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• CLONES

• SAF’s COM SERINGUEIRA


•PRAGAS E DOENÇAS
•EXPLOTAÇÃO DO SERINGAL

Profa. Dra. Vanessa Cristina de Almeida Theodoro


Departamento de Agronomia- UNEMAT
HÁ CERCA DE 130 ANOS TEVE INÍCIO A DOMESTICAÇÃO DA
SERINGUEIRA (1880 - Século XIX)

ÁREA PLANTADA NO MUNDO É SUPERIOR A 9 MILHÕES DE HECTARES E


NO BRASIL É DE 150 MIL HECTARES

•O MELHORAMENTO GENÉTICO DA SERINGUEIRA CONTRIBUIU PARA


ELEVAR A PRODUTIVIDADE DE 400 Kg PARA 2.500 Kg/ha/ano (META:
6.000 Kg/ha/ano)

DIFICULDADES: FLORESCIMENTO LEVA DE 4 A CINCO ANOS, ESCOLHA


DE PARENTAIS É COMPLEXA DEVIDO À MULTIPLICIDADE DE
CARACTERES ENVOLVIDOS COMO ALTA PRODUÇÃO, PRECOCIDADE E
TIPO DE ESGALHAMENTO PARA RESISTÊNCIA AO VENTO

EXPERIMENTAÇÃO A CAMPO: SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE PARENTAIS


LEVA 30 ANOS PARA RECOMENDAÇÃO PARA PLANTIO EM GRANDE
ESCALA
Clones de Seringueira
• Características desejáveis:
-Alta produção nas primeiras sangrias
-Crescimento satisfatório antes e após entrar em produção
-Resistência ao mal das folhas, antracnose e quebra por
vento
-Uniformidade na produção de látex e fuste da madeira
• Classificação dos clones:
Clones primários:
Parentais desconhecidos (Gametas masculinos e
femininos) + plantados > tempo de melhoramento
Clones secundários:
Cruzamento controlado a partir de dois clones
primários
Clones terciários:
Cruzamento onde pelo menos um dos parentais é um
clone secundário
Clones de importância comercial
- RRIM 600 (Rubber Research Institute of
Malasia) (20)
- GT 1 (Goldang Tapen, em Java) (10)
- PB 235 (Prong Besar, Malásia) (20)
- IAN 873 (Plantado em Mato Grosso) (20)
- Fx 3864 (Plantado em Mato Grosso) (20)
- IAC 35 (30)
- PB 260 (20)
- PB 330 (20)
Clones para Mato Grosso
Com base na classificação climática:
•Larga escala: clones para plantio de até 70% da área a ser cultivada;
•Pequena escala: clones para plantio de até 30% da área a ser cultivada.
A1; AM2; AM3 e AM4= PREFERENCIAL C/ RESTRIÇÕES

A = PREFERENCIAL

SUDESTE/MT

D= INAPTA

Fonte: EMPAER
Área
plantada/MT:44,8
mil hectares dos
quais 27,9 mil
hectares em
produção
MAL-DAS-FOLHAS - Microcyclus ulei

• Principal causa do fracasso da Heveicultura na América do


Sul (de 1914 até 1970)
•Doença descrita no início do século XX em Belém/PA
(seringueira em baixa densidade dentro do bioma Amazônia
sem sintomas severos)
• PLANTAÇÕES FORD (1905): poder devastador em
monocultivos
• PROGRAMA NACIONAL DE INCENTIVO À PRODUÇÃO
DE BORRACHA (PROBOR I, II e III) (1970 a 1985): plantio
em regiões da Amazônia úmida: 38 mil hectares dizimados!
•Utilizar clones que executam troca das folhas de maneira
uniforme (quebra do ciclo do patógeno)
ETIOLOGIA DO MAL-DAS-FOLHAS - Microcyclus ulei
• O FUNDO PRODUZ DOIS TIPOS DE ESPOROS
INFECTIVOS:
Conidiósporo (reprodução assexuada) ciclo de 6
a 10 dias (INOCULO PRIMÁRIO: disseminação
e epidemias)
Ascósporo (reprodução sexuada) ciclo de 100 a
SEXUADA 150 dias (INÓCULO SECUNDÁRIO)

ASSEXUADA

ESTROMA

A doença se manifesta nas folhas,


EDPIDEMIAS: 8 horas de orvalho, UR > 95% por pecíolos, ramos novos e até nos
10 horas consecutivas, durante 12 dias ao mês frutos
ESTROMAS: salientes e ásperos ao tato, como
se fossem lixas.
Pequenas manchas necróticas
circulares, sobre as quais nota-se
esporulação de aspecto aveludado
e de coloração verde-escura.
MAL-DAS-FOLHAS - Microcyclus ulei
Controle Biológico
O uso do fungo Dicyma pulvinata
coloniza lesões de M. ulei, tem se
mostrado eficiente impedindo a
esporulação

EMBRAPA CERRADOS,
EMBRAPA ACRE,
EMBRAPA RONDÔNIA, EMBRAPA
AMAZÔNIA ORIENTAL,
CEPLAC,
MICHELIN (Itubera/BA e
Rondonópolis (MT)

Seringueira – Hevea brasiliensis


HNNNNNNNNNNNN
5 filas

14,5
Seringueira e Cacau
ANTRACNOSE - Glomerella cingulata

Sintomas:

Surgem na folhas, ramos e pecíolos

Pequenas lesões arredondadas de coloração


marrom-avermelhada que podem coalescer;
Nos pecíolos e ramos, provocam lesões escuras,
necróticas e deprimidas

Ataque severo: desfolhamento, morte da


gema apical e seca descendente do ramo.

Seringueira – Hevea brasiliensis


-Temperatura média de 210C,

Condições climáticas favoráveis: -Umidade relativa acima de 90% por 13


horas e períodos chuvosos.
ANTRACNOSE - Glomerella cingulata

Sintomas:
No painel de
sangria, surgem
pequenos pontos
de coloração
escura.

Ocorrem lesões secas e deprimidas que atingem o


lenho. As lesões podem coalescer e danificar
grande parte do painel, causando exsudação de
látex em toda sua extensão.

Seringueira – Hevea brasiliensis


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OÍDIO (Oidium heveae)
Crescimento de micélio branco superficial em ambas as
faces do folíolo. (Período de maior ataque: março a
junho – folhas maduras)
Mandarová Erinnyis ello
• É a principal praga da seringueira
• Suas mariposas são grandes
• Têm coloração cinza com faixas pretas no
abdomen
• Asas anteriores cinza, alongadas e estreitas e
as posteriores vermelhas com os bordos pretos
Prejuízos
• Devora toda a folhagem e deixando
apenas os ramos
Controle
• Cultural: para pequenas áreas, realizar catação
manual das lagartas
• Biológico: Baculovírus e Bacillus thuringiensis.
•45 cm circunferência à 1,3 m do
solo

•Espessura de casca igual ou


superior a 6mm

•Maior produção nos vasos


próximos ao câmbio (floema) sem,
no entanto, tocá-lo
C o lheita
É a sangria e coleta do látex

Sólidos totais...............................................36,0%
Borracha
seca................................33,0%
Substâncias
protéicas.....................1,5%
Substâncias resinosas..........1,0 a 2,5%
Açúcares..........................................1,0%
Cinza (sais minerais, etc.)...........< 1,0%

Água.................................................................64
%

Seringueira – Hevea brasiliensis


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Tipos de corte (1,3 m do solo)

É o mais usual

Seringueira – Hevea brasiliensis


HNNNNNNNNNNNN
Tamanho de corte (1,3 m do solo)

Efeito
anelador Mais us ado

Seringueira – Hevea brasiliensis


HNNNNNNNNNNNN
D ireção do corte
O que fere menos e que escorre menos fora da
canaleta

+ Usado
Freqüência de sangria
-Pequenos intervalos: aumentam o consumo de casca e a
necessidade de mão-de-obra e diminuem a vida útil da árvore.

-Grandes intervalos diminuem a produção

a) d/0,5 - sangria duas vezes em um dia


b) d/1 - sangria diária;
c) d/2 - sangria a cada 2 dias;
a is
d) d/3 - sangria a cada 3 dias; M do
s a
u
e) d/4 - sangria a cada 4 dias;
f) d/7 - sangria a cada 7 dias.
C onstrução de painel
Marcar a 1,3 metro do solo as duas linhas geratrizes verticais

-Riscar as linhas de sangria entre uma linha geratriz e outra, a


um ângulo de 37º em relação à horizontal

-Colocar equipamentos de sangria


(bica, arame para fixar a bica
e caneca)
E xecução da s ang ria
-corte na casca do tronco, para abrir os vasos laticíferos e permitir o
escoamento do látex.

-1,5 mm de casca antes de se atingir o câmbio.

- faca "Jebong", canivete, recipiente, plástico de ½ litro, vasilha


plástica de 2 litros e paquímetro.

Seringueira – Hevea brasiliensis


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C oagulação do látex
- ocorre naturalmente na caneca em quase 2 dias

Seringueira – Hevea brasiliensis


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L á tex
-Coleta: retirada e armazenamento do látex, de 4 a 5 horas
após a realização da sangria, adicionando duas ou três gotas
anticoagulantes
a) retire o látex das canecas;
b) coloque-o em baldes;
c) leve-o ao centro de armazenamento.

Armazenamento:vasilhames hermeticamente
fechados, para evitar contaminação e evaporação
- Local: sombreado

Seringueira – Hevea brasiliensis


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C oágulo
- Coleta: retirada da produção, semanal ou
quinzenal, do látex coagulado das árvores em sangria.
-Coletado em balde presos às costas e colocado
em caixas de armazenamento;

-- Armazenamento: à sombra

Seringueira – Hevea brasiliensis


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Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (BNDES),
MT FLORESTA (20 milhões de ha aptos ao cultivo da seringueira/Brasil)
Sites interessantes sobre Heveicultura
www.iteb.org.br (Instituto Tecnológico da Borracha – Rio de Janeiro)

www.apabor.org.br (Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha)

http://www.iac.sp.gov.br/Centros/Centro_cafe/seringueira/index.htm

www.institutochicomendes.org.br

www.borrachanatural.agr.br/

http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/amazonia_de_galvez_a_chico_mendes_5.html

http://www.florestavivaextrativismo.org.br/index.php?dest=documentos

http://www.heveabrasil.com/?page=palestras.asp

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