Você está na página 1de 120

PRAGAS E DOENÇAS

DA
CANA DE AÇÚCAR
• Principais:

- Diatrea saccharalis
broca da cana

- Mahanarva fimbriolata

cigarrinha das raízes


• Importantes

- Tah

Sphenophorus levis Heterotermes tenuis


Atta spp.

Migdolus fryanus Mahanarva posticata


• Nematóides:

- Pratylenchus zeae

- Meloidogyne incognita

- Meloidogyne javanica
• O levantamento populacional é realizado para
saber o Nível Populacional da Praga!
Broca
Cigarrinha das raízes
Formigas
Cupim
Besouros
Nematóides
MIGDOLUS
Cupins
Cupins
AMOSTRAGEM DE BESOUROS E CUPINS
FEITO NAS TOUCEIRAS APÓS O ÚLTIMO CORTE

0,5m 0,5m 0,5m 0,5m

0,3m 0,3m 0,3m 0,3m

4 covas ao acaso por hectare


AMOSTRAGEM DE BESOUROS E CUPINS
FEITO NAS TOUCEIRAS APÓS O ÚLTIMO CORTE

POPULAÇÃO DE CUPINS

Nota 0 – ausência

CONTAGEM: Nota 1 – 1 a 10 cupins

- LARVAS Nota 2 – 11 a 100 cupins


0,5m
- ADULTOS BESOUROS Nota 3 – mais de 100

0,3m - PUPAS

- POPULAÇÃO DE ESPÉCIES DE CUPINS


ARMADILHAS DE FERORMÔNIO PARA MIGDOLUS

• O Migdolus também pode ser


monitorada por meio de
armadilhas de ferormônio
sexual sintético.

• Pelo menos uma armadilha a


cada 10 hectares

• De outubro/novembro a março
(período da revoada)
ARMADILHAS DE FERORMÔNIO PARA MIGDOLUS

Armadilhas ferormônio para machos de migdolus Machos de migdolus capturados


CONTROLA QUANDO 2 MACHOS POR ARMADILHA POR DIA
ISCAS TERMITRAP© PARA CUPINS

20 iscas por hectare ao acaso (marcar com estacas)


Avaliar após 15 dias e dar notas

Controlar quando 30% das covas ou 20% das armadilhas


Termitrap nota maior 1
CONTROLE DE MIGDOLUS E CUPINS
- Eliminador de soqueiras
CONTROLE DE MIGDOLUS E CUPINS
- Inseticidas no sulco de plantio
- Sobre as soqueiras, após a colheita
FORMIGAS CORTADEIRAS
• Após 45 dias de
colheita percorrer a
área em busca de
“olheiros” e sinais de
desfolha em folhas
novas.

• Marcar os “olheiros”
FORMIGAS CORTADEIRAS

• Controlar com inseticidas


em pó seco, com iscas
tóxicas (bagaço de laranja
+ óleos vegetais) – para
ninhos novos (rasos)

• Termonebulização com
inseticidas (mais eficiente)
Corós
Gorgulho-da-cana
Meloidogyne Pratylenchus

galhas necrose
AMOSTRAGEM
• Coletar raízes e solo em cana
planta e soqueiras, no período
chuvoso (não encharcado).

• 2 subamostras por hectare e


formar 1 composta para 10
hectares

• Cada subamostras
corresponde a 1 soqueira

• Enviar no mesmos dia para o


laboratório
CONTROLE
• Nematicidas (carbofuran)
• Rotação de cultura por dois anos consecutivos (Crotalaria)
• Torta de filtro (?)
• Aumentou com a colheita mecanizada
• A palhada aumenta a umidade favorável ao inseto
• Piora na chuva
Ovos no tecido da planta Ninfa na espuma
Espuma produzida pelas ninfas na cana crua
Adulto recém formado ainda na espuma Adulto da cigarrinha
Amarelecimento ocasionado pela cigarrinha
Diminuição de entrenós e brotação lateral causado pela cigarrinha
Apodrecimento do colmos
• Amostragem populacional:

5 pontos por hectare. Contagem do número de insetos

por metro linear;

Nível de controle: NC= 3 ninfas / m linear de sulco

Nível de dano econômico: NDE= 6 ninfas / m linear de sulco


• Controle Cultural: retirada da palha para futura infestação

• Resistência varietal: poucas alternativas

• Controle biológico:

- Anagrus urichi – parasita de ovos

- Salpingogaster nigra – predador de ninfas

- Metarhizium anisoplia – fungos entomopatogêncos


Controle Biológico da Cigarrinha-das-raízes

Metarhizium anisopliae em arroz para


preparo da calda
Controle Biológico da Cigarrinha-das-raízes

Metarhizium anisopliae parasitando ninfa de M. fimbriolata


APLICAÇÃO TERRESTRE DE METHARIZIUM
APLICAÇÃO AÉREA DE METHARIZIUM
Controle Biológico da Cigarrinha-das-raízes

Adulto de Salpingogster nigra

Salpingogster nigra alimentando de ninfa m. fimbriolata


Controle Biológico da Cigarrinha-das-raízes

Anagrus urichi parasitando ovos de m. fimbriolata


• Controle Químico
• Controle Químico
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Massa de ovos de D. sacharalis na face superior e inferior da folha


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagarta raspando inicialmente o colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagarta raspando e perfurando o colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagarta na galeria aberta no interior do colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Lagartas dentro do colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Furo da entrada com fezes da lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Pupa dentro da galeria do colmo


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Adulta de D. sacharalis
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

“Coração morto” sintoma típico do ataque de lagartas


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Galerias realizadas pelas lagartas


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Gemas raspadas e perfuradas pelas lagartas


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

“Brotação lateral” sintoma típico do ataque da lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

“Enraizamento aéreo, sintoma típico do ataque da lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Quebra do colmo realizado pela lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Sintoma do complexo broca-podridão


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Sintoma do complexo broca-podridão


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Sintoma do complexo broca-podridão


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Dano causado pela lagarta


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Canavial atacado pela broca


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• O monitoramento deve ser feito mensalmente,

quando as plantas ainda jovens até quando se

conseguir entrar no canavial.

• Serve para definir o momento de entrada com a

medida de controle.
Broca do colmo – Diatraea sacharalis
CONTROLE DA BROCA:
Coleta-se 100 colmos por talhão, abre longitudinalmente cada colmo e
conta-se o número total de internódios e número de internódios brocados
e calcula-se a IF (intensidade de infestação).

Intensidade de Infestação: II = n° internódios atacados


X 100
n° total de internódios

O controle é recomendado quando o IF>3%


Broca do colmo – Diatraea sacharalis
EXERCÍCIO PRÁTICO

No levantamento de broca da cana-de-açúcar realizado num talhão de

uma usina, foram encontrados 75 internódios atacados num total de 1700

internódios. Qual a intensidade de infestação? É recomendado o controle?


Broca do colmo – Diatraea sacharalis
EXERCÍCIO PRÁTICO

No levantamento de broca da cana-de-açúcar realizado num talhão de

uma usina, foram encontrados 35 internódios atacados num total de 1813

internódios. Qual a intensidade de infestação? É recomendado o controle?


Broca do colmo – Diatraea sacharalis

• CONTROLE CULTURAL:

- Plantio de variedades resistentes ou tolerantes;

- Corte da cana sem desponte;

- Moagem rápida após o corte;

- Eliminação de plantas hospedeiras próximas ao canavial

(milho. Milheto...)
Broca do colmo – Diatraea sacharalis
• CONTROLE BIOLÓGICO:

Cotesia flavipes
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Cotesia flavipes:
• Possui um ciclo de
21 dias
aproximadamente.

• Suas larvas
alimentam-se da
broca-da-cana,
matando-a.
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Cotesia flavipes:

• A fase de pupa é

protegida por fios de

seda e suas pupas ficam

agrupadas formando

uma massa branca.


Broca do colmo – Diatraea sacharalis
Cotesia flavipes:
• Os copos estão prontos
para liberação quando 70 a
80% das vespas estiverem
nascidas.

• Cada copo possui 1500


vespas aproximadamente.
Broca do colmo – Diatraea sacharalis

Cotesia flavipes:
É sensível a elevadas
temperaturas e deve
ser liberada nas
primeiras horas do
dia.
Broca do colmo – Diatraea sacharalis
CONTROLE BIOLÓGICO
TRICHOGRAMA GALLOI
Broca do colmo – Diatraea sacharalis
CONTROLE BIOLÓGICO
TRICHOGRAMA GALLOI
Broca do colmo – Diatraea sacharalis
• CONTROLE QUÍMICO: 63 PRODUTOS REGISTRADOS
Cana Transgênica
Controle da Broca
Cristais de BT
Plantas Daninhas
Características importantes das
plantas daninhas

• Germinação e crescimento em
condições adversas;

• Alta capacidade de florescimento;

• Alta produção de semente (120 mil


– caruru);

• Habilidade de dispersão;
Prejuízos causados pelas plantas
daninhas
Redução de produtividade - competição

Decréscimo da longevidade da lavoura

Dificuldade e aumento de custo da colheita

Queda na qualidade industrial da matéria-prima

Abrigo para pragas e doenças

Depreciação do valor da terra


Principais espécies de plantas daninhas
Brachiaria decumbes - Planta perene;
- Entouceirada;
- Reprodução por
sementes, rizomas e
estolões;
- Sementes se mantem por
8 anos;
- Sementeira irregular e
longa – difícil controle;
- Controle: pré-emergência
de longo período residual.
Principais espécies de plantas daninhas
- Planta perene;
Panicum maximum – “colonião “
- Entouceirada;
- Densa pilosidade;
- Sementes possuem baixa
viabilidade, porém as
germinadas tem
crescimento acelerado.
- Adapta-se a diferentes
tipos de solo, suporta seca
e sombreamento.
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas daninhas
Principais espécies de plantas
infestantes da cana-de-açúcar
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS MONOCOTILEDONEAS

Capim Carrapixo (Cenchrus


echinatus L.)

Planta anual capaz de se desenvolver


em todos os tipos de solos. Reprodução
por semente, ocorre enraizamento
através dos nós presentes no colmos,
quando em contato com o solo. Planta
herbácea, ereta e sem pelos, com altura
entre 20 e 60 cm.
Principais espécies de plantas
infestantes da cana-de-açúcar
PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS DICOTILEDONEAS

Picão-Preto (Bidens pilosa)

Planta herbácea, ereta, com porte


variando entre 20 e 150 cm, com
reprodução exclusivamente por
sementes. Possui desenvolvimento
rápido e alta produção de
sementes; nas condições tropicais,
a planta pode ser encontrada
durante todo o ano.
Métodos de controle de plantas
daninhas
Controle Preventivo

Visam evitar a entrada ou disseminação da


infestante:

- Manter canais de vinhaça ou irrigação limpos;

- Limpar máquinas e implementos na mudança;

- Torta de filtro tratadas e manter em local limpo;

- Mudas limpas;

- Áreas vizinhas limpas.


Controle Cultural

Práticas que visam tornar a cana mais


competitiva

- Variedades que perfilham;

- Mudas sadias e nutridas;

- Adubação adequada;

- Redução de espaçamento

(não mecanizadas)
Controle Mecânico
Controle Biológico
Controle Químico
Plantas
Controledaninhas
Químicona cana-de-açúcar
• É o mais utilizado!!! Porque???
• Eficiência
• Alto rendimento;
• Rapidez na operação;
• Segurança para a cultura;
• Eficiência em épocas chuvosas;
• Relação custo/benefício se comparado
• Inúmeros herbicidas registrados para cana
Doença causadas por VÍRUS
Mosaico

Doença causadas por BACTÉRIAS


Escaldadura das folhas
Estrias vermelhas
Raquitismo da soqueira

Doença causadas por FUNGOS


Carvão
Ferrugem
Marcha parda
Podridão abacaxi
Podridão de Fusariose
Podridão vermelha
Mosaico
Disseminação

• Pulgões de outras culturas

Controle

• Manutenção de canaviais sem plantas


daninhas, principalmente capim-
massarambá, sorgo, etc para evitar
contaminação do viveiro

Folhas com sintomas de mosaico.


Alternância de coloração verde e amarela
Escaldadura das Folhas
- Doenças dos tecidos das folhas,

colonizadora dos vasos

- Perdas de 100%

- Transmitidas por ferramentas

infectadas;

- Talhões com reformas precoces;

- Tratamento térmicos das gemas.

Folhas com sintomas de escaldadura


Estria Vermelha
- Associadas a solos de

alta fertilidade;

- As estrias descem

afetando o meristema

apical;

- Variedades suscetíveis

devem ser plantadas


Folhas com sintomas de estrias vermelhas
em solos de baixa

fertilidade
Raquitismo das soqueiras
- Uma das principais
doenças;
- Quase todas as variedades
são suscetíveis (em menor
ou maior grau);
- Contaminação via
ferramentas de corte;
- Transmissão por mudas
contaminadas;
- Desinfecção das
ferramentas.
- Tratamento térmico bom
Colmos com raquitismo resultado
Carvão
- Grandes perdas na

história (NA56-79);

- Parasita a planta;

- Perdas de 100%;

- Fácil dispersão dos

esporos;

- Roguing;

- Variedades resistentes.

“Chicotes” formados pelo carvão


Ferrugem Marrom

- Perdas de até

50% na

produtividade;

- Transmitida pelo

vento;

- Regiões úmidas;

- Variedades

resistentes.

Folhas com sintomas de ferrugem Esporos na parte posterior da


na parte anterior da folha folha
Ferrugem Alaranjada
Lesão causada pela Puccinia kuehnii na superfície da folha de cana de açúcar

Foto: Henrique, 2014


Urediniosporos de Puccinia kuehnii em superfície de folha de RB72454
Foto: Ferrari, 2013
Poros germinativo de Puccinia parahybanae em Ruellia
Fonte: Ratna, 2000
Controle
• Dentre os métodos
recomendáveis para controle
da doença inclui-se a
substituição das cultivares
suscetíveis por cultivares
resistentes;

Chapola, 2013
Controle Ferrugem Alaranjada

• O controle químico poderá ser recomendado em

variedades suscetíveis, e/ou regiões e/ou épocas de

maior incidência ou ataque severo da doença.


Podridão Abacaxi
- Doença do plantio;

- O corte da planta é a porta de entrada

para a bactéria do fungo;

- Usar aceleradores de germinação.

Perdas no plantio

Podridão abacaxi
Podridão Vermelha

- Associado

a broca;

- Perdas de

70%;

- Ocorre nas

mudas;

Você também pode gostar