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BANANA

Docente: Dr. Leandro Martins Ferreira

Discentes:
Alex Lima de Oliveira;
Agnaldo Ferreira dos Santos;
Camila Alves do Carmo Fróis;
Luciene Silva Moreira;
Moisés Barbosa Leite.
TÓPICOS
• Dados de produção Nacional e Internacional;
• Botânica e cultivares;
• Preparo da área, espaçamentos e plantio;
• Podas, manejos e colheita;
• Pragas e doenças;
• Vídeo curto (5 minutos);
• Artigo e vídeo curto (1 minuto) sobre o tema do artigo.
PRODUÇÃO DE BANANAS POR
REGIÃO
TOP 10 MAIORES PRODUTORES
HISTÓRICO DE PRODUÇÃO
MUNDIAL
SÉRIE HISTÓRICA DA
PRODUÇÃO NACIONAL
ESTADOS MAIS PRODUTORES
HISTÓRICO DE EXPORTAÇÃO DE
BANANAS NO BRASIL

Argentina, Uruguai e Reino Unido


HISTÓRICO DE IMPORTAÇÃO DE
BANANAS NO BRASIL

Equador e Filipinas
NO MATO GROSSO DO SUL

Ceasa Campo Grande (compra em atacado) em 17/09/2023:


• Banana Nanica R$5,22
• Banana Prata R$6,09

• Preço médio semanal pago ao produtor por uma caixa de 20kg em MS


CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

A bananeira pertence a família das Musáceas e é cultivada


em todos os estados brasileiros, desde a faixa litorânea até
os planaltos do interior. A maioria das variedades de
banana originou-se no continente asiático, evoluindo das
espécies selvagens Musa acuminata Cola e Musa
balbisiana Colla.
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

• As bananeiras produtoras de frutos comestíveis foram


classificadas pela primeira vez por Linneu, que as
agrupou no gênero Musa com as espécies: Musa
Cavendish, Musa sapientum, Musa paradisíaca e Musa
corniculata.
BANANA NANICA
BANANA NANICA

• Apesar do nome indicar uma variedade “pequena”, na verdade a banana-nanica tem um


tamanho grande que pode chegar a 24 centímetros. Esse nome se deve ao tamanho da
bananeira, que tem baixa estatura em relação à outras espécies, mas é uma campeã de
produtividade: cada cacho pode ter até 400 bananas e pesar quase 45 quilos.
Ademais, esse tipo de banana, também conhecida como “banana d’água”, se adaptou muito
bem em solo brasileiro e é muito consumida por atletas pela sua alta concentração de
potássio, que previne câimbras.
Além disso, ela contribui no controle da pressão arterial, suas fibras ajudam a normalizar o
trânsito intestinal e auxilia na digestão. Também possui muitas vitaminas.
BANANA MAÇÃ
BANANA MAÇÃ

• Com uma casca grossa e firme, a banana-maçã é diferenciada pelo tamanho – é pequenina –
textura e sabor. Essa fruta é originária das Américas Central e do Sul, sendo também
produzida aqui no Brasil, embora represente apenas cerca de 2% da produção nacional da
fruta.
• A banana-maçã tem esse nome por conta do seu aroma de maçã. A polpa é macia, branca e
tem uma fácil digestão. Por isso é muito indicada para crianças e idosos.
• Ademais, essa fruta contém uma boa quantidade de potássio e fibra, além de serem mais
ricas em vitaminas C e A do que as bananas comuns.
• Penca de bananas do tipo maçã.
BANANA PRATA
BANANA PRATA

• Originária da Ásia, de onde foi levada à todos os continentes, a banana-prata é


inegavelmente uma das mais preferidas pelos brasileiros, possuindo tamanho médio e
menos doce que outras mais consumidas no Brasil.
• Possui 89 calorias a cada 100 g e 358 mg de potássio, e é certamente uma das menos
calóricas e de maior durabilidade: pode ser consumida até quatro dias depois de amadurecer,
o que facilita a comercialização e consumo.
• Sua polpa é bem consistente e pouco doce, o que faz dela o tipo ideal para fritar. Sua casca é
bem amarela com pequenas manchas amarronzadas.
• A banana-prata é rica em proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas, minerais, ácido fólico e
potássio. Esse tipo de banana é recomendado sobretudo no tratamento de pressão arterial,
diarreia e insônia.
PREPARO DO SOLO

1 - Coletar amostras do solo para análise


2 - Faça a correção do solo
• De acordo com o resultado da análise do solo,
realize a calagem.
• Gessagem.
• Seguindo orientações técnicas, pelo menos 30
dias antes do plantio.
PREPARO DO SOLO

3 - Prepare o solo.
• O preparo do solo tem por objetivo romper camadas compactadas, facilitando o desenvolvimento
inicial das raízes da planta
3.1 - Faça a aração
• A aração deve ser feita a uma profundidade mínima de 20 cm e, se possível, no início das chuvas
3.2- Execute a gradagem
• A gradagem visa destorroar e nivelar o solo para facilitar a incorporação do calcário.
• Observação, em solo compactado, recomenda-se uma subsolagem à profundidade de 50 a 70 cm,
antes da aração.
3.3 - Prepare o local de plantio.
• O local de plantio pode ser preparado mecanicamente ou manualmente.
PREPARO DO SOLO

3.3.1 - Prepare as covas mecanicamente.


• Faça o sulcamento
PREPARO DO SOLO

• Faça a adubação orgânica e adubação mineral de acardo com a análise do


solo ou necessidade da cultura.
PREPARO DO SOLO
• 3.3.2 - Faça o coveamento manualmente ou mecanicamente
• No preparo manual das covas, estas devem ser abertas nas medidas 40 x 40 x 40 cm com enxadão,
cavadeira e, ou enxada.
PREPARO DO SOLO
1 - Conheça alguns tipos de mudas • • Filho aderido ao rizoma: mudas que brotam junto
ao rizoma.
• Chifre: mudas de 40 a 60 cm de altura, com peso
de 1 a 2 kg e que apresentam folhas estreitas ainda
não abertas em forma de lança.
PREPARO DO SOLO
• Porção de rizoma: mudas provenientes de • Muda Micropropagada (in vitro)
pequenos pedaços de rizoma, peso de 800 a 1200
g, com pelos menos uma gema desenvolvida.
• Mudas de raiz nua: Têm entre 5 e 10 cm de altura
e necessitam de um período de adaptação
(aclimatação), quando atingirem o tamanho
apropriado (20 a 30 cm) para o plantio.

• FAO: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura


PREPARO DO SOLO
• 2 - VARIA EM FUNÇÃO DO PORTE DA VARIEDADE, DA FERTILIDADE DO SOLO E DO MANEJO EMPREGADO.
PREPARO DO SOLO

4 - Calcule o número de plantas para área.


• Exemplo 1: Fileira simples (3 x 2).

• Espaçamento: 3 metros entre fileira (EF) x 2 metros entre plantas (EP)

• 1 hectare = 10.000 m2 Então: O número de plantas por hectare é = 10.000/EF x EP

• 10.000/6 = 1.666 plantas/hectare


PREPARO DO SOLO
5 - Realizar o plantio • Cubra as mudas com uma camada • Compacte ao redor das mudas
de 5 cm de terra acima do rizoma
• Coloque as mudas nas covas,
deixando a superfície do solo cerca
de 5 cm acima do rizoma
PREPARO DO SOLO

6 - Faça o replantio das mudas.


• Nas covas onde as mudas não germinaram (“pegaram”) devem ser plantadas novas
mudas 30 a 40 dias após o plantio
MANEJOS NA
CULTURA DA
BANANA
CONTROLE DE PLANTAS
DANINHAS
Capina manual
CONTROLE DE PLANTAS
DANINHAS
Capina mecânica
CONTROLE DE PLANTAS
DANINHAS
Capina química
DESBASTE
• Em cada ciclo de produção do
bananal estabelecido deve-se
deixar apenas a planta mãe, um
filho e um neto, eliminando-se
os demais rebentos
DESBASTE
• Como saber qual desbastar?
DESBASTE
Lurdinha X ROTO –COMPRESSÃO
(desperfilhador OU DESBROTADOR)
DESFOLHA
Eliminação do coração e da última penca*

*Essa prática é recomendada apenas para as variedades tipo nanica (Nanica, Nanicão, Grande Naine)
IRRIGAÇÃO

• Em geral, as bananeiras são plantas que gostam de água e precisam de


muita água, até 2.500 mm ou 2.000 mm por ano ou 25 mm por semana. A
irrigação profunda deve ser oferecida para ajudar na lixiviação do solo
durante o tempo seco. Sem irrigação adequada, é normal que as bananeiras
deixem de produzir frutos. No entanto, evite regar demais as raízes da
bananeira porque elas têm baixa absorção de água. O excesso de água
levará à podridão das raízes.
ADUBAÇÃO
COLHEIT
• SE DIVIDE EM 3 ETAPAS A
CORTE DO PSEUDOCAULE
APÓS A COLHEITA
• É uma prática que varia de
região para região, tanto no que
diz respeito à altura, quanto à
época em que deve ser feito o
corte. Do ponto de vista prático
e econômico o corte do
pseudocaule deve ser realizado
imediatamente após a colheita
do cacho de banana.
CORTE DO PSEUDOCAULE APÓS
A COLHEITA

Figura 12. Fragmentação dos resíduos depois da colheita do cacho (A). Pseudocaule em decomposição
(B).
Fotos: Sonia Alfaia.
PRAGAS E DOENÇAS
• Sigatoka negra ( Mycosphaerella Fijiensis)
 O nome da doença advém da presença de manchas de coloração negra nas
folhas.
 No brasil foi descrita pela primeira vez em 1998, no estado do Amazonas.
 Em 2004 a doença foi constatada nos estados de São Paulo, posteriormente
Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Sul de Minas Gerais e Mato
Grosso do Sul.

• Processo de infecção
 Sigatoka negra é um fungo que se desenvolve quando existe condições
propícias com variedades suscetível.
 Infecção se estabelece com a chegada dos esporos.
PRAGAS E DOENÇAS
Sintomas
 Pontos amarelados que
evoluem rapidamente para
estrias marrons.
 As estrias de cor marrom
evoluem para estrias negras
 Formação de extensas áreas
necróticas de coloração preta.
PRAGAS E DOENÇAS
• Estádios de desenvolvimento das lesões
PRAGAS E DOENÇAS
Recomendação de controle
Controle genético
 Utilizar variedades resistentes sempre que possível
Controle cultural incluindo praticas como
 Drenagem do solo
 Manter solo coberto
 Desfolha sanitária
 Densidade adequada
 Nutrição adequada do pomar
Controle químico
 Trifloxistrobin, difenoconazole e propiconazole.
 Fungicida sistêmico ( curativo) do grupo triazóis e estrobirulina em mistura
com agua e óleo mineral.
PRAGAS E DOENÇAS
Mal-do-panamá ( Fusarium oxysporum f. sp. Cubense )
 No Brasil, a doença foi constatada pela primeira vez em 1930 no município
de Piracicaba SP.
 Diversas variedades tradicionais, como a banana maça, são susceptíveis a
essa doença.
 É um fungo de solo apresenta alta capacidade de sobreviver mesmo na
ausência do hospedeiro.
Forma de disseminação
 O contato dos sistemas radiculares de plantas sadias com esporos liberados
por plantas doentes.
 Uso de material de plantio contaminado.
 Água de irrigação, de drenagem, de inundação.
 Pelo homem ou animais.
PRAGAS E DOENÇAS
Sintomas externos
 Amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para as mais novas.
 Murcha, seca e quebra das folhas junto ao pseudocaule.
 As folhas centrais geralmente permanecem eretas
 Rachadura do pseudocaule, próximo ao solo
PRAGAS E DOENÇAS
Sintomas internos
 Em corte transversal do pseudocaule, observa-se uma coloração pardo-
avermelhada, em forma de pontos.
 Em corte longitudinal no pseudocaule ou nervura principal das folhas,
observa-se a coloração vascular pardo-avermelhada, com linhas contínuas e
de formato regular.
PRAGAS E DOENÇAS
Recomendações de controles
Como medidas preventivas recomendam-se as seguintes práticas:
 Evitar as áreas com histórico de incidência do mal-do-Panamá.
 Utilizar mudas comprovadamente sadias e livres de nematoides.
 Corrigir o pH do solo, mantendo-o próximo à neutralidade e com níveis
ótimos
 Manter as plantas bem nutridas
 Nos bananais já estabelecidos e que a doença começa a se manifestar,
recomenda-se a erradicação das plantas doentes como medida de
controle.
 Dar preferência a plantios de variedades resistentes: ‘BRS Princesa’
(tipo Maçã); ‘BRS Platina’ (tipo Prata); Pacovan Ken (tipo Pacovan);
Nanica (tipo Cavendish); Conquista (tipo Mysore); entre outras.
PRAGAS E DOENÇAS
Broca-do-rizoma ou moleque-da-bananeira ( Cosmopolites Sordidus )
 Ordem: Coleoptera
 Família: Curculionidae
 Foi constatado no brasil em 1915 na cidade do Rio de Janeiro.
PRAGAS E DOENÇAS
Descrição e biologia do moleque-da-bananeira.
 Besouro de coloração preta
 Cabeça projetada para frente.
 Sua boca é semelhante a um bico
 Gosta de ficar em locais úmidos e sombreados.
 Possui hábito gregário.
PRAGAS E DOENÇAS
Ciclo biológico do moleque-da-bananeira.
 Ovos: em média 5 ovos por mês variando, podendo atingir um total de
100 ovos no decorrer do ano.
 Larvas: coloração branca 12 mm de comprimento.
 Pulpa
 Adulto mede cerca de 11x4mm
PRAGAS E DOENÇAS
Danos causados pelo Moleque-da-bananeira.
 Dano direto causados pela larva que abrem galerias e passam a se
alimentar.
 Causam sintomas como: amarelecimento das folhas, cachos tornam-se
pequenos, secamento das folhas, diminuição de tamanho e peso dos fruto e
planta sujeita a tombamento.
 Também pode ser porta de entrada para fungos como mal-do-panamá.
PRAGAS E DOENÇAS
Recomendação de controle
 Controle preventivo: uso de mudas sadias
 Manejo cultural: destruição dos bananais velhos
 Uso de iscas atrativas: Para monitoramento e controle.
 Controle biológico: Fungo Beauveria bassiana.
 Controle químico: tratamento químico das mudas, em covas ou iscas.
PRAGAS E DOENÇAS
Recomendação de controle

Isca do tipo telha Isca tipo queijo Infecção pelo fungo


Beauveria bassiana
PRAGAS E DOENÇAS
Tripes da erupção ( Frankliniella brevicaulis )
 Ordem: Thysanoptera
 Família: Thripidae
 Apresenta coloração amarelo-claro quando jovem
 Adulto marrom escuro
 Ciclo de desenvolvimento de 13 a 29 dias
 Comprimento do corpo de 1,2 a 1,5 mm
PRAGAS E DOENÇAS
Danos da Tripes da erupção ( Frankliniella brevicaulis )
 Os ovos são colocados individualmente.
 Nos frutos em desenvolvimento forma-se pontuações marrons e ásperas ao
tato.
PRAGAS E DOENÇAS
Recomendação de controle da Tripes da erupção.
 Eliminação do coração e retirar restos florais.
 Ensacamento dos cachos com saco plástico.
 Inseticidas: bifentrina e clorpirifos.
REFERÊNCIAS
• A cultura da bananeira. Informe agropecuário. Belo Horizonte, v. 12, nº 133, janeiro de 1986.
• Alves, E. J. et al. Banana para exportação: aspectos técnicos da produção. Embrapa – SPI,
1995. 106 p. (Série publicações técnicas Frupex; 18).
• Alves, E. J. A cultura da banana: aspectos técnicos, socioeconômicos e agroindustriais.
Editado por Alves, E. J. 2º ed., ver – Brasília: embrapa –SPI, 1999. 585 p.
• Castro, P. R. C.; Kluge, R. A. Ecofisiologia de fruteiras tropicais. São Paulo: Nobel, 1998.
• CORDEIRO, Z. J. M; FANCELLI, M; RITZINGER, C. H. P; FERREIRA, D.M.V;
HADDAD, F. Embrapa. Manual de identificação de doenças, nematoides e pragas na
cultura da banana. 2017
• CORDEIRO, Z. J. M; MATOS, A. P; FILHO, P. E.M. Embrapa mandioca e
fruticultura. Mal do Panamá. 2021.
REFERÊNCIAS
• FAO. Crops and livestock produts. Disponível em:
https://www.fao.org/faostat/en/#data/QCL/visualize. Acesso em: 26 set. 2023.
• IBGE. Produção Agrícola – Lavoura Permanente. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/15/11863. Acesso em: 26 set. 2023.
• MESQUITA, A. L. M. Embrapa agroindústria tropical. Importância e métodos de
controle do moleque ou broca do rizoma da bananeira. Fortaleza, CE. Dezembro, 2023.
• SENAR. A cultura da banana. Brasília, 2011. Disponível em:
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/148-BANANA.pdf. Acesso em: 05 set.
2023.
• SENAR Coleção Senar 148 Banana. Disponivel em: https://www.bing.com/ck/a. Acesso em:
27/09/2023
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