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Produção, manejo e

beneficiamento do cacau
Do plantio até o processamento
Inicio dos plantios comerciais
• Por volta do ano de 1746 chegaram a primeiras sementes que iniciaram a produção em terras
baianas, locais nos quais se estabeleceram de forma forte e eficaz em termos de quantidade e
qualidade. Colonizadores paraenses enviaram as primeiras unidades para semeadura a Antônio
Dias Ribeiro, local no qual se estabelece a cidade de Canavieiras nos dias atuais.
• As características de dureza que existem no solo da Bahia junto com o clima quente foram fatores
elementares para a evolução do cacau. O potencial foi tamanho que no começo do século XXI a
Bahia tem o título de maior produtor nacional com valor além do que noventa por cento.
Sistema de cultivo em cabruca
• . O nome dessa forma de plantar o precursor do chocolate em plena floresta surgiu de uma pequena
confusão linguística. Tudo começou com um convite para abrir buracos na mata e plantar cacau no
no sul da Bahia.
• Venha cá brocar a mata.” “Cá brocar”. “Cabrucar”. Quando o povo se deu por conta, tanto o novo
verbo quanto a forma de cultivo já tinha caído no gosto do agricultor do sul da Bahia.
• Realmente, a ideia de “cabrucar” faz sentido. Isso porque o cacau precisa de sombra e de umidade
para crescer. Então, uma cabruca não é como outras plantações, onde você só vê o mesmo tipo de
árvores. De fato, os cacaueiros ficam inseridos no meio da vegetação nativa, rodeados por
diferentes espécies.
Sistema de cultivo em cabruca
Pragas e doenças do cacau:
Vassoura de Bruxa (Moniliophthora perniciosa)
• Hoje é a doença fúngica mais severa presente em áreas de produção de cacau no Brasil.
• Os sintomas são super brotamento de lançamentos foliares, formação de cancro em mudas e ramos.
Nos frutos pode ocorrer o amarelecimento precoce, lesões necróticas deprimidas ou não.
• O monitoramento deve ser constante, verificando os sintomas. O controle cultural é feito assim que
a doença é detectada
Vassoura de Bruxa
Cancro de Lasiodiplodia (Lasiodiplodia theobromae)
(Maior frequência no sistema Pleno Sol)

• Os sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de áreas necróticas de coloração castanha a


avermelhada no lenho.
• Quando a infestação está mais avançada, a casca da planta apresenta-se com consistência
endurecida, enrugada, e com rachaduras. Também pode ocorrer a murcha, amarelecimento e a seca
das folhas.
TRIPES (Selenothrips rubrocinctus)

• Para monitorar, deve-se dividir a lavoura em quadras de 5 hectares (ha), uniformes quanto idade e
sombreamento.
• O controle deve ser feito quando forem detectados de 2 a 3 tripes por folha ou 10% de frutos com
tripés.
• O nível de controle é adotado quando utiliza-se o controle químico, já para os controles cultural e
bio - lógico, a ação pode ser tomada antes do nível de controle.
TRIPES
CARNEIRINHOS, BICUDOS OU GORGULHOS (Naupactus bondari, Lordops aurosa,
Lasiopus cilipes e Heilipodus clavipes)

• São insetos que apresentam rostro (“bico”), correspondente ao aparelho bucal.


• Atacam folhas, frutos e caules das plantas, causando perfurações. Em ataques mais severos,
consomem todo o limbo foliar.
• Deve-se fazer o monitoramento quinzenal, verificando sintomas de ataque, principalmente, em bil -
ros e frutos.
Adubação do cacau
• Em geral, durante o primeiro ano, o agricultor pode realizar uma aplicação de adubação pré-plantio
e outras complementares a cada 2 meses após as mudas de cacau terem desenvolvido 2-3 pares de
folhas (pode-se usar fertilizante N-P-K 12:24:12). Posteriormente e até o 3º ano de crescimento das
plantas, o cacauicultor poderá aplicar 0,2 kg de adubo NPK 30:10:10 por árvore, duas vezes ao
ano. Finalmente, os cacaueiros que atingiram a maturidade reprodutiva devem receber 0,4-1,2 kg
de fertilizante NPK 16:8:24 por árvore, duas vezes ao ano (1) Exceto os 3 nutrientes básicos (N, P,
K) os cacaueiros também requerem micronutrientes como Ca, Mn, Mg e Zn. Todos os adubos que
serão aplicados na forma de grânulos no solo, deverão ser colocados em círculo, a 1 m de distância
do tronco da árvore (irrigar ou incorporar o adubo manualmente).
Beneficiamento do cacau:
Armazenamento
• O armazenamento do cacau é realizado para conservar a integridade e a qualidade do produto final
(amêndoas bem fermentadas e secas). A estocagem do cacau seco na fazenda não deve ultrapassar
um período superior a três meses (90 dias), pois a região cacaueira da Bahia possui um clima
quente e úmido que favorece o crescimento de mofo e o ataque de insetos e roedores.
Obrigado !

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