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ALGODOEIRO NO BRASIL
Circular TBcnica no27 ISSN 0100-6460
Agosto, 1998
Ernbrapa Algodão
Rua Osvaldo Cruz 1 'i43 - Centenário
Telefone: (083)322-3608
Fax: (083)322-7751
http://www.cnpa.embrapa. br
algodáo@cnpa.embrapa. br
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CEP 58107-720 - Campina Grande, PB
Comitil de Publicações
Presidente: Luiz Paulo de Carvalho
Secretaria: Nivia Marta Soares Gomes
Membros: Alderi Emldio de Araújo
Eleusio Curv&lo Freire
Francisco de Sousa Ramalho
Jose da Cunha Medeiros
Jose Mendes de Arafijo
Lúcia Helena de Avelino Araújo
Malaquias da Silva Amorim Neto
.
1 Algodão-Pragas-Controle-Brasil I. Tftulo I!. SBrie.
OEmbrapa 1998
Pdginu
i. INTRODUCAO .................................................. 6
.
2 INS€TOS.PRAGA .............................................. 7
.
3 AMOSTRAGEM DE PRAGAS ..............................22
.
4 ESTRAT~GIASDE COMROLE............................ 28
4.1 .Controle biológico ........................................
26
4.2.Controle cultural ..........................................
30
.
4.2.1 Manipulaçllo da cultivar e plantio 31 ...............
4.2.2. Consarvaçio do solo e adubaçllo 31 ...............
4.2.3. Densidade de plantio................................ 34
4.2.4. Cataç8o de botões florais e maç(rs calda
no solo................................................. 36
4.2.5. DestruiçBo de restos de cultura................. 35
4.2.6. Rotsç6o de culwra............ ......... 36
4.2.7. Cultura armadilha.....a.a............................ 37
4.3. Controle climitico............................m.......... 37
4.4. Controie químico...................................m.... 38
.
5 CONSIDERAÇÓES IMPORTANTES ...................... 41
.
6 PERSPECTIVAS FUTURAS ................................. 41
.
7 REFERÉNCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................... 42
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
DO ALGODOEIRO NO BRASIL
2. INSETOS-PRAGA
C - W i o i k p u l g k o lWo:C.AD.disOlvil
IFeto: R.P. 6 B-
-.
r 4
i piipi de mwarâ Foto: C.A.D. da Silval
PRANCHA I
CAD. di -1
2.2. Percevejo castanho - Scaptocoris cestanea Perty, 1839
(Heteroptera, Cydnidae)
(Coleoptera, Cutculionidae)
PRANCHA II
Os danos caracterizam-se, d.e início pelo aparecimento de
pequenas manchas.avermelhadas entre as nervuras, as quais
coafescern tomando toda a folha que, posteriormente, seca e
cai.
O periodo crítico vai do aparecimento dos primeiros
botões florais at8 o aparecimento do primeiro capulho.
-
2.1 2. Acaro branco Potyphagotarsonemus iatus (Banks, 1904)
(Acarina, Tarsonemidae).
-
2.15. Lsgam-das-maçSs Heliorhis virescens (Fabricius, 1 87 1)
(Cepidoptera, Noctuidae )
( E u p k t cennstockn),
~ as vespas
(&/lstes spp.)(Rancha 111-D), os piteromilldeos (Catoh~~us
g n m ) , (-8- chvrhrs), i r aranhss catanguojuitas
(MVs4Jme-k guyu-. swmm- NbrolpLnctaha.
Xystkus spp.) e w aranhas que tecai teia (Lycosa spp.). No
Nadeste, Bieiehw di Jesus (1984) encontram o mimhcuio
~ c ~ V @wOa d o r (m1 , t9mnh.s. t-d-8 9
cicindelideos desempenhando importime funç8o no controle de
IepMbpteros~rsgs do rlgod8o. N ~ o m estudos s (Beny,
1961; Campos, 1981; M d e a , 1938; Muerrkk, 1937;
Ramalho & Silva, 1993; Sauer, 1946; Slvs, 1980) descrevam.a
fmçh dos Wmigos nahwiie na r s g u l m dos problmnas de
pragrr do algodb kasiklm (RamJho, 19941.
Existem vbrias refet4ncias na Iitaratwa demonstrando a
import8ncia dos micr001~anirmos entomopatOgenico8 no
controle dar pragas do ilgodoeim. A 0ffcWnck da -ria
BsciIIus thudngiensk tem sido demonstrada por diversos
prrpuisadoras (Figdredo rt a!. 1980; Campos, 1981; Bklcbr
& Jesus, 1983; Moreira & All, 1995) no coritrde do cuniquerd e
A - FBmea de P. nigrlspinus pradando lagarta do B - Ninfis de pulgoes parasitados pela vespinha
curuquerb (Foto: R.S. Medeiros) Lisiphtebus testaceips (Foto: C.A, O. da Sllva)
PRANCHA III
da lagarta das rnacãs. Outros pesquisadores concentraram
esforços na utiliização da bacthria Pseudomonas aemginosa
(Lima et a!. 1962; Lima et al.1963) e no vírus da poliedrose
nuclear (Andrade, 1981; Andrade & Habib, 1981; Andrade &
Habib, 1982; Andrade et al. 1982; Andrade & Habib, 1983)
visando ao controle do curuquerQ do algodoeiro. Em relação ao
fungo Beauverie bassiana, resultados interessantes foram
demonstrados no controle de lagartas de Heliiothis spp. (Moreina
& All, 1995); entretanto, a maioria dos trabalhos utilizando 8.
bassians tem sido realizada visando ao controle do bicudo
(Prancha Ill-E) cuja ocorrência, em condições naturais tem sido
registrada com certa frequgncia, enzooticarnente ou provocando
epizootias (Andrade e t ai. 1984; Pierozzi Júnior & Habib, 1993;
Camargo et al. 1984). Estudos sobre a suscetibilidade do bicudo
(Camargo et al. 1985; Mclawghlin,- 1962). s viabilidade dos
esporos (Batista Filho & Cardelli, 2 986) e a eficidncia (Gutierrez,
1986; Coutinho & Cavalcanti, 1988; Coutinho & Oliveira,. i99 1 ;
Almeida & Qiniz, 1997) tarnbem tem sido executados.
Dentre os v6rios agentes de controle biolbgico
anteriormente citados, somente o Trichsgramma spp. e a
bactr5ria Baci/fus thuringiensis encontram-se dispanFveis para
aplicação. No que diz respeito ao Trichograrnma spp.. sugere-se
efetuar, uma vez por semana, liberações inundativas de
100.000 ovos parasftados/ha, no momento do aparecimento na
lavoura de lepid6ptercss-praga, como: curuquerê, lagarta rosada
e lagarta-das-mgás (Almeida, 1996; Silva et al. 1997). A
liberação dever6 ser feita com 15 cartões de 2 po12 contenda
ovos parasitados distribuídos e m 15 pontos equidistantes par ha
(Almeida & Silva, 1996). Com relação ao B. thuringiensis.
sugere-se efetuar pulverizações na dosagem comercial de 8-16
e 16-32 g.i.a.ha, respectivamente, quando o curuquerd e a
lagarta-das-maçãs atingirem o nlvel de controle. Deve-se ter
bastante atencão para a presença de predadores (joaninhas,
sirfideos, bicho-lixeiro e aranhas) e parasitdides (vespinhar
Lysiphlebus testaceipes) da pulgão (Prancha kll - B) na lavoura,
obedecendo ao nlvel de ação desses inimigos naturais (Tabela
2). A tecnologia da produção de Trichogremm pretiosurn
encontra-se disposição de cotonicultores. na Embrapa
Algodão.
-
AnHipmmus g r s d N Popul~a0 1+1 Miaric Junior. 1988
w s goss~L>ii N Populqao 1+ 3 Isley, 1948
N + Arca I+) Mci3arrn 1942- 43
Arca " I
SOI
tabd N Popul-a0 (+I J o w 1958
hpass- devasãns N,PeK Popul-a (01 Pancll, 1927
N Reproducâo ( A ) Sloar, 19 38
Completa Desenvolvimento 1+ 3 Bdiasribrandan & lyenga,
1950
N " I 1 Joyec 1950
"
N
N- P
1+1
I I - Javaai & Vcnugopal. 1984
P
Eauw bvtno - LOI
to1 "
N Rtproduc- I+1 Flsteher. 1 94 1
N Reproduck Itl .
Gdaims 1933
N.PtK Populq30 ( I Adkissan. 1958
N PopulqaO (+I Kuma et A , 1982
N Pesri tarvd (&I Z e n ~et d. 1982
çonaimo I+) I
Diwnvolvimmto (+l Y
Predadores
Cdew1egr7Ia m e u l r ta kngl U.PeK Populacão ( 4 l Adkismn. F 958
"
~wsqos 101
Pragas e ConcintracEo
inimigos Nível da Ingrediente dc ingrediente Dosagem Nível de
Naturais Contm le" ~tiwo" ativo (g.i.af ha) AqBo3
i g m t k g ) . "*
Brocas 3 OCO a 4.000
16 600.00
Lagarna 960,OQ
rosca 960,OO
Tripas 70% d e planta Tiometon" 175,OO
atacadas Dimetoato' 126,OO
Monecrotofós' 250,OO
70 *h da Pirimlcarb" 37,s a 50,00
plantas co Tiometon' â5,50
colônia Monocrotof6s ' 120,QO
Mosquito . 5 3 % das Tiometon' 125,OO
plantas com
colõnta
22% eu 53 Diflubenzuren' 1 2.50
das planta Clofluazuran' 25.00 a 37.50
atacadas po Tefluazuron" 7,50
lagartas Tef ubenozide' 300,OO
> o u < Í5mm Endosulfan' 350.00
resoectivarnent Trrclorfon ' 450.00
Abarnect in' 5,40
Monocretofbs' 120,oo
Cyfluthrin' 25,50
Biiudo 10% das EndasulfanL 525.00
plantas com Phosrnel" 750,OO
botões florais CarbarylP 1400,OO
danlf icados 1 400,OO
(orificio de Malation" 750,OO
oviposicão Betacyfluthrinu 7,50
e!eu Cyflut hrin' 25,OO
alimentachl Cypermetrin' 7,50
7.50
10.05
10,oo
15.00
71°0 de
plantas c
predadores
eio u
rnijmias
Preferencial; Opcionaf ;
Fonte: 'Bleicher & Jesus (1 983), Ramalho et al. ( 1 9901, Ramalho 11994).
Santos (1 989);2EMBRAPAICNPA ( 1 994);3Ramalho ( 1 994)
Tabela 2. [continuação...I
Pragas s Concmtmçãa
Inlmigos Nivel de Ingrsdknti do ingredirnta Dosagem Nivml de
Naturais Controle' At iraz ativo {g i.a/b) Aciio3
(gli)* (glkg)**
Lagariadas 13%de EndosulfanP 350 ' 525.00 a 700.0
Meeãs plantas c o m Carbarvl' 850 " 7.200.00
lagartas 480 ' t 200,OO
Acephõtep 750 " * 750,OO
750 ' 750,OO
Deltametrina" 25 * 1 0,OO
50 ' 10.00
Lagarta 1 1% das Carbarylr 850 ' * 1 .200,00
rosada plantas com 480 ' 1 .200,00
maças Delt ametrina" 25 " 7.50
danificadas 50 ' 7.50
Cypermtrin' 250 ' 37,50
Cylluthrin' 200 ' 37.50
50 ' 25,OO
8e;tacyffuthrin" 125 + 7,56
Aeims 40% de Abamectin" 18 ' 7,20
plantas com Propargite" 720 ' 6d 1 ,O0
colDn8a Brúmpropiiato' 500 ' 250.00
hrcmweps 20% d a EndosulfanP 350 625.00
plantas Dimtoato" 400 126,OO
atacadas
Masca Endasulfanr 350 ' 525 a 700.00
branca Dimetoato" 400 ' 126.00
Predadores 71 % de
plantas c?
predadores
siou
múrn~as
'Pref erencia I; OOpcional;
Fonte: 'Bleicher & Jesus (1 9831, Ramalho et al. (1990).Ramalha (i994),
Santos (1989);2 ~ ~ ~ 11 994);
~ 'Ramalho
~ ~ [ 1 994)
~ f ~ N P
biodiversidade, dos mananciais hidricos (lenç6is, poços, açudes
e rios) e a certeza da redução de resíduos nos subprodutos do
algodão (Silva et al. 1997).
6. PERSPEmlVAS FUTURAS
BURT, E.C.; LCOYD, E.; SMITH, Q.B. Contra! af zhe boll weevit
mechanically destroying f allen infested cotton squeres.
Journal of Economic Entamokgy, v.62, 17.4, p. 862-865,
1 969.
GRAFICA E EDITORA
Rua Sargento Hemies Ferreira Ram.15
- -
CEP 58 108.640 Bela Vrsb Fone:(OM) 321.3777
-
Campina Grande Paraha