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Os Aspectos Biopsicossociais da Pessoa com Doença de Alzheimer

Juliana Rosa da Silva Alves1, Rafaella Isabela Berto Rossi2, Tauany


Barbosa Valdovino 3 e Débora Teixeira da Cruz4

Resumo: A doença de Alzheimer consiste numa degeneração do Sistema Nervoso,


representada pela morte neuronal insidiosa e progressiva, a qual compromete as
habilidades cognitivas e funcionais, desencadeando sintomas comportamentais.
Segundo os dados do Ministério da Saúde5, esta doença foi responsável por 55% dos
casos de demência no Brasil, de acordo com amostras coletadas em idosos com mais de
65 anos. Em decorrência aos dados mencionados, o trabalho teve por objetivo descrever
as condições biopsicossociais da pessoa com doença de Alzheimer e verificar as
estratégias multidisciplinares no acompanhamento da pessoa. O delineamento
metodológico foi qualitativo e descritivo, por meio de revisão bibliográfica com artigos
e livros disponíveis nas bases: Pepsic, Scielo e revistas de cunho científico, publicados
entre os anos 2000 a 2018. Em resultado, conforme apontam as instruções do
PCDTDA5, o tratamento deve contar com uma equipe multidisciplinar que inclui
familiares, psiquiatra, neurologista, geriatra, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta entre
outros. Outrossim, na discussão foi compreendido a relevância do miniexame do Estado
Mental, capaz de identificar o nível de funcionamento cognitivo do paciente de forma
simples, que contribui para o planejamento do acompanhamento6. Constatou-se também
que, a doença afeta de maneira gradativa a vida cognitiva e social, e nas fases avançadas
o âmbito biológico. Haja vista que esta é uma condição decorrente da doença, a qual
ameaça à integridade física, social e econômica do paciente, diminuindo a capacidade
da realização das necessidades e da autonomia. 7 Considera-se que, com este estudo foi
possível compreender as estratégias de tratamentos e de enfrentamento das mudanças
físicas, psicológicas e sociais que a doença pode ocasionar, além de considerar a
importância do acompanhamento multidisciplinar. Ademais, observou-se a Psicologia
1
Acadêmica do 4º semestre do Curso de Psicologia do Centro Universitário Unigran Capital, email:
2
Acadêmica do 2º semestre do Curso de Psicologia do Centro Universitário Unigran Capital, email:
3
Acadêmica do 6º semestre do Curso de Psicologia do Centro Universitário Unigran Capital, email:
tauanybarbosa@outlook.com
4
Doutora em Saúde, Mestre em Bioética, Pesquisador e Docente do Centro Universitário Unigran
Capital, Email: debora.cruz@unigran.br ou radiologiacapital@unigran.br

5
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria SAS/MS nº 1.298, de 21 de novembro de 2013. Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas Doença de Alzheimer. Acesso em 2020. Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-doenca-de-alzheimer-livro-
013.pdf.
6
FUENTES, et. Al, Neuropsicologia: teoria e prática\Organizadores, Daniel Fuentes, et. al. 2 ed. – Porto
Alegre: Artmed, 2014.
7
CRUZ, Débora Teixeira. Qualidade de Vida e Afetividade: Idosos com Doença de Alzheimer e
Cuidadores Avaliados por meio das Pirâmides Coloridas de Pfister e Escala WHOQOL-100. Campo
Grande: Novas Edições Acadêmicas, 2019.
como área de suma importância tanto no diagnóstico, como no acompanhamento do
paciente e no desenvolvimento de técnicas de reabilitação e de enfrentamento familiar.
De maneira que, a pesquisa esclareceu fatores importantes sobre o envelhecimento, e
como acadêmicas do Curso de Psicologia, a compreensão da relevância de um
diagnóstico precoce do Alzheimer, junto a uma equipe multiprofissional.

Palavras-chave: Doença Neurodegenerativa, aspectos Sociais, psicologia e


acompanhamento.

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