Você está na página 1de 17

FACULDADES PROMOVE

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CURVELO


ENFERMAGEM

BRENDA SILVA GIL RODRIGUES


LEIDIANE ALMEIDA DE OLIVEIRA
ALINE POLIANA ALVES COUTINHO PEREIRA
KARIE FABRÍCIA GUIMARÃES

ESQUIZOFRENIA

CURVELO – MG
2022
BRENDA SILVA GIL RODRIGUES
LEIDIANE ALMEIDA DE OLIVEIRA
ALINE POLIANA ALVES COUTINHO PEREIRA
KARIE FABRÍCIA GUIMARÃES

ESQUIZOFRENIA

Projeto de pesquisa apresentado como requisito


parcial para aprovação da disciplina Português,
do curso de Técnico em Enfermagem da
Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo.

Orientador (a): Lívia Buitrago.

CURVELO – MG
2022
ESQUIZOFRENIA

Brenda Silva Gil Rodrigues1


Leidiane Almeida de Oliveira2
Aline Poliana Alves Coutinho Pereira 3
Karie Fabrícia Guimarães4
Paula Silveira Balsamão Paes Leme5

Resumo

A esquizofrenia é uma enfermidade complexa, caracterizada por distorções do


pensamento, da percepção de si e da realidade externa. É uma síndrome de longa
duração e de início precoce, associada a uma série de sintomas e sinais como
alucinações, delírios, isolamento social e até suicídio, atingindo parte da população
mundial. O objetivo do estudo foi aprimorar os conhecimentos sobre a doença no
intuito de proporcionar mais informações, levando em considerações aspectos da
melhoria da reforma psiquiátrica, tratamento e evolução dos CAPS existentes que
contribuem de forma benéfica ao tratamento e prevenção do suicídio, contribuindo
ao paciente e familiar. Concluiu-se que a esquizofrenia é de essencial relevância na
área da saúde para entendimento da doença em si, como também,
acompanhamento do paciente e forma adequada de tratamento a fim de poder
proporcionar uma melhor qualidade de vida e sociabilidade ao paciente e sua
família.

Palavras-Chave: Esquizofrenia, delírio, alucinações, tratamento, CAPS e


enfermagem.

1 Cursando Técnico em Enfermagem pela Faculdade PROMOVE/FACIC.

2 Cursando Técnico em Enfermagem pela Faculdade PROMOVE/FACIC

3 Cursando Técnico em Enfermagem pela Faculdade PROMOVE/FACIC

4 Cursando Técnico em Enfermagem pela Faculdade PROMOVE/FACIC

5 Enfermeira, docente na Faculdade PROMOVE/ FACIC.


Abstract

Schizophrenia is a complex illness, characterized by distortions in thinking, self-


perception and external reality. It is a long-lasting and early-onset syndrome,
associated with a series of symptoms and signs such as hallucinations, delusions,
social isolation and even suicide, affecting part of the world's population. The
objective of the study was to improve knowledge about the disease in order to
provide more information, taking into account aspects of the improvement of the
psychiatric reform, treatment and evolution of the existing CAPS that started
satisfactorily with the treatment and prevention of suicide, triumph for the patient and
familiar. It was concluded that schizophrenia is of essential trust in the health area for
understanding the disease itself, patient follow-up and adequate treatment in order to
provide a better quality of life and sociability to the patient and his family.

Key words: Schizophrenia, delirium, hallucinations, treatment, CAPS and nursing.


INTRODUÇÃO

A Esquizofrenia segundo a Organização Mundial de Saúde (2000) é


conhecida como uma das doenças psiquiátricas mais graves e desafiadoras e ainda
por muito a ser estudada até hoje. Segundo a Classificação Internacional das
Doenças é uma enfermidade complexa, caracterizada por distorções do
pensamento, da percepção de si mesmo e da realidade externa, além de
inadequação e embotamento do afeto (OMS, 1998).
É um transtorno de longa duração no qual o indivíduo experimenta períodos
de crises e remissões que resultam em deterioração do funcionamento do doente e
da família, causa diversos danos e perdas nas habilidades de todo grupo: diminuição
da habilidade para cuidar de si mesmo, para trabalhar, para se relacionar individual
e socialmente e para manter pensamentos completos (GIACON; GALERA, 2006).
Todo transtorno mental causa um sofrimento significativo para quem o
vivencia, no entanto em parte deles, as pessoas conseguem levar sua vida
normalmente, o que infelizmente não costuma ocorrer na esquizofrenia, que se trata
de um transtorno que interfere muito no desempenho funcional do indivíduo. Esta
doença é uma forma de psicose, um termo que se refere a um rompimento
generalizado com a realidade. Pessoas acometidas com esta patologia tem grandes
problemas para cuidarem de si mesmas, bem como relacionar-se com outras
pessoas, manter-se em um emprego, dentre outras coisas (Huffman et al., 2003).
O tratamento da esquizofrenia é composto pela terapêutica medicamentosa,
psicoterapia e socioterapia. O tratamento medicamentoso é fundamental para
controle da esquizofrenia, mas na avaliação dos pacientes, os prejuízos acarretados
pelo tratamento medicamentoso podem ser tão intensos quanto os sintomas do
transtorno. O tratamento recebido pelos portadores de esquizofrenia dificilmente se
coloca à altura da complexidade do transtorno, que deve ser tratado em diversas
frentes para que o paciente possa atingir uma boa qualidade de vida (SOUZA et. al,
2013).
METODOLOGIA

Será realizada uma pesquisa do tipo de revisão de literatura, através de

materiais bibliográficos descritivos e qualitativos extraídos das bases de dados,

Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scollar, diretrizes e sites

Governamentais. No período de publicação de 1998 a 2022, serão selecionados

artigos no idioma de português e inglês, e os critérios de seleção adotados para

desenvolver esse estudo serão artigos que abordam a esquizofrenia de forma

geral; bem como a contribuição do instituições como o CAPS e o enfermeiro no

processo de prevenção e tratamento. Os descritores utilizados serão:

Esquizofrenia, delírio, alucinações, tratamento, CAPS e enfermagem.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Reforma Psiquiátrica

O processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil surge em benefício da alteração


dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva,
equidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos
serviços de saúde nos processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado.
Entende-se a Reforma psiquiátrica como um conjunto de transformações de
práticas, saberes, valores culturais e sociais (CEDRO; SOUZA, 2010).

Quanto à questão da assistência aos portadores de sofrimento mental


atuação do Enfermeiro consiste no enfoque na promoção da saúde mental, na
prevenção da enfermidade mental, na ajuda ao portador de sofrimento mental no
enfrentamento das pressões da enfermidade mental e na capacidade de assistência
ao paciente, à família e à comunidade, ajudando-os a encontrarem o verdadeiro
sentido da enfermidade mental. Para o enfermeiro, a realização de suas funções,
deve usar a percepção e a observação, formular interpretações válidas, delinear
campo de ação com tomada de decisões, planejar a assistência, avaliar as condutas
e o desenvolvimento do processo. Essas atividades fazem parte do processo de
enfermagem, devendo direcionar o relacionamento interpessoal e terapêutico
(MINISTÉRIO DA SAÚDE).

Nesses serviços, a Enfermagem, direciona suas ações de forma diferenciada


no tratamento dos portadores de sofrimento mental, implicando atitudes de respeito
e dignidade para com o enfermo, ações voltadas às individualidades do sujeito e
participação deste em seu processo de tratamento, ao valorizar e estimular o auto
cuidado valorizando, como também a reinserção em grupos sociais e comunitários.
Para isso, o profissional deve buscar cenários de produção do acolhimento, isto é,
espaços que tornem possível a solidariedade, a afetividade, a compreensão, a
autonomia, a ética e a cidadania, enfim, espaços que proporcionem a atenção
psicossocial e a reabilitação do indivíduo. O processo de reabilitação seria um
processo de reconstrução, um exercício de cidadania e de contratualidade. A
construção da cidadania é o ponto fundamental da reabilitação psicossocial, sendo
necessário um vínculo efetivo e contínuo, do profissional com o paciente, bem como
deste com o serviço de saúde (CEDRO; SOUZA, 2010).
Sinais e sintomas característicos

Os primeiros sinais e sintomas da doença aparecem mais comumente


durante a adolescência ou início da idade adulta. Apesar de poder surgir de forma
abrupta, o quadro mais frequente se inicia de maneira insidiosa. Sintomas
prodrômicos pouco específicos, incluindo perda de energia, iniciativa e interesses,
humor depressivo, isolamento, comportamento inadequado, negligência com a
aparência pessoal e higiene, podem surgir e permanecer por algumas semanas ou
até meses antes do aparecimento de sintomas mais característicos da doença.
Familiares e amigos em geral percebem mudanças no comportamento do paciente,
nas suas atividades pessoais, contato social e desempenho no trabalho e/ou escola
(Vallada Filho & Busatto Fillho, 1996).

Os aspectos mais característicos da esquizofrenia são alucinações e delírios,


transtornos de pensamento e fala, perturbação das emoções e do afeto, e déficits
cognitivos.

Alucinações e delírios são frequentemente observados em algum momento


durante o curso da esquizofrenia. As alucinações visuais ocorrem em 15%, as
auditivas em 50% e as táteis em 5% de todos os sujeitos, e os delírios em mais de
90% deles (Pull, 2005).

O termo transtorno do pensamento refere-se a uma doença no conteúdo,


assim como na forma dos pensamentos do indivíduo. Os transtornos do conteúdo do
pensamento são os delírios. Os transtornos na forma de pensamento podem ser
subdivididos em duas categorias: perturbação intrínseca do pensamento e,
transtorno na forma em que os pensamentos são expressos na linguagem e na fala.
A linguagem e o discurso desordenados, descarrilamento, tangencialidade,
neologismos, pobreza no conteúdo do discurso, incoerência, pressão da fala, fuga
de ideias e fala retardada ou mutismo.

Os distúrbios do comportamento na esquizofrenia incluem comportamento


grosseiramente desordenado e comportamento catatônico. Desde o começo, o
comportamento catatônico foi descrito entre os aspectos característicos da
esquizofrenia. A catatonia é definida como um conjunto de movimentos, posturas e
ações complexas cujo denominador comum é a sua involuntariedade. Os fenômenos
catatônicos incluem: estupor, catalepsia, automatismo, maneirismos, esteriótipias,
fazer posturas e caretas, negativismo e ecopraxia. Foram encontrados sintomas
catatônicos entre 5 e 10% dos pacientes com esquizofrenia. Entretanto, esses
sintomas não são específicos da esquizofrenia, podendo ocorrer, sobretudo na
mania (Pull, 2005).

A anedonia ou perda da capacidade de sentir prazer, foi proposta como a


característica central ou cardinal da esquizofrenia. A anedonia física abrange a
perda de prazeres como admirar a beleza do pôr-do-sol, comer, beber, cantar, ser
massageado. A anedonia social abrange a perda de prazeres como estar com os
amigos ou estar com outras pessoas. O embotamento afetivo foi considerado
comum, mas não onipresente, em pacientes com esquizofrenia, sendo também
comum em pacientes depressivos. Os déficits cognitivos foram relacionados como
características importantes da esquizofrenia desde as descrições originais de
Kraepelin e Bleuler.

Pacientes com esquizofrenia demonstram um déficit cognitivo generalizado,


ou seja, eles tendem a ter um desempenho em níveis mais baixos do que controles
normais em uma variedade de testes cognitivos. Eles apresentam múltiplos déficits
neuropsicológicos em testes de raciocínio conceitual complexo, velocidade
psicomotora, memória de aprendizagem nova e incidental e habilidades motoras,
sensoriais e perceptuais. As alterações cognitivas seletivas mais proeminentes na
esquizofrenia incluem déficits em atenção, memória e resolução de problemas
(SILVA, 2006).

Alucinação e delírio

Alucinação e delírio são manifestações psicopatológicas que podem se


apresentar em pacientes psicóticos. Também a desorganização do discurso e do
comportamento devem ser considerados quando do diagnóstico de psicose. Desta
forma, psicose é uma síndrome associada a uma queixa do paciente
(espontaneamente referida ou obtida mediante entrevista) de vivências alucinatórias
e/ou delirantes ou a observação, feita pelo médico, de comportamentos sugestivos.
Alucinação e delírio são distúrbios da vida mental em que o contato com a
realidade mais formal e imediata está alterado. Alucinações são manifestações
psicopatológicas da esfera da senso percepção definidas como percepções nítidas e
objetivas de qualquer modalidade (visual, auditiva, olfativa, táctil, ou um
conjunto destas) que habitam espaço externo na ausência de um percepto
real. Quando, numa enfermaria em que não se ouvem ruídos, um paciente afirma
ouvir vozes agudas de uma mulher vindas da sala ao lado, tal vivência constitui uma
Alucinação auditiva. Delírios são ideias ou crenças que centralizam sobremaneira a
vida psíquica de uma pessoa, havendo situações em que o paciente passa a viver
em um mundo autístico, completamente absorto nessa “nova realidade”. Os delírios
constituem um falso juízo da realidade e possui uma forma psicopatológica própria,
caracterizada por serem crenças não argumentáveis, incorrigíveis e não
compartilhadas por indivíduos de mesma cultura e com alta significação pessoal. A
temática dos delírios é extremamente variável (grandeza, hipocondria, persecutória,
reivindicatória, ciúme, entre outros). Quanto maior o componente de “bizarrice” e o
não-compartilhamento, mais provável é a hipótese de delírio. Por exemplo, a
afirmação de um paciente de ter tido um chip implantado em seu olho para que o
Pentágono pudesse espionar o governo brasileiro por meio de sua retina (ZANETTI,
2008).

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)

Para o esquizofrênico, a reabilitação pode surgir de vários modos, respeitando


os equipamentos de saúde mental existentes. Assim sendo, a reabilitação pode
ocorrer através de psicoterapia, terapia ocupacional, acompanhamento terapêutico,
orientação familiar, abordagem psicossocial em instituições, grupos de autoajuda, ou
seja, atividades que visam reinserir o sujeito na família e na sociedade, exercendo
papéis anteriormente desenvolvidos. De forma geral os portadores de esquizofrenia
frequentam o CAPS de uma (01) a quatro (04) vezes por semana (SORATTO,
2014).

Uma das mudanças proporcionadas pela reestruturação da assistência


psiquiátrica foi a de estimular a família a participar do cuidado junto aos serviços de
saúde, possibilitando ao usuário permanecer o maior tempo possível junto a sua
unidade de cuidado. Com essas transformações, os serviços de saúde mental
passaram a formar parcerias de cuidado, fazendo com que as famílias, assumissem
um papel importante e ativo no tratamento, estabelecendo, assim, uma rede de
relações entre família, usuário, serviço de saúde e sociedade (SORATTO, 2014).

O CAPS significa tudo na visão dos portadores e familiares de esquizofrenia;


sendo considerada uma escola; terapia; apoio; encontro; ajuda; ocupação;
acolhimento; conversa e remédio. O CAPS é um serviço substitutivo de atenção em
saúde mental que tem demonstrado efetividade na substituição da internação de
longos períodos, por um tratamento que não isola os pacientes de suas famílias e da
comunidade, mas que envolve os familiares no atendimento com a devida atenção
necessária, ajudando na recuperação e na reintegração social do indivíduo com
sofrimento psíquico. O significado do CAPS na vida do portador de esquizofrenia e
seu familiar cuidador é a reintegração social, onde a família tem participação
integral. A participação do portador nas atividades fornecidas pelo CAPS favorece
uma maior adesão ao tratamento, diminuindo assim as internações em hospitais
psiquiátricos. Entende-se, assim, que a participação do enfermeiro em conjunto com
as práticas de reinserção social do CAPS pode tornar-se uma ferramenta adicional à
vida adequada e digna merecida por tais indivíduos (SORATTO, 2014).

O tratamento da esquizofrenia tem como objetivo o controle dos sintomas e a


retomada da rotina, trabalho e relacionamento com amigos e familiares. O controle
da esquizofrenia é feito por meio de duas abordagens: medicamentosa e
psicossocial. O SUS oferece como ajuda o CAPS, que é o centro de apoio
psicossocial, para pessoas com algum transtorno psiquiátrico, para que eles possam
ser integrados na sociedade e dar apoio aos familiares que convivem com esse
paciente. Quando os pacientes passam pelos períodos de crise são necessárias às
internações hospitalares para segurança, higiene, alimentação adequada e
qualidade de vida. (SILVA; SANTOS; MIRON; MIGUEL; FURTADO; BELLEMO,
2016).

Prevenção ao suicídio no paciente esquizofrênico

Nas palavras do presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina,


Antônio Geraldo da Silva, a esquizofrenia é uma doença grave que vitimiza todos à
volta e um fator bastante presente nos índices de suicídio. Ele disse que, de acordo
com o Conselho Federal de Medicina, 10,6% das pessoas que morreram por
suicídio foram diagnosticadas com esquizofrenia e não tratadas, ou tratadas de
forma inadequada.

A esquizofrenia está associada com aumento de dez vezes do risco de morte


por suicídio, e 50% dos pacientes esquizofrênicos podem tentar o suicídio em algum
ponto do curso da doença, sendo mais comum durante os anos iniciais, segundos o
psiquiatra Antônio Silva.

Pessoas que trabalham nos Bombeiros, Samu, Capes, Polícia Militar e


hospitais precisam saber como abordar e ajudar alguém em surto psicótico. É
preciso retirar essa doença do armário. Por isso, precisa-se de um dia de
conscientização.

Para o psiquiatra Antônio Silva, é importante que as pessoas derrubem


preconceitos e enxerguem que os pacientes precisam de ajuda e tratamento assim
que a doença se revela. O doente mental não é agressivo, ele pode viver em
sociedade, mas ele precisa ser tratado para que não chegue ao ponto de perder a
noção do caráter ilícito do fato. Se houve suicídio é porque o paciente não teve
tratamento adequado. Os remédios não chegam e as famílias estão largadas.

O presidente da reunião foi o senador Flávio Arns (Rede-PR), autor do PL


3.202/2019. Para ele, ter um dia nacional de alerta para a doença abre a
possibilidade de discussão, reflexão e ações que devem perdurar o ano inteiro.

Durante a campanha Setembro Amarelo sempre informamos que o


reconhecimento dos fatores de risco é fundamental para a prevenção ao suicídio, e
as doenças mentais estão no topo da lista dos fatores de risco*. A Esquizofrenia é
um transtorno psicótico, uma doença crônica que apresenta sintomas como:
alterações graves de comportamento, afastamento de atividades sociais,
alucinações auditivas, ideias e percepções delirantes, sintomas catatônicos e vários
outros.

Ela afeta 1% da população mundial, em pessoas de ambos os sexos e


contribui com mais de 10% dos suicídios, mas o diagnóstico correto e o tratamento
adequado podem prevenir o suicídio. O controle dos sintomas e a redução de
recaídas são fatores primordiais.
Os tratamentos se baseiam em uma combinação de psicofármacos,
psicoterapia e psicoeducação para que o paciente conheça a importância do
tratamento e não o abandone. A participação da família também é muito importante
e existem grupos de terapia familiar que auxiliam muito na comunicação, suporte
social e adesão ao tratamento. A prevenção ao suicídio é possível.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Esquizofrenia é a doença desafiadora na área da psiquiatria e desperta


atenção e interesse, isso se deve não somente ao fato da sua incidência mundial, do
prejuízo causado ao seu portador e família, da sua origem incerta e da sua
complexidade, mas sem dúvida ao fato de muito ainda se ter a descobrir. A evolução
do diagnóstico da esquizofrenia ao longo dos anos permitiu um melhor entendimento
sobre os sintomas e as características que configuram esse transtorno. Esse avanço
possibilitou, aos profissionais envolvidos no diagnóstico, o direcionamento de
tratamentos mais assertivos e, consequentemente, uma melhor adaptação dos
pacientes que sofrem do transtorno. O tratamento será ministrado pelo profissional
de acordo com o diagnóstico, com a realidade e com a resposta de cada paciente.
Desta forma, conclui-se que conhecer a esquizofrenia é de essencial relevância na
área da saúde para entendimento da doença em si, acompanhamento do paciente e
forma adequada de tratamento que pode ser composto pela terapêutica
medicamentosa, psicoterápica e socioterápica a fim de poder proporcionar uma
melhor qualidade de vida e sociabilidade ao paciente e sua família.

Glossário

Inadequação: Substantivo feminino, ausência de adequação, caracteriza-se por se


sentir fora do meio, deslocado em alguns ambientes ou situações.

Embotamento: Substantivo masculino, ação ou efeito de embutar, deixar menos


aguçado, redução ou enfraquecimento nas funções, embotamento afetivo é a perda
de todo tipo de vivencia afetiva.
Remissão: Período em que a doença permanece controlada.

Psicose: Transtorno mental que faz com que a pessoa acometida perceba ou
interprete, de maneira diferente o seu redor.

Abrupta: Inesperado, repentino.

Insidiosa: Traiçoeiro, sorrateiro, falso.

Padrômicos: Antecede a manifestação ou aparecimento.

Perturbação intrínseca: Que faz parte de ou que constitui a essência, a natureza de


algo; que é próprio de algo; inerente.
"a dependência é i. ao amor"
Que é real; que tem importância, significação por si próprio, independentemente da
relação com outras coisas.
"objeto sem valor i."
Tangencialidade: Incapacidade de manter o fluxo do discurso e as associações do
pensamento dirigidas para um objetivo, e centradas no que é essencial.

Estupor: Estado de inconsciência profunda de origem orgânica, com


desaparecimento da sensibilidade ao meio ambiente e da faculdade de exibir
reações motoras.

Catalepsia: Incapacidade de movimentação dos membros, na cabeça ou ate na


fala.

Ecopraxia: Repetição involuntária ou repetição dos movimentos de outra pessoa.

REFERÊNCIAS

GIACON, B. C. C.; GALERA, S. A. R., Primeiro Episódio de Esquizofrenia e a Assistência de


Enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v. 40, n. 2, 2006.p. 286-291.Disponível
em <http://www.unifra.br/eventos/jis2010/Trabalhos/303.pdf>Acesso em 06 jun. 2015.

HUFFMAN, Karen et.al. Psicologia. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2003. p.551-558.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação de transtornos mentais e de
comportamento da CID-10: Critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: Artes
Médicas, p. 82- 3, 1998.

SOUZA, J.; ALMEIDA, L. Y.; VELOSO, T. M. C., BARBOSA, S. P.; VEDANA, K. G. G.


Estratégia de Saúde da Família: Recursos Comunitários na Atenção à Saúde Mental. Acta
Paulista de Enfermagem, 26(6), 2013, p. 594-600.

CEDRO, Lirys Figueiredo; SOUZA, Ândrea Cardoso de. A IMPORTÂNCIA DA REFORMA


PSIQUIÁTRICA NA MUDANÇA DO PARADIGMA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EM SAÚDE MENTAL PRESTADA AO PORTADOR DE SOFRIMENTO MENTAL. Revista
de Pesquisa, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 764-766, dez. 2010.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.DAPE. Coordenação Geral de


Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento
apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos
depois de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.

SILVA, Regina Cláudia Barbosa da. Esquizofrenia: uma revisão. Psicologia Usp, [S.L.], v.
17, n. 4, p. 263-285, 2006. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-
65642006000400014.

Pull, C. (2005). Diagnóstico da esquizofrenia: uma revisão. In M. Maj & N. Sartorius


(Orgs.), Esquizofrenia (pp. 13-70). Porto Alegre: Artmed.

Vallada Filho, H., & Busatto Filho, G. (1996). Esquizofrenia. In P. Almeida, L. Dractu & R.
Laranjeira (Orgs.), Manual de psiquiatria (pp. 127-150). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Zanetti MV, Elkis H. esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. In: Alvarega PG, Andrade
AG. Fundamentos em psiquiatria. Barueri: Manole; 2008, p. 191-226.

Carton CLM, Drake RE, Hasin DS, Dominguez B, Shrout PE, Samet S, Sehanzer WB.
Differences between early-phase primary psychotic disorders with concurrent substance use
and substance-induced psychoses. Arch Gen Psychiatry 2005; 62:137-45. 

Cassem NH. Massachusetts General Hospital – Manual de psiquiatría en hospitales


generales. 4. ed. Madri: Harcourt Brace; 1998. 
SORATTO, Maria Tereza. O CAPS na vida do portador de esquizofrenia. Enfermagem
Brasil, [S.L.], v. 13, n. 3, p. 141, 10 jun. 2014. Convergences Editorial.
http://dx.doi.org/10.33233/eb.v13i3.3684.

SILVA, Amanda Mendes; SANTOS, Cláudio Alexandre dos; MIRON, Fernanda Meizi;
MIGUEL, Nathalia Pedroza; FURTADO, Celine de Carvalho; BELLEMO, Ana Isabel Sobral.
ESQUIZOFRENIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Revista Unilus Ensino e Pesquisa,
São Paulo, v. 13, p. 18-25, mar. 2016. 30.

Você também pode gostar