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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL


ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E O USO DE ÁLCOOL E DROGAS
Chisley Pereira da Silva dos Santos

TRABALHO
O CASO DA FAMILIA FLORES

Vitória - ES
Fevereiro 2018
RESUMO

Este trabalho teve como objetivo compreender e trazer à reflexão a importância


da construção do projeto terapêutico singular como trabalho da saúde metal,
bem como a articulação da Rede para com os pacientes e demais
profissionais.

Contextualizando os Sintomas dos membros familiares

 Dona Vilma de 62 anos é mãe de rapazes, a mesma apresenta


episódios maníacos, delírios e episódios depressivos.
 Sérgio, 27 anos, apresenta crises com confusão mental, uso abusivo de
drogas (cachaça, maconha e cocaína) e ideias opostas.
 Rony, 35 anos, sem presenças de sinais e sintomas.
 João, 30 anos, apresenta momentos de crises, uso abusivo de drogas e
coloca a vida em risco, cirrose hepática.

Análise da Dinâmica Familiar

A casa da família possuí três cômodos, contando com o banheiro no qual fica
localizado ao lado de fora da residência, Rony dorme em uma barraca de
camping no quintal, no qual é possível observar grande quantidade de lixo e
sujeira. A casa não possuí geladeira e devido a esse motivo as comidas ficam
nas panelas estragando. A casa é considerada desorganizada e com condições
insalubres, com várias roupas sujas espalhadas pelos cômodos.

Articulação da Rede junto a um Projeto Terapêutico Singular

O cenário assistencial da Rede deve ser compreendido em conexo com o


principio da integridade do sujeito, fazendo com que o foco das ações voltada à
saúde não seja restrito somente a doenças, porém entendendo o individuo em
sua singularidade e totalidade, centrando no sujeito em relação ao contexto e
de acordo com as necessidades destes, reconhecendo a pessoa como sujeito
singular com sua própria história pertencente a um territórios sócio cultural.
Assim como aponta PINTO, 2011.
Os projetos Terapêuticos Singulares são construídos com base nas
necessidades de saúde de cada usuário em uma relação de caráter horizontal
entre os usuários e profissionais, considerando a história de vida dos sujeitos,
suas subjetividades e singularidades (PINTO, 2011).
A rede também deve assegurar o acesso de todos os níveis de complexidade
do sistema de saúde, de modo a integralizar a prevenção, a promoção e
assistência aos pacientes, efetivando a inserção em saúde.
Nas redes do CAPS é possível construir saberes e práticas voltadas aos
cuidados da saúde mental, na qual possui o projeto terapêutico singular, que
em sua prática possui o objetivo de promover a equipe uma aproximação junto
ao sujeito, compreendendo a subjetividade dentro do contexto social na qual se
encontra sua demanda.
O trabalho em equipe, a importância da parceria institucionais e a articulação
com a rede de suporte social é considerado suportes adequados aos objetivos
do trabalho em cuidado a saúde mental do paciente.
O projeto terapêutico, demanda da equipe uma atuação para a escuta, o
dialogo e a negociação com o paciente e com menos certezas e imposições
dos profissionais para com esses pacientes.
Entretanto a construção do projeto terapêutico singular tem que ser entendida
como uma estratégia que em seu desenvolvimento envolve o paciente com o
transtorno mental, e também os seus familiares e a rede social em um
processo continuo. De acordo com PINTO 2011,
Dentro do PTS há a incorporação da interdisciplinaridade com a contribuição
de diversas especialidades, assim os profissionais se reúnem para avaliação
sobre as condições do indivíduo. Desta reunião são acordados procedimentos
de responsabilidade de diversos membros da equipe de referência. A equipe de
referência empreende a construção do vínculo entre o usuário, sua família e a
equipe de saúde. O profissional de referência tem a responsabilidade de
acompanhar durante todo o tratamento providenciando as intervenções
necessárias de outros profissionais ou serviços, além de assegurar alta e
continuidade da assistência (PINTO et al., 2011).
Deve ser ouvido cada familiar a fim de compreender sua história e o que levou
a estar na situação atual em que se encontra a família Flores, dialogar e buscar
compreender sem julgar e impor condições se faz necessário para criar um
vinculo com os pacientes para um tratamento eficaz, deve-se realizar um
trabalho baseado na integralidade das ações e interdisciplinaridade.
Desta forma é fundamental que os profissionais da saúde compreendam que
as atitudes em relação aos pacientes se fundamentam no projeto terapêutico,
possuir atitude solidária afetiva representa o respeito para com o paciente,
romper a hierarquização entre o poder da organização institucional para
atender as necessidades dos pacientes se faz útil para um bom tratamento em
saúde mental. Buscar compreender a Vilma, o Sérgio e o João é crucial para
possibilitar as possíveis intervenções terapêuticas existentes, embora o Rony
não apresenta sinais sintomáticos, é importante realizar intervenções
educacionais a fim que este compreenda a sua história e o quão prejudicial se
faz dormindo em ambientes improprio que pode por a sua vida em risco. Com
isso conclui-se que o Projeto Terapêutico Singular é uma importante ferramenta
para a humanização dos tratamentos. 

Referência Bibliográfica

PINTO, D. M. et al. Projeto terapêutico singular na produção do cuidado


integral: uma construção coletiva. Texto Contexto Enfermagem, v. 20, n. 3, p.
493-202, 2011.

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