Guaraciama 2023 Mudanças climáticas, ambientais e os problemas de saúde
Nesta aula, vamos entender como as alterações
causadas pelo aquecimento global afeta diretamente e indiretamente a saúde do homem. Mudanças climáticas
• O alerta de possíveis alterações causadas
pelo aquecimento global, o impacto dessas mudanças sobre o ecossistema e as possíveis doenças infecciosas que poderiam manifestar, foram citadas em 1950. • Sabemos que grandes mudanças climáticas refletem no impacto socioeconômico, culturais, crescimento populacional, urbanização, industrialização e no aumento de recursos naturais. EL NIÑO
• Graves consequências a nível
mundial, causando importantes prejuízos, tanto físicos como econômicos como a seca, inundação, perda de produtividade agrícola e perdas em vidas humanas. • Resultaram grandes epidemias de malária no Paquistão, Sri Lanca, Vietnã e em vários países da America Latina.
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Mudanças ambientais • No Brasil, o Cerrado e a Floresta Amazônica são os principais ecossistemas afetados pelas queimadas e desmatamentos. • As queimadas são responsáveis pelas alterações na camada protetora do solo e provoca bruscas mudanças nos ciclos hidrológicos nas regiões tropicais, que reduz o volume pluviométrico, além de causar alterações na composição química e física da atmosfera. • Os impactos ambientais dos desmatamentos e das queimadas tem papel fundamental nas mudanças climáticas no local, em toda região e global. Problemas de saúde • As mudanças climáticas podem produzir impactos sobre a saúde humana por diferentes vias. Ela pode ser direta ou indireta. • De forma direta, como no caso das ondas de calor, ou mortes causadas por outros eventos extremos como furacões e inundações. • Na forma indireta, observamos alterações no ambiente como a alteração de ecossistemas e de ciclos biogeoquímicos, que podem aumentar a incidência de doenças infecciosas, mas também doenças não-transmissíveis, que incluem a desnutrição e doenças mentais. Problemas de saúde • As flutuações climáticas produzem um efeito na dinâmica das doenças vetoriais como, por exemplo, a maior incidência da dengue no verão e da malária na Amazônia durante o período de estiagem. • A leptospirose, as hepatites virais, as doenças diarréicas, etc, podem se agravar com as enchentes ou secas que afetam a qualidade e o acesso à água. • As doenças respiratórias são influenciadas por queimadas e os efeitos de inversões térmicas que concentram a poluição, impactando diretamente a qualidade do ar, principalmente nas áreas urbanas. Problemas de saúde • Portanto, concluímos que as alterações ambientais, como a degradação do ar, da água e do solo, tem efeito considerável na saúde do homem. • Situações de desnutrição podem ser ocasionadas por perdas na agricultura, principalmente a de subsistência, devido as geadas, vendavais, secas e cheias abruptas. • Variáveis como idade, perfil de saúde, resiliência fisiológica e condições sociais contribuem diretamente para as respostas humanas relacionadas às variáveis climáticas. Saúde e ambiente: Doenças Emergentes e Reemergentes
• O objetivo dessa aula é conhecer a relação
entre saúde e meio ambiente, conceitos de doenças emergentes e reemergentes na saúde coletiva, com o intuito de entender as causas do surgimento de novas patologias e o retorno de algumas doenças. A relação Saúde e Ambiente • A questão ambiental tem adquirido nos últimos anos uma importância maior devido a fatores globais, tais como o efeito estufa, o buraco da camada de ozônio, a poluição atmosférica e a perda da biodiversidade. No entanto, os problemas ambientais locais, tais como a degradação da água, do ar e do solo, do ambiente doméstico e de trabalho, têm impactado significativamente a saúde humana. • No início do século XIX, as cidades cresciam, sobretudo, devido à revolução industrial. A partir disto, as condições de vida se deterioravam. • A teoria que predominava na época, era de que as doenças se originavam dos acúmulos de dejetos (miasmas). A relação Saúde e Ambiente • A teoria miasmática propiciou, no século XIX, a melhoria do ambiente urbano no mundo desenvolvido. • No final do século XIX, com a descoberta do micróbio e o conceito de que agentes biológicos específicos eram a causa de determinadas doenças, as explicações relacionadas com o ambiente sofreram um grande retrocesso. Consolidou-se o conceito de unicausalidade. • No início século XX, a ecologia firma-se como disciplina científica, desenvolvendo- se a teoria ecológica das doenças infecciosas, na qual é fundamental a interação entre o agente e o hospedeiro, ocorrendo em um ambiente de diversas ordens: física, biológica e social, ou seja, a teoria da multicausalidade. Doenças emergentes e reemergentes • Nos últimos tempos, houve aparecimento de novas doenças infecciosas, bem como o retorno de doenças já tidas como erradicadas. Ao surgimento dessas novas patologias e o retorno de doenças já erradicadas, chamamos de doenças emergente e reemergentes.
• Essas doenças trata-se de moléstias transmissíveis, causadas por bactérias, vírus
ou por agentes que já parasitava animais e que passou a infectar também o homem, ou por novas formas infectantes geradas a partir de mutações em um microrganismos já conhecido. Doenças emergentes e reemergentes • "Doença emergente" são aquelas que surgem com impacto significativo sobre o ser humano, é o surgimento ou a identificação de um novo problema de saúde ou um novo agente infeccioso como, por exemplo, a febre hemorrágica pelo vírus Ebola, a AIDS, a hepatite C. • Já as "doenças reemergentes" indicam mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde humana, como é o caso de algumas epidemias já ocorridas no Brasil, como a cólera e dengue. Essas doenças podem voltar a apresentar novos casos ou até mesmo epidemias no futuro. • A disseminação desses agentes infecciosos ocorrem por meios de transportes aéreos ou navios ou transporte rodoviário que leva portadores a várias partes do mundo. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
VARÍOLA: Quando os colonizadores
chegaram aqui, trouxeram com eles uma série de doenças. Entre elas, a varíola.
SINOTOMAS: Febre alta, dores no
corpo, erupções.
CRIANÇA SENSO VACINADA CONTRA A VARÍOLA, NO SÉC. XVIII
AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
GRIPE ESPANHOLA: Considerada a pior
epidemia (depois pandemia) registrada na história da humanidade
SINOTOMAS: Típicos de uma gripe
normal, como febre, náusea, diarreia e dores. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
PESTE NEGRA: A peste negra, também
conhecida como peste bubônica ou simplesmente a Peste, é uma doença grave e muitas vezes fatal causada pela bactéria Yersinia pestis, que é transmitida através das pulgas de animais roedores.
SINOTOMAS: GLândulas linfáticas
inchadas, febre, tosse, muco com sangue e dificuldade para respirar. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
MALÁRIA: A malária é uma doença infecciosa e
potencialmente grave. Ela é causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem, na maioria das vezes pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados, também conhecido como mosquito-prego. No entanto, também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.
SINOTOMAS: Podem ser moderados ou fatais,
incluindo febre, calafrios, sudorese, cefaleia e dores musculares. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
TUBERCULOSE: infecção contagiosa causada por
uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas que também pode afetar qualquer outro órgão, incluindo os ossos, o cérebro e a coluna vertebral.
SINOTOMAS: dores no peito, fraqueza, perda de
peso, febre, sudorese noturna e crises de tosse com sangue. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
COLERA: A cólera é uma infecção intestinal
causada pela bactéria Vibrio cholerae, transmitida por água e alimentos contaminados, que causa diarreia
SINOTOMAS: Vômito, diarreia e cãibras fortes nas
pernas. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
AIDS: é a doença causada pela infecção do Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
SINOTOMAS: Enfraquecimento do sistema
imunológico, o que potencializa os sintomas de outras doenças. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
FEBRE AMARELA: é um tipo de doença causada por
um vírus e transmitida por meio da picada de um mosquito. Existem dois tipos de febre amarela: a urbana e a silvestre, sendo que a diferença entre ambas é o tipo de mosquito que transmite o vírus. No geral, os sintomas são os mesmos. No caso da febre amarela urbana, quem a transmite é o mosquito Aedes aegypti.
SINOTOMAS: Febre, calafrios, cefaleia, dor
muscular, dor nas costas e vômito. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
TIFO EPIDÊMICO: Tifo epidémico é uma doença
causada pela bactéria R. prowazekii, que pode ser transmitida por piolhos, ácaros ou pulgas infetados
SINOTOMAS: cefaleia, falta de apetite, mal estar e
febre acompanhada de calafrios e náuseas. AS 10 EPIDEMIAS MAIS MORTÍFERAS DA HISTÓRIA
POLIOMELITE: A Poliomielite, também chamada
de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, Embora ocorra com maior frequência em menores de cinco anos, também pode infectar adultos.