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ampaaB* & Perqafie AgrPpecPkik-EMBRAPA

Rnidcntt: Murib XavWr Flora


Direto- Eduardo Paulo de Moraes Sarmmto
h d Gama Sobrinho
Manuel Malhe- ?burinh~

Q e m f f i N ~ d e P t q u h ~ M i b t ~ S
eWer Zaifton a u t o
Qide Mjtmto Fdibon P a h
a d c Mjnato M m h k 8 p k o : Marcos Joequimi Mattoso
TSSNOlrn3
Novembro, 199l

CONTROLE BIOL~GICO DA LAGARTA-DO-CARTUCHO,


Spodoptera frugiipeda, COM O BACWDV~RUS

Fernando H. MJicente
Ivan Cnrz

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAFA


Vinculada ao Ministkrio da Agricultura e Reforma Agrhria - MARA
e n t r o Nacional de Pesquisa de MWo e Sorgo - CNPMS
Sete bgoas, MG
E3emplares d a t a publicação podem ser sobdtadcm ao:
Cenb.0 Nacional de Pesquka de Milho e Sargo - CNPW
Km 65 da Rod. 424 - Belo HariumtelSete Lagoas
'Riefone~(IM1) 92f-W, 5L266; 5673 (3112099
CaRa Postal S I , CEP 35700 Sete Lagoas, MG

Edftor: amite de P P b m
Edíison Paiva (Fresidente), Paub MagaIEiães (Secret&rb), Antbnio
ÇésaJ
C a r b de O h h , AntBnio A Corcete hrcino, .To& de Anchieta Monteh,
José Hamilton Ramaího, Ricardo Magnavaca

3GevlsBo: Dilexmando LAicio de Okira


Com-o e Dfagramaçlb: Somya Martrns da mia Santana e Tânia Mara
Assunção Barbosa
-N blb- Maria Rma Rocha Rrreira
FotoHto~Oiímpla Pereira de O. Filho
Ttnpnmão: Jose Ferreira da S h Filho

VALiCENTE, F.H.; CRUZ I. w l e bbMgh da lagar


hr 172 c ta40-cartncho. Spodoptera fmgíperda, u>
1991 o 'bacPlavfrPa; Sete b$oas: EMBWAJCNPMS
i!Bi, 23p. (EMBRAPNCNPMS. Cimuhr Ttcnlca, 15

I. Spadoptera frug@rda - Controle biológico. Ba


vfris, I. E M B W k Centro Naciaml de k q u h de
tho e Sargo (Sete Lagoas, MG). 11. ntuio. 111. Série
AGRADECIMENTOS

Agradecimentos especiais aos funcionárim do Laboratório de Criação


de Insetos - LACRT: Gilberto Geraldo S h , Qsmar Santana, Isaias T.B. Duar-
te e Marcos Gonçaiva; aos estagiárim Enp. Agrs. Wlter Matrangolo, Pedm
Eiísio E Figuerredo e Rita de Cáwia Ribeím, hs estagiatjas Aba hléria Cam-
pm FeaK, Mbnka Ribeiro e Rosana Fernandes Maia e ao Assistente de Pes-
quisa Maum Eu@nio de Resende Paulinelli
DESCRIÇÁOE BIOLOGIA DA PRAGA ......................................................... 9

QUANDO RECOMENDAR O CONTROLE ..................................... ............. 10

RESULTADOS DE PESQUISA COM O BACULOV~RUS


NA EMBRAPNCNPMS .....................,
.,..........................................................11
.Resultados de haboratbrio ..............................................................................í I
.ReJulzados de Aphçtks no Campo ............................................................
17

RECOMENDAÇ~ES PARA O USO DO BACULOV~RUS


NO CONTROLE DA LAGARTA-DO-CARTUCHO .................................... 19
.Época de aplicaç30 ....................................... ...............................................19
-.
.

.Tamanho da lagam .............................. . ................................................... 19


. hlverbação ................... .................................................................................... 20
. Hora de aplicaçiio .............................. . . , . . m . . . . . ....................................... 20
Femndo H e m ValNenteE
Ivan C&

O controle bb16gk0, em sua essência, pode ser considerado como o


uso de arga-mos v- para manter a população de determinada Fraga em
eqmria no apssistema, de modo a não mionar danos econbmioos ao pro-
dutor. Existem na natureza viinos organismos que utiiizam para sua sobteviven-
cia, como alimento, os insetos=pr;igas.Pássaros, aves, aranhas, vários tipos d e
insetos, fungos, bacterias, vírus e muitos outros tem papel importante no con-
trole de pragas.

mrn o mo constante e muitas vezes hdischinado dos agmt6xicss, h-


variavelmente ocorre redução da população de organismos kneficas e cada
vez mais o agricultor cria dependench dos produlos qulmicos. Com isto, a pr6-
pria praga pode desenvolver resistência, ficando muito diflcii de ser controla-
da, obrigando o agricultor a mudar de produto, aumentar a dose ou ar6 mes-
mo misturar ou mar produtos mais tóxicos. Esses químicos não sb são tbxicos
para a praga, mas são tarnbkm perigosos para o homem, os animais domesti-
cos e silvestres e para a na tureza como um todo, podendo deixar resfdum t6xi-
ç o s nos alimentos ou na Agua. Para evitar todos esses problemas acarretados
pelos agrotóxims, serão necessárhs nwas medidas de controle que, dependen-
do do grau de uso dos produto6 químicos, só terão efeito eficaz a medi0 ou
longo prazo.

kEn-~gr., EMBRAPNCentro Nacional de Pesquka de MJho e Sorgo - CNPMS. C a b Postal


151, CEP 35700 Sete Lwgoaq MG.
-
2~ng.-Agr.,PhD., E M B M A CWMS
uso DO B A C U U ~ ~ U S
O controle de pragas atrav6s do baculovúus tem recebido muita bnfase
nos últimos 20 anos e nesse gmpo hcIuem-se os vírus de granulme (VG) e os
v f m de poliedmse nuclear (VPN),sendo este subgrupo o mais estudado. O
exemplo mais signifmtivo no Brasli é o controle da iagartadasoja pelo Bacu-
lovfms antícarsia. Este vírus ( W N ) foi encontrada pela primeira vez em lagar-
tas mortas coletadas em soja, na região de Campinas, SP, sendo posteriormen-
te localhado em ou&as regicies do Pais. Depois de realizados v8rim trabalhos
de pesquisa, implantou-se um programa de utikação.ern campo, através de
pesquisadores da EMBRAPA, com a colaboração de empresas estaduais de
pesquisa, semiço de extensão rural e cooperativas.
AEm do programa em n h l de agricultor, pala controle da lagarta da
suja, existe tamMrn um programa para o controle do mandama da mndio-
a,atravb de um vírus de granulose (VG), em função de pesquisas iniciadas
em Santa Catarina, pela EMPASC.
Embora somente o VPN da lagarta-da-soja e o VG do mandarová da
mandioça estejam efetivamente sendo utilizados no Brasil, o potencial de uso
desses agentes no País G enorme. Os reiatos encontrados na Iiteratura mostram
que ~Ariosvinis têm sido Isolados de pragas importantes de v8rias culturas, co-
mo a canade-açúcar, algodão, miiho, trigo, arrol, frutíferas, hortaliças, pasta-
gens e florestas. Aiem disso, drios vúus já foram isolados em outros paks,
de pragas que lambem ocorrem no Brasil, os quis padem ser avaliados aqui.
O primeiro inseticida biológico Lt base de vírus recebeu a denominação
comercial de "tritsn H" e foi desenvolvido nos EUA, pata o çontrok da hgar-
ta Heíbrhis zea. Outro produzo tt base de VPN de HelKiltm, sob o nome de
ELCAR B, foi registrado também nos EUA, em 1975, para uso em afgaião.
Dai em diante outros produtos têm sido registrados.
Segundo os dados da literatura, os inseticidas biológicos h base de vírus
são, na maioria, do gmpo baculovírus. Este gnrpo tem sido apontado como o
de maior potencial para desenvobimente coma bioinseticida, devido h esped7-
cidade, ti alta virulencia, ao hospedeiro e à maior segurança proporcionada a
vene brados.

MODO DE A~~JAÇÁo
W BAWV~RUS
A lam 4 a fase d o inseto mais suscetivel:h infecção pelo vfm. Em con-
diç&s naturais, a praga pode ser contaminada atraves dos ovos, dm oMcbs
de respiração do corpo (espirkuios), atravbs de insetos parasitbides contenda
o vírus ou mais comumente pela via oral, ingerindo o Vm
í juntamente com o
alimento. Uma vez ingerido, o vlrus mmqa a se multiplicar, espaIhando-se
por todo corpo do inseto e provocando sua morte, que ocorre geralmente de
6 a 8 dias a@ a ingestão. O tempo para o aparecimento dos primeirm s i n t s
mas da doença, bem çomo para a morte do inseto infectada é influenciado
por diferentes fatores, como a espécie do inseto,a idade em que morreu a h-
f-o, a quantidade ingerida, a viruIência e as condições climáticas durante o
período em que o inseto ficou hfecuido. Como mnsequhcia, esses fatores tem
efeitos mamntes sobre a rapidez da @o do vírus, quando ele é aplicado no
campo. AEm disso, ou- fatores também influenciam a e m n c i a e a estabili-
dade do vírus, antes de ser ingerido pela praga Entre eles, a irrídiago solar,
a temperatura, a umidade, o Mbito da praga, os equipamentos e a tecnoiogia
para a sua apkaçilo. 'Ibdos esses fatores devem ser pesquisados antes de se
recomendar com segurança o uso de vinis para o controle de uma praga.

DESCRIÇAO E BIOLXX3IA DA PRAGA


A largartadoartucho do müho, Spodoptera fnigiperda, 6 a principal
praga dessa cultura em candiçães de campo na Brasil, podendo reduzir a pro-
duüviclade em atk 34%.
A noite, a mariposa deposita na planm cerca de 1.000 avos, dos quak,
num período de 3 a 5 dias, nascem mais de 900 lagarta%2mperaturas mais
elevadas podem antecipar a emergéncia das lagartas, que começam a se alí-
mentar das foihas raspando-as, sem perfud-ias. Elas vão crescendo e, par uma
teia que produzem, migram-se para outras plantas, através do vento ou mes-
mo movimentando-se. Em média, u m a postura é suficiente para infestar cin-
co plantas. A medida que as lagartas crescem, dirigem-se para o camicho da
pianta, ou seja, a regulo de origem das folhas. É comum encontrá-las entre as
folhas enroladas. Lagartas grandw (acima de 2 cm de comprimento) podem
destruir todo o cartucho e as medidas de controle disponfveis não são eficien-
tes nem econdmicas.
O período larva1 varia com a temperatura. Em temperaturas como as
que normalmente ocorrem durante o cultivo da milho (25 a 27 "C),a lagarta
completa o seu desenvolvimento em cerca de 15 a 20 dias, sai do cartucho da
pianta e dirige-se para o sob, onde se transforma numa fase denominada pu-
pa, a alguns cent[mems abaixo da supeficie, pr-o bs rahes do milho. A
fase pupa dura em t o m de 11 dias, quando nascem os adultos, sendo que o
macho apresenta manchas brancas nas asas anteriores. Cem de 3 a 4 dias
apbs o nascimento dos adultos ocorre o acasalamento e as femeas iniciam n*
vamente outro Çicb de d a . É crimum ser o b w a d a dentm do cartucho do
mimo á presença da mariposa bmea, medindo de 2 a 3 cm de comprimento,
em posiçiio de repouso.

QUANDO RECOMENDAR O CUNTROLE

Para ser consideaado como praga, um inseto deve cam danos ecom3mi-
cos ã lavoura, &to 6,causar prejufms superiores ao liisto de m controle. Os
danos provoc~dosà planta do milho pela hgaria-docartucho *em chegar
a 34%; no entanto, em termos medios, ficam ao redor de 20%. A planta do
miiho & mab sensfvel ao seu ataque quando a infestaçáo inicia* entre 40 e
45 dias de idade. Nessa ocasi%o,6 que geralmente deve ser feito 0 controle.
Considerando a reiaçáa custo do controle e vabr da produção, para pradutbi-
dades entre 2.008 e 3.000 kglha, a praga deve ser controlada quando aproxima-
damente SQ% das plantas apresentarem ri sintoma de "folhas raspadas",Quan-
to maior for a produtividade esperada, cunsiderando que o custo do tratamen-
to não irá variar muito com o nfvel de tecnologia usado, ma& rapiüamente
devem ser iniciadas as medidas de controle. A %bela 1 indica quando deve
ser iniciado o controle, em funçiio da percentagem de plantas

TABELA 1. Pemntagem (P)l de phnmi de &lho com sintoma de folhas rsii-


paãas acima da qual se deve fazer o controle da l a ~ d . o a r t u -
cb,spodoptera inrgqbetrda Sete iam MG.EMBRAP&CNPMS.
1990.

tal çr
S ~ ~p
m nt dhh
n P=
0 3 %PDx Pç
CT - Cmo do mtamcrito, PD ProdyWhs; PÇ - Prego a atr obtido pth pdução
amadas. interessante observar que a raspadura 6 pmvoçada por lamas de
aproximadamente 10 mrn e o mnbob de lagartas desse tamanho 6 particular-
mente importante, principalmente quando feito através do baculovitw Lagar-
tas maiores ou população elevada da praga podem requerer o uso de hsetid-
das qtwcos.

RESW3XDOS DE PESQUISA COM 0 BACUIBV~RUS


NA EMIE3WAJCNPMS

W n a isolados de vinis de Poliedrose Nuclear e Granulose com pozen-


cial para uso no controle da lagarta4oarnicho jA foram encontrados em Mi-
nas Gerais e no Parad. Isso significa que o trabalho de levantamento deve
ser contínuo, sempre procurando obter um vírus que apresente mainr eficien-
cia no controle da praga. A EMBRAPNCNPMS mantem armazenados vãrios
isolados de virus de diferentes prmdênchs, porém o isolada 5, VPN, obtido
na região de Sete Lagoas, MG,tem sido o mais estudado, por ser o mais eficien-
te. Os resultados aqui apresentados siio portanto, desse isolado.
O ponto de partida para esse programa de controle bialbgico foi a desca-
berta de uma lagarta de Spodoptera frugiperda em um campo de milho do
CNPMS, em Sete Lagoas, MG, cuja sintomatoEogia sugeria infecção por algum
tipo de vinis. Essa lagarta foi macerada com hgua destilada e o líquido =sul-
tante foi coado em gaze esterit Esse extrato foi avabdo inicialmente ao micros-
&pio de luz, constatando-se a presença de poliedros. Posteriormente, foi ava-
liado em lagartas sadias, imergindo-se porçúes de folhas de milho nessa suspen-
são, deixando que as lagartas se alimentassem das foihas contaminadas duran-
te 48 horas, senda, em seguida, transferidas para dieta artificial Foram obser-
vados nessas lagartas os mesmos sintomas verificados na lagarta coletada rio
campo, sendo que a marte dessas ocorreu de 5 a 7 dias apbs a ingestáo d o vi-
nis. A identifiçação correta do vírus foi reahada através de rnicroscapia eletr8-
nica, pelo Professor E.W. Kitajirna, na Universidade de Brasíb, DF, como VI-
rus de Poliedrase Nuclear (VPN), do genero Badovfms.

a) Efeito de diferentes doses do baculovhs em lagartas de Spodopiem fnigi-


perda de diferenm idades.
Param conduzidos expemezitos em Eaboratbno, errvoivendo lagartas
de 4 a 12 dias de idade e concentra* variaveis do vfrm As lagartas foram
alimentadas somente com o vfnis (hgartas mortas maceradas em dgua) por
24 horas e posteriormente receberam dieta artifica Observou-se a percenta-
gem de lagartas mortas pelo vírus e também o tempo médio que demoravam
para morrer. Os resultados estão mostradas na Bbela 2 Conforme pode ser
verificado, a partir da dose de 4 x 1@ poliedros por lagarta, para I a m d e até
6 dias de idade (cem d e 6mrn), a mortalidade foi em média de 88%. A partir
de 4 x 106 poliedros/iagarta, mesmo Iagartas bem desenvolvidas (12 dias de ida-
de) foram suscetfveis ao vírus. D e modo geral, quanto maior era a lagarta no
dia da ingestão do vinis ma& ela demorava para monkr. Mesmo assim,inde-
pendente da dose usada e da idade do inseto, as lagartas morreram em média
com 7 dias apbJ a Urgestão do vinis @bela 3).

WEIA 2. Efeito de diferentes concentraçbes do b a d m h s na mrtdkb-


de (%) de lagartas de Spdupfera tfugiperda de diferentes idades.
Sete Lagoas, MG.EMBRAPNCNPMS, 1990.

Idade da Çoncentração do v f m (4 x poliedmdagarta)


lagarta
(dias) 10' 102 ~d 1o4 I$ la6 107 M*

Média 9 11 45 66 71 91 96 57

* Não avaliado
tal m6db (dias) & la- de Spmioptcra fmgiperda d e díferen-
ties &te hgoas, MG. E M B W ~ M S 2990. ,

Idade da çomientra@o do vkus (4x pdiedMgarta)


.-
lagaria
(dias) ~d id rd 10s id 106 ~o~ MW

A aplicação do v£rus formulada em um pb inerte traz vantagens fun-


damentais para o agridtor, quando comparada ao uso do vím em fama li-
quida, &to 6, macerado de lagartas. As principais vantagens seriam o manuseio
simples, o controle de qualidade e a factlPdade no armsvenamento. A formuh-
ção do baculovlnis como pb rnolh&vele fácil d e r& obfer e provavelmente se-
rá a de maior uso no controle bioBgico das pragas.
A nbela 4 mostra a6 resultados do vírus formutads em p6 molhável,
em experimenta envolvendo larvas de diferentes idades, em condições de tem-
peratura de 25 e 30 'C. Não houve perda d e e w n c i a quando comparado
aos resultados obtidos com o vírus macerado, como mostrada na 'Qbeia 3. In-
dependente da temperatura, quanto mas velha a lagarta, para uma mesma
dose d e vhs, menm senskl ela foi ao mesmo. Lagartas de 5 dias de idade
morreram cerca de 7 dlas apõs o fnfcir, da inf-o.
c) Efeito da condi@o de ann82enamento na viabiudade do baculwfna

A melhor maneira de cansem a GaculovInis, principalmente de um


ano para o outro, d no congelador d e u m geladeira ou no "freezer". Por oca-
sião de sua aplicaqão, o agricultor deve retirar o material congelado e rnant&-
lo na geladeira ate sua utilizaçáo. Em temperatura ambiente, dependendo do
tempo de armazenemento, o vlius pode perder sua viabilidade. A I b e i a 5
mostra resultados do bacubvfm macerado e mantido em temperatura ambien-
te variando d e 24 a 26% para diferentes perlodos de tempo. O que se obset-
va 6 que, num perfodo de até 8 dias, o vím não perdeu sua eficiencia, p m v s
a n d o mortalidade em 96% das lagartas. Dai em diante, a mortalidade caiu
ate atingir um mínimo de 59%. aos 22 dias. O baeulovfns formulado em p6
moiMve1 apresentou-se mais estável que o vúus preparado por maceração da
lagarta. Os resultados momados na Xibela 6 indicam que, quando o vírus foi
deixado em condiçao ambiente (25-27OC),por um de atk 60 dias, acon-
dicionado em sacos plásticos transparentes, ek náo perdeu a viabilidade, provb
çando mortalidade acima de W%,em lagartas de diferentes idades.

TABELA S. Efeito do tempo de anaazenamenm do ~~em temperam-


ra ambknte na sua vbEncia em lagartas de Spdoptera fmgiper-
da1. Sete Lagoas, MG. EMBRAPAJçNPMS, 1989.

Mortalidade
(%I
~EIAá~nciad.~~op6rnolhhicldob~eabmlapm-
tas ãe Spodoptera fnrgiperdn, a@ d&renOes perbdae e condi-
de armazenamena Sete Lagoa& MG. EMBRAPA/CNPMS,
1990.

Doee Mpratm hpb(b) Idade da lagarta (h)'


(pa-
bPartas) 5 6 7 8

d) Efeito da temperatura durante o perfodo Mfectivo do bacuovmis em h-


ganas de Spfoptera fnigiperda

Com o objetivo de verificar se o baculwfrus teria a@o semelhante em


diferentes condiqks de tempelatuta, foi oonduzido um experimento em h m -
badoras, çom temperaturas fmdas em 15,25 e W C , utiiizandm lagartas de
7 dias de &de. As lagartas foram alunentadas par um perkido de 24 horas
com foIhas de r n i h imersas em suspensões de vfm, conlendo 3,8 x 106 poi/mL
Não howe grande diferença na mortalidade brval, que foi, em média, de 973%.
Entretanto, quanto menor a rernperatura, ma& knfa foi a ação do vfnis. Qiian-
do as iagartas foram m a n t a a 15T, o pico de mortalidade acorreu 12 dias
ap& a apkagáo e quando mntidas a 25 e W C ,morreu do 5" para o ti0 dia.
Ciomo o cwuole da praga ~erahentee feito em novernbrolde~~mbro, Iépaca
em que a temperatura é mais elevada, espera-se que ao campo o efeito seja
semelhante ao obtiso em laboratório, com a temperatura de 25°C.
po para obserraçiio no bboratbriu. &sim sendo, aquelas não infectadas pelo
vfnis ou sem parasiamo fiaram protegidas de outros inimigos naturais. Portan-
to, p d e ser esperada uma maior eficiência caso rn insetos permaneçam no
campo. Wrios experimentos tem evidenciado o aumento da taxa de parasíts-
mo por outros inimigos naturais, mostrando que a aplicação do GacuIovznis fa-
vorece o retomo desses agentes benéficos.

=ELA 7. Mortalidade de lagarias de SpaJoptera frugiperda puhrerizadas


com ba- em lavoura de milho. &te Lagoas, MG. EM-
BWNCNPMS, 195PO.

c) Efeito da baculovim na produtividade do milho

Experimentos foram conduzidos em Sete Lagoas, comparando a baculo-


v h s macerado com Uiseticlclas padrões, como o Chlorpirífm e a Permetrina.
Basicamente os experimentos diferiram na Cpoca em que foram realizados. O
primeiro foi conduzido em final de março e o segundo, em meados de novem-
bro. Nos dois casos, foram colocadas artificialmente 30 lagartas recém-nascidas
por planta, provenientes de criago de laboratório, Os resultados @bela 8)
mostram que não houve diferenp entre o tratamento com o baculovlrus e o
tratamento com os inseticidas. Na media, esses tratamentos produziram cerca
de 15% a mais do que as parcelas testemunhas sem nenhum tratamento.
PFedador de ovas e lagartas pequena& um casal por planta

RECOMENDAÇ~ESPARA O uso w B A ~ ~ ~ R U S
NO CONTROLE DA I A G A R T A - ~ ~ C H O

Os muitados de pesquisa mmtaam que o pe-o de mabr ocorrência


da lagarta na planta de milho está entre 40 e 45 a p b o phnrio. 6 msse p e r b
do, portanto, que os produtores devem estar atentos Dependendo do &e1
de mfestaçáo, o controle pode ser feito mais d o . O agricultor deve tomar
medidas de controle quando obsenmr o smtoma de "folhasraspadas".

Wos os dados de pesquka mostram que, ir medida que a lagarta se de-


senvoive, ela fica mais resistente ao vinis. Portanto, quanto ma& nwas forem
as lagartas, maior eficSncia pade ser esperada do vdrus. Por h, 6 recomenda-
da a apiicaçiio do baculovinis em lagartas de, no mAximo, 1,Scm.
Os mesmo6 equipamentos-uttlizadospara a a p b * dos agrot-
servem também para a p b r o vinis. Particularmente para a iagarta-do-artu-
cho, recomenda-se usar o bico tip Que 81X14 ou 6504 Quanto ma8 unifor-
me for o piantio, mais. eficiente será a aplicago. Psto particularmente impor-
tante quando a aplicalção t tratorkad., porque, se o plantio não for unlfome,
ou seja, o espaçamenlo enm as hhas variar muito, o produto p d e ser joga-
do fora do aivo (lagarta), que e s na ~ planta do milho, e, mais. prwkimente,
no camcho. Quando a apIica@o em pequena a r a e p&ie ser realizada com
6 aparelho manualastal, a desuniformidade acima mencionada 6 menos h-
pomnte. O vírus lambem pode ser aplicada via Agua de irrigação. Maior voIu-
me de hgua por unidade de Ares tem dado mehora multados. Quando se
usa a formula@o em pó moMvel, não tem havido probiema de entupimento
de bico. Caso o produtor use lagartas mortas e maceradas, deve ter o cuida-
de de mar k m , para retirar material grosseiro, como cabeças e patas.

Çonsidemndo que o vírus e senskl ao6 raio6 ulmvioletas, a puhrerimçáo


deve ser feita h tarde ou no inicio da noite.

A L E S , S.B. Vírus En~omopatogenim. h:ALVES, S.B. Coord. CON.ra0-


LE MICROBWO DE INSEilX. %o Paule: Manole, 1986.p.171-187.
CARVALHO, RP.L Moa,Wua@o da pópnlaçau, er,ntmIie e carnpmtmm-
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de milho em mxl- Ue mp. Pirackaba, SB: ESALQ, 1970. 17@.
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Projeto

MPiRb - Ministerio da Agrh11tura e Reforma Agdria


EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquiia Agropecdria
DENA-P - Departamento Nacioml de OmperaMmo
mEhf0 - Organizago das Caoperathnis do Estado de Minas Gerais

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