Você está na página 1de 14

Beatriz Antonio Sitoe

Fatima Chata Fimao


Filsa Dulsa Pedro
Justino Júlio César
Zainaba Floriberto Issa Omar

4o GRUPO

TEMA: DOENÇAS EMERGENTES E RE-EMERGENTES


DOENÇAS EMERGENTES E NEGLIGENCIADAS.

Licenciatura em Saúde Pública

UNIVERCIDADE ALBERTOCHIPANDE

Pemba, Junho de 2023


Beatriz Antonio Sitoe
Fatima Chata Fimao
Filsa Dulsa Pedro
Justino Júlio César
Zainaba Floriberto Issa Omar

4o GRUPO

TEMA: DOENÇAS EMERGENTES E RE-EMERGENTES


DOENÇAS EMERGENTES E NEGLIGENCIADAS.

Licenciatura em Saúde Pública

Trabalho apresentado a Universidade Alberto


Chipande para avaliação na Disciplina de
Saúde Internacional, do curso de Saúde Pública

Docente:
Dr. Cassimo Manuel Saide

UNIVERCIDADE ALBERTOCHIPANDE

Pemba, Junho de 2023


Índice
CAPITULO I: Introdução..................................................................................................4
CAPITULO II: Revisão da Literatura...............................................................................5
Conceitos Básicos..............................................................................................................5
Doenças emergentes e reemergentes.................................................................................5
Historial da teoria da transição epidemiológica e as doenças infecciosas emergentes.....6
A emergência e reemergência das doenças infecciosas....................................................7
Alguns Factores de determinação da emergência e reemergência de doenças
infecciosas.7
1. Factores demográficos...............................................................................................7
2. Factores sociais e políticos.........................................................................................8
Factores económicos.........................................................................................................9
3. Factores ambientais....................................................................................................9
4. Factores relacionados ao sector saúde........................................................................9
5. Factores relacionados à mudança e à adaptação dos microrganismos.....................10
6. Manipulação de microrganismos com vistas ao desenvolvimento de armas
biológicas.....................................................................................................................10
Desafios frente às doenças emergentes e reemergentes...............................................10
Análise da situação epidemiológica das doenças negligenciadas................................11
Tipos de doenças negligenciadas.................................................................................12
Factor da negligência das doenças negligenciadas......................................................12
Factores que influenciam a emergência e reemergência de doenças..............................12
CONCLUSÃO.................................................................................................................13
Referências bibliográficas...............................................................................................14
CAPITULO I: Introdução.

O presente trabalho sobre as doenças emergentes e re-emergentes, análise de doenças


negligenciadas dizer que as doenças infecciosas durante o século XX provocaram
profundas transformações nos indicadores demográficos, sociais, económicos e de
saúde, com repercussão expressiva nas condições da vida humana. São de especial
destaque as diarreias, cujo declínio determinou queda significativa da mortalidade geral
e, principalmente, infantil, com reflexos positivos na expectativa de vida. Nos últimos
anos tem sido reconhecidos varias infecções humanas ate então desconhecidas, bem
como a reemergência de outras que, ao longo dos anos, haviam sido controladas.

A identificação de novos agentes infecciosos e o ressurgimento de doenças que se


considerava controladas levam as "doenças emergentes e reemergentes" a figurarem
hoje, ao lado dos efeitos do envelhecimento populacional e da violência urbana, como
centro das atenções de profissionais da saúde, académicos, gestores, agentes e actores
de políticas públicas, das instituições governamentais ou não, nacionais ou
internacionais.

Por outro lado se reconhece, a nível mundial, uma visível decadência dos sistemas de
saúde, fruto da elevada demanda e dos custos crescentes da assistência médica, que vem
a absorver grande parte dos recursos, antes destinados as áreas de prevenção e controle
de agravos.

A doença negligenciadas afectam, todos os anos, milhões de pessoas no mundo, A


pobreza está intrinsecamente relacionada com a ocorrência de doenças negligenciadas
em suma principalmente de baixa renda. Causadas por vírus, bactérias, vectores e
protozoários, esses males, muitas vezes, são consequências da falta de casas condignas e
de saneamento básico.
CAPITULO II: Revisão da Literatura.

 Conceitos Básicos.

Para https://www.significados.com.br/doenca/ Sustenta que “Doença é um conjunto de


sinais e sintomas específicos que afectam um ser vivo, alterando o seu estado normal de
saúde.”
Segundo https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/infeccao.htm. afirma que
“Infecção, segundo o Ministério da Saúde, é a penetração e desenvolvimento ou
multiplicação de um agente infeccioso no organismo do homem ou outro animal.”

Bactérias são organismos procariontes e unicelulares, isto é, formadas por uma única
célula, sem núcleo e com organelas ligadas à membrana. Elas podem viver isoladas ou
reunidas em agrupamentos que possuem formas típicas e que variam entre as espécies.
(https://www.ecycle.com.br/bacterias/.)

Para https://pt.wikipedia.org/wiki/Transi%C3%A7%C3%A3o_epidemiol%C3%B3gica.
Sustenta que “Transição epidemiológica é uma teoria que descreve a mudança nos
padrões populacionais em termos de fertilidade, expectativa de vida, mortalidade e
principais causas de morte".
 Doenças emergentes e reemergentes.

As doenças infecciosas podem ser classificadas de acordo com o seu comportamento


epidemiológico em dois tipos: doenças emergentes e reemergentes. Esses dois conceitos
são utilizados quando analisamos uma população especificamente, uma vez que uma
doença pode emergir em um local e reemergir em outro."

Segundo FRANCISCO e MARILINA (2009:p-10) diz que


“Doença emergente é o surgimento ou a identificação de
um novo problema de saúde ou um novo agente infeccioso
como, por exemplo, a febre hemorrágica pelo vírus Ebola,
a AIDS, a hepatite C, a encefalite espongiforme (doença
da vaca louca) ou microrganismos que só atingiam
animais e que agora afectam também seres humanos como
o vírus da Febre do Nilo Ocidental e o vírus da influenza
aviaria (A/H5N1).”

Doenças emergentes são doenças infecciosas novas ou identificadas recentemente que


têm impacto no ser humano por sua gravidade e cuja incidência aumentou nas últimas
décadas ou tende a aumentar em um futuro próximo.

Doenças são reemergentes quando são conhecidas há algum tempo, estavam


controladas, mas agora retornaram, causando preocupação aos seres humanos. As
doenças podem aparecer novamente quando, por exemplo, um novo vector é inserido no
local. A reemergência também pode indicar problemas na vigilância sanitária.
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/doencas-emergentes-reemergentes.htm
 Historial da teoria da transição epidemiológica e as doenças infecciosas
emergentes

Para LUNA, E.J.A. (2002:p-231) Sustenta que “De


acordo com a teoria da transição epidemiológica, em
paralelo à transição demográfica, representada pela
queda da mortalidade e natalidade e aumento da
expectativa de vida das populações humanas, estaria
ocorrendo também um processo de Mudança nos padrões
de adoecimento e morte das populações. Nesse processo,
as doenças degenerativas e “produzidas pelo homem”
teriam deslocado as doenças infecciosas do lugar de
principais causas de mortalidade1. Na realidade, este
autor sistematiza um conjunto de ideias que naquele
momento já se haviam tornado hegemónicas. Segundo ele,
a teoria da transição epidemiológica se fundamentaria em
cinco proposições básicas:”
A mortalidade seria o factor fundamental na dinâmica das populações, o crescimento
populacional que se observou após a Era Moderna, especialmente a partir do século
XVII seria decorrente fundamentalmente da queda da mortalidade;

Durante a transição, uma mudança de longo prazo teria ocorrido, com a substituição das
doenças infecciosas e parasitárias pelas doenças degenerativas e causas externas,
enquanto principais causas de morbimortalidade. Este processo teria ocorrido em três
estágios sucessivos: a “idade das pestilências e fome”, a “idade das pandemias
reincidentes” e finalmente a “idade das doenças degenerativas”

Durante a transição, as mudanças mais profundas no padrão de morbimortalidade


seriam experimentadas pelas crianças e mulheres jovens as mudanças que caracterizam
a transição epidemiológica estariam intimamente associadas com a transição
demográfica e socioeconómica; constituindo em conjunto o “complexo de
modernização”

Variações peculiares no padrão, ritmo, determinantes e consequências das mudanças


populacionais diferenciariam os três modelos básicos da transição epidemiológica, o
modelo “clássico”, exemplificado pelo Reino Unido, Suécia e Estados Unidos, no qual
já nas duas primeiras décadas do século XX as doenças degenerativas haviam
substituído as infecciosas como principais causas de mortalidade; o modelo “acelerado”,
cujo exemplo mais notável seria o Japão, no qual o mesmo processo do modelo clássico
teria ocorrido, apenas um pouco mais tardiamente, porém com maior rapidez; e por fim
o modelo “contemporâneo/ atrasado”, representado pelos países nos quais a transição
epidemiológica é ainda mais recente ou ainda não se completou.

 A emergência e reemergência das doenças infecciosas.


Segundo LUNA, E.J.A. (2002:p-233). Afirma que “Doenças infecciosas emergentes e
reemergentes são aquelas cuja incidência em humanos vem aumentando nas últimas
duas décadas ou ameaça aumentar num futuro próximo”

Ao tentar especificar mais esta noção, verificam-se dois principais focos de atenção: o
surgimento ou identificação de novos problemas de saúde e novos agentes infecciosos; e
a mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, incluindo a
introdução de agentes já conhecidos em novas populações de hospedeiros susceptíveis.
 Alguns Factores de determinação da emergência e reemergência de doenças
infecciosas.

Para LUNA, E.J.A. (2002:p-233). Sustenta que “Um número muito grande de factores
estaria envolvido na determinação da emergência e reemergência de doenças
infecciosas. No sentido de facilitar sua discussão, esses factores podem ser agrupados
em sete grandes grupos:”
1. Fautores demográficos;
2. Factores sociais e políticos;
3. Factores económicos;
4. Factores ambientais;
5. Factores relacionados ao desempenho do sector saúde;
6. Factores relacionados às mudanças e adaptação dos microrganismos e
7. Manipulação de microrganismos com vistas ao desenvolvimento de armas
biológicas.

1. Factores demográficos.

A população mundial continua a crescer, a um ritmo de aproximadamente 70 milhões ao


ano. Já chegamos aos 6 bilhões de habitantes no planeta. A maior parte deste
incremento se dá hoje nos países subdesenvolvidos, e nesses países verifica-se uma
crescente urbanização. Hoje estima-se que 50% da população mundial vive nas cidades.
A estimativa para o ano 2000 é da existência de 425 cidades com mais de 1 milhão de
habitantes.

No mundo subdesenvolvido, esta urbanização significa aglomeração intensa, com


populações grandes vivendo em espaço reduzido; saneamento inadequado, tanto em
relação ao abastecimento da água, quanto aos sistemas de esgotamento sanitário e
destinação de resíduos sólidos; habitação precária; proliferação de fauna sinantrópica;
falta de infra-estrutura urbana e agressão ao meio ambiente. Estes factores criam as
condições adequadas para a proliferação e disseminação de determinados agentes, seus
vectores e reservatórios. A emergência da dengue, enquanto uma pandemia nos países
subdesenvolvidos, é o exemplo mais eloquente da influência dos factores demográficos
e da forma de urbanização desses países na reemergência de doenças.

Por outro lado, nos países desenvolvidos o aumento da expectativa de vida faz com que
uma população cada vez mais idosa se torne mais susceptível a determinados agentes
infecciosos, que podem levar a quadros de maior gravidade entre os mais velhos. As
epidemias de gripe (influenza), por exemplo, tendem a acometer os idosos com quadros
mais graves. (LUNA, E.J.A. 2002:p-233).
2. Factores sociais e políticos.

Segundo LUNA, E.J.A. (2002:p-234). Diz que “As


guerras, levando a grandes deslocamentos populacionais
de massa, com a geração de populações de refugiados
sobrevivendo em condições degradantes, também levam à
criação de condições adequadas à emergência e
reemergência de doenças. Estima-se a existência de 20 a
30 milhões de refugiados de guerra. No Zaire, em 1994,
cerca de 50 mil refugiados da guerra de Ruanda
morreram nos primeiros meses nos campos de refugiados,
de cólera e diarreia por Shigella dysenteriae.”

A própria emergência da epidemia de HIV/aids tem sido associada por muitos


pesquisadores com as guerras. De possível origem zoonótica, o HIV teria passado para a
espécie humana em populações rurais remotas da África Central, e disseminando-se
com os grandes deslocamentos populacionais decorrentes dos conflitos armados naquela
região.

A heterogeneidade no desenvolvimento socioeconómico também constitui um factor de


estímulo às migrações internas e internacionais, também gerando pressão para a
disseminação de doenças. As mudanças comportamentais, decorrentes da urbanização,
da incorporação das mulheres ao mercado de trabalho, do surgimento de métodos
contraceptivos de maior eficácia, a maior liberdade sexual, e ainda a disseminação do
uso de substâncias psicoactivas, muitas vezes por via injectável, contribuíram para a
reemergência e a disseminação de várias doenças sexualmente transmissíveis, em
especial a gonorreia, a sífilis, as infecções por Chlamydia trachomatis e as hepatites B e
C, além de desempenharem um papel de destaque na emergência da epidemia de HIV/
aids.

Factores económicos.
A história nos demonstra o papel dos factores económicos, em especial o comércio
internacional, na emergência e na disseminação de doenças. O início do comércio entre
a Ásia e a Europa, pela rota da seda, trouxe os ratos e a peste. O comércio de escravos, a
dengue e a febre-amarela e o seu vector para as Américas. A cólera saiu da Índia para o
mundo, em pandemias sucessivas. Actualmente, dada a rapidez das viagens
internacionais e o grande incremento do comércio internacional, a disseminação de
doenças por esta via é muito mais fácil e rápida. (LUNA, E.J.A. 2002:p-234-235).
Com Novas tecnologias e práticas agropecuárias também vêm contribuindo para a
emergência de doenças. O uso de carcaças de animais para a produção de ração levou à
ocorrência da epizootia de encefalite espongiforme bovina no Reino Unido e em outros
países europeus, zoonose possivelmente associada ao aumento da ocorrência de casos
humanos de encefalites espongiformes.

3. Factores ambientais.

Para LUNA, E.J.A. (2002:p-235). Sustenta que “Grandes projectos de engenharia,


como represas, rodovias, expansão da fronteira agrícola, têm sido frequentemente
associados à emergência e reemergência de doenças. O reflorestamento e a ocupação
humana nas proximidades de áreas reflorestadas levaram à emergência da doença de
Lyme nos EUA.”

As grandes mudanças climáticas que vêm ocorrendo, não apenas em escala nacional,
mas em escala mundial, com o aquecimento global, perecem ter influência importante
na emergência e reemergência de doenças, em especial das doenças transmitidas por
vectores. Secas e inundações, também parte do mesmo fenómeno, contribuem para a
emergência e disseminação de doenças como o cólera e a leptospirose.
4. Factores relacionados ao sector saúde.

De maneira geral, a expansão da cobertura de serviços da saúde e a incorporação de


novas tecnologias de diagnóstico vêm permitindo a identificação de novos agentes
infecciosos e quadros sincrónicos a eles associados. A incorporação das técnicas de
biologia molecular à investigação das doenças transmissíveis vem permitindo um
grande avanço nos conhecimentos e possibilitando a abertura de toda uma nova
abordagem, a da identificação de microrganismos como co-fatores em várias doenças
crónicas. (LUNA, E.J.A. 2002:p-235-236).

Em uma outra perspectiva, as falhas do sector saúde têm contribuído, em muitas


situações para a emergência, reemergência e disseminação de doenças. Falhas no
controle do sangue e hemoderivados contribuíram para a disseminação do HIV e outros
agentes em vários países do mundo; da mesma forma, práticas de esterilização precárias
contribuíram para a disseminação do HIV na Europa Oriental e África, e mesmo o
primeiro surto da febre hemorrágica pelo vírus Ebola teve sua disseminação
potencializada pelos serviços de saúde.
5. Factores relacionados à mudança e à adaptação dos microrganismos.

Cada espécie microbiana apresenta sua própria taxa de mutações, que se relaciona à
quantidade de pares de bases em seu genoma e a sua velocidade de reprodução. As
variações naturais e mutações podem levar à emergência de doenças, como no caso da
febre purpúrica brasileira, quando uma variante da bactéria Haemophilus influenza
biogrupo aegyptius tornou-se invasiva pela incorporação de um plasmídio. (LUNA,
E.J.A. 2002:p-236).
Os hospitais concentram características que os tornam sítios particularmente vulneráveis
à emergência de novos agentes resistentes às drogas disponíveis: vítimas de infecções
graves, pessoas mais susceptíveis e uso generalizado de antibióticos. A pressão selectiva
gerada pelo uso dos antibióticos e de outros agentes antimicrobianos favorece a
sobrevivência dos mutantes, que resistem às drogas. O grande desenvolvimento da
indústria farmacêutica, com a oferta constante de novos agentes antimicrobianos vem
contribuindo para tornar os hospitais locais privilegiados para a emergência de super
bactérias, vírus e fungos. Além disso, a ampliação do uso de aparelhos e instrumentos
também contribui para o aumento da incidência de infecções hospitalares.
6. Manipulação de microrganismos com vistas ao desenvolvimento de armas
biológicas.

A ideia do uso das doenças transmissíveis enquanto armas de guerra não é nova, mas
apenas durante o século XX, com o desenvolvimento da microbiologia, é que se tornou
factível a experimentação do desenvolvimento de microrganismos como arma de
guerra. Alemanha, Japão, União Soviética e EUA, já no período da II Guerra Mundial,
desenvolveram programas de armas biológicas. Posteriormente, elo menos as duas
superpotências do pós-guerra e talvez mais uma dúzia de países tenham desenvolvido
programas semelhantes. (LUNA, E.J.A. 2002:p-236).
 Desafios frente às doenças emergentes e reemergentes.

Segundo FRANCISCO e MARILINA (2009:p-12).


Sustenta que “Para o enfrentamento das doenças
emergentes e reemergentes o fortalecimento da vigilância
epidemiológica, especialmente no que diz respeito à sua
capacidade de detecção precoce, tem um papel
fundamental. Médicos, enfermeiros, médicos veterinários,
e demais profissionais da assistência devem ser
capacitados para identificar casos suspeitos e auxiliar no
processo de investigação e desencadeamento das medidas
de controlo.”
Epidemiologistas devem estar qualificados para realizar investigações de campo e
monitorar o comportamento das doenças em indivíduos e populações, além de disporem
de um sistema de informações ágil e que permita a tomada de decisão em tempo
oportuno.
É preciso fortalecer as actividades de vigilância em saúde (ambiental e sanitária,
principalmente) e pública veterinária, pois a emergência e reemergência de doenças
infecciosas resultam da interacção do homem com o ambiente
Outro desafio que as doenças emergentes e reemergentes colocam para a Saúde Pública
diz respeito às normas de biossegurança. Há um risco de que agentes etiológicos novos
e com alta letalidade possam vir a ser utilizados como armas biológicas, além da
possibilidade real do tráfego global de viroses, em poucas horas, de um continente a
outro, através das viagens aéreas.
A questão da biossegurança deve contemplar o controlo da importação de animais para
experimentação, principalmente primatas, que podem ser reservatórios ou fontes de
agentes infecciosos novos. As condições de transporte, acomodação e manutenção
desses animais devem ser objecto de vigilância sanitária. Do mesmo modo, o manejo
clínico de casos suspeitos em hospitais necessita de normas de biossegurança que
protejam os profissionais de saúde e a clientela. O mesmo se aplica aos profissionais de
laboratórios responsáveis pela identificação dos agentes etiológicos.
 Análise da situação epidemiológica das doenças negligenciadas.

As doenças negligenciadas têm como características comuns a endemicidade elevada


nas áreas rurais e nas urbanas menos favorecidas de países em desenvolvimento, além
da escassez de pesquisas para o desenvolvimento de novos fármacos. Essas doenças
podem prejudicar o crescimento infantil e o desenvolvimento intelectual, bem como a
produtividade do trabalho. (LEILA et al.2011:p-7-8)

Dessa forma, as doenças negligenciadas são as que “não apresentam atractivos


económicos para o desenvolvimento de fármacos, quer seja por sua baixa prevalência,
ou por atingir população em região de baixo nível de desenvolvimento” (ANVISA,
2007). Nesse sentido, não apenas ocorrem com mais frequência em regiões
empobrecidas, como também são condições promotoras de pobreza.

No mundo, o HIV/AIDS, a malária e a tuberculose, em conjunto, são responsáveis por


5,6 milhões de mortes e pela perda de 166 milhões de anos de vida ajustados por
incapacidade (DALYs)3 a cada ano (OMS, 2008). Essas doenças são conhecidas como
as “três grandes” e concentram a maioria dos esforços e dos recursos dos organismos
internacionais. Por outro lado, outras doenças negligenciadas não recebem a mesma
atenção, apesar de serem responsáveis por 150 mil a 500 mil óbitos a cada ano.

Doenças negligenciadas são um grupo de doenças infecciosas, muitas delas


parasitárias, que afectam principalmente as populações mais pobres e com acesso
limitado aos serviços de saúde; especialmente aqueles que vivem em áreas rurais
remotas(Https://www.google.com/search?q=o+que+sao+Doen
%C3%A7as+negligenciadas+OM)

Segundo LEILA et al (2011:p-6) Diz que “A Organização


Mundial da Saúde (OMS) e a organização Médicos Sem
Fronteiras propuseram recentemente a denominação
“doenças negligenciadas”, referindo-se àquelas
enfermidades, geralmente transmissíveis, que apresentam
maior ocorrência nos países em desenvolvimento, e “mais
negligenciadas”, exclusivas dos países em
desenvolvimento.”
 Tipos de doenças negligenciadas.

 Doenças Bacterianas,
 Doenças genéticas,
 Doenças Psicológicas,
 Doenças sexualmente transmissíveis,
 Micoses,
 Protozooses,
 Verminoses,
 Viroses.
O problema das viroses emergentes e reemergentes é complexo, porém pode-se
reconhecer que, em sua maioria, essas viroses são desencadeadas por actividades
humanas, as quais modificam o meio ambiente, em especial pela pressão demográfica.

 Factor da negligência das doenças negligenciadas.

A Pobreza, acesso limitado à água limpa, condições precárias de higiene e de


saneamento são alguns dos factores associados. São consideradas negligenciadas por
não receber a devida atenção no atendimento médico, no desenvolvimento de
medicamentos e de métodos diagnósticos, e nas condições sociais de vida das
populações.

 Factores que influenciam a emergência e reemergência de doenças.

Podemos citar factores demográficos, ambientais e económicos, baixo desempenho do


sector da saúde, mudanças e adaptação dos microrganismos e manipulação de
organismos. A degradação ambiental merece destaque por permitir o aparecimento de
novas enfermidades e o reaparecimento de outras consideradas como erradicadas, uma
vez que garante que vectores e agentes etiológicos desloquem-se e acabem
contaminando a população.
CONCLUSÃO.
Chegado ao fim do trabalho conseguimos perceber que é necessária a união de esforços
de todos para fortalecermos as actividades de vigilância no âmbito institucional e o
reforço de uma rede de serviços de vigilância epidemiológica sobre as doenças é
fundamental para garantia das condições de enfrentamento das doenças emergentes e
reemergentes, nas diferentes esferas de governo. Parcerias com os serviços,
profissionais e instituições públicas e privadas são imprescindíveis, tanto quanto
investimentos do exterior continuados na melhoria das condições de vida da população.

Por tanto é urgente a implantação de um sistema de informações online para notificação


de doenças como é ocaso do SICLUS que é usado nas unidades sanitárias para gestão de
medicamento. Só assim estaremos preparados para enfrentar esses novos (velhos)
problemas.

.
Referências bibliográficas.

FRANCISCO e MARILINA. Doenças emergentes e reemergentes no contexto da


saúde pública. Porto Alegre. vol23. 2009.

LEILA et al. Epidemiologia das doenças negligenciadas no brasil e gastos federais com
medicamentos. Brasília.2011
LUNA, E.J.A. A emergência das doenças emergentes. Rev. Bras. Epidemiol.
Vol. 5, Nº 3, 2002

https://www.significados.com.br/doenca/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transi%C3%A7%C3%A3o_epidemiol%C3%B3gica.
https://www.ecycle.com.br/bacterias/.
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/infeccao.htm.
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/doencas-emergentes-reemergentes.htm

Https://www.google.com/search?q=o+que+sao+Doen%C3%A7as+negligenciadas+OM

Você também pode gostar