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MANEJO INTEGRADO DE

PRAGAS DA CULTURA DO
CAFÉ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
TERESINA-PIAUÍ
DOCENTE:DR. LUIZ EVALDO DE MOURA PÁDUA
DISCENTE: PEDRO LUCAS VAZ DA SILVA
INTRODUÇÃO
A palavra "café" vem do Árabe "vinho do grão"
O Brasil tem sido o maior produtor de café nos últimos
150 anos.

Principais variedades: Coffea Arabica Coffea Robusta

Minas gerais é o maior estado produtor de café

A cafeicultura brasileira pode ser dividida em dois


períodos, antes e depois do aparecimento da ferrugem
Produção no brasil
PRINCIPAIS PRAGAS ASSOCIDAS A

CAFEICULTURA
Broca do café
Broca do café

É uma praga encontrada em todas as regiões produtoras de café do mundo;

Ataca os frutos em qualquer estágio de maturação,



inclusive grão já seco;

prejuízos podem chegar a 21%;

para cada cinco grãos brocados e/ou quebrados encontrados na amostra, o lote de café
correspondente é penalizado com um defeito no sistema de classificação.
Broca do café

Além de danificar os grãos e reduzir sua qualidade, seus danos podem


favorecer queda e também a entrada de patógenos;

os machos permanecem dentro dos frutos e são as fêmeas que saem para
colonizar novos frutos, no chamado “período de trânsito;

As infestações de broca são favorecidas por lavouras mais adensadas e


locais com maior umidade.
Broca do café

Como métodos controle podemos realizar o controle


biológico com parasitóides ou com o fungo Beauveria
bassiana;
A vespa-da-costa-do-marfim (Cephalonomia sp.) é um
importante inimigo natural da broca-do-café e pode ser

usada em pequena escala;


Temos também a opção de utilizar armadilhas com atraentes
para capturar a broca;
o controle químico pode ser feito com clorpirifós, de 1 a
1.5L/ha.
BICHO MINEIRO

(LEUCOPTERA COFFEELLA)
BICHO MINEIRO

bicho mineiro passou a ser a praga mais importante da cultura desde a


década de 70;

O bicho mineiro ataca exclusivamente o cafeeiro, causando perda de área


foliar por cavar galerias nas folhas do cafeeiro;

O adulto é uma mariposa que põe seus ovos no terço superior do cafeeiro,
na face superior das folhas.
BICHO MINEIRO

O bicho mineiro é favorecido por condições mais secas e temperaturas


elevadas

O uso indiscriminado de inseticidas não seletivos e de cúpricos têm grande


impacto sobre os inimigos naturais do bicho mineiro
BICHO MINEIRO

A amostragem deve começar já em outubro nas


regiões mais quentes;

Deve ser dada atenção especial às lavouras


novas

Como controle biológico temos parasitóides


(Eulophidae e Braconidae) e predadores
(Vespidae)

Utilizar inseticidas específicos, de modo que não


prejudiquem os inimigos naturais, visto que o
bicho mineiro é parasitado por um grande
número de insetos.
ÁCAROS
ÁCAROS
ÁCAROS
ÁCAROS

Ácaro vermelho

Ao alimentar-se, o ácaro vermelho perfura as células e suga


parte do conteúdo celular. Os prejuízos ocorrem pela
redução da área foliar;

Em condições de seca, com estiagem prolongada, o ácaro


vermelho encontra condições ideais ao seu desenvolvimento;

O ataque do ácaro vermelho ocorre em reboleiras e, em


casos graves, pode se espalhar para toda a plantação de
café;

Frequentemente observa-se aumento da infestação de ácaro


vermelho associado a aplicação de piretróides sintéticos para
combater o bicho-mineiro.
ÁCAROS
ÁCAROS

Ácaro Branco
ataca tanto o cafeeiro como outras culturas;

Com o ataque deste ácaro, as folhas novas ficam deprimidas


na parte central, com as margens dobradas ou enroladas
para baixo;

Em ataques intensos pode ocorrer a necrose e rasgadura


das folhas.

Manejo é feito com uso de acaricidas e controle de plantas


hospedeiras

Controle químico é feito geralmente com o uso do acaricida


priridabem na dosagem de 1,7 litros por ha.
Cigarras
Cigarras
Cigarras
Cigarras

Quesada gigas, Fidicinoides sp. e Carineta sp, no entanto, a Quesada gigas é


predominante e causa maiores prejuízos;

As ninfas buscam uma raiz do cafeeiro e iniciar sua alimentação da seiva;

Prejuízos ao aproveitamento de água e nutrientes, resultando em morte das raízes,


clorose, queda precoce de folhas,
Cigarras
Cigarras

O monitoramento é feito nos talhões, após observar a presença de orifícios


circulares de saída de ninfas móveis do solo;

Caso sejam encontradas mais de 35 ninfas móveis, deve-se realizar o controle;

O controle químico pode ser feito com inseticidas do grupo químico neonicotinóide,
como imidacloprid e thiamethoxam.

Também é possível realizar o controle através de armadilhas sonoras.


Cigarras
Cigarras

Para o controle biológico pode ser usado o fungo o fungo Metarhizium anisopliae;

O controle cultural consiste na eliminação do cafezal infestado e já improdutivo;

Em lavouras adultas próximas a matas, geralmente, as primeiras linhas de cafeeiros


junto a elas são mais infestadas pelas cigarras, requerendo controle químico. Antes,
fazer o seu monitoramento.
Outros insetos associados á cultura

Podemos citar as lagartas, cigarrinhas, cochonilhas


da raiz e parte aérea, além das moscas da raiz e
alguns nematóides.

Todas estas pragas atualmente, quando infestam a


cultura do café a mesma se mantém sob nível de
controle econômico.

REFERENCIAS
DA SILVA, Antonio Lopes et al. CONTROLE QUÍMICO DO ÁCARO BRANCO Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904)
(Acari: Tarsonomidade) EM ALGODOEIRO. Pesquisa Agropecuária Tropical, p. 17-21, 1989.
NEVES, P. M. O. J. Utilização de Beauveria bassiana no manejo da broca-do-café no Brasil. In: Proceedings, Manejo
da Broca-do-Café. Workshop Internacional. 2007. p. 233-248.
COSTA, José Nilton Medeiros et al. Eficiência de acaricidas no controle do ácaro-vermelho em café Conilon. 2003.
PALACIN, Juan José Fonseca. Avaliações energética e econômica de sistemas de produção de café de montanha.
2007.
PARRA, J. R; REIS, P. R. Manejo integrado das principais pragas da cafeicultura, no Brasil. Visão agrícola, n°12.
Piracicaba, 2013, p.47.
PAULINI, A. E.; MATIELLO, J. B.; PAULINO, A. J. Oxicloreto de cobre como fator de aumento da população do bicho-
mineiro do café (perileucoptera coffeella – Guer. Mèn., 1842). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS
CAFEEIRAS, 4., 1976, Caxambu. Resumos… Caxambu, 1976. p.48-49.
TUELHER, E. S.; OLIVEIRA, E. E.; GUEDES, R. N. C.; MAGALHÃES, L. C. Ocorrência de bicho-mineiro do cafeeiro
(Leucoptera coffeella) influenciada pelo período estacional e pela altitude. Acta Scientiarum: Agronomy, Maringá, v.
25, n. 1, p. 119-124, 2003.

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