerda; D. filopluma; E. semipluma com hipopena; F. rêmige secundária (uma
pena de vôo) do pombo-doméstico (Columba livia). G. detalhe da rêmige.
Na cabeça do animal observe ouvidos, olhos, pálpebras, narinas e bico. Abra o bico e observe
dentro da cavidade oral a língua (rígida, com revestimento córneo) e o palato (com fenda longitudinal
onde se abrem as coanas).
Próximo à extremidade caudal observe a abertura do duto da glândula uropigial e a fenda
cloacal.
Veja também as escamas córneas que recobrem os pés, a posição dos dedos e as garras.
Para depenar o animal, primeiramente molhe as penas e em seguida puxe-as a favor dos
folículos. Segure o pescoço enquanto as penas são retiradas dessa região, pois seu tegumento é muito
fino. As penas maiores, de vôo, podem ser cortadas com tesoura. Note na ave depenada as regiões onde
existiam penas (áreas ptérilas) e aquelas nuas (áreas aptérias).

3. Estudo da morfologia interna


Para remover o tegumento, coloque o animal em decúbito dorsal e faça as incisões procedendo
de modo semelhante ao exposto para a rã. Corte a pele junto à linha mediana, estendendo a incisão
desde a cloaca até à base do bico. As incisões na região do pescoço devem ser bem superficiais pois,
adjacente ao tegumento, encontra-se o papo, de parede muito fina. Separe a pele lateralmente e prenda-a
na bandeja com alfinetes.
Observe a disposição da musculatura peitoral, a qual deve ser retirada após o afastamento do
papo. Para remover o esterno, corte as costelas nas articulações esterno-costais dos dois lados.
Observe os órgãos internos superficiais, removendo-os em seguida para a observação dos órgãos
localizados mais profundamente. Esquematize, na figura da página seguinte, a disposição, forma e
tamanho proporcional dos órgãos observados, com especial atenção para:
- faringe (região comum ao sistema respiratório e digestivo);
- glote (abertura da laringe);
- laringe (relativamente curta, reforçada por cartilagens);
- traquéia (percorre toda a extensão do pescoço, é reforçada por anéis cartilaginosos);
- siringe (região terminal alargada da traquéia, responsável pela produção de sons vocais);
- pulmões;
- sacos aéreos intraclaviculares e abdominais (para vê-los cheios, insira a ponta de uma pipeta de
Pasteur na traquéia da codorna e assopre);
- coração;
- esôfago (tubo situado dorsalmente à traquéia, com aspecto achatado transversalmente e de
parede fina);
- papo (porção dilatada do esôfago, na qual o alimento é estocado);
- proventrículo (porção anterior e glandular do estômago);
- moela (porção posterior e muscular do estômago, cujo epitélio córneo interno pode-se observar
seccionando-se a moela);
- intestino delgado com cecos;
- intestino grosso (reto e curto);
- fígado;
- vesícula biliar (entre os lobos hepáticos);
- pâncreas;
- baço (pequeno, esférico, localiza-se abaixo da moela);
- rins;
- gônadas;
Após esquematizar os órgãos localizados na cavidade torácico-abdominal, corte um dos ossos
dos membros para observar a estrutura do osso pneumático.
Por fim, tente a dissecação do encéfalo, removendo a parte superior da caixa craniana (faça
cortes ao redor dos olhos e retire uma tampa óssea desta região). Identifique e esquematize suas partes.
4. Bibliografia
Garavello, J.C. Apostila de Aula Prática - Curso de Zoologia dos Vertebrados - UFSCar, São
Carlos, SP.
Höfling, E. et al. Chordata: Manual para um Curso Prático. Edusp, São Paulo. 1995. 242 pp.

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