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Doenças Neurodegenerativas
Entende-se por doença neurodegenerativa aquela em que ocorre a destruição progressiva e irreversível dos
neurónios. Paralelamente, verifica-se uma perda gradual das funções motoras, fisiológicas e/ou capacidade
cognitiva.
O tratamento das doenças neurodegenerativas é realizado com medicamentos que inibem ou retardam a
destruição dos neurónios afetados.
A alimentação tem ação preventiva das carências alimentares/nutricionais. Pode-se pensar nos suplementos
alimentares com o objetivo de suprimir a carência de nutrientes muito comum nas pessoas que sofrem
destas doenças e que, por norma, são pessoas idosas.
Como estas doenças se desenvolvem a partir do stress oxidativo a alimentação tem um papel fulcral no que
diz respeito ao atraso da progressão deste tipo de doenças (ex: dietas ricas em antioxidantes).
o Doença de Parkinson;
o Ataxia Espinocerebelar (AEC);
o Doença de Huntington (DH);
o Esclerose Múltipla (EM);
o Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA ou ALS);
As doenças neurodegenerativas têm crescido uma vez que a população mundial vai envelhecendo,
especialmente nos países desenvolvidos em que o aumento do tempo de semivida é mais evidente. Nos
países em desenvolvimento, como os indivíduos morrem cedo não chegam a ter este tipo de situações.
Na Europa é onde existem mais ocorrências do surgimento de doenças neurodegenerativas que resultam do
envelhecimento progressivo da população.
Fatores de Risco
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Estas doenças neurodegenerativas são multifatoriais, ou seja, devem-se a vários fatores.
Têm em comum:
O envelhecimento da população, em certas regiões do globo, está a sofrer um aumento progressivo. Surgem,
assim, mutações genéticas em genes completamente independentes, ocorrendo degeneração em diferentes
regiões do SNC, que é o ponto comum destas doenças (surgem sintomas diferentes consoante a região do
SNC que se encontra afetada).
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Qual a distinção entre a Doença de Parkinson e a Doença de Alzheimer?
Doença de Alzheimer
1. Características da Doença
o Descrita em 1907;
o Das mais conhecidas e frequente;
o Forma mais comum das várias demências;
o Atinge homens e mulheres em qualquer década da idade adulta;
o Não faz parte do envelhecimento normal- acontece devido aos diferentes fatores de risco;
o Atinge mais as mulheres do que os homens;
o Doença letal que afeta principalmente idosos, sendo o principal sintoma a perda de memória;
2. Definição
Demência: comprometimento das funções coordenadas pelo cérebro, afeta a memória, a linguagem, as
funções visuais, a personalidade e outras capacidades cognitivas, o raciocínio e o julgamento;
Doença de Alzheimer: doença degenerativa, que causa a destruição das células cerebrais, tendo como
consequência a perda das capacidades intelectuais que podem interferir no dia-a-dia do doente;
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4. Formas de manifestação da doença
o A mais comum
o Diagnosticada em pessoas com 65 anos ou mais.
o Evolução mais lenta
o Perda das capacidades mentais aos poucos e por um período mais prolongado DA pode ser
considerada uma doença crónica de evolução progressiva
Esta doença afeta, de acordo com alguns estudos, 18 milhões de pessoas com demência no Mundo (é a
principal doença neurodegenerativa) e prevê-se que, em 2025, haja cerca de 34 milhões de Doentes de
Alzheimer (71% nos países desenvolvidos – países onde há mais idosos).
Em Portugal há cerca de 153 000 pessoas com demência e 90 000 com DA diagnosticada.
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7. Mecanismo de Instalação da Doença de Alzheimer
Resíduos de Metionina
Contudo, não só é as placas de B-Amiloide que geram a doença de alzheimer, a presença de resíduos de
metionina na placa (péptido humano) também é crucial no desenvolvimento da doença.
Anteriormente pensava-se que a doença se instalava quando o cobre se ligava ao péptido humano,
contudo, a forma animal não tem sítios de ligação ao cobre e também manifesta sinais de doença de
alzheimer. Assim surge a nova teoria dos resíduos de metionina.
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Influência dos Nutrientes na Doença de Alzheimer
NOTA: Alimentação não vai tratar, mas vai evitar a degradação cada vez maior das capacidades cognitivas
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2. Quais os nutrientes que evitam os radicais de O2?
Vitamina E
B-Caroteno
o Diminuição em 89% o risco de declínio cognitivo, nos portadores de 1 alelo apo E4 (indivíduos com
esta proteína estão mais suscetíveis de desenvolverem doença de Alzheimer;
o Diminuição do declínio do risco de declínio cognitivo nos indivíduos mais sujeitos (diminuindo menos
em indivíduos com outro tipo de apa proteína relativamente em indivíduos com esta informação
genética descrita anteriormente;
B-Caroteno do Soro
o Efeito no declínio cognitivo de idosos com diferentes genótipos de apo E4 (homo ou heterozigóticos)
o Fez-se um estudo 9 itens do questionário Short Portable Mental Status (SPMSQ)
Estudo
Ácido Fólico
o Ingestão de 400mg /dia na dieta ou suplementos diminui em 50% risco de Doença de Alzheimer;
o Não é preciso ingerir grandes quantidades – doses superiores a 400 mg/dia não demonstrara efeitos
adicionais;
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ATENÇÃO - Vitamina E, C e do grupo B (folatos, B6 e B 12) não mostraram este comportamento, ou seja,
apenas os folatos parecem reduzir o risco de doença de Alzheimer.
Será que este efeito está relacionado com o seu efeito nos teores da homocisteína?
Vários estudos sugerem um efeito negativo das gorduras na DA, especialmente no que diz respeito às
gorduras saturadas e ao colesterol.
Estudo 1:
Dietas com aumento teor de HC: as gorduras não são oxidadas e depositam-se, formando tecido adiposo;
Dietas com diminuição teor de HC e aumento do teor de gordura: essa gordura vai ter de ser oxidada para
fornecer energia,formando corpos cetónicos (ou cetose).
Verificou-se que doentes com doença de Alzheimer apresentam uma melhoria do seu comportamento
cognitivo com dietas que produzem corpos cetónicos.
Falta de consenso – as gorduras fazem mal, mas se uma dieta forma corpos cetónicos já parece que provoca
uma melhoria do comportamento cognitivo.
Estudo 2:
Fizeram-se estudos com dietas ricas em ômega 3 (PUFA w-3 –DHA e EPA) e conclui-se que diminui a
demência, mas não há uma ligação entre as dietas e o declínio cognitivo mais lento. Sabe-se que contribui
para uma melhoria – talvez porque melhora o fluxo (devido ao aumento da flexibilidade das membranas).
No entanto, a ingestão de peixe, uma vez por semana, leva ao declínio de uma função mais lenta (melhor
função cognitiva) relativamente a indivíduos que não comem peixe.
Possivelmente porque ao peixe (rico em ómega-3) encontram-se associados minerais com ação no stress
oxidativo.
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Efeito do DHA (ómega-3) em ratas e células humanas em cultura:
o Aumento da produção de LRII (proteína): elimina enzimas do cérebro envolvidas na formação das
placas beta amiloide – mais tarde originam DA
o O DHA aumenta de LRII m neurónios de rato e em linha neuronais humanas que, posteriormente, vão
levar à redução dos depósitos B-amiloide no cérebro
A dieta mediterrânica está muito bem cotada a todos os níveis e aparece também associada à redução do
risco de doença de Alzheimer.
o Vida mais longa; Tudo compostos com ação antioxidante que vão
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Estudo
Fez-se um estudo com 194 doentes com DA e 1790 não dementes com idade média 76 anos (brancos, negros,
Conclusões:
o Stress oxidativo;
o Inflamação;
o Não parece ter a ver com fatores cardiovasculares!
Sinergias:
Estudo 1:
Em 2008, estudos da Geriatrics Society verificaram que, atualmente, não parece haver interesse no
fornecimento de suplementos com vitaminas antioxidantes para prevenção da demência em idosos:
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Estudo 2:
A índia apresenta dos mais baixos racios de DA do Mundo, facto relacionado com características dietéticas.
De acordo com alguns estudos (ainda que não haja certezas ou evidencias), esta especiaria corrige:
Num estudo realizado, 3 doses/semana reduziram em 75% risco de apresentar sintomas de DA:
NOTA: Vinho parece ter efeito positivo precisamente por ser rico em polifenóis
Sumo de Romã
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Devido à complexidade do sumo não se sabe, ao certo, os efeitos sinérgicos envolvidos. Sabe-se que o
sumo/misturas complexas, têm efeito superior aos compostos isolados – os diferentes constituintes
protegem-se uns aos outros, provocando um efeito sinérgico.
Estudo: As células forma incubadas com extrato de frutos e posteriormente tratados com peróxido de
oxigénio para provocar stress oxidativo. A maça revelou-se mais eficiente (embora todas tenham efeito
benéfico).
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Galhato de 3 epigalocatequina (EGCG)
Estudo:
Conclusões:
o Verificou-se que os suplementos dietéticos de EGCG são eficazes na prevenção e tratamento de DA;
o Se se tomar chá verde pode haver um efeito sinérgico de outros flavonoides
Nos cérebros dos animais que receberam o polifenol EGCG houve: Formação placas beta amiloide (54%);
o Dano cerebral
o Perda de memória
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